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segunda-feira, 10 de abril de 2017

Chocolate é mesmo um vilão para a saúde?



Consumido em quantidades moderadas, chocolate amargo pode trazer diversos benefícios, principalmente para o coração

A crença de que o chocolate é motivo de preocupação pelas calorias a mais e pelo excesso de açúcar pode estar com os dias contados. Pesquisas recentes relacionam o consumo de chocolate à redução da formação de placas de gordura, devido à diminuição da oxidação do colesterol ruim, beneficiando, assim, o funcionamento do coração.

De acordo com a médica cardiologista do Hospital Cardiológico Costantini, Carmen Weigert, o cacau e o chocolate possuem naturalmente uma série de minerais, incluindo o cobre, o magnésio e o potássio, os quais podem afetar positivamente o controle da pressão arterial e dos marcadores de risco cardiovascular. Segundo ela,o consumo de chocolate amargo rico em cacau tem sido sugerido como um importante método dietético preventivo, que visa à melhora dos fatores de risco que propiciam a ocorrência de doença cardiovascular em função do seu alto conteúdo de flavonóides antioxidantes. “O chocolate amargo é o que possui maior teor de massa de cacau, por isso o mais indicado é aquele com teor de 70-80%”, alerta a cardiologista. 

Segundo a especialista, o consumo deve ser em pequenas quantidades, uma vez que o chocolate contém gordura saturada e açúcar, que em excesso podem trazer efeitos nocivos à saúde. “A ingestão equilibrada deve ser de até 30g por dia (1 barra pequena) de chocolate amargo (70-80% de cacau), aliado a uma alimentação balanceada em calorias e nutrientes”, ressalta Carmen. 

Para quem tem restrições à ingestão de açúcar, como é o caso dos diabéticos, a médica destaca que não há um tipo ideal de chocolate e que os dietéticos nem sempre são a melhor opção, pois apesar de não conterem açúcar, possuem mais gordura saturada do que os demais, sendo consequentemente mais calóricos. Por isso, na dúvida, é preferível evitá-lo e consumir os amargos.

“Além de calcular a ingestão de carboidratos, o portador de diabetes pode procurar amenizar os efeitos do chocolate sobre a glicemia consumindo o produto após a refeição, em substituição a uma sobremesa. A presença de outros nutrientes, incluindo fibras, faz com que a absorção não seja tão imediata, diminuindo a possibilidade de uma hiperglicemia”, explica a cardiologista, que defende evitar conviver entre os extremos de proibição nem de liberação total e irrestrita do chocolate. Para ela, o consumo moderado e orientado por um médico deve ser a prioridade no cuidado com a saúde.




HC alerta pais sobre consumo excessivo de chocolates por crianças na Páscoa



Nutricionista do Instituto da Criança dá dicas sobre quantidade e tipos de chocolates que devem ser oferecidos aos pequenos


Ficar de olho no tamanho e na quantidade de ovos de chocolate que as crianças ganham na Páscoa é importante para evitar o consumo exagerado e os efeitos negativos associados ao açúcar e às gorduras presentes no doce como cáries, colesterol e triglicérides altos e obesidade.

O alerta é da nutricionista Lenycia Neri, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

As vantagens do chocolate estão ligadas ao teor de cacau. Embora não existam muitas pesquisas sobre o benefício do fruto para crianças, estudos em adultos demonstram o consumo regular associado à diminuição do risco de doenças cardiovasculares, já que o cacau contém compostos responsáveis por atividade antioxidante, anti-inflamatória, vasodilatora e combativa à obstrução arterial.

Segundo a nutricionista, durante o período de exposição das crianças à guloseima os pais não devem descuidar da alimentação normal e adequada. “É preciso respeitar os horários das refeições e a qualidade da alimentação. Oferecer alimentos com menor teor de gordura, restringir outros doces e aumentar a oferta de frutas e hortaliças ajudam a equilibrar a alimentação. Quando existem exageros na ingestão de qualquer alimento, os demais grupos alimentares que devem ser consumidos são esquecidos”, explica.

