A
luta contra o preconceito e o machismo faz parte da vida das mulheres que
desejam empreender; a mentora de negócios e empreendedora Larissa DeLucca, lista algumas dicas para as
mulheres e mães que desejam ter sucesso no mundo dos negócios
Decidir criar um
negócio e empreender, nunca é uma tarefa fácil. Quando falamos de empreendedorismo
feminino, essa realidade se torna um pouco mais difícil e cheia de desafios. Um
levantamento feito pelo Sebrae-SP e o Movimento Aladas, mostra uma realidade
dura: enquanto 24 milhões de mulheres brasileiras desejam empreender, 43% delas
não o fazem por medo de falhar. Entretanto, vale ressaltar que o
empreendedorismo feminino tem aumentado conforme o tempo passa. Segundo dados
do Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), quase metade dos negócios no
Brasil, hoje, são liderados por mulheres.
Para a
mentora de negócios e empreendedora Larissa DeLucca, CEO da
Negócios Acelerados e Presidente da Fundação Mulheres Aceleradas, é
preciso muita coragem para uma mulher começar a empreender. “A complexidade do
empreendedorismo feminino está no fato de que precisamos fazer tudo o que todos
os empreendedores fazem, mas também dar conta de uma jornada dupla ou tripla,
uma vez que as mulheres são estimuladas desde pequenas a cuidar de todos ao seu
redor, logo a criação dos filhos e o cuidado com os idosos da família acabam se
tornando uma "obrigação' a mais. Muitas deixam de empreender por medo de
falhar, de não aguentar a pressão, de não ter dinheiro suficiente para seguir
em frente, de não ter ajuda ou suporte na criação de seus filhos enquanto se
dedicam ao estudo e trabalho”, explica.
Foi justamente
pensando em incentivar cada vez mais o empreendedorismo entre as mulheres e
ajudá-las nesse início difícil, que a plataforma Mulheres Aceleradas foi
fundada. "O principal incentivo para montar a plataforma também veio após
escutar as dores de muitas mulheres que vivem oprimidas por seus companheiros
ou que não possuem perspectivas de crescimento pessoal. Muitas não têm
conhecimento técnico e nem apoio da família para mudar de vida, permanecem em
relacionamentos abusivos, perdendo a oportunidade de construir uma vida melhor
para si e seus filhos. É por isso que precisamos fazê-las acreditar em seus
potenciais e que elas conseguem ter uma vida mais plena, cheia de realizações.
Sei que é possível e que muitas apenas precisam do apoio certo para seu
crescimento”, entende.
Para quem tem medo
de entrar no mundo dos negócios e quer saber o que pode enfrentar, a
empreendedora lista algumas dicas. Confira:
1.
Procure uma rede de mulheres empreendedoras
Começar algo novo
sempre é difícil, mas quando se tem apoio e com quem contar no caminho, as coisas
acabam se tornando um pouco mais fáceis. “O Mulheres Aceleradas, por exemplo, é
uma comunidade para mulheres que já empreendem e também para as que desejam
começar a empreender. Não importa a região em que a empresária está, ela pode
fazer parte. A plataforma tem o interesse genuíno em oferecer ajuda a essas
mulheres, aproveitando os meus conhecimentos técnicos e experiência na área. O
objetivo é fazer com que elas percebam que têm com quem contar e que não
precisam trilhar esse caminho cheio de desafios sozinhas”, explica.
2.
Estude sobre empreendedorismo
O principal ponto
quando se começa um novo negócio, é buscar estudar sobre todas as coisas que
irão ajudar nesse empreendimento. “Um dos maiores desafios quando falamos de
empreendedorismo feminino é a falta de conhecimento técnico sobre gestão e
controle financeiro. É importante que, até mesmo antes de abrir um novo
negócio, a pessoa busque estudar um pouco e entender sobre o mundo do
empreendedorismo e o que se precisa para manter um negócio. Encontrar cursos
sobre os assuntos, feitos por mulheres que empreendem, talvez ajude a dar uma
base maior e criar um pouco mais de confiança nesse caminho”, entende Larissa.
3.
Tenha confiança no seu trabalho
É fato que não se
pode negar a realidade do preconceito e machismo contra mulheres e mães no
mercado de trabalho atual. “Não deveria ser assim, mas é a realidade, para se
destacar a mulher tem que ser tecnicamente muito melhor qualificada do que
qualquer homem que exerça a sua mesma função e ainda ter garra para dar conta,
com mestria das suas duplas e, às vezes, triplas jornadas de trabalho. Mas
na minha visão, o principal é ser uma profissional focada em resultados. Se o
resultado final do seu trabalho é acima da média, isso vai ser o seu cartão de
visitas”, diz a empreendedora.
4. Não
tenha medo de falhar
As outras pessoas,
muitas vezes, costumam desencorajar as mulheres a seguirem seus sonhos e montar
seu próprio negócio. Mas é preciso contrariá-los, confiar no seu potencial e
deixar o medo de lado para seguir em frente. “Quando se começa um negócio novo,
é normal ter medo de falhar e, em alguns momentos, de não fazer um bom
trabalho. O que não pode acontecer é deixar com que esse medo te paralise.
Errar em alguns momentos faz parte da jornada, o mais importante é continuar
estudando e aprendendo para não cometer os mesmos erros e ir melhorando nos
pontos que costuma ter uma maior dificuldade”, complementa.
5.
Para mães empreendedoras: é possível conciliar a rotina
Conciliar
maternidade e empreendedorismo é um grande desafio, contudo ter uma agenda
flexível pode ser um fator favorável para acompanhar mais de perto o
desenvolvimento do filho. “O que percebo é que não se pode romantizar,
empreender sendo mãe é trabalhar duro, se esforçar ao máximo para fazer dar
certo e acreditar que é a sua determinação e dedicação que proporcionará
conseguir atingir seus objetivos e, isso tudo, sem tirar o foco do seu bem mais
precioso que é seu filho”, conclui Larissa DeLucca.
Larissa DeLucca - fundadora e CEO da Negócios Acelerados, uma agência de marketing que há 12 anos potencializa negócios, utilizando a ciência de dados, tecnologia e criatividade para gerar tendências e caminhos que conduzam os negócios ao sucesso. A empresa tem como objetivo ser uma agência de marketing referência em ciência de dados e entrega de resultados de performance, para orientação de gestores em suas tomadas de decisões.