A violência contra mulher é um tema amplamente divulgado
pelos meios de comunicação. Esta pauta social é de extrema relevância para
sensibilizar a sociedade e buscar punição para os agressores. Entretanto, ainda
pouco debatido, os homens também sofrem violência física e psicológica, entre
estes, a agressão dificilmente toma os mesmo contornos, alguns destes fatores,
é o machismo, o mesmo que vitimiza tantas mulheres, mas em um efeito reverso -
como vergonha de denunciar sua companheira, chantagens emocionais, e caso
envolva filhos ou bens materiais.
“Todo ser humano está propenso a sofrer relacionamentos
abusivos, em sua maioria mulheres e crianças” explica a psicóloga Miriam
farias.
Nem sempre as agressoras usam da força física, seria
desproporcional. Além de bofetadas, arranhões, e uso de arma branca, como facas
e objetos domésticos, muitas se empoem de calúnia, difamação, e fofoca familiar
para destruir o companheiro, muitas vezes, motivadas por ciúmes e
desconfianças.
"A cultura popular brasileira banalizou os casos de
agressões com os homens, inclusive, tornando crimes, meras brincadeiras, como
ameaças das esposas de envenenar a comida, jogar óleo ou água quente enquanto o
companheiro estiver dormindo, e até mesmo “cortar o pênis” caso, o “cara” “faça
algo errado”. É inadmissível qualquer tipo de tortura (física ou psicológica),
independente do gênero", reitera a psicóloga.
Alguns países levam a sério o atendimento aos homens
vítimas de relacionamentos abusivos, como, Estados Unidos, Canadá e Reino
Unido. As ONGs internacionais Men's Advice Line e ManKind Initiative também
prestam auxilio. No Brasil, a Lei Maria da Penha, já foi aplicada para proteger
homens de suas conjugues, a justiça julgou essa importância, em casos extremos.
10% das denúncias na rede portuguesa de apoio a vitima são de homens.
Assim como os homens, muitas mulheres também não aceitam
o final de um relacionamento, e passam perseguir e “infernizar” a vida do ex-
companheiro. Inventam falsa gravidez para tentar “manter o relacionamento”.
Se for um casal que tiver filhos “ dificulta visitas, e, podem até mesmo
criar uma imagem negativa do ex companheiro para as crianças. Outras mulheres
ameaçam entrar na justiça, como punição, para conseguir bens materiais,
com a famosa frase “ Vou tirar tudo que você tem”.
O American Journal of Preventive Medicine, coordenada
pelo médico americano Robert J. Reid, ouviu mais de 400 homens aleatoriamente,
por telefone, em 2017, 5% deles afirmaram terem sido vítimas da violência
doméstica no último ano;10% nos últimos cinco anos e 29% em algum momento da
vida.
Pesquisa brasileira
Diante da ausência de dados oficiais no Brasil sobre a
violência conjugal contra os homens, realizou-se um questionário no google
forms, e disponibilizado em redes sociais (páginas e grupos do Facebook), para
o público masculino responder, com a participação de 833 homens, entre o dia
14/04/2018 e 24/04/2018. O resultado foi publicado pela Revista
Eletrônica Âmbito Jurídico. Entre as perguntas:
Já sofreu algum tipo de violência nas relações intimas de
afeto? 63,6% sim (521 pessoas); 15,6% talvez (128 pessoas) e 20,8% não (170
pessoas)
Justifica tudo o que faz, e quando se esquece ou
não tem tempo, ocorrem brigas? (ou já passou por isso em algum relacionamento?)
78,6% sim (629) e 23,3% não (190)
Não pode estar com amigos ou sua família porque ela tem
ciúmes? (ou já passou por isso em algum relacionamento?) 63% sim (516) e 37%
não (303).
A mesma mulher praticou mais de uma dessas condutas e em
momentos diversos? 81,4% sim (667) e 18,6% não (152) Pode relatar o que sentiu após a violência sofrida,
praticada ou retribuída? Recebi só no espaço aberto do questionário 464
relatos, além de outros em redes sociais.
Por meio do questionário verificou-se que os próprios
homens não sabem identificar a violência afetiva – na primeira pergunta 63,6%
(521) disse que sofreu violência afetiva, já ao final do questionário o número
elevou-se para 75,3% (615) – e que um grande percentual naturaliza como
comportamento feminino a invasão de privacidade, perseguição, posse, tapas, ser
atingido por objetos e destituído de contato com a própria família, amigos e
lazer individual.
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