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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

MÊS DE PREVENÇÃO DO CÂNCER COLORRETAL


HCor ressalta importância da alimentação saudável na prevenção dos tumores de intestino

Em prol da campanha Setembro Verde, voltada a prevenção do câncer colorretal, coordenador do Serviço de Cirurgia Oncológica do hospital afirma que uma dieta rica em gorduras animais, carnes processadas e baixa ingestão de fibras, frutas frescas e vegetais pode impulsionar o surgimento da doença, principalmente, no aparelho digestivo


A alimentação inadequada é responsável por cerca de 20% dos casos de câncer no país, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). De acordo com a instituição, um em cada três casos poderia ser evitado com a adoção de dieta saudável, controle de peso e prática de atividade física. "Principalmente os casos de colorretal ou do intestino grosso, já que são os tumores malignos que mais acometem o aparelho digestivo. Problemas desse tipo, correspondem a 8% de todas as mortes por câncer no país e está no 3º lugar em incidência no mundo", afirma o Dr. Ulysses Ribeiro, coordenador do Serviço de Cirurgia Oncológica do HCor.  

Em prol da campanha Setembro Verde, voltada à prevenção do câncer colorretal, o médico acrescenta que os tumores de intestino contavam com maior prevalência nas regiões Sudeste e Sul. Em São Paulo, especificamente, o problema ganhou maiores proporções no ano de 2016 com cerca de 28 a 36 homens por 100 mil habitantes e 25 a 33 mulheres por 100 mil habitantes. 

Embora as estatísticas sejam preocupantes, a boa notícia é que há como prevenir a doença, na grande maioria dos casos. "A prevenção primária se baseia numa dieta rica em fibras, composta de alimentos como frutas frescas, cereais (preferencialmente os integrais), verduras, legumes, grãos e sementes, além da prática de atividade física regular e diminuição da obesidade", explica o cirurgião oncológico do aparelho digestivo. "Além disso, deve-se parar de fumar, evitar ou diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, de carnes processadas e de quantidades acima de 300 gramas de carne vermelha por semana".

Já a prevenção secundária ocorre por meio da busca ativa dos pólipos e tumores pequenos, como o teste de sangue oculto nas fezes, e a colonoscopia que é o exame endoscópico do intestino grosso. Este método permite além do diagnóstico, o tratamento com a retirada dos pólipos e/ou tumores pequenos e não profundos.

Inicialmente, este tipo de câncer pode não apresentar sintomas, fase denominada assintomática. Muitas vezes as pessoas já podem apresentar pequenas lesões na parede interna do intestino, que se parecem com elevações ou verrugas, chamadas de pólipos, e não tem quaisquer queixas. Na maior parte dos indivíduos, os tumores ocorrem a partir destes pólipos. "Se retirarmos os pólipos, o risco de evolução para tumor diminui. Quando os tumores progridem e invadem os tecidos podem ocasionar alterações do hábito intestinal, sangramento ou dor abdominal", alerta Dr. Ribeiro.

O rastreamento na fase assintomática deve começar a partir dos 50 anos para a população geral. O procedimento cirúrgico ainda é o principal recurso para os tumores do intestino e pode ser indicado no início do tratamento, pós-quimioterapia, ou pós-radio/quimioterapia. O método laparoscópico veio trazer as vantagens da cirurgia minimamente invasiva ao tratamento, incluindo-se menores incisões abdominais, menor tempo de recuperação, menor dor pós-operatória, maior rapidez de início da quimioterapia para pacientes que precisem e retorno mais rápido ao trabalho. "Faça os exames de rastreamento para o câncer do intestino de acordo com as orientações de seu médico. O tumor de intestino é passível de prevenção, não tenham medo", orienta o cirurgião oncológico do HCor.


INCIDÊNCIA DE CÂNCER

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou no início de fevereiro novos dados de incidência da doença para o biênio 2018-2019. O levantamento apontou que serão cerca de 600 mil novos casos, em cada ano.

Tipos de câncer de maior incidência no país e novos casos

Pele não melanoma – 165.580
Próstata – 68.220
Mama feminina – 59.700
Cólon e reto (câncer de intestino) – 36.360
Pulmão – 31.270


Entre as mulheres

Mama – 59.700
Intestino – 18.980
Colo do útero – 16.370
Pulmão – 12.530
Glândula tireoide – 8.040


Entre os homens

Próstata – 68.220
Pulmão – 18.740
Intestino – 17.380
Estômago – 13.540
Cavidade oral – 11.200



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