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terça-feira, 27 de julho de 2021

As vendas no mundo físico sustentam as grandes marcas, mas até quando?

Recentemente, recebi um estudo da Consumer Insights, da Kantar, que mostrava que a maioria dos consumidores ainda prefere comprar em pontos de venda físicos e sentem falta de confiança para as compras online. De acordo com a pesquisa, 51% da população gosta mais de ir ao ponto de venda. Apesar de ser um número ainda muito relevante, é visível o quanto as pessoas estão, cada vez mais, adaptadas ao universo online. E também não podemos negar que a pandemia e o isolamento social aceleraram este processo - que estava acontecendo de qualquer maneira, mas a passos um pouco mais lentos. 

Embora ainda exista essa preferência pelo físico, trata-se de um comportamento que vem diminuindo, visto que, em uma outra pesquisa, divulgada no ano de 2019, pela Lett e Opinion Box  - antes desta crise sanitária e econômica -, as lojas físicas eram as preferidas por 64% das pessoas. Obviamente eu não acredito que, em algum momento, as lojas físicas irão deixar de existir, de maneira nenhuma. Mas, o que eu tenho absoluta certeza, é que é impossível ignorar o online e, em poucos anos, todos os comércios físicos estarão também digitalizados de alguma forma. 

Quando pensamos em pequenas e médias empresas, o início pode até ser um pouco mais simples: desde a presença do comércio no Google Meu Negócio, redes sociais, e-commerces, marketplaces até um trabalho mais consistente de marketing digital. Existem inúmeras maneiras de ser encontrado e vender online. 

Mas quando se trata de grandes marcas, que normalmente já possuem uma forte presença virtual, é muito diferente. Embora a grande maioria esteja na internet há muitos anos, muitas vezes elas não sabem exatamente como podem se posicionar para vender ainda mais no online e possuem o desafio de levar o cliente que o encontra digitalmente para consumir nos pequenos que revendem os seus produtos. 

Sei que pode parecer confuso, mas pense comigo: uma marca nacionalmente conhecida revende os seus produtos em diversos pequenos comércios espalhados pelo Brasil. Se o cliente vê na internet sobre um lançamento e, quando chega ao lojista mais próximo, não encontra o que procura, ele acaba comprando um item de outra marca. É neste momento que a grande indústria perde o cliente e, normalmente, para o concorrente. 

A questão principal é que existem maneiras de evitar ao máximo que essas rupturas aconteçam.


Um primeiro passo que pode ser interessante é focar na gestão comercial e de estoque de todos os revendedores, fazendo um reabastecimento inteligente, principalmente no varejo de vizinhança. Uma grande empresa deve automatizar informações para saber, da maneira mais simples e rápida possível, quais lojistas estão sem produtos, quais produtos saem mais, quais ficam encalhados, entre outras informações. Desta maneira, quando o vendedor da marca chegar ao comércio, ele terá todos esses dados reunidos e fará um abastecimento mais rápido e inteligente. 

Como segundo passo, acrescento a importância de investir em tecnologias que ajudem o consumidor final a localizar os produtos da marca, mostrando o local mais próximo que dispõe do item para venda. 

Terceiro e não menos importante é o investimento em trade marketing. Sei que pode parecer extremamente repetitivo falar sobre o tema, por ser algo já muito conhecido do mercado. Porém, a questão é que as grandes marcas precisam encontrar maneiras de aplicar essa estratégia no pequeno varejo, que revende os seus produtos. Uma forma é por meio do Google Meu Negócio, por exemplo, fazendo o cadastro e atualizando a vitrine virtual de todos os pequenos e médios revendedores.

Com esses três passos é possível mudar a forma de vender, conquistar novos clientes e fidelizar aqueles que já existem. Essas estratégias podem realmente transformar o negócio. E, o mais interessante, é que são fatores que ajudam toda a economia, de maneira mais abrangente. 

