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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Por que meu filho não me obedece?

Entre tantas noções sobre o que é certo e errado na postura dos pais em relação aos filhos, criamos uma espécie de senso comum de que precisamos ter “controle” sobre o comportamento das crianças. Ao longo do tempo, isso se “resolvia” por meio de punições e castigos físicos. Disciplina era sinônimo de punição física. Foi assim também que, no passado, os pais colocavam crianças para trabalhar por longas jornadas em minas de carvão, em fábricas ou em roças de algodão, embora vejamos isso, hoje, como uma barbaridade (e é!). Parece distante e sem sentido, mas até 1970, no Brasil, utilizava-se de palmatória para “ensinar” uma criança.

Hoje, a ideia de castigos físicos, palmadas e punições está superada. Mas é difícil abrir mão da lógica que orientava esse tipo de postura: a ideia de controlar os filhos.

Eu era um adolescente de 13 anos quando o cinto de segurança se tornou obrigatório no Brasil, em 1994. Ainda recordo de adultos com imensa dificuldade em usar o cinto porque não entendiam seu sentido. O que ocorre com a educação dos filhos é semelhante ao motorista cinquentão que tem a informação de que os cintos reduzem em 40% as colisões fatais e em 60% os traumatismos, mas não consegue fazer uso rotineiro, automático e natural.

Ou seja, o que nossos pais viveram, o que nós vivemos na infância e tudo que aprendemos em nosso ambiente social está relacionado com a nossa percepção sobre a infância e sobre a criação de filhos. Isso tudo criou os conceitos e as verdades em que acreditamos. E explica muitas das dificuldades que você vive hoje. Antes de tentarmos mudar o comportamento das crianças, precisamos mudar a nós mesmos.

Existe muita informação, muito conhecimento, muita pesquisa, descobertas da ciência sobre a infância e sobre a educação de filhos a que nossos pais não tiveram acesso, e que não podemos aprender pelos meios convencionais. Só conseguiremos aprender o novo se desaprendermos algumas ideias e jeitos que fomos assimilando sem perceber, ao longo dos anos.

O mais difícil desses conceitos que você deve abandonar está relacionado à autoridade: entender que os filhos não precisam obedecer aos pais. Essa ideia de obediência irrestrita cria uma hierarquia vertical; é a principal causa de desestruturação de inúmeras famílias e um dos motivos de relacionamentos com pouco diálogo, adolescentes revoltados e pais altamente estressados.

Essa maneira de se relacionar com os filhos estabelece a noção equivocada de que filhos que não obedecem são “malcriados”. Cria culpa nos pais por situações que as crianças vivem na infância que são resultado de comportamentos naturais, típicos, que toda a criança vive, como as célebres birras.

A ideia de que pais estão em uma hierarquia superior deu origem também à seguinte preocupação, que assombra muitas famílias: será que sou muito permissivo, será que sou muito autoritário?

Essa nova forma de pensar a educação e a criação dos filhos embute um conceito importante para substituir a obediência pelo relacionamento. Tudo que envolve uma criação positiva de filhos, menos estressante para todos, passa pela construção de relacionamentos saudáveis e atenciosos. Não significa que você precisa ficar brincando com seu filho o dia todo ou atender tudo o que ele quer. Relacionamento significa olhar para a criança e entender que ela tem necessidades semelhantes as suas, tem desejos, vontades, fragilidades, interesses e capacidades diferentes.

E nosso desafio é conseguir orquestrar isso tudo de forma que não prejudiquemos seu desenvolvimento e não prejudiquemos também a nossa saúde mental. Criar filhos não é algo fácil – é a maior aventura da vida. Seremos responsáveis e sofremos os impactos de seus destinos e escolhas ao longo de nossa vida também. Essas orientações ajudarão você a conseguir uma relação com mais empatia, entendimentos e colaboração no dia a dia. E, no futuro, relações saudáveis, próximas, e uma família convivendo em equilíbrio e harmonia.

 

 

Marcio André Bosse - psicólogo, especialista em desenvolvimento infantil (Instagram: @papaimarcio)

www.papaimarcio.com.br


RELACIONAMENTOS, PESSOALIDADES

Indivíduo: “o ser humano considerado isoladamente na comunidade de que faz parte; cidadão” (Houaiss). Isso é uma invenção da burguesia. O indivíduo, nesse sentido, como ente destacado da indistinção, é uma criação da Revolução Francesa. O sujeito de direitos, ou com direitos, pela tão só condição de estar no mundo, é uma construção intelectual do Iluminismo. Antes, em não sendo nobre nem clérigo, uma pessoa não era um sujeito; era vassalo, plebeu, um nada, um ninguém.

Qual a condição para ser sujeito? Além das afirmações de direitos, que vêm certificando com essa qualidade pessoas que não eram assim consideradas, sujeito, nas relações cotidianas, é o indivíduo com determinação sobre si, responsável e responsabilizável por seus atos. Ou seja, sujeito é o corpo com capacidade de pensar e de se determinar conforme seu pensamento. Se um corpo não tem capacidade de autodeterminar-se, não pode assumir compromissos, não responde por seus gestos. Onde há um sujeito, pois, há deliberação, há vontade.


Os burgueses, quando inventaram e afirmaram a individualidade, fizeram-no para opô-la aos nobres e ao clero. Hoje, com mais ou menos consciência disso, já nascemos indivíduos com uma lista de direitos, o que torna difícil compreender a nossa condição de objeto das condições sociais. É de se registrar que os burgueses iluministas foram traídos pela burguesia positivista e se estabeleceu outra ordem conservadora, com uma hierarquia social que releva a disposição do dinheiro; não obstante, restou um bom avanço.


Um desdobramento da individualidade foi a privacidade. A vida privada é a resguardada da vida pública. Associa-se vida privada à vida íntima, contudo, há uma diferença importante. A vida privada é aquela em que o Estado ou os governos não se devem meter; é aquela esfera da vida cidadã que não deve ser governada, sobre a qual deve incidir o mínimo de especificações legais. Já a vida íntima é o meu mínimo individual, no sentido de absolutamente particular, indevassável.


Nesse espaço meu que só a mim pertence nem mesmo outros indivíduos privados, ainda que de minha relação próxima ou mesmo afetiva, se deveriam imiscuir. Mas creio que a reserva da intimidade, ainda que seja coisa sobre a qual muito se fala, tem sido aviltada. As pessoas não se conservam o seu mínimo íntimo e não se furtam de invadir o âmago existencial de outrem.