A dica é separar a porção de chocolate para consumo e não deixar o ovo à disposição para a criança comer o quanto quiser. Ela lembra que menores de dois anos de idade não devem consumir açúcares e doces. A partir dessa idade, a quantidade recomendada é de uma porção de 55 kcal por dia. Considerando apenas o consumo de chocolates como doces, se a criança ganhar um ovo de páscoa de 100g (560 kcal) e consumir uma porção por dia, este ovo durará 10 dias.


Confira abaixo outras dicas para escolher os ovos e as maneiras mais adequadas para oferecer o doce aos pequenos
(Fonte: Instituto da Criança do Hospital das Clínicas)

· Optar pelos amargos ou meio amargos
Os benefícios do chocolate estão associados ao teor de cacau e dos compostos fenólicos, responsáveis pelo amargor. O chocolate amargo é o ideal e, em segundo lugar, o meio amargo. Apesar da opção ao leite ser a preferida das crianças, ela contém menos cacau e mais açúcar. O branco não é recomendável por não conter cacau. Os recheados podem conter maior quantidade de açúcares e gorduras.

· Avaliar os ingredientes do produto
Os ingredientes aparecem listados nos rótulos dos produtos em forma decrescente, a partir do que está presente em maior quantidade para o menor. Observar a lista pode facilitar a avaliação da proporção de ingredientes como cacau e gorduras. Olhar a tabela nutricional também contribui para a seleção do ovo com menor quantidade de calorias, especialmente em relação às gorduras totais e trans. Os pais com crianças alérgicas a alimentos ou doença celíaca devem fazer a leitura cuidadosa dos rótulos para evitar contaminação cruzada (quando o produto contém pequenas quantidades do item causador de alergia por contaminação acidental no processo de produção). É recomendável optar por produtos especialmente formulados para as restrições como os sem glúten, à base de soja ou alfarroba.

· Ensinar a criança a saborear os alimentos
Quando a criança comer o chocolate é importante que esteja em ambiente agradável e não tenha distrações (como televisão ou computador). Sentir o aroma e consumir devagar, deixando o alimento derreter na boca, permitirá que a criança se satisfaça com pequenas quantidades. Além disso, vale lembrar que chocolate não é lanche e sim sobremesa.

· Reações ao chocolate
A reação alérgica ao cacau é rara. As reações, em geral, estão associadas a outros componentes presentes nos chocolates como leite, amendoim ou castanhas. O consumo em excesso de qualquer alimento rico em gordura e açúcar, no entanto, deve ser evitado por poder desencadear dores abdominais, diarreia, náuseas e vômito.




Endocrinologista dá dicas para opções mais saudáveis de chocolate nessa Páscoa



Especialista explica que em uma dieta saudável é recomendado consumir apenas 30 gramas de chocolate ao dia


Durante a Páscoa, o consumo de doces e chocolates podem ser muito maiores do que em outras épocas do ano, principalmente com a enorme variação de ovos de páscoa no mercado. No entanto, é possível encontrar opções mais saudáveis e aproveitar o feriado sem exageros.

De acordo com a endocrinologista de São Paulo, Cassandra Lopes Pauperio, uma das opções de ovo de Páscoa mais saudável é aquele feito de alfarroba, uma vagem de sabor semelhante ao chocolate tradicional. Porém, outros tipos como os que são feitos por chocolate 70% cacau não fogem do tradicional e ainda podem fazer bem ao corpo. “Os chocolates que tem uma grande base de cacau possuem antioxidantes e promovem a liberação de endorfina, o que traz a sensação de bem-estar”, explica a especialista. 

Ainda segundo a médica, outra opção é preferir os produtos a base de leite e evitar versões trufadas e recheadas. Dessa maneira, mesmo que o chocolate não seja totalmente a base de cacau, é mais indicado e possui menor valor calórico. "É preciso lembrar ainda que em uma dieta saudável, é indicado consumir até 30 gramas de chocolate ao dia", finaliza Cassandra. 






Dra. Cassandra Pauperio - endocrinologista e metabologista de São Paulo, atende no consultório particular no bairro de Moema. Possui formação de medicina pela Universidade Federal do Amazonas, com residência em clínica médica e endocrinologia e metabologia ambas pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Além de curso de nutrologia clínica pela Associação Brasileira de Nutrologia.facebook/dra.cassandralopespauperio,


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