Quando uma grande indústria percebe a importância de trazer os seus revendedores que estão apenas no físico também para o online, isso aumenta, e muito, a presença digital daquela marca. Mas, ao mesmo tempo, dá visibilidade aos 'invisíveis digitais’, aqueles pequenos comerciantes que não possuem nenhum tipo de presença na internet. E isso é importante e possui potencial de mudar, e melhorar, mesmo que aos poucos, toda uma comunidade. 

Sabemos que, sim, as vendas no físico ainda sustentam as grandes marcas. O comércio de bairro, o mercado de vizinhança e o pequeno lojista que revende os produtos e faz com que aquela marca chegue em tantas cidades e estados do Brasil são os responsáveis por tornar aquela empresa cada vez maior. No entanto, não podemos mais ignorar que chegou o momento de pensar em novas estratégias e trazer os pequenos comércios para o online. Em pouco tempo, tenho certeza, isso fará com que todos se tornem ainda mais fortes. 


 

Fernando Farias - CEO e fundador da Gofind, o primeiro localizador de produtos omnichannel do Brasil 


Soft skills - O presente e o futuro do mercado de trabalho

Vanessa Wedekin, diretora de produto na BiUP Educaçã e especialista em estratégia educacional, explica quais são as competências do futuro e porque elas são tão importantes para quem quer crescer profissionalmente.

As soft skills têm-se tornado cada vez mais populares: são habilidades comportamentais levadas muito a sério em conta por empresas e recrutadores. Estas habilidades, diferente das hard skills, são fluidas e desenvolvidas a partir das suas habilidades interpessoais, e não necessariamente baseadas nos seus conhecimentos técnicos.

Com o avanço das transformações no mercado e nas relações de trabalho, cada vez mais empresas estão percebendo que precisam de colaboradores com habilidades que vão muito além da técnica. Soft skills são competências relacionadas ao comportamento do indivíduo, muito mais atreladas à personalidade e às experiências, do que à formação profissional.

 

Reconhecer e ampliar suas capacidades é tão importante quanto ter uma formação específica na área de atuação. Ou seja, é a sua capacidade de desenvolver uma relação positiva com o trabalho e seus colegas, influenciando positivamente o ambiente. A inteligência emocional e o relacionamento interpessoal são exemplos de soft skills.

 

Algumas pessoas parecem ter certas habilidades inatas, como a criatividade ou a organização. Porém, com um bom autoconhecimento, é possível aprimorar essas qualidades que já se manifestam espontaneamente e ainda desenvolver outras, que trarão destaque para um cenário de negócios tão competitivo.

 

A seguir, algumas soft skills que o mercado tem valorizado:

  • Inteligência Emocional: se engana quem acredita que conseguimos lidar com o trabalho separando totalmente nossas emoções. Porém podemos desenvolver a habilidade de controlar e entender as emoções para que elas não nos afetem, e mais, para reconhecer e lidar com as emoções do outro também;
  • Comunicação eficaz e assertiva: esta se tornou uma habilidade básica exigida pelos líderes na hora da contratação. Saber se comunicar é essencial não somente para passar a mensagem que você quer, mas para saber captar a mensagem que lhe é transmitida. Atualmente somos bombardeados constantemente de informação, e desenvolver a habilidade da comunicação é pontual para conseguir absorver e repassar todas as mensagens da melhor forma;
  • Resiliência: o conceito de resiliência deixou de ser algo falado apenas dentro dos consultórios de psicólogos e passou a ser algo normalizado por toda a sociedade. Esta habilidade basicamente se define pela capacidade de se reerguer após uma queda emocional, motivacional, financeira, etc. O mercado está valorizando quem busca desenvolver a resiliência porque pessoas resilientes costumam lidar melhor com a pressão e os altos e baixos do mundo corporativo;
  • Empatia: novamente, uma habilidade que já foi considerada obsoleta, mas que se mostra cada vez mais em foco. A empatia é a habilidade de se colocar no lugar do próximo em inúmeras situações e é uma caraterística buscada principalmente para cargos de liderança, mostrando que o mercado do futuro é um mercado que busca mais o lado humano dos colaboradores;
  • Colaboração: quem não se lembra quando éramos obrigados a trabalhar em equipe na época de escola ou faculdade e sempre dava algum atrito, não é? Poderíamos até não perceber, mas estávamos desenvolvendo nossa habilidade de colaboração, algo que o mercado atual tem valorizado. Afinal de contas, uma empresa que trabalha unida, cresce mais forte.

Além das habilidades citadas, as empresas têm buscado cada vez mais diferentes características como flexibilidade, organização, pensamento criativo, capacidade de resolver problemas, relacionamento interpessoal, entre outras habilidades que, se analisarmos o mercado de 5 anos atrás, jamais pensaríamos sobre.

Tão importante quanto desenvolvê-las é saber identificá-las, principalmente se exercer um cargo de liderança. Diferente das aptidões técnicas, ou hard skills, estas habilidades não são ensinadas facilmente, elas são desenvolvidas com o tempo e esforço. Por isto, o conhecimento sobre este assunto é indispensável no mercado de trabalho, tanto para quem está realizando a captação de novos talentos quanto na análise de colaboradores já existentes na corporação.

 


Vanessa Wedekin


Canais do Poupatempo oferecem novos serviços digitais de dívida ativa estadual

Usuário pode consultar débitos, emitir certidão negativa e até mesmo verificar a regularidade fiscal de estabelecimentos direto pelo aplicativo e portal do programa 

 

Os canais digitais do Poupatempo oferecem três novas opções de serviços da  Procuradoria Geral do Estado (PGE). Pelo portal www.poupatempo.sp.gov.br e aplicativo Poupatempo Digital já é possível emitir a Certidão Negativa de Débitos eletrônica, realizar a consulta e emissão de guias para pagamento de dívidas ativas estaduais, como IPVA, ICMS e multas, além de verificar a regularidade fiscal de estabelecimentos comerciais, apenas informando o CNPJ, e assim checar se a empresa está com os impostos em dia. 

“A Prodesp trabalha na expansão dos serviços digitais do Poupatempo, para que os cidadãos possam resolver suas pendências com maior conforto e segurança, sem sair de casa. Atualmente, o Poupatempo contabiliza 140 opções online, disponíveis para os usuários a qualquer hora e em qualquer lugar”, explica Murilo Macedo, diretor da Prodesp – empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo, que administra o Poupatempo. 

Os serviços online representam cerca de 80% de toda a demanda do programa. Pelos canais eletrônicos, o Poupatempo oferece autoatendimento para renovação de CNH, Licenciamento de veículos, consulta de IPVA, Carteira de Trabalho, seguro-desemprego, entre outros, além do agendamento de data e horário para quem precisa comparecer pessoalmente a um dos postos. Eles também permitem que o usuário exclua seu agendamento, caso não seja possível comparecer no dia e horário marcados. Basta clicar em ‘Meus Agendamentos’ e, em seguida, na opção ‘Excluir Agendamento’.  


Dívidas protestadas 

Os cidadãos que tiverem dívidas estaduais protestadas podem regularizar sua situação diretamente pelo site da Central de Protesto (Cenprot) - www.protestosp.com.br

Desde maio deste ano, a parceria entre a PGE e o IEPTB (Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil) disponibilizou essa opção online para os cidadãos não precisarem mais se deslocar até os cartórios para pagarem as dívidas. A Prodesp foi a responsável pela implantação da interface de serviços que possibilitou a oferta de consultas de pagamentos online. 

“Em tempos tão desafiadores, em que a tecnologia está 100% presente na vida da sociedade, trabalhamos em parceria com dezenas de órgãos públicos para oferecer soluções inovadoras. Nossa missão é manter os serviços do Estado e facilitar a vida da população”, destaca André Arruda, presidente da Prodesp. 

