Embolização é
uma técnica moderna, segura e garante preservação do útero para futuras
gestações
Imagem retirada da internet
Segundo
o radiologista intervencionista e angiorradiologista, Dr. André Moreira de
Assis, do CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista
Ensino e Pesquisa, a desinformação sobre a doença é muito prejudicial.
“Quando a mulher que convive com o problema não tem acesso aos
tratamentos adequados, a consequência pode ser o agravamento dos sintomas e da
própria doença.” explica o médico.
Desfazer mitos e conhecer
as características dos miomas é fundamental para a boa qualidade de vida da
paciente, ainda mais quando existe a facilidade para encontrar inverdades sobre
o tema. Dr. André Assis desmitifica esses tumores:
Mito 1 – Miomas uterinos sempre causam sintomas
“Não
é bem assim. Estudos indicam que cerca de 30 a 50% das mulheres que têm o
problema desenvolvem quadros mais complicados”, conta o médico. O sintoma mais
frequente é o sangramento vaginal intenso (durante ou fora do período
menstrual), seguido de outros, como dor ou pressão pélvica, aumento da
frequência urinária, e dor durante à relação sexual. Em casos mais extremos, os
miomas podem estar relacionados a dificuldades para engravidar. A medicina
possui um amplo arsenal de recursos para amenizar ou eliminar completamente
esses sintomas.”
Mito 2 – Miomas só acometem mulheres mais velhas
“Aproximadamente
50 a 70% das mulheres desenvolverão a condição ao longo da vida, com maior
incidência entre 35 e 50 anos. No entanto, mulheres mais jovens também podem
ter miomas. Se tiverem alguns dos sinais descritos acima, é aconselhável
consultar um ginecologista”, orienta Dr. André. Após a menopausa, os miomas
costumam reduzir de tamanho e parar de causar sintomas.
Mito 3 – Miomas em crescimento podem se tornar
tumores malignos
“Miomas
são tumores benignos. A ideia de que a presença de um mioma uterino aumenta as
chances de ter câncer no útero ou em outros órgãos não tem suporte científico”,
diz Dr. André Assis. Também é muito raro confundir miomas com tumores malignos
do útero durante o diagnóstico. Exames de imagem como a Ultrassonografia e a
Ressonância Magnética complementam a avaliação clínica e ajudam no diagnóstico
adequado e na melhor caracterização dos miomas.
Mito 4 – Se os miomas causam sofrimento e a
mulher não quer ter filhos, o melhor é retirar o útero
A
retirada do útero (histerectomia) é uma das opções de tratamento para miomas
sintomáticos em mulheres que não desejam mais ter filhos. Entretanto, atualmente
existem outras técnicas que não necessitam da retirada do útero, sendo as
principais a embolização e a miomectomia. Para definir a opção de tratamento, é
muito importante o médico discutir com as mulheres aspectos como a intensidade
dos sintomas e os desejos de futuras gestações e da manutenção do útero. O
melhor caminho é que a escolha seja fruto de uma conversa profunda e aberta
entre a equipe médica e a paciente, avaliando os riscos e as vantagens e
desvantagens de cada modalidade de tratamento.
Mito 5 – Os miomas uterinos não diminuem sem
tratamento
Os
miomas são hormônio-dependentes. Eles crescem com o estímulo do estrogênio e
também pela progesterona, dois hormônios femininos. Com a chegada da menopausa,
quando a mulher não ovula e não menstrua mais, a produção hormonal fica
reduzida a quantidades muito pequenas. Segundo o médico, a ausência dos
hormônios leva à redução do tamanho dos miomas e ao desaparecimento dos
sintomas relacionados. De todo modo, é necessário que os miomas sejam monitorados
regularmente pelo médico especialista.
Dr. André pontua também, que a embolização dos miomas uterinos
é um exemplo de terapia minimamente invasiva guiada por imagem que melhorou o
padrão de cuidados e a qualidade de vida de muitas mulheres. “Além de evitar
a retirada do útero, a embolização oferece um período de recuperação muito mais
curto do que as opções cirúrgicas convencionais” conclui o especialista.
Dr. André Moreira de Assis - médico do CRIEP
- Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa - especializou-se em Radiologia
Intervencionista e Angiorradiologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da USP (HC-FMUSP). É radiologista intervencionista do HC-FMUSP e do
Hospital Sírio-Libanês, e membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia
(CBR) e da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia
Endovascular (Sobrice).
CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino
e Pesquisa
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