Pesquisar no Blog

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Rinite está entre as alergias mais prevalentes na população brasileira

15/09 – Dia Nacional da Rinite

Cerca de 30% da população brasileira têm rinite. A doença não é contagiosa e pode ter fator hereditário. Um bebê que tem pais alérgicos terá aumentada de 50% a 70% a chance de desenvolver uma doença alérgica, inclusive a rinite. A rinite alérgica é mais comum após os 2 anos de idade e atinge cerca de 25% das crianças. 

Coceira frequente no nariz e/ou nos olhos, espirros seguidos, principalmente, pela manhã e à noite, coriza (nariz escorrendo) frequente e obstrução nasal são os sintomas mais comumente relacionados à rinite. Muitos pacientes confundem os sintomas com gripes recorrentes. 

Abaixo, alguns cuidados que podem ajudar na prevenção da doença: 

·         Evite ambientes com fumantes, já que o cigarro é o principal alérgeno intradomiciliar e responsável por desencadear crises de rinite e asma;

·         Os colchões e travesseiros devem ser colocados dentro de capas impermeáveis aos ácaros;

·         As roupas de cama devem ser trocadas e lavadas regularmente e secas ao sol ou ar quente;

·         Evite tapetes, carpetes, cortinas e almofadas, especialmente nos dormitórios;

·         Dê preferência aos pisos de cerâmica, vinil e madeira e às cortinas do tipo persianas ou de material que possa ser limpo com pano úmido;

·         Passe pano úmido diariamente na casa ou use aspirador de pó com filtros especiais (HEPA) 2 vezes na semana;

·         Evite banhos extremamente quentes e oscilação brusca de temperatura, assim como a inalação de odores fortes. Exemplos: perfumes, aromatizadores de ambientes, incensos e cigarro.


ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
Spotify: https://bit.ly/ASBAI_Podcast
Instagram: https://bit.ly/ASBAI_Instagram
Facebook: https://www.facebook.com/asbai.alergia/
Twitter: https://twitter.com/ASBAI_alergia
YouTube: http://www.youtube.com/c/ASBAIAlergia
Site: www.asbai.org.br


Como o estresse pode dificultar que uma mulher engravide

Ginecologista Loreta Canivilo explica como o estresse pode realizar alterações no corpo feminino


Em meio a uma vida corrida e agitada, é possível que o estresse faça parte da maioria do dia a dia de muitos cidadãos. Acordar, se arrumar rapidamente, pegar o transporte público, se estressar no trabalho e fazer todo o trajeto de volta com trânsito e diversos problemas na mente faz parte da vida corriqueira. Para uma mulher que deseja engravidar o estresse é um dos seus maiores inimigos. Manter a calma e desacelerar deve fazer parte da sua rotina, ter um final de semana calmo e tranquilo é preciso.

Com base no estudo do Instituto Valenciano de Infertilidade, aproximadamente 65% das mulheres não conseguem engravidar devido a fatores emocionais. “O estresse normal, como uma leve ansiedade por algo novo que vai ocorrer no próximo dia, não atrapalhará a fertilidade da mulher, mas níveis altos de estresse crônico pode sim influenciar na reprodução feminina”, explica a médica ginecologista Loreta Canivilo. Ela ressalta que o estresse pode gerar alterações no ciclo menstrual, diminuição de libido e até mesmo ausência de ovulação, ocorrendo a anovulação, quando não há óvulo.

O estresse também pode gerar diversas modificações no corpo. “Alterações hormonais, cardiovasculares, respiratórias e alterações no sistema nervoso”, diz Loreta que enfatiza que a infertilidade não ocorre somente devido ao estresse, mas depende também de diversas composições hormonais e físicas no corpo da mulher.    

A pressão para engravidar é algo que assombra muitas mulheres e esse também um fato que pode prejudicar emocionalmente, fazendo com que a mulher tende mais dificuldade para engravidar. “O ideal é manter a calma, sem estresse, tendo seus exames em dia e seguir sempre as orientações de um médico especialista. Cuidando da saúde mental com muita atenção e se possível com a ajuda de um psicólogo”, conclui Canivilo.

 

Dra. Loreta Canivilo - Médica ginecologista, obstetra e ginecoindócrino Loreta Canivilo, é especialista em reposição hormonal feminina, estética íntima feminina e tratamentos de doenças do útero e endométrio. A profissional possui diversas pós-graduações em instituições de referência como: Reprodução, Ginecologia Endócrina no Hospital Sírio Libanês e Medicina em Estado da Arte no Hospital Albert Einstein. É especialista em Nutrologia e Endocrinologia pela Faculdade Primum, referência em educação em medicina. Nas redes sociais, Loreta já possui mais de 50 mil seguidores - @draloreta, e oferece conteúdo explicativo sobre assuntos relacionados à saúde da mulher, gestação, reposição hormonal e implantes. Loreta Canivilo também é idealizadora de projeto social, em parceria com o Instituto Primum – onde também ministra aulas -, que promove atendimento de saúde feminina gratuito a mulheres em situação de vulnerabilidade.

 

Impacto das mudanças climáticas nas doenças de pele

Como o aquecimento global está influenciando condições dermatológicas


A pele é o maior órgão do corpo humano, que tem como função ser uma barreira física, protegendo o corpo contra danos como radiação, lesões, bactérias entre outras coisas. Além disso, ajuda a manter a temperatura corporal conforme o clima.

Com base nas análises mais recentes do ERA5, conduzido pelo Serviço de Mudança Climática Copernicus (C3S), junho de 2024 registrou temperaturas recordes, tornando-se o mês de junho mais quente já documentado, o que acendeu um sinal de alerta sobre o aquecimento global. “Mudanças de tempo repentinas podem causar reflexos sobre o tecido cutâneo. Eventos como o aquecimento global, com inundações, calor intenso e incêndios florestais podem gerar doenças de pele”, relata a médica dermatologista Fátima Tubini.