 

CRIMES DE LESA ESPERANÇA

Quem mente é mentiroso, não importa a gravidade da mentira. Quem rouba um alfinete e quem rouba um carro são iguais, ambos ladrões. O motivo pelo qual cada um deles praticou o roubo, pode ser diferente tanto quanto serão menor ou maior as penas imputadas pela Justiça. Mas, são dois criminosos. Prevalece o princípio, o caráter, a índole e não o valor do bem roubado. Não há régua nem balança para medir mentira ou roubo.

É também criminoso quem furta sonhos? Sim. E esse bem é de um valor muito significativo, em especial para os que têm na esperança o seu último recurso de crença num mundo melhor, mais justo. Assim, penso que deveríamos ir à Delegacia de Proteção ao Consumidor registrar uma queixa contra o político que, eleito com o nosso voto conquistado por falsas promessas, não cumpriu com nada que ofereceu na campanha. E ainda se meteu em corrupção. Ou seja, propaganda enganosa. Falsidade ideológica. Crimes de lesa esperança.

Por que os políticos trocam de partido, e com tanta facilidade? Porque não têm compromissos programáticos, porque não estão empenhados no cumprimento de um ideário? Estão, é claro, apenas buscando espaço para melhor exercitar o poder. E, nesses casos, geralmente em proveito próprio. Há quem, em menos de três décadas, tenha trocado de partido 10 vezes. Qual seria o compromisso assumido com os eleitores?

Fico muito irritado ao ver a hipocrisia de alguns quando se espantam com a notícia de que parlamentares foram descobertos recebendo dinheiro para votar favoravelmente nos projetos do executivo. Ou recebendo cargos públicos para colocar seus cabos eleitorais que, claro, trabalharão para atender interesses nada coletivos dos seus padrinhos. Num país como o nosso, vítima de uma colonização extrativista, o princípio da cidadania, respeito e amor à pátria são praticamente inexistentes.

E a prova disso está na própria legislação e no seu cumprimento. Como podem ser sérios os políticos que não têm compromisso de fidelidade partidária? Homens e mulheres eleitos sem nenhum pacto com as agremiações que lhes deram a obrigatória legenda para disputar uma cadeira no parlamento, em qualquer dos três níveis de poder. Neste momento de crise sanitária, com problemas na compra de vacinas e outros itens necessários para salvar vidas, são propostos R$ 5,7 bilhões para campanhas políticas e criados mais ministérios para atender o insaciável apetite fisiologista dos políticos que, no mais velho estilo "toma lá, dá cá", pressionam o Governo Federal.

Assim, para a necessária governabilidade, seria mais importante que a primeira das reformas constitucionais fosse a política. Como não foi, continuamos experimentando o dissabor de sucessivos escândalos, da ausência danosa do princípio ético na vida pública nacional. A corrupção é gerada por um sistema altamente sofisticado, algo científico e que se vale de um instrumental dinâmico, um movimento de amplitude internacional e sob o comando de pessoas inteligentes, criativas, organizadas e que empregam eficientes estratégias.

Corrupção não é episódica ou, até mesmo, decorrência da desonestidade pessoal do político. É doença, grave, que corrói o tecido social e mata. Não há outra forma de combater esse mal sistêmico, do que com a educação. Somente a constante vigilância, o combate firme e a punição exemplar dos culpados poderão ajudar no estabelecimento de uma consciência pública contra os corruptos.

O banalizado desperdício de bilhões de dólares em superfaturamentos de obras, emprego de materiais inadequados, subornos, desvios de recursos e outras práticas criminosas de roubo do dinheiro público para fins escusos, é um dos maiores responsáveis pela miséria dos povos latino-americanos. É a miséria moral causando a miséria física de nossos países condenados ao não desenvolvimento, ao eterno desequilíbrio social sem desenvolvimento.