Amiga minha, por suas queixas, seria vítima de um casamento machista típico. Mas, vista a coisa com olhos de querer ver, não era bem assim, ou isso não dizia tudo. É verdade que o marido exercitava bisbilhotices: controlava o hodômetro do carro, o celular, o combustível, o perfume, o GPS, o cheiro da calcinha, o lixo do banheiro; usava aplicativos cibernéticos e não descuidava das fofocas. Fazia o que podia (na verdade, não podia; ninguém pode).


Bem, mas, e daí? A mulher seria vítima disso? Nesse caso específico, mais ou menos. Primeiro, ela era bem instruída, trabalhava e tinha renda suficiente para viver com dignidade sem o marido; segundo, filhos não eram empecilho à sua liberdade; terceiro, o que tristemente importa: ela fazia a mesma coisa que o marido, ou pelo menos tentava: xeretava tudo da vida dele, e não era “retribuição”, era exercício de controle “independente”. Como ele, ela pretextava cuidados de amor.


Claro, o marido levava os benefícios de ser “macho” em uma sociedade machista. Então, dados os hábitos dominantes, ele tinha bastante vantagem relativa. Mas, estranhamente, a mulher não se rebelava contra o estado de coisas em si. Ela só lamentava não dispor de igual poder controlador. Despudoradamente, dizia que fazia o mesmo e, se pudesse, faria mais; também e igualmente, escarafunchava coisas e movimentos do marido.


Eis um ambiente compartilhado de invasão de intimidade. Esse casal tem cidadania, tem privacidade, mas cada parte sofre invasão de intimidade pela outra. Tem meios, tem esclarecimento, tem, enfim, condições de abdicar do que faz, mas nunca esteve em pauta revogar o fazê-lo. É como se houvesse um acordo canalha em que as partes se reconhecem na sua canalhice: sabem a indignidade em que vivem, vivem em acordo tácito a vida indigna.


A vida civilizada pede o conceito de pessoalidade. É imperativo que haja um conjunto de qualidades e de condições de viver que defina o humano além do macaco evoluído em bando. Um humano que meramente cumpre os costumes que o encerram é um humano como espécie, mas é pouco humano como cultura. Prender-se como escolha em pequenezes não é existencialmente humano.


Anoto que estou falando de quem pode fazê-lo. Quero, todavia, eu mesmo controverter o que digo. O feminismo não pode ser reduzido a uma noção individualista de empoderamento: “É importante que mulheres sejam financeira e emocionalmente independentes? Com certeza. Mas, considerando que esse estilo de vida é completamente inacessível para a maior parte das mulheres, nem contribui para que se torne acessível, não traz bem coletivo nenhum.


O empoderamento individual ainda não representa uma mudança concreta na violência doméstica e sexual que as mulheres sofrem enquanto grupo (apesar da ‘moda’ do feminismo de mercado, há índices assustadores de agressões a mulheres e o Brasil é destaque em feminicídio); não nos livra de ter os empregos e subempregos menos valorizados; não põe fim à tripla jornada de trabalho; nem, no caso das mulheres negras, faz com que elas deixem de viver em condições mais precárias do que todo o resto da população.


Essas são questões que não se resolvem quando decidimos que queremos ser donas das próprias bucetas ou afirmamos que ninguém manda em nós. São problemas sociais e políticos complexos que só podem ser enfrentados com luta política contínua, dentro e fora das instituições de poder. É isso que o feminismo representa: um movimento antissistêmico. Ou, pelo menos, é o que deveria representar” (Como o Feminismo de Mercado Engana Você, Bruna de Lara, The Intercept Brasil, 15jan19).


A questão é mesmo estrutural. Mas estruturas movem-se, ou são movidas. “A construção de um mundo de todos, mais livre e mais igual, não ocorrerá sem a construção de um mundo de cada um, que diga alguma coisa aos interesses concretos [...] Inobstante o ‘um’ depender do ‘todos’, cabe seleção do que vai ser utilizado para alicerce de si próprio, e exibir os resultados, influenciando pessoas próximas, na tentativa de desencadear processos que levem a formas de viver a vida e vê-la vivida que possam ser nomeadas democracia” (Léo Rosa de Andrade, Liberdade Privada e Ideologia, Acadêmica, 1993).

 

Na Tradição Ocidental não há humanidade como vida culturalmente construída sem privacidade e intimidade (um mínimo pessoal). A humanização dos humanos não adveio da repetição de maus hábitos, mas da invenção de modos inteligentes e dignos de viver. Nesta quadra em que as mulheres marcam sua independência, certos comportamentos não se autorizam mais. Restos de machismo, doenças da paixão, o que sejam, algumas atitudes, por quem pode fazê-lo, devem ser remetidas ao lixo da História.

 

 



Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC.

Psicanalista e Jornalista.


5 erros comuns que brasileiros cometem ao falar inglês

Dominar um outro idioma pode ser uma tarefa árdua e, ao longo desse processo de aprendizagem e consolidação, erros recorrentes acabam surgindo no caminho de quem busca a fluência. Embora esses equívocos sejam bastante comuns e façam parte do processo natural de aprendizado, é importante ter em mente a origem dos erros para conseguir monitorá-los com mais facilidade. 

De acordo com o assessor de conteúdo do PES English, Esrom Adriano Freitas Irala, uma das principais causas de pequenos (e até grandes) equívocos nesses casos é a interferência que a língua mãe exerce sobre quem está tentando falar uma outra língua que não seja a nativa. "A língua mãe serve como base para o nosso pensamento, como uma âncora para aprendizagem de uma segunda, terceira ou quantas línguas forem. Principalmente no início, ela pode interferir na aquisição de outra língua e, em alguns casos, ela bloqueia a comunicação. Se eu não consigo comunicar a minha mensagem por causa de uma interferência da minha língua mãe, a língua adicional não cumpre sua função, que é comunicar", explica Freitas.