Algumas doenças dermatológicas como feridas, dermatites de contato, queimadura, infecções bacterianas e fúngicas e outros danos na pele surgem por meio da exposição solar e calor. “Devido ao aquecimento global, também ocorrem inundações de desastres naturais e por meio deles a dermatite de contato como coceira e irritação na pele pode surgir, ao entrar em contato com produtos químicos e água contaminada com esgoto”, diz Fátima Tubini.

Além de inundações, também é possível que ocorra incêndio florestal vinculado as mudanças climáticas e a exposição a fumaça não faz bem para a população. “A inalação da fumaça pode fazer muito mal para a saúde e gerar diversas doenças respiratórias, assim como estar evidente a fumaça também causa problemas de acne e dermatite”, explica Tubini que ressalta que a exposição a altas temperaturas pode gerar condições inflamatórias na pele.

É fundamental ficar atento às mudanças climáticas e ao cuidado correto com a pele, variando conforme cada temperatura momentânea.

 

Dra. Fátima Tubini - Referência em cuidados e tratamentos dermatológicos, a Dra. Fátima Tubini atua na área da dermatologista há quase 20 anos. Com ampla experiência, a especialista é graduada em Ciências Médicas e possui o título de Especialista em Dermatologia concedido pela AMB e Sociedade Brasileira de Dermatologia. Em sua trajetória, trabalhou com o público infantil na área de pediatria. Atualmente, a profissional proporciona através de procedimentos dermatológicos e estéticos benefícios para a saúde e bem-estar dos seus pacientes.


Setembro Vermelho: conscientização e prevenção sobre doenças cardiovasculares

Estima-se que, ao final deste ano, quase 400 mil cidadãos brasileiros morrerão por doenças cardiovasculares

 

As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no mundo, responsáveis por cerca de 17,9 milhões de óbitos em 2019, representando 32% de todas as mortes globais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. No Brasil, as DCV também lideram as estatísticas, com aproximadamente 383 mil mortes registradas em 2020, segundo o Ministério da Saúde.

Essas doenças englobam condições como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças arteriais periféricas, muitas vezes causadas por obstruções nos vasos sanguíneos, que impedem o fluxo adequado de sangue ao coração ou ao cérebro. Fatores de risco comportamentais, como dieta inadequada, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool, são amplamente responsáveis por esses números alarmantes. Além disso, o envelhecimento da população e a rápida urbanização têm contribuído para o aumento dos casos, especialmente em países de baixa e média renda, onde mais de três quartos das mortes por DCV ocorrem.

Diante desse cenário, o Setembro Vermelho, mês que marca o Dia Mundial do Coração (29 de setembro), tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a prevenção das doenças cardíacas e chamar a atenção para fatores de risco como colesterol elevado, tabagismo, diabetes, sedentarismo, obesidade e fatores psicossociais.

A Dra. Amanda Gonzales, cardiologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca a importância de estar atento ao ritmo da vida e aos hábitos diários, observando sinais como cansaço excessivo, falta de ar e dores no peito. "Repensar nossa relação com a comida é fundamental. Devemos priorizar alimentos naturais e incorporar mais movimento ao dia a dia, como optar pelas escadas em vez do elevador ou caminhar um pouco mais. Cada movimento conta quando o assunto é saúde", afirma a cardiologista.

Ela também alerta para o impacto significativo da saúde mental na saúde cardiovascular: "O estresse crônico, a ansiedade e a depressão são inimigos silenciosos que podem desencadear reações no organismo, como aumento da pressão arterial e formação de placas nas artérias, elevando o risco de infarto e AVC. É essencial buscar apoio psicológico, praticar atividades relaxantes e manter uma rede de suporte emocional para minimizar esses riscos", completa.

Além dessas medidas, a prevenção regular é essencial. O check-up cardiológico é uma ferramenta fundamental para a detecção precoce de fatores de risco e problemas cardíacos que muitas vezes são silenciosos. Avaliações regulares permitem a criação de um plano de cuidados personalizado, ajudando a prevenir complicações e garantindo a saúde do coração a longo prazo. Um estudo brasileiro apresentado no Congresso Internacional sobre Obesidade (ICO 2024) revelou que, se as tendências atuais se mantiverem, até 2044, 48% dos adultos no Brasil estarão obesos, enquanto 27% estarão acima do peso. Entre as doenças relacionadas ao excesso de peso, as mais preocupantes são o diabetes, responsável por mais de 51% dos novos casos, e as doenças cardiovasculares, que podem representar cerca de 57% das mortes até 2044.

Para saber mais, confira as publicações do Hospital Sírio-Libanês no Instagram: Link.


Saúde sexual também precisa de cuidados; entenda!

Especialista do CEJAM dá dicas que incluem atenção para o físico, mental e qualidade do sono


Sinônimo de prazer, o sexo é uma das formas mais íntimas e satisfatórias de conexão humana. Contudo, o que parece simples à primeira vista envolve uma série de complexidades que exigem atenção e cuidado para que se tenha uma vida sexual, de fato, agradável. 

No Dia Mundial da Saúde Sexual, celebrado em 4 de setembro, é essencial refletir sobre a importância do tema para o bem-estar. Afinal, cuidados diários podem fazer toda a diferença nessa área da vida. Então, por que não investir neles? 

"Para manter uma vida sexual saudável, é crucial considerar tanto os aspectos físicos como os emocionais. O sexo não é meramente uma atividade física, mas também envolve uma intensa troca de emoções. Portanto, ao focarmos em equilibrar e fortalecer esses dois pilares em nossas vidas, podemos cultivar uma sexualidade plena", afirma o Dr. Jônatas Lima de Bem, especialista em sexualidade e supervisor médico do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”. 

Inicialmente, o sexo é uma atividade que requer energia, uso de músculos e aceleração do metabolismo, portanto, o corpo precisa estar preparado para essa demanda. E o exercício físico pode ser um ótimo auxiliador.

