Saber escolher uma
boa escola é importante, mas pais devem ficar atentos também sobre quando
trocar a escola e se a mudança é realmente necessária
Trocar a escola dos filhos é sempre uma questão
delicada que deve ser tratada com muito cuidado. Os critérios utilizados para
escolha da nova instituição são sempre os pontos que merecem mais atenção por
parte dos pais, para que consigam decidir da melhor forma possível. Mas outro
detalhe bastante importante que precisa ser observado: como saber quando é a
hora certa de trocar a escola? Quem tem filhos em idade escolar sabe que não se
deve mudar de escola como se muda de roupa. "Ideal mesmo seria que a
criança pudesse passar toda a escolaridade básica num só lugar. Mas isso nem sempre é possível e os
motivos podem ser vários: a filosofia da escola não está alinhada com os
valores da família; dificuldades de adaptação ou discordância em relação à
proposta pedagógica; a escola não oferece toda a escolaridade ou período
permanência na escola não atende as demandas da família; bullying; mudança da
família para outra localidade são alguns dos principais motivos atestados pelos
pais quando pedem a transferência dos filhos", assinala a diretora
pedagógica da Editora Positivo, Acedriana Sandi.
Especialistas defendem, unanimemente, que o melhor
período para se fazer a troca de escola é o fim do ano letivo. "Dessa
forma, a transição tende a ser menos turbulenta para o aluno, que terá a
oportunidade de fechar um ciclo e encerrar de forma menos brusca as relações
afetivas com colegas e professores, sem ter também que lidar com prejuízos
referentes a conteúdo e aprendizado", reforça Acedriana. Mas antes de
decidir de fato pela mudança, dependendo da razão que está fazendo pais e
filhos considerarem essa possibilidade, alguns pontos devem ser observados.
"Se os motivos são baixo desempenho do aluno, dificuldade de aprendizagem
ou comportamento inadequado, antes de partir para a troca de escola é
aconselhável que os pais tenham uma conversa franca com o filho e, depois,
procurem a instituição para dialogar sobre possíveis soluções para os
problemas", aconselha o diretor geral do Colégio Positivo, Celso Hartmann.
Segundo ele, em muitos casos, as situações podem
ser resolvidas sem a necessidade de mudança. "Algumas vezes, consultar um
psicopedagogo pode ajudar os pais a descobrirem alguma dificuldade particular
de aprendizado da criança que não será resolvida com a troca de escola, apenas
mudada de lugar", esclarece. Contratar aulas particulares de reforço
também pode ajudar a melhorar o desempenho do aluno. "Os pais devem estar
atentos para conseguirem identificar de forma clara quais são as pequenas
queixas e dificuldades relatadas (que, na verdade, fazem parte do dia a dia
escolar) e o que merece, de fato, se transformar em motivo para se mudar a
escola", ressalta Hartmann. O diretor destaca que, quando todas as partes
envolvidas demonstram interesse e empenho em resolver a questão a fim de evitar
a mudança, passam para a criança uma importante mensagem: "é enfrentando
os obstáculos - e não fugindo - que realmente aprendemos a lidar com nossos
problemas".
Alguns sinais ajudam a perceber quando algo não
está certo e a mudança pode se tornar realmente necessária. Desconfie quando a
criança:
• Ficar triste ou zangada sem motivo aparente;
• Não tiver ânimo para ir às aulas com frequência;
• Não conseguir realizar as tarefas escolares;
• Apresentar algum distúrbio do sono;
• Reclamar com frequência dos colegas de turma;
• Apresentar rendimento escolar muito abaixo do seu
potencial.
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