Como exemplo, o especialista cita alguns dos principais erros que podem ocorrer na comunicação em inglês por interferência do português:


Tradução literal

Esse é o tipo de equívoco que pode trazer problemas na comunicação e levar a muitas situações cômicas numa comunicação real. Por exemplo: um calouro brasileiro em uma universidade americana, em seu primeiro dia por lá, está interagindo com seus colegas pela primeira vez e uma das perguntas é sobre a idade deles. O calouro brasileiro pergunta em tradução literal do português para o inglês: "How many years do you have?" (Quantos anos você tem?). Um dos colegas responde, meio sem entender: "Two!". Em inglês não se utiliza essa construção de frase para perguntar a idade de alguém. O certo é "How old are you?" Em uma tradução literal seria como perguntar: “Quão velho você é?”. Logo, o que o colega americano provavelmente entendeu quando o calouro fez a pergunta "How many years do you have?" foi “Quantas orelhas você tem?” e, de pronto, ele respondeu: “Duas”. Years (anos) e Ears (orelhas) não têm exatamente a mesma pronúncia, mas são bastante semelhantes e por isso, nesse contexto, é possível a confusão. Essa é a armadilha da tradução literal de expressões, frases e perguntas do português para o inglês, pois, muitas vezes, a maneira de dizer a mesma coisa é diferente! "É importante ficar atento às diferentes maneiras de dizer a mesma coisa em português e em inglês. Deve-se procurar anotar essas diferenças sempre que elas aparecerem, pois assim fica mais fácil para internalizar e evitar esse erro no futuro", aconselha o especialista. 


Estrutura da língua

Essa é uma continuação do item anterior, porém menos danosa à comunicação, não causando maiores problemas de entendimento. Muitas vezes, falantes do português costumam omitir o sujeito da frase em frases como “Está um dia maravilhoso!”, “Está chovendo hoje.” Na verdade, em português, essa é uma típica oração sem sujeito, ou seja, ela possui um verbo impessoal, que não se refere a nenhuma pessoa. Em inglês é diferente. É preciso sempre usar o sujeito. A mesma frase seria dita assim: "It’s  a wonderful day!". O It é parte obrigatória da estrutura da frase, não estando correto dizer somente "Is a wonderful day!" ou "Is raining". Isso afeta a comunicação e compreensão? Não. Mas é um equívoco causado por uma interferência do português.


Pronúncia

Esse é o tipo de erro que pode muitas vezes causar grandes problemas de comunicação. Em primeiro lugar, vale esclarecer que problemas com pronúncia são diferentes de dificuldades com sotaque. "O sotaque todo mundo tem e não há nenhum problema nisso. Como falantes do português, temos o nosso sotaque característico e isso não importa – desde que saibamos pronunciar corretamente e sejamos compreendidos", destaca Freitas. Mas e se a pronúncia ou entonação erradas levarem a um problema na compreensão da mensagem? Por exemplo: um brasileiro entra em uma cafeteria, em Londres, vai até o balcão e pede: "Cough, please!". A pessoa do outro lado do balcão, levando em tom de brincadeira, olha e... tosse! O brasileiro não entende e pede novamente: "Cough, please!". E a pessoa tosse novamente. Na verdade, a palavra cough (/kɒf/), que significa “tossir, tosse”, tem uma pronúncia semelhante à palavra coffee (/ˈkɑː.fi/), que significa café, e tal detalhe não foi percebido pelo falante de português, mas é algo completamente diferente aos ouvidos de um falante nativo de Inglês.

"A pronúncia equivocada de sons, entonações, sílabas tônicas, mesmo que não seja por interferência direta da língua portuguesa, muitas vezes pode interferir na comunicação. Mais importante que o sotaque é a entonação e a sílaba tônica das palavras. Preste atenção a isso", alerta.


Falsos cognatos (ou falsos amigos)

Também chamados de “falsos amigos”, os falsos cognatos são palavras em inglês que possuem semelhança, fonética ou ortográfica, com um termo da língua portuguesa. E, por conta da semelhança, muitas vezes acabam confundindo os falantes de língua portuguesa, que acham que estão dizendo uma coisa e, na verdade, estão dizendo outra. Exemplo: a palavra exquisite, ao contrário do que possa parecer, não significa “esquisito” e, sim, “delicioso”. A pessoa deve ter cuidado ao usar esse adjetivo em inglês porque, em vez de criticar, como poderia ser a intenção, ela pode, sem saber, acabar fazendo um elogio. Nem tudo que parece é! "Para evitar equívocos como esse, a dica é assistir a muitos filmes, séries e ler muito em inglês para, aos poucos, internalizar os diferentes significados das palavras cognatas em seu contexto", aconselha Freitas.


Empréstimos de palavras do inglês para o português

Existem muitas palavras em inglês que, no dia a dia, são utilizadas nas interações em português. A frase “Você viu aquele outdoor da nova Ferrari? Ela é linda!” provavelmente será compreendida por todos os brasileiros. Já um falante de inglês nativo pode achar estranho. Isso porque o brasileiro “empresta” a palavra outdoor do Inglês e dá a ela uma nova roupagem. Em inglês americano, o mais comum seria dizer: "Did you see that Ferrari billboard? It’s gorgeous!". Os americanos usam a palavra outdoor para dizer “ao ar livre”, “fora de casa”. Por exemplo, outdoor activities (atividades ao ar livre). A mesma confusão pode acontecer com palavras como no-break (em inglês é chamado UPS - Uninterruptible Power Supply), chip (em inglês é SIM Card) e pen drive (em inglês é flashdrive).

"Esses empréstimos de palavras funcionam bem aqui no Brasil, quando falamos a nossa língua, mas podem causar confusão quando utilizados na língua inglesa. Portanto, desconfie do uso de algumas palavras em inglês no meio de frases em português. Para nós, brasileiros, pode parecer claro, mas muitas vezes essa palavra pode não ser a mesma que utilizaremos no mesmo contexto se estivermos falando em inglês", acrescenta.

 


PES English


Como a obesidade está relacionada com problemas emocionais?

 Entenda porque a gordura pode ser uma forma de proteção do corpo

 

De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde, a obesidade é um dos problemas de saúde mais graves que a população em geral enfrenta. Segundo a mesma fonte, a obesidade, até 2025, deve afetar mais de 700 milhões de pessoas pelo mundo. No Brasil, 19,8% da população sofre desse problema.

Segundo a fisioterapeuta e especialista em medicina integrativa, Ana Peixoto, “a obesidade é um problema de saúde comum porque as suas causas afetam muitas pessoas”. Desse modo, muito além do simples fato de ingerir mais calorias do que se utiliza por dia, as pessoas obesas, têm, em sua maioria, causas comuns que originam o problema.

Dentro do estudo das 5 Leis Biológicas, teoria criada pelo médico alemão Dr. Hamer, a maneira como vivemos determinadas situações impactam diretamente nas nossas dores e problemas físicos. “Com a obesidade, não é diferente”, afirma a especialista em emoções e patologias. “Colocamos gordura onde precisamos proteger”. A gordura está relacionada à necessidade de proteção, ao quanto a pessoa se sente julgada, bem como aos medos que ela tem de faltar algo como comida, amor, reconhecimento.

Engordamos também quando sentimos que não tivemos o valor que gostaríamos de ter tido para o outro. Desse modo, esse sentimento de ser menosprezado e não ganhar a valorização que merece, é, muitas vezes, expressado pela gordura corporal, que gera a obesidade.

Na carência e no medo da falta acontece a mesma coisa. Pessoas com pais ausentes ou que vivem em famílias que não têm grandes vínculos afetivos, tendem a buscar esse vazio na comida. “Essa falta de amor, de carinho, de calor humano e de afeto, pode facilmente se desenvolver em forma de obesidade”, explica a especialista.

Como ela disse, a gordura surge como forma de “proteger” de toques indesejados, de julgamentos e até pela necessidade de proteger alguém, quando a gordura se concentra mais na barriga. Ana afirma que “pessoas que apanharam muito na infância podem desenvolver uma gordura localizada onde sofria as agressões como forma de proteger o local de futuras dores”. Não só crianças, contudo, pessoas adultas que também tiveram contato com algum tipo de violência ou vulnerabilidade física, tendem a desenvolver gordura nesse local de dor. Em mulheres que tiveram algum relacionamento abusivo e violento com relação à sexualidade, a gordura tende a aparecer em forma de culote.

“A gordura, assim como todas as nossas patologias está ligada aos nossos problemas emocionais”, alerta a fisioterapeuta. Desse modo, mais do que apenas tratar o resultado que foi manifestado pelos problemas, é importante também ficar atento às verdadeiras causas do problema, para que ele seja erradicado totalmente.

 


Ana Peixoto – Fisioterapeuta. Terapeuta especialista em medicina germânica. Idealizadora das técnicas de Reprogramação Bio-muscular e Anatomia Emocional

@anapeixoto.oficial

https://anapeixoto.com.br/


Não, não é a plena igualdade o que todos nós precisamos

 

Conte-me mais sobre você. Qual a sua cor favorita? Qual o gênero musical mais legal do mundo, na sua opinião? Você gosta de cinema? Qual seu filme favorito? Junto com as diferentes respostas para cada uma dessas perguntas, vai existir desigualdade até mesmo nas nossas opiniões sobre quais são as causas da desigualdade. Mas uma das maiores falácias é aquela que trata de temas como esse. Algumas pessoas batem no peito, defendendo que todos devem ser tratados com igualdade, mas muitos ainda não pararam para pensar do que se trata "falar de igualdade".

Tratar a todos com igualdade, no sentido de justiça, pressupõe que as pessoas que irão fazer essa prova estão em condição de igualdade. A questão é que as diferenças entre as pessoas vão sempre existir. Essas diferenças podem ser biológicas, sociais, culturais ou históricas e são uma parte muito rica da nossa sociedade. Mas o fato de os indivíduos serem diferentes não implica que deva haver desigualdade. Essa é uma questão ética e, portanto, cabe à sociedade decidir como resolvê-la.

Mas quando estamos falando de redução da desigualdade, não estamos pensando em uma sociedade feita de pessoas iguais, nem mesmo em termos de renda e riqueza. Estamos falando de equidade. A ideia por trás desse conceito é a proposição de direitos diferentes de modo a buscar a correção da desigualdade de oportunidades observada na sociedade. Essa desigualdade de oportunidades pode se dar a partir das desigualdades de renda, de riqueza ou por outros motivos como discriminações por causa do gênero, cor da pele ou classe social.

É por meio da equidade que se atinge a justiça social, proporcionando resultados iguais para pessoas diferentes. E só atingimos essa meta tratando os diferentes de maneira diferente. Na prática, a equidade pode ser alcançada por meio de ações afirmativas ou, também chamadas, políticas compensatórias. O objetivo é eliminar a exclusão social, cultural e social de modo que, se a vida fosse uma corrida, todos partissem do mesmo ponto de largada.

Mas o que poderia ser feito para resolver o problema da desigualdade? Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2016) a erradicação da fome no mundo custa cerca de US$ 267 bilhões de dólares por ano, durante quinze anos de investimento em áreas rurais e urbanas e em proteção social. A riqueza concentrada das 2.189 pessoas mais ricas do mundo, segundo dados do PwC e UBS Group AG, bateu seu valor recorde, em julho de 2020: US$ 10,2 trilhões. Somando os quinze anos de investimento, necessários para se acabar com a fome no mundo, o valor total é de US$ 4 trilhões. Ou seja, a renda das 2.189 pessoas mais ricas do planeta seria suficiente para resolver o problema da fome duas vezes e ainda sobraria dinheiro.

Alguns poderiam levantar a questão da legitimidade de nos contrapormos a um dos valores fundamentais do capitalismo, a propriedade privada, em nome da justiça social. Mas pouco se fala da legitimidade de pessoas nascerem bilionárias, sem qualquer aspecto meritocrático, ainda que a meritocracia seja um dos valores mais defendidos pela sociedade neoliberal e democrática.

 


Walcir Soares da Silva Junior

 

 

*Este artigo é parte do livro recém publicado “Mill Sentidos da Vida: um café com futuros economistas" pelo professor Walcir Soares Junior (Dabliu), doutor em Desenvolvimento Econômico com foco em políticas públicas educacionais e professor de Economia na Universidade Positivo.


Sedentarismo: como combatê-lo?

 Educador físico, membro da Doctoralia, fala sobre necessidade de praticar atividades físicas e dá dicas para começar a movimentar o corpo


O início dos Jogos Olímpicos de Tóquio se tornou o foco de parte da população que adora acompanhar as competições de diferentes categorias esportivas. Entretanto, o assunto chama atenção para outro tema bastante relevante: o sedentarismo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 25% dos adultos em todo o mundo são sedentários e, entre os adolescentes, essa taxa piora, chegando a 81% de jovens que não praticam exercícios.

Porém, a prática de atividade física é essencial e, além dos benefícios que oferece em qualquer tempo, tanto para a saúde física quanto mental, ela é especialmente importante neste momento, devido a pandemia da Covid-19.

"De acordo com os dados divulgados pela OMS, mais de 5 milhões de pessoas morrem anualmente em razão do sedentarismo. Por isso, em tempos de pandemia e UTIs lotadas, os exercícios físicos são de extrema importância para combater tanto a Covid-19, quanto o sedentarismo", alerta o educador físico e membro da Doctoralia , Werico Rodrigues .

Além disso, a longo prazo, a prática frequente diminui os riscos de desenvolver diversas doenças, que vão da gripe ao câncer, passando por diabetes, hipertensão, depressão e doenças articulares. As atividades físicas rotineiras também deixam o corpo mais saudável, ou seja: elas resultam na melhora da aptidão muscular e cardiorrespiratória, além da redução do risco de queda e de fratura de quadril e vertebral.


E como começar?

Werico explica que para aqueles que desejam iniciar do zero, sem experiência prévia na prática de atividade física, a melhor coisa a se fazer é buscar por um profissional de educação física para ter um atendimento personalizado. "Provavelmente, ele irá te orientar de forma individualizada, considerando sua realidade e condição física, o que é bastante importante", detalha. No entanto, para aqueles que não possuem problemas de saúde e buscam começar aos poucos, uma caminhada leve, de meia hora, é o suficiente para o início de uma rotina mais ativa.

"A melhora na qualidade de vida e na saúde começa com pequenos passos. Se achar necessário, busque por um profissional que possa te orientar, mas outra opção interessante é investir em caminhadas ou passeios de bicicleta, por exemplo. Dessa forma, estará ao ar livre, fazendo algo leve e até mesmo divertido, que também pode ser uma oportunidade para relaxar e espairecer a mente", completa.


Alongue-se!

O alongamento geralmente está relacionado ao início ou ao final de algum exercício, isso porque essa práticaprepara a musculatura para determinada ação que irá ocorrer e, também, pode ser utilizada como um trabalho de resfriamento para acalmar o corpo. Trata-se de uma atividade física que tem como objetivo aumentar a amplitude articular, então não deixe de incluí-la pelo menos antes de iniciar algum exercício!

Além disso, o alongamento também pode ser o exercício principal da sua rotina, sabia? "Pessoas com dores articulares no quadril, por exemplo, ou até mesmo com dores na lombar, podem aderir a prática como atividade diária, uma vez que o exercício promove a sensação de alívio, trabalhando a mobilidade e fazendo com que as dores sejam menos intensas", explica Werico.


Foque na constância

Há quem diga que é necessário praticar exercícios todos os dias para ter uma vida realmente saudável, mas, todos sabem que, entre a correria do trabalho e a vida pessoal, nem sempre sobra espaço para a prática diária. Segundo a OMS, o ideal é que se pratique atividades físicas no mínimo três vezes por semana, dando preferência para os exercícios aeróbicos e neuromusculares. "Tente definir um horário no dia que será destinado ao exercício físico escolhido, mantendo a constância de pelo menos três vezes na semana. Caso não consiga ir no dia X, tente repor no dia seguinte e assim por diante. O importante é não desanimar!", completa o educador físico.



Doctoralia


A caridade do autoconhecimento

 Você sabe mesmo qual a melhor forma de caridade?

 

A caridade é uma virtude muito prestigiada por todos. Isso porque, uma pessoa caridosa entende que o poder que ela tem na sua vida pode ser usado para ajudar o próximo, de uma maneira que tanto ela, como centro da sua vivência, como o outro podem aproveitar as belezas que a vida oferece. Ser caridoso, entretanto, não é apenas doar algumas roupas ou alimentos em determinadas épocas do ano.

Segundo o assessor de autoconhecimento , João Gonsalves, a melhor das caridades é aquela que “estimula a independência de consciência da pessoa”. Em outras palavras, uma caridade efetiva e que se torna mais do que apenas um ato isolado, mas sim algo duradouro e que muda a vida da pessoa, acontece somente por meio da propagação do conhecimento, a saber, o autoconhecimento.

Ser caridoso é mais do que apenas dividir, mas sim oportunizar formas da pessoa poder viver da melhor forma possível. Por isso, por meio da autosofia, técnica de autoconhecimento desenvolvida por João Gonsalves, as pessoas têm acesso a um mundo, até então desconhecido, que permite uma maior compreensão sobre a vida, a realidade e sobre as suas decisões e atitudes.

“A autosofia emancipa as pessoas, de modo a torná-las donas da própria vida”, afirma o criador da técnica. Desse modo, mais do que apenas uma caridade momentânea, propagar essa técnica e fazer as pessoas reconhecerem que são elas que criam a sua realidade, é fazer com que ela tenha a possibilidade de uma vida toda de felicidade e plenitude.
Com anos de estudo intensivo, o assessor de autoconhecimento conseguiu entender que “a caridade é uma dádiva que utilizamos e que pode transformar vidas”. Assim, mostrar ao mundo que eles também podem ser donos das suas próprias realidades é algo possível de executar e que causa um resultado positivo enorme na vida do presenteado.

 


João Gonsalves - Terapeuta e assessor de Autoconhecimento

E-mail: joaodedeusjd@uol.com.br

www.joaogonsalves.com.br

Endereço: Estrada Manoel Lages do Chão, 1335 - Cotia - São Paulo

 

10 dicas para meditar melhor

Se você já medita há algum tempo e deseja aproveitar melhor a sua prática meditativa, siga as dicas a seguir:

1. Prepare o local escolhido para a prática como se fosse receber uma visita muito especial: VOCÊ! Deixe o local limpo e organizado.

2. Utilize velas, incensos ou aromaterapia, conforme a sua preferência e intenções.

3. A escolha da trilha sonora pode ser um elemento de conexão que facilita a introspecção para quem está começando. Escolha um mantra, frequência, música clássica, algo que eleve a sua vibração na intenção da prática que está se dispondo realizar. Porém, meditar em silêncio é totalmente possível e bem-vindo nestes momentos de contemplação interna.

4. Utilizar uma iluminação branda e indireta auxiliará você a criar uma atmosfera propícia para a prática meditativa. Tornando assim, o ambiente mais acolhedor para o seu relaxamento.

5. Lance mão da Cromoterapia com Lâmpadas LED RGB. Precisa tonificar algum chakra? Utilize a cor correspondente à ele.

6. Em dias ensolarados, deixe o ambiente respirar. Nos dias frios, se aqueça! Trate a você e o seu corpo com absoluto carinho. O corpo ficará feliz e mais disposto à vivência meditativa escolhida para o dia de hoje. Este é um momento especial e, tudo o que puder proporcionar para que a sua mente flua sem que o seu corpo sinta dores ou desconfortos, melhor!

7. Deixe um copo de água por perto. Ou faça um chá de sua preferência nos dias frios.

8. Caso esteja utilizando o som do seu celular para tocar a música escolhida, acione a função "não perturbe" e deixe o seu aparelho no modo "silencioso". Hidrate-se após à prática.

9. Retome suas atividades após uns 5 minutos em Savasana ou simplesmente, vire de lado e descanse.

10. Sempre que for meditar lembre-se: Você é o grande amor da sua vida. Priorize-se! A sua saúde física e mental agradecem.

Desejo ter sido uma contribuição positiva em suas meditações. Gostou? Gratidão!

 

 

Gracce Dorta - terapeuta integrativa, ativista do amor, desadestradora de padrões e especialista em felicidade e bem-estar corporativos.


59 anos sem Marilyn Monroe


Translator

 

Quem diria que aquela loira simpática da pintinha no rosto seria lembrada por tanto tempo? Marilyn é memorável, nunca ganhou um Prêmio Nobel, nem foi uma estrela do rock, mas é lembrada por sua beleza, sensualidade e carisma. Já se passaram 59 anos sem Marilyn, e ainda vemos sua foto em marquises, lojas de decoração, outdoors e até comerciais. 

O que Marilyn diria se pudesse ver como sua imagem repercutiu depois de tantos anos? Ficaria orgulhosa de saber que seus cabelos loiros e seu incrível sorriso fazem sucesso até hoje? Ou ficaria decepcionada que a lembrança de seu intelecto e talento nato para atuar acabou apagada por sua própria sensualidade?

Bem, o fato é que a diva sempre quis ser eterna, e sentia que não era lembrada o suficiente. Se elogiavam seu lado sexual, é porque não levavam a sério seu talento como atriz dramática. Por outro lado, ao atuar em um drama, Marilyn não podia deixar de transparecer seu lado lânguido e quente.

Poucos sabem é que a loira ingênua e sexy que aparece nas telas trabalhou duro por muitos anos para criar uma personagem que ganhasse a paixão do público. Frequentou aulas de atuação, leu muitos livros, cursou Literatura Mundial em um intensivo de dez semanas... E de fato conseguiu se tornar uma excelente atriz dramática, e não há exagero nessa afirmação. Duvida? Repare em filmes como “Almas Desesperadas", "Torrentes de Paixão” e “Os Desajustados”. Marilyn entrega uma performance excelente em todos eles, mostrando conseguir ser uma atriz séria quando preciso.

Porém... uma atriz séria não era bem o que Hollywood queria dela. Queriam ver seu vestido levantando sobre a saída de ventilação do metrô, queriam vê-la chamando um mordomo de garçom, queriam vê-la como uma secretária bonita e ingênua chegando atrasada e se desculpando ao chefe por não ter uma boa “pontuação”.

Ser Marilyn Monroe às vezes era tão cansativo que ela por vezes pensava em desistir de tudo e simplesmente se ater às suas tarefas de esposa – sim, Marilyn amava a ideia de cuidar da casa, de ter filhos, esperar seu marido chegar do trabalho e recebê-lo com um abraço e um beijo. Ela deixou isso claro em muitas cartas e páginas de diário, afinal, amava escrever. Apesar de tudo isso, acabou cedendo aos caprichos da mídia e dos diretores e decidindo dar tudo de si como a loira gostosona que todos queriam.

Marilyn morreu aos 36.

Estava cansada. Todas as tentativas de ter filhos haviam falhado. Não tinha mais marido. Nenhum dos parceiros que tivera soube dividi-la com o mundo. Podemos dizer que, ao menos em um aspecto, ela conseguiu enfim atingir seu objetivo, talvez em um nível que jamais poderia sonhar: ter seu nome, seu sorriso, suas curvas, seu cabelo, sua pintinha e seu glamour lembrados por muitas décadas.

Para todos os efeitos, Marilyn Monroe se esforçou tanto para dar seu melhor – não para seus maridos, nem para os chefões de Hollywood, nem para o presidente – mas para seu público. Desejava o mundo tanto quanto nós a desejamos. E por todos esses 59 anos, e com certeza por pelo menos mais 59, ela foi e será... nossa.

 


Lucas Martini - professor de inglês há mais de dez anos. Descendente de italianos, viajou para a Europa em 2015 e pôde aprender bastante sobre a cultura inglesa. Amante de filmes dos anos 1940 e 1950, adora escrever contos e romances ficcionais com grandes personalidades do mundo real. O pai de Marilyn Monroe é seu primeiro livro.


Mães com Covid-19 podem amamentar seus filhos


Neste Agosto Dourado, Stephânia Laudares salienta que bebês com Covid-19 também podem ser amamentados
Getty Images


Neste Agosto Dourado, pediatra explica que a amamentação só será interrompida em casos específicos. Aleitamento materno é sempre prioridade


“O questionamento que mais recebo atualmente no consultório é se quando a mãe está com suspeita ou foi diagnosticada com Covid-19, ela pode amamentar”, conta a pediatra Stephânia Laudares (CRM 18708). A dúvida comum em seu consultório vai ao encontro da discussão proposta pelo Agosto Dourado, mês em que intensificam as campanhas para o aleitamento materno. E a resposta da médica é sempre “sim”. A mãe pode amamentar até o momento que se sentir confortável, mas é preciso tomar cuidados com a manipulação do bebê, higienização das mãos e seios além, de claro, uso de máscara.  

A especialista, que atende no Espaço Médico Ana Márcia Guimarães, no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, orienta também uma consulta ao pediatra que poderá levantar as opções, como por exemplo a ordenha do leite materno. “A mãe deve lavar bem as mãos antes de qualquer procedimento com o bebê, usar a máscara em todo momento com o filho e, sempre que possível, ficar com o distanciamento de dois metros”, detalha. De acordo com ela, “estudos já foram feitos e concluíram que não há transmissão do coronavírus pelo leite materno. Assim, a amamentação deve ser estimulada sempre”.  

O tema divide muitas opiniões, principalmente entre os leigos. Recentemente, Pamella Holanda, entrevistada no programa Encontro com Fátima, disse que uma das vezes em que foi agredida pelo marido, o músico DJ Ivis, foi porque ela estava com Covid-19 e ele não queria que ela amamentasse a bebê de menos de um mês. “Todos os médicos me aconselhavam a amamentar. Ele não queria", contou na época.