O que agora se está tentando apurar nos escândalos das vacinas são casos de polícia. Temas que devem ser tratados pela Polícia Federal, pela promotoria pública. As Comissões Parlamentares de Inquérito, CPIs, são instrumentos de aperfeiçoamento do legislativo e apenas como tal deveriam ser utilizadas. Roubo é questão de polícia, promotoria e magistratura. Tomara que a CPI da Covid-19 traga, de fato, resultados que respeitem a sociedade brasileira.

Que sejam investigadas as denúncias, dado o direito amplo de defesa aos acusados, realizados os julgamentos e punidos os culpados. E que acima de tudo, os recursos roubados sejam recuperados e entregues aos cofres públicos. É insuportável saber que notórios malandros do colarinho branco, embora presos, continuam com seus milionários bens tomados à sociedade esperando pela liberdade após o cumprimento da pena.

Chega de corrupção, de impunidade, de incompetência. Como disse o filósofo alemão Friedrich Nietzsche: "Pessoas usadas para um empreendimento que deu errado devem ser pagas em dobro". Ou é resgatada a dívida social com o povo brasileiro, ou devolvam os votos que elegeram os candidatos das falsas promessas colocando os estelionatários para fora do poder. Que devolvam o produto do roubo e cumpram pena pelo que fizeram. Não apenas as mais de 550.000 mil famílias dos mortos pela pandemia, mas todo o povo brasileiro espera por justiça.




Ricardo Viveiros - jornalista, escritor e professor. Doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor de vários livros, entre os quais: "Justiça Seja Feita", "A Vila que Descobriu o Brasil" e "Pelos Caminhos da Educação".

O líder do novo mundo deve ser 4.0

Não precisamos ser especialistas para compreender os novos tempos, os avanços tecnológicos e as diferenças entres as gerações, certo? Está evidente o quanto estamos enfrentando mudanças disruptivas, e o quanto ainda vamos experimentá-las, especialmente em função do mundo pós-Covid-19. Neste contexto gostaria de refletir com você sobre a Indústria 4.0 ou Quarta Revolução, marcada especialmente pela Era Digital.

A indústria 4.0 consiste na evolução tecnológica do mercado apoiada na: Inteligência Artificial, Codificação e Aprendizado de Máquinas, armazenamento de dados na “nuvem” (cloud), alta capacidade de processamento, novas fontes de energia, convergência tecnológica, Internet das coisas (loT) e sistemas cyber-físicos. Neste contexto necessitamos também que a liderança esteja atualizada (updated) e saiba extrair o melhor de todos estes avanços técnicos, sem perder a mão no que diz respeito ao lado humano. A indústria 4.0 traz grande revolução na maneira de trabalhar e exige que empresas e líderes se submetam às transformações rápidas dos processos, se adaptem e se ajustem às novas realidades.

Sabemos que com a pandemia, diversas organizações e empresas de todos os tamanhos foram obrigadas a realizarem uma transição rápida e repentina em todos as esferas (crenças, padrões, hábitos, localização, ocupação e espaço) deixando o modelo de trabalho tradicional para trás e adotando um modelo mais inovador. Mas quando falamos em índices e estatísticas no universo da liderança, o que mudou?

Tudo mudou!

Depois de tantas transições, agora que a maioria dos profissionais já estão se ajustando à nova rotina de atuar de casa, ganhar dinheiro do próprio lar, e se desenvolver à distância, dezenas de dúvidas começaram a aparecer: “este novo modelo de trabalho será para valer? Por ventura é só uma adaptação temporária e em breve voltaremos para a rotina dos escritórios? Atuar remotamente realmente será o novo padrão, mesmo depois de toda a população ter sido vacinada?”.

Organizações como a XP Investimentos e o Facebook, por exemplo, já garantiram que manterão o formato home-office mesmo depois da pandemia. Outras organizações renomadas, também já anunciaram que não pretendem voltar ao trabalho 100% presencial, uma vez que o trabalho remoto mostrou-se promissor e economicamente interessante. A vista disso, os líderes precisam se flexibilizar para oferecer suporte, acompanhamento, motivação, informação, conhecimento e valor para as suas equipes, promovendo ao time incentivo, engajamento, produtividade e entrega de resultados, mesmo que de forma remota.