“A prática regular de exercícios físicos contribui para a produção de hormônios, fortalecimento muscular e redução de gordura corporal, elementos indispensáveis para um bom desempenho sexual no âmbito físico”, orienta o profissional.

 

No caso de corpos com anatomia feminina, a atividade física pode resultar, ainda, em maior desejo sexual, orgasmos mais intensos e melhor lubrificação durante o ato. Já em corpos com anatomia masculina, os benefícios incluem aumento da libido e melhoria da função erétil. 

O cuidado com o peso também deve ser levado em consideração, já que, em alguns casos, a obesidade pode levar a dificuldades cardiovasculares e alterações no metabolismo de hormônios sexuais, afetando diretamente a performance. 

“Outros fatores, como hipertensão, colesterol alto, alcoolismo e tabagismo, merecem atenção especial pois impactam negativamente em todas as pessoas. No entanto, essas condições podem causar danos vasculares que comprometem especialmente a função erétil do pênis”, explica o especialista. 

Mas, de nada adianta um físico saudável se o lado emocional for negligenciado. Aliás, saúde mental desempenha um papel igualmente importante na qualidade da vida sexual. Assim, autoestima, percepção corporal e segurança emocional são só alguns dos fatores que também podem determinar qualidade no sexo. 

“A mente exerce um poder incrível sobre o corpo. Se uma pessoa está emocionalmente perturbada, estressada ou ansiosa, isso pode impactar diretamente na sua vida sexual, mesmo ela achando que não", observa o Dr. Jônatas. 

O médico aponta que traumas emocionais, depressão e ansiedade podem interferir na libido e no desempenho sexual, se não forem tratados adequadamente. “A psicoterapia e a prática de atividades, como yoga e meditação, ajudam a cuidar da saúde mental, o que, por sua vez, melhora a sexualidade”, afirma. 

E os cuidados não param por aí, pois aliar essas práticas a uma boa higiene do sono potencializa ainda mais os resultados. Estudo publicado em 2023 no Journal of Psychosomatic Research, pela Universidade de Rochester (EUA), revela que pessoas que sofrem de insônia têm maior risco de desenvolver problemas sexuais, sendo as mulheres as mais afetadas. 

"O sono é essencial para o equilíbrio hormonal, que influencia diretamente a libido. Uma noite mal dormida pode resultar em fadiga e estresse, afetando negativamente o desejo sexual", ressalta o especialista.

 

Acompanhamento médico precisa fazer parte da rotina

Outros aspectos fundamentais para o autocuidado incluem o uso de preservativos internos ou externos e o acompanhamento médico regular. A realização de exames periódicos é crucial para a detecção precoce de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e outras condições que podem impactar a saúde sexual. 

Pensando nisso, o Dr. Jônatas orienta sobre os principais exames e cuidados médicos que devem ser considerados:

  • Testagem regular para o HIV: Essencial para monitorar a saúde sexual e garantir um diagnóstico precoce, permitindo intervenções mais eficazes e um melhor controle da condição;
  • Exames periódicos para clamídia, gonorreia e sífilis: A detecção precoce dessas infecções é fundamental para um tratamento rápido e eficaz, prevenindo complicações e a transmissão para outras pessoas;
  • Imunização para HPV e hepatites A e B: A vacinação é uma medida preventiva vital, especialmente contra o HPV, um vírus sexualmente transmissível associado a vários tipos de câncer, incluindo o câncer de colo de útero;
  • Exame Papanicolau para pessoas com útero: Deve ser realizado a partir dos 25 anos para a detecção precoce de câncer de colo de útero;
  • Mamografia para pessoas com mamas: A partir dos 50 anos, ou conforme orientação médica, a mamografia é indispensável para a detecção precoce do câncer de mama;
  • Rastreamento de câncer de próstata para pessoas com pênis: Recomenda-se iniciar o rastreamento a partir dos 40 anos, permitindo a detecção precoce.



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial


Mpox: Entenda os Sintomas e Como se Proteger

A Mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral que se tornou uma preocupação global devido ao aumento de casos em diversas regiões. A transmissão do vírus Mpox ocorre principalmente por meio do contato físico com fluidos corporais, lesões de pele de uma pessoa infectada ou por objetos contaminados, como roupas de cama e toalhas. Desde que foi identificada pela primeira vez, a doença tem sido monitorada pelas autoridades de saúde em todo o mundo devido ao seu potencial de disseminação.


O Que é a Mpox?

A Mpox é causada pelo vírus monkeypox, pertencente ao gênero Orthopoxvirus, o mesmo que inclui o vírus da varíola humana, erradicada em 1980. A doença foi inicialmente detectada em humanos na África Central, mas nos últimos anos, surtos em outras regiões, como Europa e América do Norte, chamaram a atenção para a necessidade de vigilância global.

O reservatório principal do vírus são roedores africanos, mas a doença também pode ser transmitida de pessoa para pessoa, principalmente através do contato direto com lesões de pele ou por secreções respiratórias durante interações próximas e prolongadas.


Sintomas da Mpox

Os sintomas da Mpox variam em intensidade e podem se manifestar de 5 a 21 dias após a exposição ao vírus. A doença geralmente começa com sintomas semelhantes aos da gripe, seguidos pelo desenvolvimento de erupções cutâneas. Os principais sintomas incluem:

- Erupções cutâneas: Lesões que começam como manchas vermelhas e evoluem para bolhas ou pápulas, podendo aparecer no rosto, mãos, pés e áreas genitais. Essas lesões podem ser dolorosas e coçar, evoluindo para crostas que caem após algumas semanas.
- Febre: Um dos primeiros sinais da infecção, que pode ser alta e acompanhada de calafrios.
- Dor de cabeça: Comum durante a fase inicial da doença, muitas vezes acompanhada de mal-estar geral.
- Dores musculares e articulares: Causando desconforto e um sentimento de cansaço intenso.
- Inchaço dos linfonodos: Os gânglios linfáticos aumentam de tamanho, especialmente no pescoço, axilas e virilha, sendo um dos sinais distintivos da Mpox em comparação com outras infecções virais.