 

Em progresso

Menos da metade das crianças brasileiras menores de seis meses de vida (45,7%) foram amamentadas exclusivamente com leite materno. Os dados são do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), realizado pelo Ministério da Saúde, entre fevereiro de 2019 e março de 2020.Apesar do baixo índice, o Brasil registrou aumento no número de crianças de até seis meses que receberam amamentação exclusiva, já que, em 2006, esse percentual era de 37%. Após avaliação de 14.505 crianças, foi constatado que mais da metade (53%) delas continua sendo amamentada no primeiro ano. Já entre os bebês menores de quatro meses a amamentação é de 60%.  

Segundo a pesquisa, na comparação com os últimos 34 anos, houve aumento de quase 13 vezes no índice de amamentação exclusiva em crianças menores de quatro meses e de cerca de 16 vezes entre crianças menores de seis meses. O levantamento é percebido na prática. “A taxa de desmame precoce era maior antes, mas vem melhorando. Em Goiânia vejo muito a retomada da conscientização do aleitamento materno e pedido de orientação das mães sobre como amamentar por mais tempo, já que a recomendação da Organização Mundial de Saúde, que é nos primeiros meses a alimentação seja exclusiva com o leite materno e até dois anos ela seja acompanhada da introdução de outros alimentos”, diz a pediatra.

 

Situação inversa

Com as novas cepas, o coronavírus tem infectado mais pessoas jovens, inclusive crianças de diversas idades e bebês. Stephânia Laudares explica que se a situação for inversa e a criança se contaminar, a amamentação também não pode parar. “Elas devem ser amamentadas e os cuidados com uma criança com Covid-19 são os mesmos de outras infecções por vírus. É preciso verificar a febre e, se for o caso, fazer uso de antitérmico, manter a hidratação e realizar lavagem nasal abundante com soro fisiológico, além do acompanhamento com pediatra”, salienta a pediatra. 

Outro ponto que reforça a importância da amamentação é a possibilidade de transmissão de anticorpos das mães vacinadas para os filhos. Uma pesquisa do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo com lactantes que tomaram a Coronavac indicou a presença de anticorpos para Covid-19 no leite materno até quatro meses depois da vacinação. Já nos Estados Unidos, estudo com gestantes e lactantes que receberam as duas doses da vacina da Pfizer/BioNTech ou da Moderna apontou a presença de anticorpos no sangue do cordão umbilical e no leite materno das participantes.  

“Existem várias pesquisas apontando que as mães que tomaram determinadas vacinas transmitem anticorpos contra o coronavírus para os bebês, bem como alguns estudos com mães que tiveram a Covid-19 e também passaram os anticorpos aos filhos. Sendo assim, a amamentação deve ser mantida sempre, ela só será suspensa se a mãe ou a criança que estiver infectada não possuir condições clínicas para realizar o aleitamento materno”, destaca a pediatra do Órion Complex, Stephânia Laudares.


Cresce o uso de plataformas digitais para desospitalizar pacientes com Covid-19

Com a alta procura da população pelos serviços hospitalares, do pronto atendimento à internação em UTI, para tratar a Covid-19, a Dasa, maior rede de saúde integrada do país, aposta em serviços e plataformas digitais para engajar os pacientes nos cuidados de saúde para além da fronteira hospitalar.

PA Digital - Desde abril de 2020, o monitoramento dos pacientes com diagnóstico positivo para o coronavírus, mas sem indicação de internação, e que procuraram o pronto atendimento dos sete hospitais da rede Dasa (Santa Paula e 9 de Julho (SP), São Lucas e CHN (RJ), e Hospital Brasília, Águas Claras e Maternidade Brasília (DF), é feito pelo pronto atendimento digital (PA Digital). A ferramenta acompanhou um grupo com mais de 13 mil pacientes e 75% deles foi mantido em atendimento domiciliar e monitoramento digital, via telemedicina, com a equipe de coordenação de cuidados para monitoramento de sintomas e engajamento no tratamento domiciliar.

As equipes multidisciplinares do PA Digital (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros profissionais) realizam cerca de 60 mil atendimentos ao mês, via telemedicina, e essa coordenação de cuidados permite manter os pacientes em casa, sem necessidade de assistência hospitalar e de exposição a ambientes de risco para a Covid-19.

Leito Virtual – De olho na síndrome pós-Covid, a Dasa lançou em março desse ano o Leito Virtual, um serviço de monitoramento domiciliar. O programa acompanhou 320 pacientes com coronavírus internados nos Hospitais 9 de Julho e Santa Paula, ambos na capital paulista, e que foram de alta hospitalar com o monitoramento digital, que manteve 98,5% deles em atenção domiciliar, sem necessidade de reinternação. O índice de readmissão em internação hospitalar em até 30 dias, um importante indicador de qualidade e desfecho clínico, nas duas instituições caiu cerca de 50%. Até o momento, o Leito virtual liberou 224 diárias nos dois hospitais, ampliando a capacidade de atendimento à população com necessidade de internação.

Além da desospitalização, outro desafio da pandemia é ampliar a capacidade de atendimento à população. Nesse contexto, a Dasa criou um command center e usa os dados gerados pelo serviço para avaliar a evolução de cada paciente e otimizar os desfechos clínicos. A ferramenta permitiu estabelecer protocolos entre as equipes multidisciplinares (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, entre outros) para não faltar medicamentos em tempos de escassez global de insumos e, com isso, diminuir o tempo de intubação o que gerou uma economia de até 50% do uso de sedativos e anestésicos, com os mesmos resultados de sucesso de tratamento.

Monitoramento pós-Covid – Em abril, a revista científica Nature publicou um estudo conduzido pela Escola de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos, sobre as sequelas causadas pela Covid-19. Os sobreviventes apresentaram um risco 59% maior de morrer no intervalo de seis meses após a infecção e, entre os pacientes hospitalizados à época da doença, a estimativa foi maior: 29 pessoas a cada mil foram a óbito. A pesquisa avaliou dados de mais de 87 mil pacientes que tiveram a doença e 5 milhões de indivíduos saudáveis. “Estamos falando de problemas crônicos de saúde que podem durar meses e devem ser acompanhados de perto por especialistas em reabilitação e uma abordagem multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e demais profissionais”, diz Ana Elisa.

