As olimpíadas estão acabando, qual dieta pós-olímpica dos atletas?
Dr. Rafael Soares comenta o assunto e indica alimentação apropriada
As
olimpíadas já estão chegando ao fim e, normalmente, as pessoas buscam a
alimentação do padrão de alta performance dos atletas. Mas saiba que isso muda
após a intensidade dos treinos e o gasto calórico das competições. Para saber
mais sobre o assunto, o dr. Rafael Soares, médico
dermatologista e nutrólogo, explica como deve ser a dieta dos atletas
pós-competição.
Durante o
período das olimpíadas, existe um desgaste metabólico muito grande e,
normalmente, uma diminuição dos estoques de nutrientes musculares desses
atletas. Portanto, a alimentação pós-competição deve ser regenerativa e, para
ser regenerativa, ela precisa ser rica em micronutrientes, que são vitaminas e
minerais. E comumente ela é um pouco mais rica também em carboidratos, do que
na preparação.
De acordo
com o médico e nutrólogo, o aporte é de carboidratos de várias naturezas
diferentes, inclusive os simples - de alto índice glicêmico -, principalmente
depois dos treinos regenerativos. A ideia é que esses atletas tenham a entrada
de carboidratos de baixo índice glicêmico ao longo do dia, com pontos
metabólicos onde receberão os carboidratos de alto índice glicêmico,
normalmente, após as atividades físicas regenerativas.
As atividades
físicas regenerativas são de menor intensidade, mas com maior repetição e um
pouco mais longas que as atividades de preparação. Assim, a entrada dos
carboidratos se faz para regenerar o glicogênio muscular.
Já as
fontes protéicas não mudam - elas são as mesmas na preparação e na regeneração
-, porém a quantidade pode ser reduzida gradativamente, ou seja, na primeira
semana após a competição mantém-se a entrada de uma quantidade de proteínas
mais alta, e semana após semana diminui-se, até que um novo ciclo de preparação
comece.
Já as
gorduras mantêm-se inalteradas. E uma das coisas mais importantes é a
reidratação com um aporte de água, muitas vezes associado à solução de
eletrólitos - as chamadas “bebidas isotônicas”, que são importantes durante as
competições e após as competições também.
Normalmente
um atleta olímpico tem uma queda de rendimento após as competições e irá
recobrar o rendimento em torno de um mês a 45 dias. Talvez, ainda, não tão alto
nível quanto na competição, mas ele já começa a iniciar o processo de
preparação para alguma outra competição que possa surgir - isso se dá comumente
com atletas de esportes coletivos que têm competições ao longo do ano.
A base da recuperação dos grandes atletas é a alimentação e a reidratação.
Dr. Rafael Soares - médico pela Universidade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, com título de especialista em dermatologia pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), assim como pós-graduação em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia.
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