Os sintomas podem variar de leves a graves, e o curso da doença é geralmente autolimitado, durando de duas a quatro semanas. No entanto, em alguns casos, especialmente em pessoas com o sistema imunológico comprometido, a doença pode ser mais grave e necessitar de cuidados médicos adicionais.


Como se Proteger: Medidas de Prevenção e Vacinação

A prevenção é essencial para controlar a disseminação da Mpox. Além da vacinação, que é uma das formas mais eficazes de proteção, existem várias medidas que podem ser adotadas para reduzir o risco de infecção:

1. Higiene das Mãos: Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou usar desinfetante à base de álcool, especialmente após o contato com pessoas doentes ou superfícies contaminadas.

2. Evitar Contato Próximo: Reduzir o contato físico com pessoas que apresentem sintomas de Mpox, como erupções cutâneas ou febre, ou que sejam conhecidas por estarem infectadas.

3. Limpeza de Superfícies: Manter ambientes limpos, especialmente superfícies frequentemente tocadas, como maçanetas, mesas e bancadas, utilizando desinfetantes adequados.

4. Uso de Máscaras: Em áreas de alta transmissão ou durante o contato próximo com indivíduos sintomáticos, o uso de máscaras pode ajudar a reduzir a propagação do vírus.

5. Educação e Conscientização: Participar de programas de educação sobre saúde pode ajudar a comunidade a entender melhor a doença, identificar sintomas precocemente e seguir as orientações de prevenção.


A Importância da Vacinação

A vacinação é uma das principais estratégias de prevenção contra a Mpox. No Brasil, a vacinação contra a varíola oferece uma proteção cruzada contra a Mpox, sendo priorizada para profissionais de saúde e outras pessoas em risco elevado de exposição. A disponibilidade de vacinas pode variar, por isso é fundamental se informar sobre as campanhas de vacinação em sua região.

Dra. Marcela Rodrigues, diretora da Salus Imunizações, ressalta: "A vacinação é uma ferramenta crucial na prevenção da Mpox, especialmente para aqueles que estão em maior risco de exposição ao vírus. Estamos trabalhando para garantir que as vacinas estejam disponíveis e acessíveis para a população, pois elas são a melhor defesa contra as complicações graves da doença."


Como a População Pode Se Informar Sobre Campanhas de Vacinação

A informação é crucial para a prevenção da Mpox. A população pode se manter atualizada sobre as campanhas de vacinação por meio de várias fontes:

- Sites Oficiais de Saúde: A Secretaria Municipal de Saúde e o Ministério da Saúde frequentemente atualizam informações sobre campanhas e locais de vacinação.
- Redes Sociais: Perfis oficiais de organizações de saúde costumam divulgar informações relevantes sobre vacinas e eventos de imunização.
- Unidades de Saúde: Clínicas e postos de saúde são fontes diretas de informação, onde é possível perguntar sobre a disponibilidade de vacinas.
- Campanhas Educativas: Fique atento a campanhas educativas em sua comunidade que podem fornecer informações sobre a prevenção da Mpox e a importância da vacinação.
Conclusão

A Mpox é uma doença que exige atenção e ação coletiva para ser controlada. A conscientização sobre os sintomas, a busca de informações confiáveis sobre campanhas de vacinação e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para conter a disseminação do vírus e proteger a saúde pública.

"Cada pessoa tem um papel importante na prevenção da Mpox, desde o cuidado individual com a higiene até a busca ativa pela vacinação. Somente através da colaboração de todos é que conseguiremos controlar a doença e evitar novos surtos," conclui Dra. Marcela Rodrigues.

A Salus Imunizações permanece à disposição para orientar e apoiar a comunidade na prevenção contra a Mpox, reforçando a importância da vacinação e da educação em saúde para um futuro mais seguro.

 

Salus Imunizações


CINCO SINAIS QUE SEU FÍGADO NÃO ESTÁ SAUDÁVE


Cirurgião gastrointestinal explica que o fígado pode dar sinais quando não está bem, mas esses sinais são sutis e fáceis de serem ignorados: Entenda


O fígado é o segundo maior órgão do corpo humano e desempenha um papel fundamental em diversas funções do organismo. Uma das funções, é a detoxificação, que envolve a filtragem e metabolização de toxinas. Tudo o que é ingerido – sejam alimentos, bebidas ou medicamentos – após ser digerido e absorvido no intestino, passa pelo fígado, onde é filtrado e metabolizado para ser eliminado de forma segura pelo corpo. 

Contudo, quando o fígado é exposto a uma quantidade excessiva de toxinas – ele precisa trabalhar em ritmo acelerado para eliminar essas substâncias do corpo. Essa sobrecarga pode levar a um estado de estresse hepático, onde o fígado começa a perder eficiência em suas funções.”, é o que destaca o Dr. Lucas Nacif, médico cirurgião gastrointestinal e membro titular do Colégio Brasileiro De Cirurgia Digestiva (CBCD). 

“Com o tempo, esse esforço excessivo pode causar danos às células hepáticas, gerando inflamações e até cicatrizes no tecido do fígado, um processo conhecido como fibrose. Se o desequilíbrio continuar, pode evoluir para condições mais graves, como esteatose hepática (fígado gorduroso), hepatite, ou mesmo cirrose, onde o tecido saudável do fígado é substituído por tecido fibroso, comprometendo severamente a função do órgão,” explica o Dr. Lucas. 

