Podemos começar esse artigo dizendo que nossas
vidas já são digitais - atualmente, não são raras as coisas que podemos fazer
digitalmente: pagar contas, transferências bancárias, compras em supermercados,
compras das mais variadas coisas, reuniões, enfim, as tecnologias digitais
dominam grande parte das tarefas humanas. Elas com certeza atuam como
facilitadores em todo e qualquer trâmite que temos em nossas rotinas. E muito
tem se falado em tecnologias para reconhecimento e identificação de pessoas
como por exemplo, a tecnologia dos smartphones que fazem o desbloqueio do
aparelho por reconhecimento facial. Segundo um estudo realizado pela empresa de
pesquisa Juniper, nove em cada dez smartphones já são equipados com software de
reconhecimento facial hoje em dia.
Algumas empresas já utilizam o reconhecimento
facial, não só em vários países de primeiro mundo como aqui no Brasil também.
Em maio do ano passado, o até então Presidente, Michel Temer, sancionou uma lei
que cria a Identificação Civil Nacional (ICN), um novo documento que unifica os
dados biométricos e civis dos brasileiros. Em resumo, tudo caminha para o
digital. E por que esse é um passo importantíssimo para o nosso país? Entre
vários benefícios, podemos citar primeiramente o fim da burocracia brasileira
para algumas coisas. Com ela, uma pessoa jamais terá de se dirigir pessoalmente
a um órgão público ou empresa privada para levar seus documentos de novo. Ou
precisar emiti-los. O que sabemos que não é nada fácil.
Pensando no lado dos negócios,
por exemplo, a identidade digital permitiria que você abrisse um negócio em 15
minutos, enquanto hoje pode levar meses. A identidade permite que os dados
fiquem armazenados e que as pessoas não precisem repassá-los ao governo toda
vez que precisarem usufruir de um serviço. Outro ponto, segundo a
Fecomércio-SP, o Brasil é um dos campeões de fraude, principalmente no sistema
financeiro, onde se estima R$ 60 bilhões de prejuízo motivado pela tripla ou
quádrupla identificação.
Assim como em outras áreas de nossas
vidas, precisamos utilizar a tecnologia a nosso favor, como facilitadora, como
auxiliadora. Tecnologia temos. Investimento também temos. Precisamos agora de
força e vontade política para fazer isso, para digitalizar a sociedade e acabar
de uma vez por todas com as burocracias impostas para uma prática tão antiga e
que pode revolucionar a vida de todos.
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