De acordo com Rodrigo
Vianna, CEO da Mappit - empresa do Grupo Talenses focada no recrutamento para
profissionais em início de carreira - nos processos seletivos conduzidos para
profissionais em início de carreira, é possível notar características
interessantes. Uma delas é a grande vontade de trabalhar em uma startup, de
preferência logo no primeiro emprego. Atualmente, entre uma grande empresa
reconhecida no mercado e uma startup, o jovem talento opta pela segunda.
“Um dos motivos para essa
escolha, que muitas vezes causa estranheza nos familiares, é a agilidade das
startups em seus processos internos e projetos, como também em progressão de
carreira”, comenta Vianna. De acordo com ele, trata-se de um modelo muito
diferente do apresentado na maioria das empresas maiores e mais consolidadas,
que têm mais burocracia e menos rapidez na tomada de decisões e no plano de
carreira.
Um dos fatores de atração
que influencia nessa preferência em uma tomada de decisão na carreira é o
ambiente mais flexível, de acordo com 68% dos profissionais em início de
carreira, segundo pesquisa de Atração e Retenção realizada pela Mappit.
Oportunidade de trabalho remoto e a cultura das startups com gestões mais
modernas, alinhada aos valores destes jovens, também são fatores que fazem
com que eles sonhem com essa possibilidade.
Desafios para as grandes
empresas
O especialista comenta que
as grandes empresas, e principalmente as mais tradicionais, passam por uma
transformação para adaptarem-se à essa tendência e conseguirem atrair e reter
os talentos potenciais. “As que já tomaram consciência disso, começam a adotar
projetos mais ágeis e flexíveis e criam engajamento do jovem com sua cultura e
propósito”, aponta.
Essa visão nunca esteve tão
atual no mercado de trabalho. “Mais do que um salário compatível com o setor, o
jovem profissional quer se sentir alinhado aos valores da empresa em que
trabalha e quer ser feliz trabalhando”, comenta. O conceito de felicidade no
trabalho tem sido levado cada vez mais a sério pelos profissionais e pelas
empresas, por meio de culturas mais modernas. “Sentir-se incluído e
respeitado no ambiente de trabalho, além de ser livre para comunicar-se
diretamente com seus superiores são situações apontadas como determinantes para
a escolha da vaga perfeita”, afirma.
Como ser atrativo para os
jovens talentos?
Por isso, Vianna acredita
que as empresas que buscam ser atrativas para o público jovem precisam fazer
uma autoavaliação e entender como engajar o jovem a se candidatar às vagas ou
não desistir no meio do processo seletivo. Para ele, a atração começa na
comunicação e na imagem que a empresa está passando para o público. Por isso,
“entender como a empresa quer ser reconhecida e o que o público jovem pode
esperar é essencial para elaborar uma estratégia capaz de alterar a percepção
dos jovens talentos sobre uma organização”, finaliza.
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