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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Inteligência artificial, identidade digital e o fim da burocracia


Podemos começar esse artigo dizendo que nossas vidas já são digitais - atualmente, não são raras as coisas que podemos fazer digitalmente: pagar contas, transferências bancárias, compras em supermercados, compras das mais variadas coisas, reuniões, enfim, as tecnologias digitais dominam grande parte das tarefas humanas. Elas com certeza atuam como facilitadores em todo e qualquer trâmite que temos em nossas rotinas. E muito tem se falado em tecnologias para reconhecimento e identificação de pessoas como por exemplo, a tecnologia dos smartphones que fazem o desbloqueio do aparelho por reconhecimento facial. Segundo um estudo realizado pela empresa de pesquisa Juniper, nove em cada dez smartphones já são equipados com software de reconhecimento facial hoje em dia.

Algumas empresas já utilizam o reconhecimento facial, não só em vários países de primeiro mundo como aqui no Brasil também. Em maio do ano passado, o até então Presidente, Michel Temer, sancionou uma lei que cria a Identificação Civil Nacional (ICN), um novo documento que unifica os dados biométricos e civis dos brasileiros. Em resumo, tudo caminha para o digital. E por que esse é um passo importantíssimo para o nosso país? Entre vários benefícios, podemos citar primeiramente o fim da burocracia brasileira para algumas coisas. Com ela, uma pessoa jamais terá de se dirigir pessoalmente a um órgão público ou empresa privada para levar seus documentos de novo. Ou precisar emiti-los. O que sabemos que não é nada fácil.

Pensando no lado dos negócios, por exemplo, a identidade digital permitiria que você abrisse um negócio em 15 minutos, enquanto hoje pode levar meses. A identidade permite que os dados fiquem armazenados e que as pessoas não precisem repassá-los ao governo toda vez que precisarem usufruir de um serviço. Outro ponto, segundo a Fecomércio-SP, o Brasil é um dos campeões de fraude, principalmente no sistema financeiro, onde se estima R$ 60 bilhões de prejuízo motivado pela tripla ou quádrupla identificação.

Assim como em outras áreas de nossas vidas, precisamos utilizar a tecnologia a nosso favor, como facilitadora, como auxiliadora. Tecnologia temos. Investimento também temos. Precisamos agora de força e vontade política para fazer isso, para digitalizar a sociedade e acabar de uma vez por todas com as burocracias impostas para uma prática tão antiga e que pode revolucionar a vida de todos.



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