50%
dos felinos com mais de 12 anos são acometidos por alguma doença renal e,
infelizmente, os sintomas podem aparecer quando os rins já estão com mais de
75% das funções comprometidas. Quem alerta é o médico veterinário Thiago
Marçal, especialista técnico da Nutrire.
“A
doença renal crônica (DRC) é um mal silencioso e progressivo, que afeta os
gatos mais velhos, mas pode aparecer em qualquer idade. As complicações variam
de acordo com o estágio da doença e a prevenção ainda é o melhor remédio”,
explica o veterinário. Como a DRC não tem cura, o que se faz com os tratamentos
disponíveis é garantir qualidade de vida aos pacientes. “Todos os animais
precisam ir ao médico ao menos duas vezes ao ano, os pets acima dos oito anos
necessitam de acompanhamento médico a cada quatro meses”, conta.
São
essas idas ao veterinário que garantem a descoberta precoce da doença”, diz Dr.
Thiago. Segundo o especialista, é preciso estar atento às reações dos felinos,
como o emagrecimento repentino e a perda de apetite. O aumento do consumo de
água é um dos sintomas mais comuns em gatos com problemas renais.
Consequentemente, é possível verificar também o aumento do volume da urina. “Se
o animal apresenta letargia, depressão e se movimenta pouco também pode ser que
esteja desenvolvendo a doença”, explica.
Os
vômitos aparecem em estágios mais avançados e podem definir o tipo de
tratamento, que vai desde medicamentos até internação com hemodiálise. “Se o
animal faz exames de sangue e de imagem regularmente, muito dificilmente chegará
de surpresa ao estágio avançado da DRC, visto que os níveis da creatinina,
aliados a outros fatores, normalmente apresentam elevação. Além disso, as
ecografias e ressonâncias mostram perfeitamente o estado de preservação dos
rins e se os mesmos apresentam algum sinal de desgaste. O conjunto desses dois
elementos é a segurança de que o pet está sendo monitorado
constantemente", alerta.
Além
das idas frequentes ao veterinário, Dr. Thiago indica que o tutor fique de olho
no consumo de água e na alimentação do seu felino. “A ingestão da água é uma
das formas de retardar a doença. Vasilhas ou fontes em diferentes locais da
casa podem motivar o pet a beber mais ainda quando jovem - o que faz toda
diferença na fase adulta e idosa do animal. A alimentação precisa ser
balanceada, com fonte de proteína de alta qualidade e níveis controlados de
fósforo, magnésio e sódio”, conta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário