Pesquisar no Blog

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

A posição de dormir diz muito sobre a sua personalidade

Cada pessoa tem uma forma diferente e peculiar de dormir. E, com o passar dos anos, adotam posturas específicas. Mas você sabia que o jeito de dormir pode revelar alguns traços sobre a personalidade? E o mais importante, pode influenciar também na saúde. Confira abaixo algumas posturas de sono mais comuns e veja se você se encaixa em alguma delas:

 

Posição fetal: Essa é a preferida pelas mulheres. As pessoas que escolhem esta posição tendem a ser mais sensíveis e um pouco introvertidas até ganharem confiança e, então, se tornarem amorosas.

 

Posição do tronco: Essa postura se caracteriza por dormir de lado, com os braços e as pernas retos, como um tronco. As pessoas que gostam dessa posição tendem a ser confiantes e carismáticas, além de gostarem de ser elogiadas.

 

Abraçando um travesseiro ou objeto: Muitas pessoas precisam dormir abraçadas com algo – travesseiro ou bichinho de pelúcia – para descansar, mas isso não significa que sejam inseguras, pelo contrário, essa postura mostra uma pessoa confiante e boa para o diálogo.

 

De barriga para cima: A pessoa que dorme nessa posição possui uma postura rígida, amante da perfeição com tudo e com todos.

 

De barriga para baixo: O famoso dormir de bruços, com as pernas esticadas e os braços sob o travesseiro. Essa posição mostra uma pessoa líder, impulsiva e com iniciativa para atingir seus objetivos. Por outro lado, em algumas ocasiões, tendem a ser sensíveis.

 

Os especialistas da Emma Colchões alertam que “é importante dormir em um colchão que se adapte ao seu corpo e otimize a distribuição de pressão do corpo para ter um suporte perfeito na posição em que você está”, finaliza.

 

 

Emma - https://www.emma-colchon.com.mx/


Saúde mental em jogo: a pandemia e o excesso de trabalho

 

 De acordo com uma pesquisa, 68% dos entrevistados têm trabalhado pelo menos uma hora a mais por dia 
iStock


Quem não está se sentindo cansado em virtude da pandemia, independentemente de qual seja o campo que ela está afetando particularmente a cada um, que atire a primeira pedra. A saudade das pessoas, do contato e até de momentos de descontração no trabalho, por exemplo, tem afetado a vida de pessoas ao redor do mundo, desde quando o coronavírus se tornou parte do dia a dia.

No início, diversos profissionais dos mais variados setores tiveram de aderir ao trabalho remoto, à distância, longe das dependências do escritório ou empresa, o que pode ter sido benéfico para quem soube se adaptar e administrar o tempo para cumprir suas funções profissionais e o tempo para descansar. Em abril deste ano, uma pesquisa realizada pelo LinkedIn com dois mil profissionais em home office apontou que 68% dos entrevistados têm trabalhado pelo menos uma hora a mais por dia (21% até quatro horas a mais). O estudo ainda revelou que 62% estão mais estressados e ansiosos com o trabalho do que antes da pandemia.

Isto desperta um alerta! Trabalhar excessivamente pode aumentar o risco de diversas doenças, como hipertensão e diabetes, e inúmeras síndromes e transtornos, como Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Síndrome de Burnout. A saúde mental é bastante impactada por uma rotina frenética. Longas jornadas de trabalho com poucas pausas para descanso, turnos alternados e ritmos intensos fazem com que os funcionários sintam-se ansiosos, estressados, exaustos e desanimados, o que pode desencadear casos graves de depressão.


Novamente o alerta se acende!

A campanha Setembro Amarelo, criada em conjunto pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Centro de Valorização da Vida (CVV) e que tem por objetivo a conscientização da população em relação à prevenção do suicídio, também é voltada ao mundo corporativo. Além dos abalos psicológicos, um ambiente de trabalho desfavorável causa falta de produtividade, de motivação e de engajamento nas atribuições.

Como era de se esperar, as empresas têm papel crucial na saúde mental do trabalhador. A lei define, no artigo 7º, inciso XIII, da Constituição Federal de 1988, que a duração da jornada dos trabalhadores urbanos e rurais não pode ser superior a oito horas diárias e 44 horas semanais, inclusive a dos trabalhadores domésticos. Quando o período supera esses limites, observada uma variação de até dez minutos diários, é caracterizado o direito ao pagamento de horas extras ou compensação equivalente ao funcionário.

É imprescindível que se respeite, mesmo em home office, o tempo de intervalo para alimentação e descanso, o que é garantido ao empregado pela lei. Quando os sintomas das doenças psíquicas e dos transtornos mentais/comportamentais forem atestados por um médico como incapacitantes, sendo recomendado ao empregado um afastamento superior ao período de 15 dias, ele deve ser encaminhado ao INSS para avaliação da concessão de benefício previdenciário.

Resumidamente, a empresa tem o dever de proteger e garantir um ambiente de trabalho sadio e seguro, assim como promover a valorização social do trabalho e da dignidade do trabalhador. Ações como incentivo e reconhecimento são importantes, bem como respeitar os limites individuais e diminuir a intensidade do trabalho quando necessário. Ao perceber sinais ou sintomas que possam estar relacionados ao excesso de trabalho, é de extrema importância procurar um profissional de saúde.

 


Marcia Glomb - advogada especialista em Direito do Trabalho e atua no Glomb & Advogados Associados, também formada em Administração de Empresas.


 Glomb & Advogados Associados

www.glomb.com.br


 

Gastos com alimentação representaram 10% do orçamento das famílias durante a pandemia

Mapeamento da FecomercioSP mostra que classe E consumiu mais produtos essenciais, enquanto A e B focaram em serviços
 

Considerando a queda de renda de quase 80% da população brasileira, durante o primeiro semestre de 2020, as famílias modificaram a forma de gastarem seus orçamentos. Estudo da FecomercioSP mostra que a distribuição de consumo aponta maior concentração em produtos de primeira necessidade entre faixas de renda mais baixas e de serviços, dentre as mais altas.
 