Ainda segundo o médico, o fígado pode dar sinais quando não está bem, mas esses sinais muitas vezes são sutis e fáceis de serem ignorados ou confundidos com outros problemas de saúde. No estágio inicial, problemas hepáticos podem não apresentar sintomas evidentes, o que dificulta o diagnóstico precoce. Para entender quais são esses sinais, conversamos com o Dr. Lucas Nacif, que destaca os principais. Confira:
 

Fadiga persistente: Sintomas de cansaço constante, mesmo após uma noite de sono adequada, pode ser um dos primeiros indícios de que o fígado está sobrecarregado, isso porque a fadiga crônica é um sintoma comum quando o fígado não consegue metabolizar toxinas de forma eficiente, resultando em um acúmulo que afeta a energia e o bem-estar geral.


Dor abdominal: A dor localizada no lado superior direito do abdômen também pode ser um sinal de inflamação hepática, como hepatite, ou de uma obstrução biliar causada por cálculos na vesícula. "Essa dor, muitas vezes intensa após a ingestão de alimentos gordurosos, não deve ser ignorada, pois pode indicar sérios problemas hepáticos", alerta o especialista.
 

Inchaço abdominal: O acúmulo de líquido na região abdominal, conhecido como ascite, é outro sinal preocupante. "A ascite é comum em casos de cirrose, quando o fígado não consegue equilibrar os fluidos do corpo adequadamente, resultando em desconforto e até dificuldade para respirar", explica
 

Icterícia: Uma coloração amarelada na pele e nos olhos é um sinal visual clássico de problemas hepáticos. Esse fenômeno, conhecido como icterícia, é causado pelo acúmulo de bilirrubina no sangue. Segundo médico, quando o fígado está com dificuldades para processar e eliminar esse pigmento, a icterícia se torna evidente, indicando uma possível disfunção hepática.
 

Alteração no peso e apetite: Mudanças inexplicáveis no peso e no apetite, como perda ou ganho, podem indicar problemas no fígado. "O fígado é crucial na regulação do metabolismo. Alterações significativas e sem causa aparente merecem atenção e devem ser investigadas," recomenda o cirurgião

.

Lucas Nacif -  Especialista em cirurgia geral, e do aparelho digestivo, o Dr. Lucas Nacif é reconhecido por sua expertise em cirurgias hepato bilio pancreática e transplante de fígado, utilizando técnicas avançadas minimamente invasivas por laparoscopia e robótica. Além de suas contribuições no campo da cirurgia, o Dr. Nacif é membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) e da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Internacionalmente, ele é membro da ILTS (International Liver Transplantation Society), TTS (The Transplantation Society) e AHPBA (Americas Hepato-Pancreato-Biliary Association). O Dr. Nacif dedica-se integralmente à promoção da saúde digestiva, buscando não apenas a cura, mas também uma melhoria substancial na qualidade de vida de seus pacientes. Para saber mais, visite: www.lucasnacif.com e Link 

Fibrilação Atrial: Um alerta não só para atleta

Recentemente, a notícia de que o técnico Tite, do Flamengo, foi diagnosticado com fibrilação atrial, chamou a atenção do público. Essa é a arritmia cardíaca mais comum, que afeta cerca de 2,5% da população brasileira, principalmente indivíduos a partir da sexta década de vida.  

No caso específico do técnico Tite, a predisposição genética, idade avançada e possíveis fatores de risco, como hipertensão arterial, baixa oxigenação sanguínea em locais de elevada altitude, como a Bolívia, e o estresse decorrente da necessidade de vencer a partida, podem ter sido determinantes para o surgimento da arritmia. Vale ressaltar que atletas e ex-atletas têm hipertrofia e dilatação das câmaras cardíacas, além de frequência cardíaca mais baixa do que a média da população geral, em decorrência do treinamento físico intenso. Por essas razões esses indivíduos costumam ter um risco maior de desenvolverem arritmias cardíacas. 

Embora a fibrilação atrial seja mais comum em indivíduos acima dos 60 anos, qualquer pessoa com doenças como diabetes, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca associada à essa arritmia, está sob maior risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) ou até de morrer se não se submeter a um tratamento adequado. 

Essa situação serve como um importante alerta sobre a necessidade de monitorar a saúde cardíaca, especialmente em pessoas que enfrentam altos níveis de estresse físico e emocional, como atletas e técnicos de futebol. Além disso, a conscientização sobre os fatores de risco e os sintomas dessa condição é fundamental para garantir uma intervenção precoce e eficaz, promovendo uma melhor qualidade de vida para quem é afetado. 

É importante destacar que a prática regular de atividades físicas saudáveis deve ser sempre incentivada. O exercício físico é uma das principais formas de prevenção da fibrilação atrial e de outras condições cardíacas, e não deve ser evitado por medo dessa arritmia.


Dr. Dalmo Antônio R. Moreira - Cardiologista da Quoretech


Candidíase e outras infeções - o que são e suas principais causas


Médica ginecologista explica e dá dicas para tratamento

 

Infecções fúngicas e bacterianas causam muito desconforto.  Você conhece as diferenças e já precisou buscar tratamento especializado? Ginecologista explica os tipos, causas e como tratar. 

 

*Candidíase 

A candidíase é uma infecção causada pelo crescimento excessivo principalmente de um

fungo comum na flora vaginal: Candida albicans. “A infecção se manifesta com corrimento vaginal branco com bastante prurido. Alguns fatores que podem predispor são: uso de antibióticos,alimentação rica em açúcar, diabetes descompensada, uso prolongado de biquínis molhados, roupas íntimas inadequadas”, detalha Dra. Mariah Aguiar, ginecologista do Centro Médico Pastore ( RJ).  

A prevenção da candidíase é baseada em medidas comportamentais e mudança do estilo de vida. “É importante ter alimentação adequada, realizar exercício físico, uso de calcinhas de algodão e evitar usar roupas apertadas”, destaca a médica.

 

*Infecções Bacterianas (Vaginose Bacteriana)

“A flora vaginal também é composta por bactérias e a sua proliferação causa uma condição comum, chamada vaginose. É manifestada por corrimento amarelo, esverdeado ou acinzentado com odor fétido”, explica a ginecologista Dra. Mariah Aguiar. 

