Especialista em Inteligência Emocional, Rodrigo
Fonseca, explica a importância de gerir as emoções para evitar comportamentos
depreciativos
No ambiente corporativo, na faculdade, na vida
social e até em casa é comum que algumas pessoas se sintam ameaçadas por outras
mais capacitadas. A síndrome de Procusto faz referência às pessoas que não
hesitam em discriminar e até mesmo em perseguir quem possui mais talentos e
habilidades que elas. São pessoas com a autoestima frágil, e que estão
presentes em muitos ambientes do nosso cotidiano.
Segundo o especialista em Inteligência Emocional,
Rodrigo Fonseca, fundador da SBIE (Sociedade Brasileira de Inteligência
Emocional), para evitar que se sintam inferiores, quem sofre com a síndrome
acaba tendo comportamentos depreciativos, que visam desqualificar, humilhar e
menosprezar outras pessoas. “Quem sofre com essa síndrome vive em meio a uma
contínua frustração e conta com uma pequena sensação de controle das
situações. Por trás das suas palavras se evidenciam um verdadeiro egocentrismo
e um pensamento inflexível e extremamente hostil. São perfis de autoestima
extremamente frágil. Não possuem o menor controle sob suas emoções. Tomam como
ofensa as capacidades e acertos dos outros, tem um medo exacerbado das mudanças
e possuem uma postura irracional”, explica.
A origem do nome
Originado na mitologia grega, Procusto era um
gigante que trabalhava em uma estalagem nas altas colinas de Ática, onde
oferecia hospedagem para os viajantes. Tinha uma cama de ferro, na qual
convidava seus hóspedes a se deitarem. À noite, enquanto dormiam, ele
aproveitava para amordaçar e amarrar suas vítimas. Se a pessoa fosse mais alta
e seus pés, mãos ou cabeça não coubessem exatamente nas dimensões da cama,
Procusto os cortava. No contrário, se a pessoa fosse menor, ele quebrava seus
ossos para ajustar as medidas. Nunca nenhum viajante se adaptava a cama,
porque, secretamente, Procusto possuía duas versões de tamanhos
diferentes, e armava para que seu hóspede nunca coubesse no leito. O gigante
manteve este terror por muito tempo até ser capturado por Teseu, que o condenou
ao mesmo terror que ele desferia aos seus convidados – prendeu-o à sua própria
cama e cortou-lhe a cabeça e os pés.
O mito do leito de Procusto é muitas vezes
utilizado como uma metáfora para situações em que se pretende impor um
determinado padrão ou querer a todo o custo obrigar que algo encaixe numa
matriz pré-estabelecida ou pré-determinada, e, por isso, representa a
intolerância humana.
Rodrigo Fonseca conta quais são os sinais da
Síndrome de Procusto:
- Não comemorar o sucesso e as conquistas dos
colegas
A insegurança e o medo de ser superado pelos outros são fatores que contribuem para estimular essa síndrome. Ao perceber alguma vitória que não a sua, a pessoa se sente extremamente ameaçada e não consegue comemorar algo que não seja feito por ela. Esse tipo de atitude impede o crescimento da carreira do próprio indivíduo e um maior aproveitamento do sucesso dos colegas.
- Aversão a desafios
Um ambiente desafiador pode evidenciar quem sofre com esse mal. Por medo de serem superadas por outros colegas, pessoas que sofrem com a síndrome não gostam de se expor a certas situações que possam revelar suas fraquezas ou inferioridades.
- Boicotamento de ideias e desmotivação dos outros
O conflito de ideias é algo saudável, pois gera crescimento e inovação de pensamentos. Porém, é imprescindível que esses conflitos sejam feitos com uma intenção construtiva e de colaboração. Uma pessoa que sofre com essa síndrome boicota ideias e desmotiva os outros com a intenção de diminuí-los. Como consequência, quando um profissional desmotiva os outros por questão de insegurança pessoal, ele acaba prejudicando a equipe como um todo.
- Age de maneira ríspida frente às opiniões alheias
Por se sentirem ameaçadas, pessoas com a síndrome de Procusto não aceitam as opiniões alheias. Além disso, por causa dessa insegurança que sentem, buscam fazer as ideias de outros parecerem absurdas.
O desenvolver da Inteligência Emocional é uma ótima
solução para se livrar das amarras da inveja e do sentimento de ameaça quando
em frente a alguém mais capacitado.
Rodrigo Fonseca - Presidente
da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBIE) e da Associação
Brasileira de Inteligência Emocional (ASbie). Doutorando pela Florida Christian
University (FCU) em Neuromarketing, Comunicador Social formado pela
Universidade de São Paulo (USP) e membro da International Society for Emotional
Intelligence. Idealizador da trilogia Lotus Inteligência Emocional e da
primeira formação em Inteligência Emocional do Brasil, fundamentada nos seus
mais de 21 anos de experiência no assunto. Criador do Projeto ‘Sbie nas
Escolas’ e do maior evento de Inteligência Emocional da América Latina: Conexão
- Conectando Pessoas. É autor dos Best Sellers ‘Emoções – A Inteligência
Emocional na Prática’ e ‘21 Chaves para a Realização Pessoal’. Apresentador dos
Realities Shows “A FORÇA” e “A Grande Virada”. Considerado o maior Influencer
Digital em Inteligência Emocional e responsável pelo Canal do YouTube com o
maior conteúdo neste tema.
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