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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Ressaca de carnaval: estômago atacado, como evitar?

Vanessa Zanoni Carvalhaes, coordenadora do curso de Nutrição do Ceunsp, e Larissa Mazocco, professora do UDF, dão dicas para evitar o sistema digestivo irritado durante e pós folia


Com o feriado de Carnaval se aproximando é comum os foliões consumirem bebidas alcoólicas em demasia. Para alguns indivíduos, é difícil fugir da confraternização e alguns excessos dessa época do ano! 

Nestes casos, pessoas mais sensíveis ao álcool ou com doenças gastrointestinais, como a gastrite que é a inflamação na mucosa do estômago, têm restrições e não devem se esbaldar no excesso de bebida. 

Dra. Larissa Mazocco, professora de Nutrição do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), explica que a ressaca é causada pela desidratação que a bebida alcoólica provoca no organismo e por causa da sobrecarga no fígado, que tem a função de eliminar o álcool do sangue.  

Para evitar as ressacas de carnaval e o estômago atacado, a coordenadora de Nutrição do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp), Vanessa Zanoni Carvalhaes, ressalta que os principais cuidados que os foliões devem ter é intercalar junto com a bebida alcoólica o consumo de água constantemente, antes, durante e depois da diversão, para aliviar a desidratação e ajudar o organismo a eliminar o álcool. Assim como beber mais devagar. 

“Outra dica é nunca beber de estômago vazio, e consumir antes de se jogar nos blocos, alimentos ricos em carboidratos e proteínas, pois retardam a absorção do álcool,” salienta a nutricionista Vanessa.  

Larissa indica alguns alimentos que são essenciais para esse período e que devem ser consumidos durante o dia: carboidratos complexos como batata doce, mandioca, batata baroa, proteínas (carne, ovos, peixes e outros). Além de fibras, encontradas nas frutas e verduras, principalmente cruas e com casca. 

 
Em casos de estômago atacado, o que fazer? 

Dra. Larissa Mazocco, professora de Nutrição do UDF, destaca que depois de exagerar na bebida alcoólica, se o estômago começar com uma dor aguda é necessário tratar com alimentos leves ricos em amido, como pão de forma branco e batata cozida, sendo estes os mais indicados para esse quadro. 

Já a coordenadora do Ceunsp, orienta que para salvar o indivíduo de uma ressaca e estômago atacado, é fundamental uma alimentação saudável prévia, ricas em frutas, verduras e legumes, como fonte de carboidratos e proteínas. “O café pode ajudar também!”. 

Mazocco dá mais algumas dicas para driblar a ressaca e estômago atacado durante e pós a folia, confira: 

  1. Evite destilados puros ou mais de cinco doses. Entre uma dose e outra, consuma 300ml de água sem gás e durante o dia ou noite, prefira sucos com maior percentual de frutose: melancia, manga, goiaba, laranja, eles ajudarão na recuperação. 
  1. Mantenha as atividades físicas. Neste período não pause os exercícios, faça de forma leve uma caminhada, bicicleta no parque, nadar na piscina e outros. O sedentarismo durante esses dias aumenta o inchaço e faz com que a rotina seja mais "dolorida" para voltar. Capriche na alimentação! 
  1. Não durma de estômago vazio após beber. Faça uma refeição leve antes de deitar, isso vai melhorar (e muito) seu dia seguinte! 
  1. Evite longo períodos de jejum. Não fique mais de 5h sem comer para que a bebida não cause ainda mais intoxicação. O alimento é o principal aliado para ajudar na desintoxicação do álcool.  

 

Ceunsp
www.ceunsp.edu.br

Centro Universitário do Distrito Federal - UDF
www.udf.edu.br


Dentes não são ferramentas; dentista explica riscos de abrir garrafas com dentes

Uma cena muito comum de se ver em festas, encontros e baladas… E que no carnaval deve acontecer ainda mais é quando uma pessoa pega uma garrafa e a abre usando os dentes como uma espécie de “ferramenta”. 

De acordo com o dentista Daniel Nunes, parece óbvio, mas muita gente não sabe que este hábito não faz parte das funções dos dentes, mas o que as pessoas não sabem é que este gesto esta colocando em risco a própria saúde bucal e aumentando a chance da pessoa ter uma fratura dentária.

Essa fratura pode causar dor intensa e a levar a um quadro agudo ou como Muitas das vezes não se percebe a gravidade do problema. O dente trinca, mas nenhum fragmento solta, depois de meses o dente pode escurecer e a pessoa começa a sentir dor e tem que extrair o dente e fazer o implante”, explicou.  

Outra consequência, que pode passar despercebida, segundo o dentista, é um pequeno deslocamento do dente ao qual não foi feito para suportar essa sobrecarga, então a estrutura óssea e/ou dental começa um processo de reabsorção.  

“Isso também pode estar levando a perda do dente. Jamais tente abrir a garrafa com os dentes. Os dentes são fortes o suficiente para serem usados de maneira correta”, finalizou. 



Daniel Nunes - graduado em odontologia pela Universidade Vale do Rio Verde desde 2013. No último ano de graduação ingressou em um curso de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, cirurgias mais complexas, no qual se tornou especialista.


6 dicas para desintoxicar o organismo pós-Carnaval

Os excessos geram uma sobrecarga nos órgãos responsáveis por processar e eliminar as toxinas


 

Se você se esbaldou no carnaval, com direito a muitos drinques e comidas gordurosas, é hora de cuidar do corpo, que já está sob efeito do acúmulo de toxinas, substâncias prejudiciais que geram a formação de radicais livres (moléculas altamente reativas que “atacam” as células do corpo).

 

Segundo Claudia Chang, doutora e pós-doutora em Endocrinologia e Metabologia pela USP, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e coordenadora e professora da pós-graduação em Endocrinologia do Instituto Superior de Medicina (ISMD); isso significa que os radicais livres provocam a oxidação (consomem o oxigênio disponível), interferindo nos processos metabólicos do organismo.

 

“Sendo assim, há uma sobrecarga nos órgãos responsáveis por processar e eliminar essas toxinas, como fígado, rins e intestinos, prejudicando todo o funcionamento do corpo. Por esta razão, após os dias de excesso, sentimos inchaço (devido à retenção de líquidos), a pele perde o viço, o cansaço vem com tudo e a imunidade cai”, explica Claudia Chang.

 

Para ajudar no processo de desintoxicação, confira 6 dicas que irão renovar seu organismo:


 

Hidrate-se mais do que o habitual

Após o carnaval, tomar muita água ao longo do dia se torna regra. Sucos, água de coco e chás (dê preferência ao chá verde, boldo e erva-cidreira) também são recomendados, mas precisam ser naturais. Os industrializados possuem alto teor de sódio, corantes, aromatizantes e outras substâncias que vão sabotar sua desintoxicação.

 

“Vale lembrar que tomar muita água estimula também o funcionamento dos rins e, consequentemente, a produção de urina, que é por onde o excesso de líquidos, o sódio e as toxinas serão eliminados”, reforça Chang.


 

Consuma vegetais de folhas verde-escuras

Brócolis, espinafre, chicória e couve, além das verduras amargas, como rúcula e agrião, são fontes de fibras importantes, que ajudam a limpar o organismo, melhoram a digestão e diminuem a absorção de gorduras e toxinas.


 

Aposte em castanhas, sementes e grãos

Estes proporcionam uma maior ingestão de vitamina E (com ação antioxidante) e ômega-3 (ácido graxo com poder anti-inflamatório). Além disso, eles oferecem minerais como cálcio, cobre, magnésio, manganês e selênio, essenciais para o equilíbrio das reações bioquímicas do organismo. Entre eles, estão amêndoas, castanhas, avelãs, castanha-do-pará, castanha-de-caju, nozes, pistache, semente de chia, trigo, cevada, aveia, centeio, semente de girassol e linhaça.


 

Invista nas frutas certas

Frutas ricas em água e com baixas calorias, como melancia e melão, devolvem a hidratação perdida. “Já a laranja, o abacaxi e a maçã podem ser eficazes por conter enzimas benéficas à drenagem de impurezas, potencializando a renovação do fígado”, diz Claudia Chang.


 

Retome sua rotina de sono

Depois de tantos dias de folia, dormindo tarde e com má qualidade de sono, é hora de reajustar seu relógio biológico. “É durante o sono que o corpo trabalha para equilibrar diversas funções do organismo. Uma noite bem dormida regula os processos metabólicos e hormonais do corpo, além de ter função restauradora ao eliminar toxinas e fortalecer o sistema imunológico”, ressalta Chang.


 

Reforce os cuidados com a pele

O cirurgião plástico Luís Maatz, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que também atua com procedimentos estéticos não invasivos, sugere redobrar os cuidados com a pele após o carnaval.

 

Ele reforça que o consumo em excesso de bebidas alcoólicas causa desidratação cutânea e acelera o envelhecimento, já que diminui a oxigenação dos tecidos e aumenta a produção de radicais livres.

 

“Para metabolizar uma molécula de álcool, o organismo precisa abrir mão de nove moléculas de água. A partir do momento em que não há moléculas de água o suficiente para a hidratação, o corpo começa a retirar da pele, deixando-a desidratada e sem viço”, explica Luís Maatz.

 

Sendo assim, o médico recomenda alguns procedimentos para reaver a pele saudável. Um deles é a aplicação do ácido hialurônico, uma substância injetável que, além de corrigir rugas já formadas, devolve perdas de volume e contribui para a hidratação da pele.

 

Outro tratamento indicado são os bioestimuladores de colágeno, substâncias aplicadas na face para estimular a produção de novas fibras de colágeno, proporcionando a reestruturação da pele. “Com a aplicação, a pele retoma a produção das fibras de elastina e do próprio colágeno, responsável pelo equilíbrio e viço da pele”. 

Por fim, a drenagem linfática ajuda a eliminar toxinas e líquidos acumulados em excesso nos tecidos corporais. “A massagem estimula o funcionamento do sistema linfático através de movimentos circulares, favorecendo a eliminação de toxinas e metabólitos, aumentando a oxigenação dos tecidos e a absorção de nutrientes por meio do trato digestório”, finaliza Luís Maatz.

 

Paralisia de Bell: Veja como a harmonização facial pode ser uma aliada no tratamento

Devido aos altos níveis de ansiedade e estresse pelo que o mundo tem passado nos últimos anos. Sendo estes os grandes causadores deste mal que tem atingido milhões de pessoas no mundo todo. A paralisia de Bell é uma condição neurológica que afeta a capacidade das pessoas de se movimentarem e falarem.  

Quando esse sistema é afetado ou inflamado, os músculos não conseguem responder a estímulos momentâneos, resultando na assimetria facial visível, dificuldade de emitir expressões faciais comuns, como sorrir ou fechar um dos olhos, bem como outros sintomas como dores, lacrimejamento e formigamento. A paralisia de Bell pode ter um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas afetadas e é uma condição que requer tratamento imediato devido à possibilidade de agravamento.

 

A médica e especialista em dermatologia estética Dra. Kelly Pico explica que é uma paralisia causada pela inflamação do nervo facial, que geralmente ocorre apenas de um lado do rosto. Afetando o funcionamento dos músculos do lado comprometido. Podendo se estabelecer de forma temporária em torno de 1 mês há 6 meses ou de forma permanente dependendo da intensidade e da sua ocorrência.

 

Com uma diminuição gradual dos casos de COVID-19 em algumas regiões do mundo, começa a ficar evidente que houve um aumento significativo no número de casos de outras doenças, incluindo a paralisia de Bell. O aumento dos casos de paralisia de Bell na pós-pandemia pode ser explicado por diversos fatores. Um deles pode-se considerar o fato de a pandemia ter gerado um aumento do estresse e ansiedade e também do estresse oxidativo pós viral, fatores que estão associados ao desenvolvimento da paralisia de Bell. 

O tratamento deve iniciar pelo neurologista, para um diagnóstico aprofundado das causas da paralisia do caso em questão. Pois pode haver uma ou mais causas associadas a paralisia que deve ser interceptada pelo neuro evitando a recorrência de novos episódios. 

 

Harmonização facial e paralisia de Bell

Essa condição faz com que metade do rosto pareça caído ou inclinado. Através da harmonização facial, é possível recuperar o reequilíbrio da função muscular e da estética facial.


 

Procedimentos que podem compor uma harmonização facial:


 

Botox

A toxina botulínica, mais conhecida como Botox, tem como função amenizar a contração muscular, dando assim, maior relaxamento na área. Ao ser aplicado em quantidades moderadas, é possível amenizar os desequilíbrios provocados pela paralisia de Bell, gerando um aspecto mais simétrico no rosto. Por outro lado, o Botox pode ser ainda um auxiliar efetivo na luta contra dores, bem como prevenir espasmos musculares, que são sintomas corriqueiros da condição.


 

Ácido Hialurônico

No caso da paralisia de Bell, o ácido hialurônico pode ser utilizado para corrigir a assimetria do rosto, preenchendo áreas que perderam volume e recuperando o contorno original. É importante ressaltar que o ácido hialurônico é uma substância segura e de rápida absorção pelo organismo, o que significa que seus efeitos são temporários e não causam danos a longo prazo.


 

Atria – Ultrassom micro e macrofocado

O ultrassom é direcionado às camadas mais profundas da pele, promovendo o aquecimento das fibras de colágeno. Isso resulta em uma pele mais firme, amenizando o aspecto caído. Indicado para tratar rosto (flacidez, contorno, arqueamento das sobrancelhas e estímulo de colágeno).


 

Bioestimuladores de colágeno

Os bioestimuladores são substâncias que, ao serem injetadas na pele, estimulam a produção de colágeno, hidratam o tecido cutâneo devolvendo o volume, a aparência radiante, sustentabilidade e firmeza da pele. 

 

A Dra. Kelly Pico comenta que é fundamental destacar que a harmonização facial não deve ser vista como uma solução definitiva para a paralisia de Bell, e sim como um complemento ao tratamento médico convencional. É importante que o paciente seja acompanhado por um profissional capacitado, que possa avaliar a evolução da condição e indicar as melhores opções de tratamento em cada fase.

 

“A harmonização facial pode ser uma alternativa interessante para pessoas que tiveram ou ainda têm a paralisia de Bell, ajudando a melhorar a autoestima e a qualidade de vida. Porém, é importante lembrar que cada caso é único e deve ser avaliado individualmente, considerando as necessidades e limitações de cada paciente.” Finaliza a Dra. Kelly Pico.

 

Kelly Pico - formada pela Faculdade de Medicina ABC . Pós graduação em Medicina Estética e Medicina Preventiva.



O carnaval chegou ao fim, ginecologista alerta sobre as principais doenças que afetaram as mulheres durante o período de folia

Especialista evidencia que o verão é dos fatores que potencializa o desenvolvimento de doenças ginecológicas


O período de folia está chegando ao fim, a programação intensa de viagens, festas e bloquinhos carnavalescos costuma cobrar um preço alto do nosso corpo. No entanto, ainda que a festa seja um momento repleto de alegria e curtição, é essencial empenhar uma atenção maior em relação à saúde, principalmente para as mulheres.

Durante essa festividade estamos vivenciando a estação mais quente do ano, que é um dos períodos em que mais mulheres costumam procurar os consultórios pelas doenças ginecológicas decorrentes da proliferação de fungos nas partes íntimas “No verão com o aumento da umidade e temperatura a propagação de fungos e bactérias é maior. Além disso, o carnaval também potencializa o aumento do número de disseminações e contágios das Infeccções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)” adverte a médica Loreta Canivilo, ginecologista.

A região vaginal possui uma proteção natural, contudo, ainda é uma área muito delicada que necessita de cuidados para prevenir que resíduos se acumulem e atinjam a região interna que acarretara no desenvolvimento de doenças tais como a candidíase, tricomoníase, vaginose bacteriana, infecção urinária ou cistetite.

Por outro lado, também existe as ISTs que são doenças causadas por vírus, bactérias e vários outros micro-organismos, que são transmitidos através da relação sexual desprotegida. Segundo o Ministério da Saúde as ISTs mais comuns são a herpes genital, cancro mole, HPV, gonorreia, clamídia, sífilis e a AIDS.

A medida mais indicada após o carnaval é procurar um ginecologista para a realização de um check up para tratar de forma precoce qualquer alteração que a folia possa ter trazido. “É essencial que as mulheres procurem um especialista para a realização de um diagnóstico e tratamento corretos, mesmo em casos de doenças recorrentes, pois o tratamento inadequado pode levar a um desequilíbrio ainda maior da flora vaginal” ressalta Dra. Loreta.

 

Dra. Loreta Canivilo - ginecologista, obstetra e ginecoindócrino, formada pela Faculdade de Medicina ABC.  A médica também é especialista em assuntos relacionados a reposição hormonal, estética íntima e tratamentos de doenças do útero e endométrio.

 

Beijou muito no carnaval? Fique atento, conheça doenças transmitidas pela saliva

Com a chegada do Carnaval, muitas pessoas se preparam para dias de folia, com muita música, dança, bebida e, é claro, beijos. Porém, é importante lembrar que algumas doenças bucais podem ser transmitidas pela saliva, e a agitação do Carnaval pode aumentar o risco de contágio.

As doenças bucais que podem ser transmitidas pela saliva incluem herpes labial, mononucleose infecciosa, sífilis. Essas doenças podem ser transmitidas através do compartilhamento de objetos contaminados, como copos, talheres e escovas de dente, ou através do contato direto com a saliva, como beijos e mordidas.


• Herpes labial: é uma infecção viral causada pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1), que pode provocar bolhas e feridas nos lábios, na boca e na gengiva. A transmissão pode ocorrer através do contato direto com a saliva de uma pessoa infectada. É uma doença muito comum que afeta cerca de 90% da população mundial. Embora geralmente seja uma condição benigna, pode ser dolorosa e constrangedora para quem a tem.

• Mononucleose infecciosa: é uma doença viral causada pelo vírus Epstein-Barr, que pode provocar febre, dor de garganta, fadiga e outros sintomas. A transmissão pode ocorrer através do contato direto com a saliva de uma pessoa infectada.

• Sífilis: é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode afetar os lábios, a boca e a garganta. A transmissão pode ocorrer através do contato sexual ou através do contato direto com a saliva de uma pessoa infectada. Especialmente se houver feridas ou lesões nos lábios, na boca ou na garganta.

É importante lembrar que a transmissão dessas doenças bucais pela saliva pode ser evitada através de medidas simples, como evitar o compartilhamento de objetos pessoais, lavar as mãos com frequência e praticar o sexo seguro. Além disso, é fundamental manter uma boa higiene bucal e visitar regularmente um dentista para prevenir e tratar as doenças bucais.

Durante o Carnaval, pode ser fácil esquecer a rotina de cuidados com a saúde bucal, mas isso pode aumentar o risco de doenças bucais e agravar problemas existentes. Além disso, alguns sintomas de doenças bucais podem surgir rapidamente, e é importante estar atento a eles para procurar ajuda médica o mais rápido possível.” comenta a cirurgiã-dentista e especialista em saúde bucal Dra. Bruna Conde.

Sinais como dor de dente, gengivas inchadas ou vermelhas, feridas na boca, mau hálito persistente ou dor ao mastigar podem indicar a presença de uma doença bucal, e devem ser avaliados por um dentista. O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento eficaz e para evitar complicações.

“Por isso, se você está se preparando para aproveitar o Carnaval, não se esqueça de incluir na sua lista de cuidados a visita ao dentista. Além de garantir um sorriso bonito e saudável, você estará protegendo a sua saúde e a de outras pessoas ao seu redor. E lembre-se: prevenir é sempre melhor do que remediar.” Finaliza Bruna Conde.
 

 

Dra. Bruna Conde - Cirurgiã-Dentista.
CRO SP 102038


Verão, Carnaval e Volta às Aulas: período favorece a propagação de viroses

Doutora em Microbiologia ressalta a importância da higiene e explica como se prevenir

Aglomeração no Carnaval e praias cheias favorecem o contágio por viroses
Divulgação

Verão, Carnaval e o retorno às aulas formam um cenário favorável à propagação de viroses, especialmente as que afetam o trato gastrointestinal. A explicação é da biomédica, vice-presidente do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná (CRBM6) e diretora da 15ª Regional de Saúde do Paraná, Daiane Pereira Camacho.

 

De acordo com a biomédica, que é doutora em Microbiologia, os ambientes com grande circulação de pessoas - como as praias, piscinas, clubes de lazer e salas de aula - são grandes facilitadores para o contágio. Justamente por isso, a higiene é a medida de prevenção mais recomendada. “Lavar bem as mãos e os alimentos, evitar locais fechados, manter janelas abertas são condutas essenciais e que não podem ser deixadas de lado neste período”, enfatiza.

 

Indícios

Daiane observa que os sintomas de virose podem aparecer em algumas horas ou dias depois de a pessoa entrar em contato com o vírus. Os primeiros sinais envolvem dores de cabeça, mal-estar e náuseas. “Porém, essas manifestações podem evoluir para tosse, febre, diarreia e vômito dependendo do agente infeccioso e do sistema imunológico da pessoa”, complementa.

Segundo a diretora da 15ª Regional de Saúde - que tem sede em Maringá e responde por outros 30 municípios das imediações - crianças e adultos estão suscetíveis às doenças, mas é preciso redobrar cuidados com os idosos em virtude da resposta imunológica. 

“Bebês, crianças da primeira infância [até os seis anos] e os idosos tendem a ficar mais debilitados. É fundamental dar atenção especial a esse público, observar os sintomas e manter uma boa hidratação que vai ajudar nas atividades celulares, na absorção dos nutrientes, na oxigenação, digestão, no funcionamento dos rins, regulação da pressão arterial entre outras funções”.

Divulgação


Surto de norovírus

No fim de janeiro deste ano, autoridades do Reino Unido emitiram um alerta sobre um “surto” de casos de diarreia na região, causados por infecções de norovírus. No mesmo período, a cidade catarinense de Florianópolis registrou situação semelhante.

 

“Se no passado ouvíamos falar mais vezes no rotavírus - amplamente combatido com a vacinação - hoje vemos um novo tipo de agente de contágio que também afeta o trato gastrointestinal. Isso requer novamente esforço de todos nós”, enfatiza Daiane. 

 

O norovírus pertence às classes dos microrganismos que causam gastroenterite e tem como principais sintomas diarreia intensa, vômito e algumas vezes febre alta. A infecção é transmitida via fecal-oral (quando se leva a mão contaminada à boca), por meio da água e dos alimentos contaminados ou pelo contato com pessoas contaminadas.

 

O norovírus tem alta capacidade infecciosa e é capaz de permanecer em superfícies nas quais a pessoa esteve, o que facilita a transmissão. O contágio pode levar a sintomas graves, especialmente em crianças e idosos, e que podem evoluir com desidratação, provocando sintomas como pele, lábios e mucosas secos, batimentos cardíacos acelerados ou rápida diminuição da pressão arterial.

 

Além das viroses causadas por rotavírus e norovírus, outros agentes também podem ser encontrados nas chamadas “viroses de verão”. São os adenovírus e os sapovírus, todos com características muito semelhantes.

 

“A incidência das diarreias por rotavírus em crianças tem caído bastante desde a introdução da vacina contra esse agente. Cabe ressaltar que são duas doses orais de vacina contra o rotavírus: uma aos 2 meses e a segunda quando os bebês completam 4 meses de idade”, explica Daiane.

 

Como se prevenir

Quando o tema é prevenção, a vice-presidente do CRBM6 enfatiza que “cuidar nunca é demais” e traz algumas dicas para evitar contaminações. Confira:

 

1) Uma das principais formas de se prevenir contra as viroses de verão que causam problemas gastrointestinais é a higiene. Como o agente infeccioso é transmitido pelo contato, é imprescindível manter as mãos sempre higienizadas, pois elas são consideradas porta de entrada às doenças.

 

Lave bem as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos antes de enxaguar, principalmente após tocar em animais e manipular os alimentos.

2) Lave bem os vegetais, frutas e legumes com água e sabão. Em seguida, coloque-os de molho em solução de água sanitária 2,5%, preparada com 1 litro de água e 2 gotas da água sanitária, deixando agir por 30 minutos.

 

3) Evite compartilhar toalhas, roupa de cama ou objetos pessoais.

 

4) Evite tocar em superfícies e levar as mãos à boca, nariz ou olhos.

 

5) Beba sempre água tratada ou fervida e fique atento ao escolher os alimentos. O calor favorece a proliferação de vírus e bactérias. Por isso, redobre a atenção em como os alimentos são preparados, armazenados e conservados.

 

6) A água da piscina e das praias também são grandes facilitadores das transmissões virais, em relação às doenças diarreicas. A ingestão de água do mar, mesmo que por descuido, pode acarretar em gastroenterite.

 

7) Viroses respiratórias, embora tenham significativo aumento dos casos no inverno, também circulam no verão. Por isso, evite aglomerações e ambientes fechados.

 

Apesar das campanhas de vacinação, o uso de máscaras em algumas situações ainda é recomendado para se evitar a transmissão e contaminação pelo Coronavírus.

 

8) Em caso de contaminação, monitore os sintomas, reforce a hidratação, invista em alimentação leve e, em caso necessário, busque auxílio médico com clínico geral, gastroenterologista ou infectologista. Nunca faça ingestão de remédios por conta própria.


Dia da Conscientização da Anosmia tem atendimento gratuito com médicos otorrinos em São Paulo

Ação ocorre em frente ao prédio da FIESP e é promovida pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial e a Academia Brasileira de Rinologia

 

Na próxima segunda-feira (27/02), médicos otorrinolaringologistas vão realizar atendimento gratuito à população da capital paulista por meio da ação “Sinusite e Alterações de Olfato: sinais de alerta”. O evento terá início às 8h e ocorrerá na Avenida Paulista 1.313, em frente à entrada da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). 

Pode participar quem, nos últimos 12 meses, apresentou sintomas constantes de nariz entupido, secreção nasal, dificuldade em sentir cheiro, dor ou sensação de pressão no rosto. 

Promovido pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e Academia Brasileira de Rinologia (ABR), o evento marca o Dia da Conscientização da Anosmia, termo médico usado para definir a perda da função olfativa. 

Durante a ação, que conta com o apoio da farmacêutica Sanofi, da Noar e da FIESP, haverá avaliação clínica inicial para identificar pessoas com problemas de sinusite e distúrbios que afetam o olfato, questões que impactam a qualidade de vida. 

“Sabemos que a rinossinusite crônica, popularmente chamada de sinusite, está entre as causas da anosmia e o distúrbio do olfato pode ser um dos sintomas dela, especialmente a com pólipos nasais. Queremos auxiliar a população levando esclarecimentos sobre as consequências, ajudando a reconhecer o problema e conscientizando sobre a necessidade de tratamento adequado”, esclarece o diretor da ABORL-CCF e da ABR, Dr. Ricardo Dolci, que coordena a ação em São Paulo. 

A rinossinusite crônica é caracterizada pela inflamação da mucosa do nariz e dos seios da face e apresenta sintomas como congestão e secreção nasal, perda do olfato, dor na face, tosse, entre outros. Somente em São Paulo, aproximadamente 500 mil pessoas passam pelo problema, segundo um estudo de 2014, da USP (Universidade de São Paulo). A rinossinusite crônica com pólipos nasais é considerada um subtipo dessa doença.

 

Funcionamento da ação

A partir das 8h, haverá distribuição de senhas no local e os participantes passarão por uma triagem, na qual responderão a um questionário, com a finalidade de auxiliar na coleta de informações para a etapa de avaliação médica. 

Também estarão disponíveis testes para analisar a qualidade do olfato. O atendimento será limitado a 200 pessoas e terminará às 17h. 

Pacientes avaliados na ação e que forem identificados com sinais relacionados à rinossinusite crônica com pólipo nasal terão apoio da Sanofi para encaminhamento a consultas gratuitas com especialista em otorrinolaringologia. A assistência será limitada a 20 consultas. 

A farmacêutica também realizará no local o #DesafioDaJujuba, como parte de uma campanha digital realizada pela empresa, com apoio da ABORL-CCF, que visa sensibilizar a população de uma forma lúdica sobre como é conviver com a anosmia e a rinossinusite, oferecendo balas de goma para que os participantes tentem descobrir, de nariz tampado, qual o sabor consumido.
 

Olfato saudável

A ação “Sinusite e Alterações de Olfato: sinais de alerta” também abre a Campanha do Olfato Saudável, promovida pela ABORL-CCF e a ABR até o dia 3 de março. Durante a semana, especialistas da entidade divulgarão informações para orientar os brasileiros sobre a importância que o funcionamento adequado do olfato possui para o organismo e para a qualidade de vida. 

“A perda do olfato pode levar a muitos problemas. O olfato ajuda as pessoas a detectar perigos no ambiente, como fumaça, cheiros de gás e vapores químicos. O cheiro também é útil para comer, ajudando a evitar ingestão de alimentos estragados e a manter uma boa saúde”, esclarece o presidente da ABR, Dr. Marcus Lessa. 

Nas redes sociais da ABORL-CCF e no Instagram Otorrino e Você, profissionais abordarão sobre os problemas, diagnóstico e possíveis tratamentos do olfato por meio de lives voltadas à população e à classe médica.

 
Serviço

Ação “Sinusite e Alterações de Olfato: sinais de alerta
Data: 27 de fevereiro
Horário: início às 8h
Local: Avenida Paulista 1.313, em frente à entrada da FIESP.
Informações: Link


O que é a doença da “vaca louca”? Caso suspeito está sob investigação no Brasil

Doença pode comprometer a capacidade cerebral e causar estado vegetativo em seres humanos 

 

De acordo com o Ministério da Agricultura, um caso suspeito de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EBB), popularmente conhecida como doença da “vaca louca”, está sob investigação no Brasil, um animal de sete anos em uma fazenda no Pará apresentou sintomas da doença, foi abatido, a fazenda isolada, e amostras foram enviadas para análises laboratoriais.

 

O risco da doença voltar a terras brasileiras tem assustado muitos devido aos seus graves efeitos em humanos, que ocorrem após a transmissão por meio da ingestão de carne de animais infectados, causando uma encefalopatia espongiforme, conhecida como doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), uma variante da EBB.

 

De acordo com o Pós PhD em neurociências e Biólogo, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a doença é fatal em seres humanos.

 

Em humanos, a DCJ causa uma série de problemas, como alterações de personalidade, cegueira, perda de memória, equilíbrio e coordenação, movimentos anormais e perda progressiva da mobilidade e função cerebral”.

 

Isso ocorre devido ao desenvolvimento anormal de príons no cérebro, o que gera pontos de acúmulo e produz pequenas bolhas nas células cerebrais, deixando o órgão com um aspecto poroso semelhante a uma esponja, o que vai afetando gradualmente uma série de funções importantes, seguido pela morte do indivíduo”.

 

Encefalopatia Espongiforme Bovina

A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EBB) atinge o gado através de um agente conhecido como prião, uma célula modificada de proteína que infecta os bovinos causando alterações de comportamento e falta de coordenação motora.

 

O período de incubação é bastante longo, cerca de 5 anos até o aparecimento dos sintomas, o que leva o animal rapidamente à morte, mas essa grande janela abre a possibilidade de disseminação, em especial por não haver atualmente qualquer tipo de tratamento” Explica Dr. Fabiano de Abreu.

 

Variante da “doença da vaca louca” pode ser ainda mais perigosa

Existem variantes da doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) que alteram seu funcionamento no corpo humano, a chamada DCJv pode ser mais perigosa por não apresentar sintomas, ter manifestação precoce e ter maior possibilidade de transmissão.

 A DCJv também é adquirida através da ingestão de carne bovina ou derivados do gado contaminado com a EBB, mas começa muito mais cedo nos humanos, em cerca de 30 anos ou menos, existem pessoas infectadas com a DCJv que se mantém assintomáticas, o que facilita a sua transmissão por meio de transfusão de sangue ou procedimentos cirúrgicos”. Alerta Dr. Fabiano de Abreu.

 

Como se prevenir da doença?

Atualmente, não existe tratamento eficaz para a doença, por isso, a prevenção é a melhor forma de evitar a doença de Creutzfeldt-Jakob.

Prevenir a disseminação da doença é fundamental para inibi-la, além dos cuidados técnicos de produtores e do governo, como não usar proteínas de origem animal na alimentação do gado, para os consumidores é essencial evitar ingerir carne e derivados de bovinos sem procedência e, conforme a gravidade da disseminação, evitá-los”. Explica.

 

Existem riscos para o Brasil?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde Aniimal (OIE), o Brasil é considerado um território de risco insignificante para a ocorrência da EEB, tendo seus últimos casos registrados em 2021, o que causou a interrupção da compra de carne bovina brasileira pela China por três meses.

Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, todas as medidas cabíveis de prevenção foram tomadas, e que os procedimentos foram rigorosamente cumpridos, mas Dr. Fabiano de Abreu afirma que até que a suspeita seja afastada é fundamental ter cuidados preventivos.

Minha tia/madrinha, Maria, portuguesa, viveu no Brasil a maior parte de sua vida e morava em Macaé no estado do Rio de Janeiro, quando veio a falecer de Creutzfeldt-Jakob no dia 11/10/2014, ela era mais um caso não divulgado e abafado, na época. Ela realizou um exame que demorou cerca de um mês para ter o resultado, que só chegou após o seu falecimento. Eu ainda não tinha formação em neurociências, hoje em dia, ainda tento entender mais a fundo a doença, e a ciência ainda tem muito o que descobrir, mas até lá é importante nos protegermos como for possível” Conta Dr. Fabiano de Abreu.

 

 



Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS. Currículo BR: http://lattes.cnpq.br/1428461891222558 Currículo PT: https://www.cienciavitae.pt/portal/en/8316-38CC-0664 Currículo INT: https://orcid.org/0000-0002-5487-5852


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