O tratamento dessa infecção é feito com antibiótico. “Alguns fatores que podem predispor são: duchas vaginais, estresse, higiene inadequada, múltiplos parceiros sexuais. A prevenção inclui medidas comportamentais e de higiene adequadas”, afirma a médica.  


*Doenças Sexualmente Transmissíveis “Atualmente as doenças Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são um grupo composto por: clamídia, gonorreia, sífilis, herpes genital, HPV, hepatite, HIV, entre outras e o que tem em comum são a transmissão via sexual desprotegida. Podem ser manifestadas por lesões vaginais ou corrimentos ou podem ser assintomáticas, sendo descobertas apenas quando já avançadas”, destaca Dra. Mariah Aguiar, do Centro Médico Pastore. 

“A prevenção deve ser incentivada com uso de preservativos nas relações sexuais, realização de sorologias regulares e especialmente o preventivo e a vacina do HPV - disponível no sus e na rede particular - como principais formas de prevenção de câncer de colo de útero”, explica.  

Em qualquer caso de infecções e outros incômodos a higiene íntima adequada é fundamental e deve fazer parte da rotina diária.   “Como profissionais da ginecologia, o que mais vemos são mulheres, independente da idade, que realizam a higiene íntima de forma inadequada, podendo predispor a infecções. Deve-se saber que a higiene íntima nunca deve ser realizada internamente (na vagina), ou seja, não se deve fazer ducha vaginal. Além disso, a utilização de sabonetes e perfumes com cheiro forte são prejudiciais à saúde. Para finalizar, recomenda-se lavar a região da vulva diariamente com água e manter sempre a área seca”, reforça a ginecologista. 




Fonte: Dra. Mariah Aguiar - ginecologista do Centro Médico Pastore ( RJ).
CRM 5201214888 .


      Cuidados odontológicos podem prolongar a qualidade de vida na terceira idade

 Manter a saúde bucal dos idosos é essencial para prevenir doenças e garantir um envelhecimento saudável


Com o avanço da idade, a saúde bucal ganha uma importância ainda maior para a qualidade de vida. Os cuidados dentários na terceira idade colaboram para a prevenção de problemas como a perda de dentes, mas também são fundamentais para evitar doenças sistêmicas que podem comprometer a saúde geral dos idosos.

Essa associação não é recente. Um artigo publicado no Brazilian Journal of Cardiology em 2009, por exemplo, já apontava a doença periodontal como um fator de risco para questões cardiovasculares. A chave para essa relação reside na inflamação crônica. As bactérias presentes na boca, quando não removidas adequadamente por meio da higiene bucal, podem causar uma inflamação persistente nos tecidos gengivais, característica da periodontite. Essa inflamação, por sua vez, pode desencadear uma resposta inflamatória, afetando vasos sanguíneos em todo o corpo. 

A inflamação generalizada contribui para o desenvolvimento e progressão de doenças como a aterosclerose, aumentando o risco de ocorrências cardiovasculares. Além disso, a inflamação crônica também pode interferir na regulação do açúcar no sangue, agravando o diabetes e aumentando o risco de complicações associadas a essa doença. Todos estes são temas crônicos na terceira idade, e a melhor prevenção não pode deixar de fora a porta de entrada dos alimentos no corpo: a boca.

De acordo com o Dr. José Todescan Júnior, especialista em Prótese Dental e membro da International Federation of Esthetic Dentistry (IFED), esse cuidado é fundamental para garantir uma vida longa e saudável. “A saúde bucal está diretamente ligada à saúde geral de todos, mas ainda mais a do idoso, que inspira uma atenção especial. A falta de cuidados pode levar a complicações que rapidamente se tornam quadros graves”, explica Todescan.

Idas ao dentista ficam mais raras com a passagem do tempo

É comum que idosos deixem de visitar o dentista com a mesma frequência que quando mais jovens. Questões como distância, transporte e custos podem dificultar o acesso aos serviços odontológicos, especialmente para aqueles com mobilidade reduzida ou renda limitada. Embora não haja um consenso universal sobre a frequência exata de visitas ao dentista entre idosos, estudos e pesquisas apontam para uma redução significativa em comparação com outros grupos etários.

Diversos países têm realizado pesquisas para avaliar a saúde bucal da população idosa. Os resultados desses estudos mostram que muitos idosos não realizam consultas odontológicas regulares, o que contribui para o aumento da prevalência de doenças bucais nessa faixa etária. Além disso, análises dos registros de clínicas odontológicas demonstram uma menor frequência de consultas de pacientes idosos em comparação com outros grupos etários. Estudos realizados em domicílios de idosos revelam que muitos deles não possuem acesso a serviços odontológicos ou não utilizam os serviços disponíveis.

A passagem do tempo também possibilita avanços. É o caso das próteses totais, chamadas de dentaduras, amplamente utilizadas por idosos. Essa realidade mudou há alguns anos. “Hoje, com a prevenção e o tratamento adequado desde o início, é possível manter os dentes naturais até o final da vida. Além disso, as dentaduras só são utilizadas por quem não tem condições financeiras para optar por implantes, que permitem a substituição por peças fixas”, ressalta o especialista. 


Prevenção e cuidados específicos

Parece simples, mas ao prevenir as doenças bucais, como a cárie e a periodontite, são poupadas também múltiplas idas ao médico. A atenção deve ser redobrada com a higienização diária, utilizando escovas adequadas e cremes dentais específicos, além do uso regular do fio dental. O envelhecimento pode trazer dificuldades motoras que prejudicam a escovação, por isso é importante que os idosos recebam orientação sobre técnicas adequadas para garantir uma limpeza eficiente.

Além disso, o ajuste correto das próteses dentárias é essencial para o conforto e a funcionalidade. “Próteses mal ajustadas podem causar lesões na boca, dificultar a mastigação e, consequentemente, a digestão dos alimentos. O acompanhamento regular com o dentista é fundamental para realizar os ajustes necessários e evitar complicações, pois este quadro pode impactar a alimentação, levando em casos extremos à desnutrição”, reforça Dr. Todescan.


Consultas regulares ao dentista

As consultas regulares ao dentista devem fazer parte da rotina de cuidados com a saúde na terceira idade. Nesses encontros, o profissional pode identificar precocemente problemas que poderiam se agravar e orientar sobre os melhores cuidados diários. A revisão periódica das próteses e a avaliação da saúde das gengivas são alguns dos pontos que merecem atenção constante.

Segundo o Dr. Todescan, o cuidado com a saúde bucal é um dos pilares para garantir um envelhecimento com qualidade de vida. “A frequência das visitas ao dentista varia de acordo com a condição bucal do paciente, mas, de maneira geral, recomendo consultas a cada seis meses. Isso permite a prevenção e o tratamento de problemas antes que se tornem graves. A odontologia na terceira idade vai muito além da estética; trata-se de uma questão de bem-estar e longevidade”, conclui o dentista. 



José Todescan Júnior - Atuando com excelência na área de Odontologia há mais de 33 anos, José Todescan Júnior é especialista em Prótese Dental, Odontopediatria e Endodontia pela USP. Membro da IFED (International Federation Esthetic Dentistry) e da Associação Brasileira de Odontologia Estética e membro da ABOD (Associação Brasileira de Odontologia Digital), ele acredita que o profissional que se aperfeiçoa em diversas áreas pode escolher sempre o melhor para os pacientes. Para mais informações, acesse o LinkedIn.


Clínica Todescan
site
LinkedIn
Instagram


Gravidez pós-bariátrica: qualidade da gestação depende de planejamento e cuidados específicos

Medicina diagnóstica dá suporte ao acompanhamento diferenciado a gestantes que passaram pela cirurgia  


A gestação é uma experiência única para cada mulher e, para aquelas que passaram por cirurgia bariátrica, planejamento e cuidados direcionados são ainda mais importantes para garantir saúde e bem-estar da mãe e do bebê. Além do prazo mínimo de um ano para engravidar após o procedimento, é preciso acompanhamento especializado no período, tanto para evitar o ganho de peso quanto para que o bebê se desenvolva plenamente.

Nessa etapa, a medicina diagnóstica cumpre papel fundamental para monitorar uma possível diabetes gestacional, que pode decorrer das alterações hormonais pelas quais a gestante passa. Alguns hormônios produzidos pela placenta podem reduzir a ação da insulina, prejudicando a absorção do açúcar. Por isso é importante monitorar a glicemia durante a gravidez.

Para a endocrinologista Ana Clara d’Acampora, do Sabin Diagnóstico e Saúde, o exame de glicemia de jejum diário, somado a medições de uma ou duas horas após as refeições, por pelo menos 14 dias, é a melhor alternativa para as grávidas pós-bariátrica. 

“Outra opção pode ser lançar mão dos medidores contínuos de glicose para auxílio no diagnóstico”, acrescenta a médica. “Eu não indico o Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) pelos possíveis efeitos colaterais, como a síndrome de Dumping, que pode ocasionar queda na pressão, taquicardia, náuseas, dor abdominal e diarreia, e comprometer a acurácia do teste. Ainda que não exista consenso médico sobre essa posição, considero que o risco supera o benefício”, descreve ela.

 

Taxas normalizadas e suplementação extra

Grávida de 16 semanas, a publicitária e gestora Ana Caroline Mascarenhas Duarte, de 29 anos, realizou a cirurgia bariátrica há dois anos. O próprio cirurgião que a operou, sabendo de seu desejo de engravidar, antecipou as orientações necessárias, repetidas por sua obstetra. Ela vem seguindo tudo à risca.
 
“Engravidei um ano e meio depois da cirurgia. O sonho de gestar foi uma das minhas motivações para fazer a bariátrica. Antes, eu tinha síndrome dos ovários policísticos e alterações nos hormônios. Hoje sou mais saudável e minha gestação está sendo tranquila”.

Outro ponto importante diz respeito à suplementação, que deve ser avaliada de maneira individualizada, como já ocorre com pacientes pós-bariátricos de forma geral e reforçada para as gestantes. Ana Caroline, por exemplo, suplementa em doses ainda mais altas minerais como ferro e cálcio, além de ácido fólico e das vitaminas D e do complexo B, para que o feto se desenvolva de acordo com a idade gestacional e nasça com peso normal. Isso ocorre porque a absorção de nutrientes fica reduzida após a cirurgia.

“Na gestação, a demanda nutricional aumenta, portanto, é fundamental que sejam feitos ajustes na suplementação habitual da paciente. O ideal é que essa gestante pós-bariátrica mantenha o acompanhamento multidisciplinar nesse período, inclusive com nutricionista, de modo a evitar o ganho excessivo de peso na gestação e após”, assinala a endocrinologista do Sabin Diagnóstico e Saúde.



Grupo Sabin
site
LinkedIn   



70% das mortes por infecções associadas à assistência hospitalar poderiam ser evitadas

Em média, mais de 45 mil pessoas morrem anualmente devido a infecções adquiridas em hospitais. Os facilities managers, junto a equipe multiprofissional, desempenham um papel importante na prevenção dessas infecções, atuando nas áreas de apoio e em toda a complexa infraestrutura hospitalar para promover um ambiente seguro.

Dados divulgados pela Associação Médica Brasileira revelam que mais de 45 mil brasileiros morrem anualmente devido a infecções hospitalares. De acordo com o CDC (Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos), as infecções hospitalares representam até 10 bilhões de dólares anuais em despesas com saúde.

Marcelo Boeger, consultor na Hospitalidade Consultoria e diretor dos Comitês da ABRAFAC (Associação Brasileira de Property, Workplace e Facility Management), destaca a gravidade dessas estatísticas: "Temos que atuar de forma incansável, os pacientes que adquirem infecções hospitalares ficam, em média, 6,5 dias adicionais no hospital, têm cinco vezes mais chances de serem reinternados após a alta e apresentam o dobro de probabilidade de morrer."