Os gastos com alimentação representam 10% do total de gastos médios dos brasileiros, sendo 17% dos gastos das famílias com renda até R$ 1.950, e só 4% das famílias de renda superior a R$ 16.900. Ao mesmo tempo, os valores com educação representam 2% do total do orçamento da Classe E e 5% na Classe A, lembrando que em termos absolutos as disparidades se tornam ainda maiores.


Com o auxílio emergencial e a antecipação do décimo terceiro salário (medidas que eram necessárias mas que talvez precisem de melhor calibragem), a Classe E (que ganha até R$ 1.950) teve um aumento tanto no total da massa de renda semestral (+62.7%) como na média mensal familiar (+61.5%). Como essa faixa possui  maior propensão ao consumo de produtos essenciais, foi imposto um choque de demanda considerável em alguns itens da cesta básica, causando eventuais aumentos de custos, que também ocorreram devido a fenômenos do câmbio, como o recente caso do arroz. Foram fatores que causaram infelizmente um efeito colateral indesejado na inflação de alimentos, ampliando o custo de vida dos mais pobres de forma mais proeminente.

 
Além disso, os itens não consumidos, relativos a serviços como eventos, lazer, turismo, mais significativos no orçamento das classes mais altas, tiveram seus preços estacionados, o que segundo os economistas da FecomercioSP pode ter se refletido na formação de poupança forçada nas famílias das classes A, B e C, que teriam economizado nestes gastos, durante a quarentena.
 
Assim, há expectativa em saber como ficará o tecido econômico no período pós-pandemia e como o desemprego afetará a renda das famílias em cada faixa de renda. Provavelmente, tanto as classes A quanto a E estarão menos suscetíveis aos problemas no curto prazo, dado que os programas de transferência de renda do governo devem se manter para faixas de renda muito baixas, já a possibilidade de ter havido mais poupança e maior preservação do emprego, tende a apontar um cenário mais otimista no lado oposto. É a classe média, portanto, que deve sentir os efeitos da crise mais efetivamente, diante de seu padrão de consumo, dos efeitos e da localização da inflação e do risco de emprego.


Como fazer uma boa Reforma Tributária?

 

Para especialista no assunto, as palavras-chave são simplicidade, transparência e justiça


 

Em meio a tantas reformas institucionais necessárias ao crescimento do país, a tributária é a bola da vez. O assunto impacta diretamente a vida de milhões de brasileiros que estão preocupados com as medidas que tramitam em Brasília e seus desdobramentos finais.

 

“A maior reclamação dos contribuintes é a complexidade. Simplificar a tributação deve ser o objetivo principal de uma boa reforma. Qualquer ação nesse sentido deve buscar a neutralidade para não causar distorções na economia, gerar transparência aos consumidores e igualdade de tratamento”, explica o advogado especialista em direito e processo tributário, Guilherme Luvisotto.


 

Burocracia excessiva


Um estudo que mede a regulamentação do ambiente de negócios - feito pelo Banco Mundial, em 2018 - indica que no Brasil são necessárias 1.501 horas por ano para cumprir todas as normas e regras exigidas pelo sistema tributário. A média dos países desenvolvidos é de 120 horas. Já na América Latina, a média é de 317 horas.

 

Outro dado curioso está no ranking de facilidade para pagamento de impostos: o Brasil ocupa a posição de número 184, numa lista com 191 economias. Na classificação geral (facilidade para se fazer negócios), o Brasil ficou em 124.

 

Com tantos problemas a serem resolvidos e um arcabouço tributário ineficiente, o momento torna-se adequado para debater as mudanças na cobrança de impostos. “Regras claras e objetivas tornam os negócios mais promissores tanto para as empresas nacionais, quanto estrangeiras; já que elas não conhecem e não entendem essa confusão no país”, enfatiza Luvisotto.


 

Boas intenções, maus resultados


Apesar dos esforços mostrados pela equipe econômica do governo, os projetos apresentados sofrem duras críticas em diversas áreas. No setor de prestação de serviços, a nova sistemática pode triplicar a carga de impostos, justamente o contrário do que se espera.

 

No mercado literário, a taxação dos livros pode encarecer as obras em cerca de 12%. Para a Federação Brasileira de Bancos, os efeitos da criação da Contribuição Social Sobre Operações com Bens e Serviços (CBS) – como está sendo proposto pelo governo – aumentaria a carga paga pelo sistema financeiro em 25%, algo em torno de R$ 6 bilhões.

 

Opinião semelhante tem o Instituto da Confederação Nacional da Agricultura, que prevê a elevação de impostos ao setor agrícola. Já a Confederação Nacional das Cooperativas afirma que a reforma tributária geraria uma dupla tributação do setor, pois o novo imposto incidiria sobre o cooperado e também sobre a cooperativa.

 

Enquanto isso, a Confederação Nacional de Saúde - por meio de um estudo encomendado a uma consultoria - chegou à conclusão de que a proposta de substituir o PIS/Pasep e Cofins pela CBS deve aumentar a cobrança de impostos de hospitais, clínicas e planos médicos. Por sua vez, esses custos seriam repassados em aumento no valor dos serviços.


 

Como resolver?


A Reforma Tributária tem o objetivo de potencializar o cenário econômico do país. O resultado esperado é um ambiente que favoreça o empreendedorismo e os negócios – seja por meio da geração de empregos diretos e indiretos, o aumento da competitividade interna ou pela melhoria na qualidade dos serviços e produtos oferecidos.

 

“Mesmo num cenário tão distinto e amplo como no Brasil, as soluções para se fazer uma boa reforma tributária envolvem alguns itens. O primeiro é ampliar a base de incidência dos tributos. Depois, precisa de regras homogêneas. Em seguida, fazer a tributação no destino, ter crédito amplo com ressarcimento ágil e desoneração dos investimentos. Esse conjunto de ações podem impulsionar o crescimento econômico de todo país”, observa o especialista que integra a equipe da Luvisotto & Franz – Sociedade de Advogados.

  

Retorno ao trabalho presencial deve seguir normas de saúde e segurança

Em meio à pandemia de COVID-19, a Justiça do Trabalho continua com o entendimento de que as empresas devem seguir todas as normas de segurança e medicina do trabalho já vigentes. Os empregadores devem tomar todas as medidas preventivas para evitar que os funcionários sejam contaminados pelo vírus.

Profissionais que pertencem ao grupo de risco têm procurado os sindicatos da categoria. O objetivo é o de permanecer no teletrabalho – algo também pleiteado por funcionários que residem com familiares que fazem parte do grupo de risco. As entidades sindicais, através de seus departamentos jurídicos, estão ajuizando ações judiciais para tais pedidos, já com alguns êxitos, prevalecendo a proteção à vida e saúde.

Além da Justiça do Trabalho, o MPT (Ministério Público do Trabalho) busca garantir os direitos sociais constitucionalmente garantidos aos trabalhadores, como acesso à educação, saúde e alimentação. Em tempos de pandemia, o órgão opera no pleito ao respeito do retorno presencial a trabalho, mediante protocolo de segurança. Em caso de descumprimento, o trabalhador pode, inclusive, denunciar a empresa. A companhia será notificada para responder à denúncia e fiscalizada, se for o caso.


Retorno ao trabalho

As empresas devem tomar algumas medidas para o retorno presencial. A volta ao posto de trabalho precisa respeitar as normas de saúde e segurança do trabalho, além de todos os protocolos sanitários exigidos pelas Portarias Conjuntas 19/2020 e 20/2020, emitidas pelo Ministério da Saúde e Secretaria e Especial de Previdência e Trabalho. As portarias preveem quais são as medidas que devem ser observadas para a prevenção e o controle da transmissão da COVID-19.

Salienta-se que para a empresa retomar o trabalho presencial, se faz necessário a elaboração de um plano de retomada específico para cada segmento. O retorno gradual deve ser incluído no processo de retorno. Além disso, é de suma importância que os trabalhadores sejam informados com antecedência sobre as regras do plano, a fim de todas as medidas de segurança e saúde dos trabalhadores sejam observadas e respeitadas.

O ambiente de trabalho - área física – deverá sofrer adequações para que se respeite o distanciamento mínimo entre os funcionários. Proteção para atendimento do público externo, ventilação, limpeza assídua dos ambientes e fornecimento de máscaras devem fazer parte do protocolo de retorno contra o novo coronavírus.

Caso o funcionário identifique que o seu ambiente de trabalho não está adequado em relação as medidas sanitárias contra a COVID-19, poderá buscar mais informações nos Recursos Humanos da empresa. Se o problema não for solucionado, poderá procurar o sindicato da sua categoria ou até mesmo o MPT. O órgão pode instaurar um inquérito civil público em face da empresa para investigação.

Vale ressaltar que o funcionário deve tomar as medidas com cautela. Ao notar que o ambiente de trabalho não está em conformidade em relação à COVID-19, é necessário notificar o empregador por escrito, ou a chefia imediata, informando que se recusa a trabalhar em razão do risco grave e iminente à saúde e obtenha provas. Importante esclarecer que tudo dependerá do caso concreto e da real probabilidade do contágio e da disseminação do vírus.


Home office permanente

Em março, o Governo Federal criou a MP (Medida Provisória) 927/2020 que estabeleceu o teletrabalho de forma unilateral. A medida perdeu a validade em julho deste ano por não ter sido analisada pelo Congresso Nacional. Dessa forma, as regras previstas pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) em relação ao home office voltam a vigorar.

Durante o período de vigência, a MP também autorizou que as empresas poderiam estabelecer o teletrabalho sem a necessidade de controle de jornada. Depois de julho, o home office voltou a necessitar da autorização do trabalhador ou da entidade sindical para ser acordado, bem como o controle da jornada. Para a empresa manter o empregado em trabalho presencial de modo parcial é necessário que faça um acordo específico para esse fim.

A CLT, no art. 75-C, prevê que o empregador poderá realizar a alteração entre regime presencial e de teletrabalho. Tal formato é possível desde que haja mútuo acordo entre as partes, com registro em aditivo contratual. Já para a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, é preciso respeitar o prazo de transição mínimo de 15 dias, também registrado por meio de um aditivo contratual.

 


Dra. Alessandra Cobo - coordenadora da equipe técnica do escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados. É é advogada, inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº 225.560, bacharela em Direito pela Faculdades Adamantinenses Integradas, desde 2004, especialista em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, desde 2009


Os confrontos na região do Nagorno-Karabakh e suas possíveis consequências


Nagorno-Karabakh faz parte do Azerbaijão, mas sua população é majoritariamente armênia. Grandes potências locais como Rússia, Turquia e Irã ficam próximas da região do conflito. Com o colapso da União Soviética na década de 1980, Nagorno-Karabakh votou para se tornar parte da Armênia - desencadeando uma guerra que parou com um cessar-fogo em 1994. Desde então, Nagorno-Karabakh permaneceu parte do Azerbaijão, mas é controlado por armênios de etnia, apoiados pelo governo em Yerevan.

A Armênia é majoritariamente cristã, enquanto o Azerbaijão, rico em petróleo, é de maioria muçulmana. A Turquia tem laços estreitos com o Azerbaijão, enquanto a Rússia é aliada da Armênia, embora também tenha boas relações com o Azerbaijão, e venda armamentos para os dois países. Apesar da diferença religiosa, o conflito não tem uma relação direta com esse fato, sendo uma disputa principalmente territorial histórica.

Os confrontos entre Armênia e Azerbaijão foram retomados no dia 27 de setembro de uma forma semelhante e até mais impactante que os de abril de 2016, tornando a maior ofensiva desde a guerra, que durou até 1994. Não há consenso sobre quem desencadeou essa nova escalada de conflitos.

Com a tensão a níveis extremos, os dois países decretaram lei marcial, a Armênia decretou mobilização total e o Azerbaijão uma mobilização parcial. As ameaças constantes de confrontos na fronteira do Azerbaijão, com a Região ocupada do Nagorno-Karabakh, dia após dia sem resolução, aumentam a impaciência do Azerbaijão para a retomada de seus territórios. As pressões para um confronto direto estão relacionadas ao incremento na política de assentamentos dirigidos ao Nagorno-Karabakh pelos armênios, em um território que foi historicamente ocupado e teve sua população original massacrada e expulsa.