Telemedicina para acompanhar crônicos – A pandemia colocou ainda mais luz à importância de se operar por meio de um modelo de cuidado mais amplo e digital. Em média, por meio do NAV, plataforma de navegação inteligente da Dasa, são realizados cerca de 14 mil teleconsultas/mês. Dentre as especialidades, o NAV disponibiliza 14 especialidades para o acompanhamento e monitoramento de problemas como diabetes, cardiopatias e câncer, sem precisar expor os pacientes portadores de doenças crônicas a ambientes de risco para a Covid. A plataforma consolida os dados de saúde e atua com foco na prevenção.

De acordo com a médica Ana Elisa de Siqueira, diretora geral de Cuidados Integrados e Inovação Assistencial da Dasa, os resultados endossam a importância da assistência integral e da eficiência do monitoramento digital aos danos causados à saúde pelo Sars-CoV-2, que vão além do sistema respiratório e podem se tornar crônicos com distúrbios neurocognitivos, cardiovasculares, gastrointestinais e metabólicos, mal-estar generalizado, fadiga, dores musculoesqueléticas, anemia, entre outros. A especialista está à disposição para entrevistas.


Saúde mental, o tema que não quer calar, mas gritar!

Durante a pandemia, ouvimos o termo modismo quando se tratava de saúde mental, que era algo que estava sendo tratado e abordado pela experiência do momento.

Alguns chegaram até a dizer que já estava cansativo ouvir falar sobre, até por conta da comercialização que houve em cima disso.

No entanto, cada vez mais a temática “Saúde Mental” vem ocupando o seu devido lugar e vem mostrando que veio para ficar e não se trata de moda e muito menos de assunto do momento.

Saúde Mental é sobre ser humano em meio a um mundo em transformação, no qual a inteligência artificial vem ocupando seu espaço também.

E o Universo é muito sábio quando se trata de cada um ocupar o seu devido lugar para o movimento e evolução que se requer no tempo.

Então, surge, Simone Biles, ginasta quatro vezes medalhista de ouro nas Olímpiadas, e que depois de deixar a final da ginástica feminina por equipes, nas Olímpiadas de Tóquio, traz a temática Saúde Mental à tona e ainda deixa uma reflexão de presente para todos nós: “Temos que proteger nossas mentes e nossos corpos e não sair e fazer o que mundo quer que façamos.”

Com esta frase e atitude dela, representou uma enorme contribuição não somente para o mundo do esporte, que lida tanto com alta performance como também para todas as realidades humanas e esferas de atuação.

Ela se colocou no lugar de humana e não de máquina. E este olhar se tornará cada vez mais importante nestes novos cenários que estamos vivenciando.

Cada vez mais estamos dizendo um basta para a síndrome do super homem ou da mulher maravilha, que pode, inclusive, nos levar a transtornos como burnout.

Um transtorno que acomete a maioria das pessoas que tem um nível de exigência e perfeição acima da média.

Talvez em outros momentos da vida ou da história, este movimento da Simone Biles fosse visto como sinal de fraqueza ou imaturidade.

No entanto, cada vez mais temos visto que o desafio de dar voz a este ser humano que possui limites, que é gente, que possui fraquezas e que busca uma forma de vida mais leve e longe de modelos e padrões que levam a pilotos automáticos exaustivos e irreais, vem ganhando espaço nesta nova era que se abre.

Além disso, há um movimento de se criar um novo mindset de que está tudo bem não dar conta de tudo e não ser o melhor em tudo, revisitando as definições de sucesso que viemos construindo nos últimos anos.

Saúde Mental tem sido a temática, no entanto, poderíamos trazer outras aqui que fazem um chamado para: não esqueçam a humanidade!

 


Daniele Costa - especialista em gestão de pessoas é mentora, palestrante e facilitadora em desenvolvimento integral humano.  Também é idealizadora da Plataforma da Vida, um portal de conteúdo e serviços voltados para autoconhecimento e gestão emocional. Formada em letras, passou pelo serviço público de Brasília e atuou 13 anos como bancária, nove deles como gestora. Além do portal, Daniele também criou o coletivo Brazilinas, que em um ano de existência desenvolveu, entre outras ações, a capacitação profissional de diversas mulheres em situação de vulnerabilidade social, trabalhando também a autoestima e incentivando a independência dessas mulheres.

https://plataformadavida.com/

Instagram: @plataformada.vida e @dani.costa.oficial


72% das brasileiras não têm acesso a um banco de leite humano em sua localidade, diz estudo

Mesmo o Brasil tendo uma das maiores redes de Banco de Leite Humano do mundo.


 

Começou ontem, 1º de agosto, a semana mundial de aleitamento materno, que vai até dia 7, e que este ano tem como tema “proteger a amamentação: uma responsabilidade compartilhada.” Além disso, o Banco de Leite Humano (BLH), tem como função promover o aleitamento materno todos os dias. E segundo a Rede Global de Bancos de Leite Humano Brasil (rBLH Brasil), o país possui a maior e mais complexa rBLH do mundo.

Porém, conforme constatou a Famivita em seu mais recente estudo, 72% das brasileiras não têm acesso a um banco de leite humano em sua proximidade. Sendo que o Distrito Federal é o estado em que mais mulheres possuem acesso a um banco de leite, com 54% das participantes. Em São Paulo, somente 30% têm acesso, e no Rio de Janeiro, o percentual cai para 28%. Já o Piauí é o estado com menor acesso a um banco de leite do país, com 16% das participantes.

Ademais, um dos objetivos desta semana tão importante, é manter a amamentação exclusiva durante os seis primeiros meses de vida, conforme recomendam a OMS - Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde. Porém, 31% das brasileiras não conseguiram atingir o objetivo de amamentar seus filhos, exclusivamente por seis meses. 

E os dados por estado demonstram que o Tocantins é o estado em que mais mulheres amamentaram exclusivamente, sendo que somente 10% não conseguiram. No Rio de Janeiro, 30% das entrevistadas não atingiram esse objetivo, e em São Paulo 35%. Já o Rio Grande do Sul é o estado em que menos mulheres amamentaram exclusivamente por seis meses, com 41% das participantes.

A falta de orientação adequada na hora de amamentar pode causar alguns transtornos para as mamães, podendo causar dor, e dificultando a pega pelo bebê. Porém, é muito importante que elas não desistam, pois o leite materno tem tudo que o bebê precisa para crescer saudável. É por isso que uma consultoria de amamentação, pode fazer toda a diferença. Com ela, as mamães têm acesso a profissionais especializados e experientes, consultoria 100% online e suporte pós-consulta durante 15 dias. Tudo isso, através de um processo muito rápido, e por um custo muito mais baixo do que as fórmulas e leites especiais.


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