Cirurgia
ortognática corrige os casos mais graves e o tratamento com fisioterapia auxilia
na recuperação do paciente
A mordida errada é um dos problemas odontológicos
mais frequentes e pode ser uma consequência de diversos fatores, como
genéticos, endócrinos, ambientais ou consequência de maus hábitos (mastigar
tampas de canetas ou roer unhas). O problema é estrutural e resulta nos
desencontros dos arcos do maxilar no momento em que a boca se fecha.
Como consequência a mordida errada pode causar
dificuldade na mastigação, na respiração, no desgaste dos dentes, dores de
cabeça, gerar DTM (disfunções temporomandibulares) e desarmonia facial.
Segundo o serviço de Neurologia do Hospital das
Clínicas da UFMG, cerca de 80% das pessoas com enxaqueca apresentavam algum
tipo de DTM - disfunções temporomandibulares (nas mandíbulas). A dificuldade em
diagnosticar a disfunção ocorre porque o paciente procura tratamento para um
único sintoma que o incomoda.
Algumas das principais mordidas erradas são:
prognatismo (queixo se projeta para frente), retrognatismo (falta de
desenvolvimento da mandíbula, aparência de “queixo pequeno”), mordida aberta
(ausência de contato entre os dentes superiores e inferiores) e mordida
assimétrica (algumas articulações ficam sobrecarregadas, trabalhando fora da
sua posição adequada e confortável e isso ocasiona dor).
O tratamento para qualquer uma das mordidas erradas
deve ser feito com um ortodontista. Porém se houver necessidade o paciente será
encaminhado para um bucomaxilo e submetido à uma cirurgia ortognática para uma
oclusão perfeita. Hoje no mercado o aparelho auto ligado é o mais tecnológico e
que prepara os pacientes para as cirurgias de correção.
Apesar de pouco se falar sobre a fisioterapia, é
esse tratamento o responsável por eliminar dores orofaciais, além de preparar o
paciente para a cirurgia e garantir um pós cirúrgico de rápida recuperação. A
Dra. Fabiana Oliveira explica como o tratamento pode ajudar: “A fisioterapia
entra nestes casos para diminuir a inflamação e aliviar a tensão muscular. Os
exercícios e recursos terapêuticos ajudam a relaxar a musculatura da face e
melhoram os movimentos da mandíbula”.
Quando a pessoa tem que se submeter a cirurgia
ortognática significa que irá fazer o procedimento para resultar em uma boa
oclusão, colocar o maxilar no melhor encaixe e para promover estética facial,
fazendo com que o rosto do paciente mude para melhor.
A cirurgia pode gerar várias sequelas como: edemas
volumosos, paresias, parestesias, restrições severas ou moderadas do movimento
bucal, alterações dos movimentos mandibulares e faciais, espasmos musculares, dores
orofaciais e cefaleias. A fisioterapia, aliada ao tratamento desses casos, tem
se mostrado fundamental.
“A fisioterapia realizada imediatamente pode
melhorar o tempo de recuperação e agilizar o retorno do paciente a atividades
cruciais como a mastigação e a deglutição em até 15 dias (sem esse tratamento é
comum a pessoa recuperar a mastigação perfeita após dois meses). Por esse
motivo desenvolvi o método New Smile, que possibilita eliminar ou reduzir a dor
e os edemas, recuperar a amplitude do movimento, além de estimular e contribuir
para o retorno da sensibilidade caso afetada”, explica Dra. Fabiana.
O New Smile acompanha os pacientes antes, durante e
após a cirurgia, diminuindo o tempo de recuperação e aumentando a qualidade de
vida de quem precisa passar pela cirurgia ortognática.
Após dois anos tentando corrigir a mordida com
aparelho fixo, Silvana Aparecida dos Santos, de 50 anos, descobriu que o
tratamento mais eficaz para o seu caso era se submeter a cirurgia ortognática.
A mordida que não apresentava o encaixe perfeito dos arcos do maxilar, resultou
também na dificuldade para dormir por conta da apneia. Silvana fez a cirurgia
ortognática em janeiro de 2018 e, logo após o procedimento, começou o
tratamento de fisioterapia com a Dra. Fabiana Oliveira.
Depois da segunda seção já foi possível notar
grande diferença na recuperação, com diminuição do inchaço e melhora da
cicatrização. “O tratamento com a equipe da Dra. Fabiana foi muito importante,
o laser cicatrizou os pontos e interrompeu os sangramentos, enquanto as
massagens reduziram o inchaço e o choque teve efeito na recuperação da
sensibilidade. Além da correção da maxila, o principal benefício que a cirurgia
me proporcionou foi ter uma melhor respiração”, completa Silvana.
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