O território ocupado se autoproclama uma república autônoma, porém nenhum país (isso inclui a própria Armênia) reconhece oficialmente como tal. Durante o conflito, quatro resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas demandavam a retirada das tropas da região e de sete distritos adjacentes, que também foram ilegalmente ocupados, tomando cerca de 20% do território total do Azerbaijão.

Após um frágil cessar-fogo assinado em 1994, sem nenhuma força de paz estabelecida e com acordos aos cuidados do Grupo de Minsk (com os principais líderes Estados Unidos, Rússia e França), várias violações a ele foram efetivadas desde então, em escalas diferentes. O confronto dessa semana, vem com uma grave ameaça de retomada da guerra em larga escala, especialmente com conquistas parciais de regiões montanhosas estratégicas e vilarejos ocupados a mais de duas décadas, que pode estimular a busca pela retomada dos territórios a força.

As principais potências e organizações internacionais conclamam pelo diálogo e cessar-fogo, mas a ineficiência da participação delas na negociação e a falta de comprometimento  da Armênia, principalmente para desocupar os sete distritos adjacentes a região do Nagorno-Karabakh, muito ocasionada por pressões eleitorais internas em vários momentos; fazem com que o Azerbaijão se sinta cada vez mais impaciente para a retomada de suas terras, mesmo com graves consequências humanas e econômicas para toda a região.

As duas principais possibilidades no momento são: a mais provável que é a manutenção de combates na região por alguns dias ou semanas até que organizações internacionais atuem para costurar um cessar-fogo e com pequenas mudanças na dimensão da ocupação armênia na região; ou uma perigosa retomada de guerra, com terríveis consequências para as duas partes.

Enfim, o cenário ideal de atuação internacional dos estados é uma coligação entre Turquia e Rússia, potências regionais, com interesses e possivelmente a habilidade de administrar eventual missão de paz, de preferência com base nas resoluções do conselho de segurança, nos princípios do direito internacional e nas tentativas de negociação anteriores. Porém com o crescente envolvimento direto no conflito essa solução se torna cada vez mais improvável e a situação requer um rápido engajamento internacional para evitar a escalada.

 



João Xavier - mestre em ciência política e pesquisador especialista sobre Azerbaijão e o Conflito do Nagorno-Karabakh.


André Frota - professor dos cursos de Relações Internacionais e Geografia no Centro Universitário Internacional Uninter.

 

Campanha Bora Testar chega a Heliópolis

 Testagem 
LATAM Intersect PR

 Campanha que leva testes de diagnósticos da Covid-19 chega à segunda favela de São Paulo


O projeto Bora Testar, criado para levar testes de diagnóstico às 10 maiores favelas do país com o objetivo de ajudar na prevenção da saúde de sua população e gerar dados que traduzam a realidade desses territórios, chega a Heliópolis, a segunda comunidade a ser testada para a Covid-19 na cidade de São Paulo, por ação da campanha. 

Com patrocínio da empresa de mídia Outdoor Social, a testagem começará na sexta-feira, 2 de outubro e seguirá até o dia 5. José Marcelo da Silva, presidente da Ação Comunitária Nova Heliópolis, conta que até hoje os moradores da comunidade ainda não foram testados para o coronavírus. “Para nós é importante essa testagem. Quando o poder público não faz, a sociedade civil sempre se organiza. Estamos juntos apoiando a iniciativa”, afirma.

Para esta testagem, o Bora Testar contará com quatro equipes compostas por enfermeiros que serão responsáveis por triar e aplicar os testes.  Desenvolvida por um grupo de médicos, a plataforma Ciente (https://app.ciente.net/covid/), em parceria com o projeto, auxilia na triagem por meio de um questionário e armazena dados, inclusive socioeconômicos, com o objetivo de traçar um retrato do impacto da pandemia nas favelas brasileiras.

“Dividimos a comunidade em setor censitários e com uma amostra de 400 entrevistas percorremos as casas aplicando o questionário. Assim, evitamos aglomeração e conseguimos extrair as áreas mais vulneráveis do território. Além disso, todos os profissionais contratados temporariamente para a ação são selecionados na própria comunidade, uma maneira encontrada para dar apoio nesse momento de vulnerabilidade e desemprego, conta Emília Rabello, responsável pelo planejamento/ execução de campo e uma das idealizadoras do projeto. 

“Trabalhei no Hospital de Campanha de Barradas, em Heliópolis, como encerrou o contrato e estou desempregada no momento, esta é uma forma de continuar contribuindo com a comunidade”, diz Cleyce Mayze Silva Costa, uma das enfermeiras que vai trabalhar na testagem. 

O Bora Testar foi criado por empresas da área de comunicação que decidiram apoiar na prevenção do contágio começando por onde havia maior vulnerabilidade – as favelas. A Campanha já testou a Favela de Paraisópolis, também na região metropolitana de São Paulo e começou a traçar dados econômico sociais importantes e vai fazer isso por todas as favelas onde passar (ver resultados de Paraisópolis abaixo). 

As próximas ações da Campanha Bora Testar estão programadas para a Cidade Tiradentes, em São Paulo e Rocinha, no Rio de Janeiro. “Nosso objetivo é alcançar todo o Brasil, para isso contamos com a sociedade que se solidariza com a campanha”, afirma Claudia Daré, também idealizadora do projeto. 

A Campanha Bora Testar conta também com apoio de empresas solidárias e com uma plataforma de crowfunding para compra de testes e suporte logístico.  Para contribuir com qualquer valor a partir de 10 reais, basta acessar a plataforma aqui. Conheça mais sobre o projeto nas redes sociais @boratestarcovid no Instagram e Facebook. 

Dados resultantes da ação em Paraisópolis

400 moradores passaram por triagem. 28% foram encaminhados para testes e 6,3% tiveram resultado positivo para a Covid-19. Entre os que apresentaram resultado positivo para o coronavírus, 48% têm renda familiar até R$ 1045 reais. Foram contaminados igualmente 40,7% dos que têm o fundamental incompleto e os que têm ensino médio e superior incompletos.  O contágio se deu com maior incidência entre os moradores que saem de casa para trabalhar (51,9%). 40% das pessoas trabalham com atendimento presencial (serviços) e 50% servem na área de saúde. 

 

Sobre a Campanha Bora Testar

Idealizada para levar testes de diagnóstico da Covid-19 às favelas do Brasil, o objetivo da campanha é ajudar a preservar a saúde dessa população, além de gerar dados que traduzam melhor a realidade desses locais.

Com quatro pilares básicos: informação, triagem, exames com sintomáticos e rastreamento, a campanha foi criada e desenvolvida pela Outdoor Social e Latam Intersect PR, empresas de comunicação que se uniram com suas diferentes especialidades para realizá-la. 

 

Realizadores da Campanha 

Outdoor Social

www.outdoorsocial.com.br  -  Instagram @outdoorsocial. 

 

LatAm Intersect PR

https://latamintersectpr.com/

 

Inteligência artificial e robotização ampliam atuação da Contabilidade, defende consultor


Lucas Ribeiro, da ROIT, participou de debates da PUC-PR e do Conselho Regional do Ceará sobre o futuro da área em um cenário de automatização intensa


Especialistas do setor de contabilidade têm levantado alguns questionamentos sobre a profissão de contador, tendo em conta um contexto de expansão da inteligência artificial e da robotização sobre muitas tarefas. Alguns dos últimos debates foram realizados em ocasião das comemorações do Dia do Contador (22/09), reunindo empresários e acadêmicos. Entre as dúvidas estavam: O que o futuro reserva para a área? É uma profissão em risco? Na avaliação dos especialistas, a resposta é não.

Para o consultor Lucas Ribeiro, sócio-diretor da ROIT – accountech com unidades em Curitiba, São Paulo e Brasília e portfólio de clientes de abrangência nacional, a automatização dos processos faz a atuação da Contabilidade se tornar ainda mais estratégica. Aos profissionais, abrem-se perspectivas de atuação que se configuram como novos nichos de mercado – tanto para o profissional liberal, como para escritórios.

Lucas Ribeiro participou de dois debates on-line que tiveram como tema central justamente as perspectivas para a Contabilidade com a informatização deixando de ser tendência para se configurar realidade. Um dos encontros foi com professores e estudantes do curso de Ciências Contábeis da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). O outro, com o Conselho Regional de Contabilidade do Ceará.

“Se pensarmos no profissional como um ‘lançador’ [de notas], este está com os dias contados”, disse Lucas Ribeiro no debate com o Conselho do Ceará. No entanto, acrescentou: “mas o mercado tem carência, por exemplo, de profissionais que entendam dos aspectos contábeis e da lógica de programação, sem precisar ser desenvolvedor, mas com conhecimentos básicos”, afirmou, citando a demanda pela convergência entre Contabilidade e Tecnologia da Informação.

NOVO PERFIL

Ainda no mesmo debate, o sócio-diretor da ROIT projeta um novo perfil de atuação do profissional de Contabilidade –  isso é possível pela automatização de processos. “Há mercado tanto para profissionais como para escritórios que se dediquem, com profundidade e atuem com planejamento tributário, econômico, sucessório das empresas. Ou mesmo exercendo consultoria – de custos, de gestão financeira”, ilustrou.

Lucas Ribeiro apontou, ainda, outro caminho recorrente: escritórios de contabilidade assumindo a gestão fiscal e contábil das empresas, e até mesmo a execução de contas a pagar e a receber. No encontro do curso da PUC-PR, o consultor afirmou que a automatização dos processos deu condições ao profissional de Contabilidade exercer a essência dessa área de conhecimento. “A Contabilidade é uma ciência, tão necessária para engajar as empresas para o sucesso”, assinalou.

Com os estudantes da PUC-PR, Lucas Ribeiro compartilhou um pouco da experiência da ROIT na utilização de inteligência artificial e robotização, pontuando que são dois elementos distintos. “A robotização não cria processos; é a automatização de processos. A inteligência artificial assume capacidade de análise e decisão”.

A ROIT conta com uma equipe de 50 pessoas dedicadas apenas ao desenvolvimento de soluções em tecnologia, divididas nas duas frentes – inteligência artificial e robotização, conforme informou o consultor. “Nos últimos 12 meses, na ROIT, já fizemos 8 milhões de classificações de procedimentos, com 98% de acerto, só 2% de erro – o que certamente é muito pouco, se comparado ao quanto nós, humanos, estamos sujeitos a errar”, comparou.

“A inteligência artificial e a robotização fazem surgir o temor do desemprego, e uma pergunta comum [ao profissional e ao estudante de Contabilidade] é: ‘será que paro?’. Não! O profissional vai ganhar o brilho de ser parceiro de gestores na tomada de decisões estratégicas. Para isso existimos”, sublinhou Lucas Ribeiro.

 

Afinal, para quem o seguro de vida faz sentido?

A pandemia do novo coronavírus mudou a forma como o brasileiro trabalha, vive e cuida da saúde. E dá sinais de que mudará a forma com que nos relacionamos com o dinheiro. Sem poder trabalhar por causa da quarentena prolongada, muitas famílias viram sua renda e qualidade de vida despencar. Afinal, pouco mais de 90% dos brasileiros não dispõem de reservas financeiras. O sinal de alerta disparou e a procura por seguros de vida mais que dobrou em algumas seguradoras.

Mas, apesar da pandemia escancarar a necessidade de ter garantias e reservas, muita gente ainda pensa que contratar um seguro de vida é algo exclusivo para quem tem muito dinheiro. “Aí que começa o primeiro erro no planejamento financeiro das famílias. Muitos têm a ideia de que ter um seguro é coisa só para quem tem reservas e teria como sobreviver sem poder trabalhar, mas é justamente o contrário”, conta o planejador financeiro e gestor de riscos, Yuri Utida.

De acordo com o especialista, autônomos, profissionais liberais e todos que não têm patrimônio autossustentável e reservas financeiras são o perfil de quem precisa contratar garantias. “Estamos falando não apenas de pessoas que só geram renda se puderem trabalhar, mas também de trabalhadores assalariados que não têm reservas. Se, num piscar de olhos, a pessoa não puder trabalhar por motivos de saúde, por exemplo, não vai gerar a renda que precisa para sobreviver. É para esse público que foram desenvolvidos os seguros”, completa Utida.

As pessoas também têm a ideia equivocada de que o seguro só serve para garantir um recurso para a sua família em caso de morte, mas há inúmeras soluções que garantem uma renda em caso de afastamento temporário ou definitivo por doenças ou outros imprevistos, como acidentes, por exemplo. “E, ao contrário do que muitos imaginam, é possível ter uma garantia com um investimento de 3 a 7% da receita. Não é algo irreal ou só para os ricos”, completa.

Outro erro comum é pensar que, no caso dos trabalhadores com carteira de trabalho assinada, o INSS pode oferecer alguma segurança futura em caso de invalidez ou incapacidade de trabalhar. “Depois da Reforma na Previdência, está cada vez mais difícil conseguir o benefício e o pagamento pelo teto, que só é pago para quem contribui por pelo menos 15 anos pagando pelo teto. Então é uma ilusão achar que o INSS vai manter seu padrão de vida se algo errado acontecer”, explica.

Para os autônomos, a situação é ainda mais dramática. “Muitas vezes o autônomo não contribui com o INSS e quando faz, paga o mínimo. Numa necessidade de afastamento, quando muito, terá um beneficio de R$ 1 mil. Se ele não tiver outras garantias, estará completamente desamparado”, reforça o Utida.

O gestor de risco alerta, no entanto, que antes de correr para contratar um seguro é preciso escolher uma instituição idônea e um produto personalizado, que atenda às suas necessidades específicas. “Fuja dos modelos de prateleira que bancos costumam oferecer. É preciso encontrar uma solução que se encaixe no seu perfil, para que, se você precisar no futuro, tenha o retorno do investimento e não saia no prejuízo”, diz.

 

10 dicas para economizar no Dia das Crianças

O mês de outubro e o Dia das Crianças deste ano será diferente. No lugar de comemorações em locais fechados e com muitas pessoas, a data deverá ser comemorada de acordo com os protocolos de segurança contra o coronavírus. Além disso, com a crise que chegou junto com a pandemia, muitas famílias não vão poder dispor de valores que tinham antes para comprar os presentes de filhos, sobrinhos e outras crianças com quem convivem.

Mas embora a data em 2020 vá acontecer de outra maneira, uma coisa não mudou: com o Dia das Crianças, vem também a preocupação dos adultos sobre que presente dar, onde comprar e se terão dinheiro para atender os desejos das crianças. Por isso, Grasiela Camargo, sócia da bilheteria digital Clubinho de Ofertas e da plataforma de streaming Clubinho Play, listou 10 dicas para economizar no presente sem comprometer o orçamento.

 

1 - Quanto você pode gastar?

Antes de tudo, é importante definir quanto você pretende gastar com o presente e com as atividades que você vai fazer para comemorar o Dia das Crianças. Quantas crianças você vai presentear? Muitas vezes temos várias crianças a presentear. Então, defina uma média de valor para cada uma, o valor do passeio ou da atividade que pretendem fazer na data e, também, os custos extras, como alimentação. Assim, você chegará a um orçamento total. A partir deste orçamento ficará mais fácil decidir o que escolher.

 

2 - Desejo das crianças

Converse com as crianças e peça para elas fazerem uma lista de presentes que gostariam de ganhar. Assim, você terá mais possibilidades para escolher o presente de acordo com o seu orçamento, e alternativas caso não encontre o presente desejado.

É bom explicar para as crianças, também, as condições financeiras da família durante esta conversa e tentar, junto com ela, incluir na lista os presentes que estão mais de acordo com seu orçamento. Mas se você não tem como conversar com a criança, faça a busca de brinquedos ou outros presentes de acordo com a idade de quem vai recebê-lo. Em geral, brinquedos e jogos têm esta classificação, e no caso de roupas, todas têm o tamanho por idade.

 

3 - Pesquisa de preços

Atualmente, muitas compras de presentes para o Dia das Crianças serão realizadas online por conta do isolamento social. E fazer a pesquisa de preços online é muito mais fácil do que ir de loja em loja. A dica é buscar os marketplaces que trabalham com diversas lojas e que podem oferecer preços diferentes para um mesmo produto. É o caso da Amazon, que está com uma grande campanha para o Dia das Crianças, com ofertas de brinquedos, jogos, vídeo games, livros, bicicletas, até artigos de vestuário. E tem várias promoções que valem a pena conferir.

 

4 - Não deixe para última hora

Tente fazer a compra com o máximo de antecedência possível. Todas as famílias estão pensando no mesmo assunto no momento e aquele presente que você decidiu pode não conseguir encontrar mais. Além disso, se a sua compra for online, há o prazo de entrega do produto. Então, é importante garantir logo para que chegue antes do dia 12 de outubro e não gere frustração nas crianças de receber o presente só depois. 

 

5 - Custos adicionais

Além do frete para as compras online, alguns brinquedos têm custo extra, como pilhas e baterias. Outros, como no caso de um vídeo game, o jogo será um item adicional na sua lista.

 

6 - Pagamento

As lojas oferecem opções de pagamento variadas: desconto à vista no boleto bancário ou parcelamento no cartão de crédito são algumas. Analise o que mais funciona para você, considerando que no pagamento via boleto o prazo de aprovação da compra pode ser maior – e aí, neste caso, a antecedência para realizar a compra tem q ser ainda maior. Se for parcelar no cartão, lembre-se que faltam dois meses para o Natal, outra data comemorativa que pede muitos presentes. 

 

7 - Não compre brinquedos piratas

Apesar de serem mais baratos, os brinquedos piratas podem comprometer a segurança e a saúde da criança. E muitos são produzidos até mesmo com matéria-prima tóxica. Além disso, não duvide da esperteza das crianças, muitas delas sabem diferenciar um brinquedo pirata do original e aí o constrangimento pode superar a alegria de ganhar o presente.

 

8 - Presentes criativos

Que tal o presente ser algo emocionante na vida da criança, como uma vídeo-chamada com um personagem que ela adora conversando diretamente com ela? Ou um vídeo para enviar para aquelas crianças que você não poderá encontrar para entregar o presente?

 

9 - Diversão é sempre um grande presente

Lembra que falamos sobre planejar o feriado do Dia das Crianças em família? Um passeio também pode ser um grande presente. Se a opção for ficar em casa, você pode curtir com as crianças atrações online, como teatro infantil, shows musicais, circo, contação de histórias e outras diversas brincadeiras. No Clubinho Play, por exemplo, diversos conteúdos são gratuitos, basta se cadastrar em www.clubinhoplay.com.br para conferir.

 

10 - Faça você mesmo

Muitas pessoas têm habilidades para criar brinquedos manualmente e hoje em dia você encontra diversas opções de “faça você mesmo” no Youtube. Esta é uma opção quando o orçamento é bastante enxuto e fica mais fácil quando você tem bebês, fase em que as crianças ainda não pedem os presentes e muitas vezes o próprio embrulho é muito mais divertido do que o presente em si.

 

Mais conectados, profissionais da melhor idade demonstram como se mantêm ativos no novo normal

Ao invés de desafio, uso de ferramentas tecnológicas viram aliadas para veteranos que estão trabalhando em casa


Neste período de pandemia alguém pode até imaginar que o pessoal da melhor idade, que ainda segue na ativa, teve que ficar em casa isolado sem muito o que fazer. Mas, na verdade, diversos profissionais estão vivendo o contrário. Muitos dos 7,7 milhões de trabalhadores ocupados com mais de 60 anos, segundo dados do IBGE, conseguiram manter sua atividade profissional e ao mesmo tempo não expor a saúde. Mas, para isso, obviamente, precisaram se adaptar ao novo normal, o que não foi problema para quem, com tempo de experiência, conseguiu ter a resiliência necessária para aprender e se adaptar.

Atuando como corretor de imóveis há mais de oito anos, Valdercir José Trombetta, 60 anos, admite que até antes da pandemia era um profissional totalmente analógico. “Sempre trabalhei muito com a questão do relacionamento com as pessoas e conseguia minhas vendas muito por indicação de cliente, então estava sempre em contato direto com os clientes, seja presencialmente na imobiliária, nos plantões imobiliários ou visitando os empreendimentos”, lembra o profissional que integra a equipe de corretores parceiros da URBS Imobiliária.

Mas com a decretação da pandemia, Trombetta, como é mais conhecido, segue em casa desde março, trabalhando, o que no caso dele não significou de modo algum queda de produtividade. “Trabalho principalmente com lançamento de condomínios horizontais e neste período de pandemia não teve um mês que deixei de vender”, diz com orgulho o veterano.

Ao contrário do que poderia se imaginar, as ferramentas tecnológicas que passaram a ser mais usadas nestes tempos em que o distanciamento social foi necessário, na verdade, foram aliadas do corretor da URBS. “Daqui de casa mesmo consigo apresentar os imóveis para os clientes. Fiz isso usando vídeo chamadas do whatsapp. Eu já deixava a entrada do cliente autorizada no condomínio e como eu já conhecia muito bem o empreendimento, era fácil fazer esta apresentação virtual para o cliente”, revela o corretor. Ele conta que também usa outras formas de apresentar o imóvel como vídeos, fotos pelas redes sociais e os decorados virtuais. E como a assinatura de contrato agora também pode ser digital, o trabalho foi ainda mais facilitado para ele.  

Mesmo se adaptando bem ao novo normal imposto pela pandemia, Trombetta diz que tem muito a aprender para render ainda mais, “Estou fazendo um curso para gestão de redes sociais, que hoje é por onde fazemos a maior parte do nosso relacionamento com os clientes, e a apresentação dos imóveis”, diz o corretor.

 

Adaptação fácil

Jacira das Graças Pinheiro Azolino, de 72  anos, que também é corretora de imóveis parceira da URBS Imobiliária, é outro exemplo de adaptação fácil. Ela conta que mesmo com a pandemia conseguiu dar continuidade ao trabalho em casa e, inclusive, tem conseguido fechar bons negócios. “Neste período [de pandemia] consegui fechar a venda de dois apartamentos e continuei prospectando pelas redes sociais. Com as ferramentas tecnológicas que temos hoje dá para fazer tudo de casa e eu felizmente não tive dificuldade com essa questão da informática, pois a empresa em que eu trabalhava antes de me aposentar, já havia passado pela informatização de todos os seus processos, o que me ajudou”, explica a corretora.

Para apresentar imóveis aos seus clientes, a corretora Jacira também contou com auxílio. “Recebemos da imobiliária e das construtoras um vasto material que documenta todos os detalhes dos empreendimentos, com fotos, vídeos, descritivos com a metragem, localização, posição do apartamento no empreendimento, tabela de financiamentos. Mando todo esse material pelo whatsapp ou por email e as dúvidas que o cliente tem vou esclarecendo em contatos pontuais por telefone ou via whatsapp. E hoje temos também o recurso dos decorados virtuais, por meio dos quais os clientes conseguem visualizar, de onde estiverem, o imóvel que está pensando em comprar”, explica.

Jacira diz que a tecnologia também está presente em outras rotinas de seu trabalho. Segundo ela, desde o início da pandemia todos os treinamentos e reuniões das equipes de corretores parceiros são feitos de forma online, por  meio de videoconferências. “Para mim foi muito bom, pois consegui manter minha produtividade de trabalho e minhas rotinas pessoais”, afirma dona Jaciara, que diz está trabalhando sem descuidar da saúde. 

O diretor comercial da URBS, Thiago Cardoso, diz que exemplos como de Jacira e de Trombetta são inspiradores não só para as pessoas da melhor idade, mas também para os mais jovens diante a capacidade de resiliência e da dedicação com trabalho mesmo em numa situação complicada como a de uma pandemia.  “A dificuldade acabou criando para esses profissionais da melhor idade mais uma motivação, do que realmente um obstáculo. Trouxe para eles um senso de melhoras e com isso eles ao superaram as dificuldades da pandemia acabaram melhorando ainda mais o trabalho deles e seus resultados”, sugere o diretor comercial da URBS.


As condições ideais para aumentar suas chances de conseguir aumento de salário

Desde sempre, o pedido de aumento é um grande tabu, especialmente entre os colaboradores de uma empresa. Por incrível que pareça, eu costumo fazer uma comparação com sexo, pois muitas vezes existe receio em conversar com um parceiro ou parceira sobre o assunto, assim como há o medo de conversar com o chefe sobre um aumento no salário. Isso acontece porque não é possível saber qual será a resposta antes de fazer a pergunta e, quando esse pedido é feito, a resposta pode ser frustrante.

Mas especialmente nesse momento de incertezas, é importante ter bom senso e entender o momento da empresa. É preciso pensar se a empresa está crescendo ou passando por dificuldades, se está contratando ou demitindo e, além disso, devido às circunstâncias da pandemia, é necessário se perguntar o que pode ser feito para ajudar ainda mais a empresa, já que dessa forma é possível se destacar diante de outros colaboradores. Em outras palavras, para merecer um aumento, é preciso entregar mais valor ainda para a empresa. Quanto maior o retorno financeiro que você dá ao seu empregador, maior a chance de reconhecimento.

Nas empresas, também é fundamental uma equipe de recursos humanos com uma boa gestão desses colaboradores. Esse é o setor responsável por criar políticas de reconhecimento para que os líderes da organização estimulem seus colaboradores. Dessa forma, o pedido de aumento quase se faz desnecessário. Uma forma de tornar a questão salarial mais simples é uma negociação onde tanto a empresa, quanto o colaborador, são beneficiados: quanto maior o resultado obtido, maior será o bônus. Isso torna o processo mais transparente e quanto maior a transparência entre líder e liderado, maior é a possibilidade de ter uma conversa franca convertida num aumento de salário.

Mesmo assim, colocar em prática esse plano pode ser arriscado, por isso uma boa dica é trabalhar com atitude. Primeiro, faça um estudo das suas ações nos últimos 12 meses e pense sobre todas as vezes em que ajudou a empresa a atingir seus objetivos nesse período, seja em situações mais simples ou as mais complexas. Após isso, lembre-se que o aumento pode vir acompanhado de maior responsabilidade e mais competências, então tenha em mente as coisas que você pode realizar no futuro para o crescimento desse negócio.

Algumas vezes, a demanda de aumento de salário vem por conta do aumento de trabalho e, por consequência, tendo mais responsabilidades, que nem sempre são bem-vindas. Nesses casos passar essa percepção ao seu líder como uma reclamação pode ser uma má ideia.

Em todas as situações, a melhor solução sempre é o relacionamento transparente entre líder e liderado, pois a forma mais adequada de motivação é o reconhecimento, que precisa acontecer a partir de objetivos alcançáveis. Vale lembrar também da importância do feedback para o desenvolvimento dos colaboradores, eles têm muito a ganhar com as ideias do restante da empresa.

 



Alexandre Slivnik - reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É membro da Society for Human Resource Management (SHRM) e da Association for Talent Development (ATD). Palestrante e profissional com 19 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional com experiência nos EUA, ÁFRICA e JAPÃO, tendo feito especialização na Universidade de HARVARD (Graduate School of Education - Boston/ EUA). www.slivnik.com.br

 

PIX: conheça tecnologia de pagamento que chega em outubro

Serviço permitirá transações financeiras em seis segundos; e estará disponível 24h por dia, sete dias por semana


Já presente em comerciais e anúncios de bancos, o Pix, também conhecido como pagamento instantâneo, é uma nova modalidade de pagamento online que estará disponível aos consumidores para cadastro em outubro e utilização em novembro. José Luiz Rodrigues, especialista em regulação do mercado financeiro e sócio da JL Rodrigues & Consultores Associados, explica como a novidade funcionará..

“O Pix estará disponível em conjunto com os demais meios de pagamento já existentes no mercado, como DOC, TED, boletos e cheques. O diferencial está em suas transações, que serão realizadas pelo celular e ocorrerão em seis segundos, em um serviço disponível 24h por dia, sete dias por semana”, revela o especialista..

O lançamento oficial do Pix será no dia 16 de novembro, mas quem tem interesse em sua utilização já pode se cadastrar na instituição financeira em que possui conta para obter as chaves de ativação em outubro. “Após adquirir a chave de ativação, a pessoa deverá acessar o aplicativo da instituição financeira e fazer o registro dessa chave, vinculando um número de telefone celular, e-mail ou CPF/CNPJ à conta que já possui”, explica Rodrigues.

O Banco Central é o responsável pela regulação e acompanhamento da implementação tecnológica, mas a disponibilidade do serviço aos consumidores ficará sob responsabilidade de empresas privadas, envolvendo instituições financeiras tradicionais, startups e fintechs. “Será cada vez mais comum o surgimento de novos produtos ou empresas no cenário financeiro. Porque modernização do Sistema Financeiro Nacional, provocada pela chegada de inovações como o Pix, open banking e sandbox, está fazendo com que o mercado se estruture para atender às novas demandas de consumidores. Isso vem gerando novos processos de fusão, incorporação, parcerias, compra e venda, entre outros modelos de organização ou reorganização”.

José Luiz destaca que esta revolução digital deve ser realizada com respaldo técnico profissional para atender as normas do Banco Central. Afinal a modernização do setor foi pensada para dar mais segurança a todos os envolvidos, além de maior agilidade.

“O Pix gira em torno de um mesmo propósito da Lei Geral de Proteção de Dados, que é a segurança das informações. Quando aconteceu o boom da internet, as empresas estavam se adaptando a um ambiente praticamente sem legislação - tanto que há inúmeros relatos de invasão de privacidade, cibercrimes e pessoas utilizando a internet sem entender o quanto estavam sendo expostas. Hoje, existe uma preocupação sobre os dados dos consumidores, que podem estar disponíveis na internet para atender a diversos interesses. A LGPD, por ser um conjunto de regras que visam o tratamento de dados pessoais, fortalecerá o Pix com mais segurança tanto para o consumidor, quanto para as instituições, que deverão estar em conformidade com essas regras, a fim de evitar irregularidades”. 

 



JL Rodrigues & Consultores Associados

https://jlrodrigues.com.br/

 

Posts mais acessados