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quarta-feira, 6 de março de 2019

Pequenos estabelecimentos lideram geração de emprego celetista no Estado de São Paulo, aponta FecomercioSP


De acordo com a Entidade, empresas com até quatro funcionários apontaram saldo positivo de mais de 254 mil vagas com carteira assinada


Os pequenos estabelecimentos, formados por um a quatro funcionários, lideraram as contratações com carteira assinada em 2018 no Estado de São Paulo, segundo levantamento feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A análise foi feita com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho.

Em 2018 o mercado de trabalho formal estadual voltou a crescer: quase 150 mil novas vagas geradas, após retrações seguidas em 2015, 2016 e 2017, quando cerca de 870 mil postos de trabalho foram fechados. As empresas com quadro funcional de um a quatro trabalhadores registraram saldo positivo de 254.444 vagas formais. No caso dos estabelecimentos com mais de cinco empregos ativos, o saldo foi negativo em 107.848 vagas.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, em apenas três estratos de estabelecimentos houve criação de vagas: os que empregam até quatro vínculos, os que têm de 250 a 499 vínculos e os com mais de mil vínculos.

 

Ainda de acordo com a Entidade, em momentos em que há menos admissões que desligamentos, as pequenas empresas amenizam um saldo que poderia ser pior, e em momentos com saldo positivo de vagas, como agora, esses estabelecimentos potencializam a geração de vínculos. Assim, mesmo em um período de retração do emprego, os pequenos estabelecimentos, por características intrínsecas ao seu tamanho, têm menos flexibilidade de reduzir sua força de trabalho, portanto os que mantêm portas abertas oferecem, ao menos, mais estabilidade de vagas. Da mesma forma, quando há avanço da demanda, há maior necessidade de se empregar mais.

Outra importante realidade é o aumento de pequenos empregadores, muitos formados por antigos trabalhadores celetistas que foram desligados anteriormente. São os novos empreendedores, conhecidos como “microempreendedores individuais” (MEIs), os quais têm permissão de contratar até um funcionário.


Capital

Na cidade de São Paulo, o cenário não foi diferente. Em 2018, houve crescimento de 58.357 empregos com carteira assinada. De acordo com a Federação, caso consideremos apenas estabelecimentos com até quatro vínculos ativos, o saldo é positivo em mais de 83 mil empregos. Ainda que haja bons números nos estratos empresariais de 250 a 499 vínculos e acima dos mil, como no Estado de São Paulo, o saldo total das empresas com mais de cinco empregados é negativo em 24.680 vagas.



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