Como líderes de um processo ainda em transição, precisamos pegar o que temos disponível neste momento e unir com as nossas experiências, fazendo o melhor uso das ferramentas que temos hoje. Liderar no formato 4.0 é a nossa nova realidade.

Pensando nisso, para liderar à distância, precisamos de 3 pilares básicos:

  1. Incentivar – Tudo está meio estranho, desajustado e até mesmo assustador para muitas pessoas. Parece que perdemos o jeito de fazer coisas simples, coisas que antes realizávamos de “olhos fechados”.

Com os nossos liderados não é diferente. Da noite para o dia, eles tiveram que encontrar um local silencioso em suas casas, adaptar um escritório (um ambiente que muitas vezes não tem estrutura física e nem emocional), deixar que as câmeras vejam as suas paredes, o clima de seus lares, ou invadam o que antes era uma espécie de refúgio/esconderijo social, para trabalharem com barulho, com outras pessoas que às vezes, não entendem que a casa virou corporação, com crianças, ruídos, campainha tocando, e acima de tudo, trazendo os mesmos resultados da época do escritório. Considerando todas essas mudanças, o papel do líder é incentivar o seu liderado, oferecendo a ele suporte, direcionamento, empatia, apoio, informação, colaboração e principalmente incentivo, para que ele continue sendo produtivo e motivado.

Augusto Cury disse: sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e execute os seus sonhos. E adivinha de quem é a responsabilidade de incentivar o alcance dos sonhos? Sua líder! Portanto, lembre a sua equipe quem ela é. Personalize e humanize a sua liderança, não faça dos membros de seu time apenas um número. Conheça o perfil de cada um, seja empático, se mostre um “líder mentor”, que direciona, aconselha e que ouve, mesmo à distância. Crie reuniões rápidas para sentir a energia ou saber como o colaborador está do outro lado da tela. Se relacione com ele. Incentive-o, mostre consideração pelos seus liderados e cuide deles. O líder pode e deve mostrar interesse pelo colaborador criando relacionamento personalizado com ele.

  1. Dar Feedbacks realistas – O novo normal traz mudanças para ambos os lados (organização e liderado) que precisam se adaptar aos novos processos de feedback, já que estes são motivados pelas observações, dados e comunicação a partir do contato presencial entre os indivíduos para avaliar a performance do time e dos funcionários individualmente. Acontece que, repentinamente, o presencial foi substituído pelo virtual, pelas telas dos computadores. Agora sem emoção, sem contato físico e sem uma análise “do corpo que fala”, vamos tentando encontrar a melhor forma de nos relacionar com os liderados, criar uma rotina efetiva e conseguir que eles continuem atingindo as metas.

Somos líderes em constante movimento. Somos resilientes, flexíveis e criativos, por isso, devemos aprender a lidar com o novo jeito de fazer as coisas de antes. Para você que é líder remoto de “primeira viagem”, uma boa sugestão está em aplicar o feedback por meio de dinâmicas que favorecem o processo de comunicação à distância (criar rotinas de motivação e engajamento por meio do telefone, vídeos-chamadas ou e-mails ou quaisquer outras ferramentas capazes de aproximar os líderes dos colaboradores e as estruturas organizacionais).

O comprometimento é esperado de todos os lados: colaboradores precisam assumir as suas responsabilidades (gerenciar o próprio tempo, se comprometer com os prazos, entregas, metas e resultados). Já a liderança, precisa saber orientar os seus liderados, mantendo os canais de comunicação abertos, sendo empáticos, disponíveis e mentores de seus liderados. Todos nós estamos nos adaptando às mudanças, e os líderes, assim como os liderados, precisam aprender mais sobre a inteligência emocional, a maturidade, a responsabilidade e o gerenciamento mental (o desejo de dormir até mais tarde só porque trabalha em casa não pode vencer a disciplina).