Além do contato direto dos profissionais de saúde com os pacientes, diversos aspectos dos serviços de hotelaria e facilities influenciam os índices de infecção. Isso inclui a higiene e desinfecção de superfícies, o manuseio de alimentos, a gestão do enxoval e a qualidade do ar ambiente.


A infraestrutura hospitalar abrange processos críticos que exigem atenção do gestor, como o transporte vertical de materiais contaminados por elevadores ou monta-cargas, como roupa suja e resíduos infectantes. É essencial evitar o transporte simultâneo de pacientes, mesmo quando estes estão ensacados e acondicionados em carros fechados. Além disso, a falta de manutenção preventiva em sistemas como ar-condicionado, ralos e abastecimento de água representa riscos significativos.


Para minimizar e prevenir a contaminação, é fundamental garantir que o cronograma de limpeza em higiene predial seja rigorosamente seguido, assegurando a eficácia na redução da transmissão de microrganismos. Isso inclui a verificação para garantir que nenhuma área ou item seja negligenciado pelas equipes.

Na área de alimentação, todos os colaboradores, desde os cozinheiros até as copeiras que distribuem alimentos diretamente aos pacientes nos leitos, devem lavar as mãos antes de manipular alimentos. Além disso, é fundamental higienizar as embalagens antes do uso e garantir que matérias-primas, ingredientes e alimentos preparados sejam refrigerados, identificados, protegidos e armazenados adequadamente, conforme suas características e requisitos de temperatura.


Principais desafios enfrentados pelos gestores de facilities - "Em grande parte, a manutenção das estruturas físicas afeta os serviços de forma abrangente. No entanto, a falta de processos para garantia de qualidade dos serviços também deve ser considerada", alerta Marcelo.

Recentemente, a ABRAFAC –– que teve a colaboração da ONA – Organização Nacional de Acreditação – realizou uma pesquisa com várias instituições de saúde. A pesquisa na integra pode ser acessada pelo link: https://abrafac.org.br/impacto-do-fm-nas-certificacoes-em-instituicoes-de-saude/

Segundo o estudo, 76% dos gestores hospitalares consideram que a manutenção predial e infraestrutura ainda são grandes desafios, oferecendo muitas oportunidades de melhoria. Notavelmente, há uma necessidade significativa de aprimorar a documentação de processos, procedimentos e gestão de planos operacionais, especialmente nas áreas de Higiene Predial, Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Rouparia e Lavanderia.


 

Desperdícios nas áreas de facilities - A falta de uma estrutura organizada resulta em desperdícios significativos em diversas áreas: leitos ficam indisponíveis devido à gestão deficiente de interdição e manutenção; equipamentos parados prejudicam a produtividade e causam represamento de leitos, afetando o fluxo de pacientes; equipes lidam com retrabalho e aplicam técnicas inadequadas, entre outros problemas.


Um dos maiores desperdícios ocorre no tempo perdido durante a movimentação de pacientes devido a falhas no sistema de transporte entre unidades. Marcelo Boeger, explicando essa questão, afirma: "Por exemplo, quando o mesmo maqueiro que faz o transporte no pronto-socorro também é responsável por transferir pacientes da UTI para outras unidades, qualquer atraso na organização dessas atividades pode resultar em pacientes represados e desperdícios em várias partes do sistema de saúde."


Além disso, o absenteísmo representa outro tipo significativo de desperdício. Segundo uma pesquisa recente apresentada pela doutora Elizabeth Reis (IQG) no Congresso de Hotelaria e Facilities da Feira Hospitalar, "a perda de produtividade devido ao absenteísmo nessa área chega a quase 17%, o que representa desperdícios sistêmicos significativos para toda a instituição.


 

Acreditação x Desperdício e altos custos - A acreditação desempenha um papel fundamental na redução de custos e desperdícios de tempo nas instituições de saúde. A variabilidade na execução das tarefas sem padronização aumenta a pressão na entrega dos serviços e pode causar confusão entre equipes e clientes, já que os resultados frequentemente dependem das habilidades individuais dos executores, não de um plano de trabalho estruturado.


Segundo Boeger, "quando os serviços de hotelaria e facilities estão integrados de forma eficiente ao fluxo de trabalho da unidade, podemos alcançar melhorias significativas de 30% a 40%. O tempo entre a saída de um paciente e a entrada de outro no mesmo leito pode variar de menos de duas horas a mais de seis horas, dependendo da eficiência dos processos dentro do desenho de serviços."


Este cenário se repete, principalmente, nas instituições que não dispõem de procedimentos. A pesquisa revela que 53% dos gestores das instituições não possuem acreditação. Vários obstáculos ainda impedem a obtenção da acreditação: 44% citam o custo elevado; 26% a falta de infraestrutura adequada; 24% o desinteresse da instituição; e 19% a falta de uma equipe capacitada e/ou o desconhecimento da existência de certificações específicas para esta área.

Para Gilvane Lolato, gerente de Operações da ONA, muitas organizações não conseguem atender às legislações básicas e obrigatórias. “Há problemas graves de estrutura física que impactam na segurança do paciente, como Unidades de Terapia Intensiva com dimensionamento inadequado de leitos, Centros Cirúrgicos com áreas físicas inadequadas, Centrais de Material Esterilizado sem separação adequada entre área suja e limpa, e equipamentos sem condições de calibração e manutenção”. Esses problemas são levados em consideração durante o processo de acreditação. Gilvane enfatiza que, quando a metodologia da ONA é aplicada e precisa avaliar o atendimento aos padrões, fica evidente que a acreditação pode parecer cara devido a esses problemas estruturais e de conformidade.



ONA - A Organização Nacional de Acreditação (ONA)
www.ona.org.br


ABRAFAC - Associação Brasileira de Property, Workplace e Facility Management
www.abrafac.org.br


Posts mais acessados