Levantamento do painel de
domicílios da Nielsen, empresa global de análise de consumo, explorou o
comportamento da mulher brasileira no último trimestre de 2018. Responsáveis
pelo consumo de 96% dos lares, mesmo chefiando* apenas 37% deles, as mulheres
estão priorizando marcas e produtos com preços mais competitivos e ainda se
preocupam com a contenção de gastos, reservando 21,2% do orçamento mensal para
produtos básicos.
Dentre os gastos que mais
consomem o orçamento da mulher brasileira, estão os básicos (67%), que são
repartidos em bens de consumo de maior rotatividade (Fast Moving Consumer
Goods - FMCG, na sigla em inglês), (21,2%), despesas do lar (11,7%),
serviços de comunicação (11%), transporte (8,7%), saúde (8,2%) e educação
(7,3%). Além disso, elas chegam a gastar cerca de 50% a mais em itens de
cuidados com as crianças (1,2%) do que os homens.
“Tal comportamento ainda é
um reflexo da crise econômica do Brasil. Dentre as mulheres entrevistadas, 60% estão
céticas com relação à melhora do cenário no próximo ano, o que faz sentido
quando vemos que dos sete atributos de uma marca, os três principais
motivadores para uma compra estão relacionadas ao preço, sendo eles: boa
relação, qualidade ou preço (74,2%), baixo preço (63,7%) e frequência de boas
promoções (32,6%)”, comenta Julia Ávila, gerente do painel de domicílios da Nielsen.
Além disso, elas também
consideram relevantes para a escolha de marcas e produtos os serviços de
entrega à domicílio, a limpeza do ambiente da loja, a atenção e simpatia dos
funcionários, a disponibilidade recorrente de produtos de seu interesse e as
formas de pagamento aceitas. Se comparadas com os homens, estão mais dispostas
a pagar mais por um produto com responsabilidade ambiental do que eles.
Com a confiança ainda
abalada, as mulheres tendem a reduzir gastos para ter mais controle do
orçamento mensal. Para isso, diminuem o lazer fora de casa (66%), compras de
roupas (63%), substituem marcas por outras mais baratas (48%) e reduzem a
utilização de gás e energia elétrica (44%). “A tendência é que estas atitudes
permaneçam com as brasileiras, que aprenderam a continuar consumindo, porém,
fazendo escolhas que caiba no bolso”, diz Julia Ávila.
A COMPRA
No momento de efetuar a
compra, as mulheres tendem a escolher o período de dia (78%) e durante a semana
(58%). Para facilitar, fazem a utilização de lista de produtos (50%), no
entanto, 47% delas dizem comprar mais do que o previsto quando estão na loja. Além
disso, 56% comenta que anda pela loja antes de comprar e 60% delas olham os
folhetos e catálogos.
As mulheres também possuem
grande influência no consumo de outras pessoas, uma vez que 85% delas indicam
produtos para amigos e familiares. “Devido à diminuição da confiança após a
crise econômica, as mulheres aprenderam a priorizar o seu consumo e a
economizar. Com esse conhecimento, elas compartilham com outras pessoas suas
experiências e, assim, influenciam o consumo de terceiros”, finaliza Julia.
*responsável pelo
pagamento das contas
Nielsen
Nenhum comentário:
Postar um comentário