Seja no mundo presencial ou remoto, a reciprocidade continua sendo a premissa para a boa relação, para os resultados e principalmente para o atingimento das metas.

Por isso, líder:

  • Crie uma frequência para o Ele deve ser uma realidade que corrige, direciona, guia, reconhece, valoriza e também que coloca a mão na massa;
  • Seja objetivo em suas expectativas quanto aos resultados da equipe;
  • Esteja acessível e não se coloque na posição de intocável, superior ou sabe tudo;
  • Realize reuniões periódicas. Não importa se existem os “reclamões” de plantão contra as reuniões. Reuniões tomam o nosso tempo sim, mas são necessárias para a manutenção das relações entre líder e equipe, para o engajamento;
  • Não tenha medo de ser mais direto, diga não quando for necessário, mas seja empático.

 

  1. Mantenha o time focado nos resultados – Na jornada, por vezes, mostramos cansaço, exaustão ou desânimo, e quando isso acontece, geralmente temos a tendência de querer desistir, parar ou interromper o processo, tendo o rendimento diminuído, a performance abalada e os resultados fracassados. Como líderes, devemos ensinar aos nossos colaboradores a dar uma pausa, mas sem desistir. Na transição para o novo normal, muitos são os obstáculos a superar: a rotina do lar com a do trabalho, a adaptação, às condições e os equipamentos necessários, a desmotivação, já que para muitos profissionais, trabalhar fora era uma maneira de fugir de seus problemas pessoais, mas agora dentro de casa, precisam lidar com as situações negativas que antes fugiam, e ainda assim, manter-se focado. Como fazer isso? A resposta é simples: validando a sua equipe.

É fundamental que o líder combine com a equipe o horário de trabalho, o melhor meio de comunicação, os prazos e entregas a serem feitas para estabelecer o foco e recompensá-los pelo bom desempenho. Vale lembrá-los que estão separados fisicamente, mas não socialmente. Por isso, que tal realizar cafés da manhã à distância, comemorar os aniversários de forma virtual e ter momentos para o bate-papo informal, ainda que remotamente com a finalidade de compartilhar experiências? Utilize a tecnologia para propor integração.

Como líder, busque também se divertir e divertir a equipe, pode parecer que isso não tem nada a ver com foco, mas tem tudo a ver com manter o time engajado, motivado e focado!

Para finalizar, o líder 4.0 deve ter 7 condutas:

  1. Refletir em quais atitudes pode tomar para ajudar a equipe ter mais concentração, foco e produtividade durante o trabalho remoto;
  2. Pensar sobre qual é a sua missão com a equipe?
  3. Criar uma rotina de horários (pausas, prioridades, urgências e demandas rotineiras);
  4. Incentivar a prática da meditação de 1 minuto por meio da respiração, a cada 1h de trabalho (os benefícios da meditação de respiração aliviam o estresse, a ansiedade e o esgotamento físico);
  5. Tomar cuidado com os excessos. Seja de notícias, informações, lives, mensagens, e-mails, reuniões e outras ações, que no final do dia dão a sensação de várias atividades concluídas, mas não de produtividade;
  6. Manter a energia e a conexão das atividades com a equipe mostrando interesse;
  7. Criar momentos para se conectarem, distrair e se divertir.

 


Marcelo Simonato - Possui mais de 25 anos de experiência profissional atuando em grandes empresas nacionais e multinacionais em cargos de liderança. É Executivo, Escritor e Palestrante, sendo Especialista em Liderança e Gestão de Pessoas. Atua com treinamentos e palestras em todo território nacional. Autor das obras “Pilares do sucesso profissional” e “O líder de A a Z”. Coordenador editorial dos livros “Segredos de alto impacto”, “O poder do óbvio” e “Liderando juntos”.


