Recaída aumenta no período das festas de final de ano
CISA alerta que época de comemorações exige
atenção em dobro de pacientes que sofrem de dependência ou abuso de álcool
O período de festas de final de ano está bem próximo e um tema delicado precisa ser colocado em pauta para alertar familiares, amigos e principalmente pacientes que convivem com a dependência ou abuso de álcool. De acordo com o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), organização não governamental que se destaca como principal fonte sobre saúde e álcool do país, a época de confraternização exige atenção redobrada para a prevenção da recaída.
“As chances de recaídas são maiores em datas festivas, por ser um período em que o consumo de álcool é socialmente mais aceito, sendo inclusive feito de forma mais frequente e com maior intensidade”, destaca o presidente executivo do CISA, Dr. Arthur Guerra.
Avaliada como parte do quadro clínico, a recaída acontece por diversas causas.
Além da própria dependência, fatores como pressão social, conflitos interpessoais e estados emocionais negativos favorecem o episódio.
“É importante frisar que a recaída não invalida o tratamento como um todo.
Também não significa que a pessoa tenha fracassado ou que não possa recuperar-se. Mas a equipe médica deve ser avisada para que haja uma prevenção e o uso não volte ao padrão de antes”, recomenda o psiquiatra.
No Brasil, estima-se que 5,6% dos brasileiros preencham critérios para abuso ou dependência. Para essa parte da população, a recomendação do Dr. Arthur Guerra é redobrar os cuidados e não sentir vergonha em recusar a bebida alcoólica, mesmo que seja somente para brindar.
Confira algumas orientações para o período:
- Familiares e amigos: encorajem a pessoa que sofre de dependência ou abuso de álcool a manter a abstinência, não ofereça bebida alcoólica.
- Entenda que um golinho pode sim ser um problema para quem já teve ou tem dependência. Portanto, não insista!
- Para quem está organizando eventos de final de ano, ofereça também drinks sem álcool. Eles podem ser uma alternativa atraente para substituir as opções alcoólicas.
- Para aqueles que têm dificuldade em recusar, evite locais e eventos que servem bebida alcoólica.
- Tenha o contato da equipe médica que está acompanhando o caso em local de fácil acesso. Acione se for necessário; assim, a recaída poderá ser menos intensa e de menor gravidade.
Para quem não sofre de dependência alcoólica, mas exagera no consumo de álcool nessa época do ano, o CISA lembra que a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas traz riscos – da mais conhecida ressaca, que tem como sinais dores de cabeça, boca seca, náusea, tremores e falta de apetite; até um quadro de amnésia alcoólica (a incapacidade de se lembrar de trechos ou períodos inteiros) ou coma alcoólico, quando há uma intoxicação severa por álcool e as funções vitais começam a falhar.
Você pode celebrar e viver toda a experiência das datas comemorativas sem fazer uso de álcool. O importante é estar próximo das pessoas que te fazem bem.
Centro
de Informações sobre Saúde e Álcool – CISA
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