Médicos estarão à disposição
da Imprensa para falar sobre o tema
Dia
1 de outubro é o Dia Mundial da Urticária. A forma mais impactante da doença, a
Urticária Crônica Espontânea (UCE) pode ser grave e levar a uma qualidade de
vida muito ruim, sendo pior que a de pacientes com hanseníase (conhecida
popularmente como "lepra") e psoríase1.
A UCE se manifesta com lesões avermelhadas que formam placas elevadas na pele (urticas) e coçam a ponto de a pessoa não conseguir manter suas atividades diárias, como trabalhar, estudar ou até mesmo dormir4,5,6,7. A UCE muitas vezes também se manifesta com inchaço dolorido em partes do corpo (angioedemas), que podem ou não ser acompanhados da coceira. As manchas, associadas à coceira, desaparecem em até 24h sem deixar marca, reaparecendo em outras áreas da pele, dando uma sensação de que estão andando pelo corpo.
Quando esse surgimento de urticas e/ou angioedema ultrapassa seis semanas, estamos diante do que os médicos classificam como uma urticária crônica e, em aproximadamente 66% dos casos, trata-se de uma Urticária Crônica Espontânea (sem um gatilho externo para seu surgimento, assim como outras doenças autoimunes7). O Dia Mundial da Urticária chama a atenção para o pior problema de quem convive com essa doença: o diagnóstico ainda é muito demorado3. Facilmente confundida com alergia, boa parte dos pacientes levam anos até que um médico especialista (geralmente alergista ou dermatologista) identifique a UCE3.
Uma pesquisa inédita realizada pela Ipsos no Brasil a pedido da Novartis, em março de 2018, apontou que 91% da população desconhece totalmente a doença. Das pessoas que dizem já terem ouvido falar da UCE, a grande maioria dos entrevistados atribuem a causa da doença a mitos como estresse, alimentos, produtos de limpeza e cosméticos.
Grande parte dos pacientes relatam que levam anos para chegarem a um diagnóstico correto e, em razão disso, 67% dos pacientes desistem de procurar um médico9.
Enquanto não são diagnosticados com a doença, muitos pacientes são medicados erroneamente com corticoides, analgésicos e anti-inflamatórios e voltam repetidas vezes em pronto-atendimentos que não resolverão o problema8. O tratamento correto inicial é feito com anti-histamínicos não sedantes (2ª geração) e, para pacientes que não chegam ao controle completo da doença (pele sem lesões e sem coceira), associa-se um medicamento imunobiológico disponível no Brasil7.
Quem tem sintomas recorrentes parecidos com uma alergia, que parecem surgir do nada, precisa antes de tudo buscar um médico especialista (alergista ou dermatologista). Há também centros de excelência de UCE (UCARE) no mundo todo, inclusive no Brasil, como a Faculdade de Medicina do ABC, Hospital das Clínicas, Hospital São Paulo e outros, que podem ser consultados em:
http://www.ga2len-ucare.com/centers.html.
Com o tratamento correto, estima-se que 92% dos pacientes ficam livres dos sintomas e podem voltar a ter uma vida normal3, vivendo com uma qualidade de vida equivalente à de uma pessoa sem a doença4.
Agenda
Ação
de conscientização da UCE
Data:
1 de Outubro de 2018
Horário:
das 11h às 15h
Ação
de rua com grupo uniformizado, com placas da campanha, material informativo e
médico disponível para mais informações. A ação ocorre simultaneamente em 10
cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Belo Horizonte, Recife, Salvador,
Brasília, Porto Alegre, Curitiba e Ribeirão Preto.
Local:
São Paulo
|
Av.
Paulista |
Curitiba
|
Rua
XV de novembro no centro histórico da cidade |
Distrito Federal
|
Praça
do relógio de Taguatinga |
Rio de Janeiro
|
Caminhada
começando pelo Largo da Carioca, Rua Uruguaiana, Av. Presidente Vargas, Av.
Rio Branco e terminando no Largo da Carioca. |
Ribeirão Preto
|
Calçadão
da Rua General Osório. |
Vitoria
|
Av.
Nossa Senhora da Penha |
Belo Horizonte
|
Praça
Savassi |
Porto Alegre
|
Esquina
Democrática e mercado público. |
Recife
|
Av.
Agamenon Magalhães |
Salvador
|
Avenida
Tancredo Neves |
Referências
1 Silvares MR, Fortes MR,
Miot HA. Quality of life in chronic urticaria: a survey at a public university
outpatient clinic, Botucatu (Brazil). Rev Assoc Med Bras (1992). 2011
Sep-Oct;57(5):577-822 - Maurer M, et al. Allergy 2011;66:317–30
3 - Maurer M, Staubach P, Raap U, Richter-Huhn G, Bauer A,Ruëff F, Jakob T, Yazdi AS,Mahler V, Wagner N, Lippert U, Hillen U, Schwinn A, Pawlak M, Behnke N, Chaouche K, Chapman-Rothe N. H1-antihistaminerefractory chronic spontaneous urticaria: it's worse than we thought – first results of the multicenter real-life AWARE study. Clin Exp Allergy. 2017 May;47(5):684-692.
4 - Kang MJ, Kim HS, Kim HO et al. The impact of chronic idiopathic urticaria on quality of life in korean patients. Ann Dermatol 2009;21:226–9.
5 - Maurer M, Weller K, Bindslev-Jensen C et al. Unmet clinical needs in chronic spontaneous urticaria. A GA²LEN task force report. Allergy. 2011 Mar;66(3):317-30
6 - Silvares MR, Fortes MR, Miot HA. Quality of life in chronic urticaria: a survey at a public university outpatient clinic, Botucatu (Brazil). Rev Assoc Med Bras (1992). 2011 Sep-Oct;57(5):577-82
7 - Zuberbier T, Aberer W, Asero R et al. The EAACI/GA²LEN/EDF/WAO Guideline for the Definition, Classification, Diagnosis and Management of Urticaria. The 2017 Revision and Update. Allergy. 2018 Jan 15.
8- Maurer M,
Abuzakouk M, Bérard F, et al. The burden of chronic spontaneous urticaria is
substantial: Real-world evidence from ASSURECSU.Allergy. 2017
Dec;72(12):2005-2016.
9 - Maurer M, Staubach P,
Raap U et al. ATTENTUS, a German online survey of patients with chronic
urticaria highlighting the burden of disease, unmet needs and real-life
clinical practice. Br J
Dermatol 2016 Apr;174(4):892-4.10 Kaplan AP. Therapy of chronic urticaria: a simple, modern approach. Ann Allergy Asthma Immunol. 2014 May;112(5):419-25
11 M?ynek A,
Zalewska-Janowska A, Martus P, Staubach P, Zuberbier T, Maurer M. How to assess
disease activity in patients with chronic urticaria? Allergy. 2008
Jun;63(6):777-80.
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