Comportamento é fator decisivo em 91% das demissões

Especialistas listam habilidades determinantes para a colocação no mercado de trabalho


Habilidades comportamentais, como comunicação assertiva, resiliência e capacidade de trabalhar em equipe e lidar com a diversidade, são hoje o fator determinante em 91% das demissões e a maior dificuldade para o preenchimento de vagas. Essas são algumas das conclusões do estudo Habilidades 360º: América Latina 2020, feito pela Michael Page. “Empresas são feitas de capital humano e a inteligência emocional é tão importante quanto as habilidades técnicas para garantir a produtividade de uma equipe”, afirma o psicólogo especializado em Gestão de Pessoas, Alexandre Garrett.

Segundo o levantamento, 61% dos empresários da América Latina afirmam que a principal razão pela qual uma vaga é difícil de preencher é porque os candidatos não possuem as competências comportamentais necessárias para assumir a posição. “Isso acontece porque há algum tempo os processos de recrutamento valorizaram a robustez curricular baseada no conhecimento técnico, as chamadas hard skills. Em reação, as universidades passaram a dedicar a maior parte da carga horária à exposição do aluno nesses temas. Isso gerou uma lacuna no desenvolvimento tanto da inteligência emocional quanto na assimilação das soft skills”, afirma Yury Veris, consultor na startup WalkSkills.

O psicólogo explica que mudar o comportamento das pessoas é tarefa difícil e requer a desconstrução de pré-conceitos, valores e hábitos. “Todo processo de mudança é complicado porque envolve, basicamente, mudar um conjunto de crenças e valores construídos ao longo de décadas. Para dar certo, é preciso definir claramente seus objetivos e persistir. A chave para a mudança é a educação”, conta.

As companhias têm papel decisivo nesse processo, por meio da formação dos seus quadros. A pesquisa feita pela Michael Page mostrou que 52% das empresas estão investindo constantemente em treinamentos focados no desenvolvimento de habilidades comportamentais. “Quando as companhias estão empenhadas em desenvolver essas habilidades, as mudanças acontecem de forma mais fácil e eficaz”, completa Garrett.

Organização e equilíbrio emocional são algumas das características
que os recrutadores buscam nos candidatos


Organização, bom gerenciamento do tempo, liderança, autoestima, empatia, ética, integridade e equilíbrio emocional são características fundamentais que os recrutadores buscam em um candidato. O problema, diz o consultor Yuri Veris, é que muitas metodologias para a construção dessas qualidades focam apenas no desenvolvimento profissional. “O reflexo disso é que os profissionais, em seu dia a dia, se comportam corretamente, mas, quando expostos, atuam da forma errada por não terem robustez nas habilidades comportamentais. Assim, a primeira ação é assegurar que toda iniciativa tenha como objetivo alcançar o âmago da pessoa e não seu papel enquanto profissional”, completa.

Exemplo
Tanto Veris quanto Garrett concordam que o exemplo para essa mudança tem que vir das empresas. “A cultura da empresa deve acompanhar essas mudanças. A maioria dos profissionais que age de maneira desmedida ou que imprime comportamentos inadequados acredita que está agindo segundo a cultura da empresa. A valorização das habilidades comportamentais também tem profunda importância para que as pessoas resgatem ou obtenham esse engajamento que resulta em mudanças”, afirma Veris.

Garrett conta que para que essa mudança seja efetiva, as empresas devem reconhecer e valorizar as habilidades comportamentais. “Uma companhia que valoriza a diversidade, a ética, inovação e que contribui para a melhoria da autoestima de seus colaboradores, por meio de um ambiente de trabalho saudável, consegue formar bons profissionais”, afirma.


Dicas
Para mais dicas habilidades comportamentais, vagas de trabalho e conteúdo sobre Recursos Humanos, acesse o site portaldogarrett.com.br.

 


Alexandre Garrett - psicólogo especializado em Crises e Emergências e especialista em RH


Brasil, a possibilidade de viver a brasilidade nas Olímpiadas

A possibilidade de viver a brasilidade, por este povo carente de figuras importantes, se fez presente durante muito tempo, principalmente, nas manhãs de domingo. As corridas de Fórmula 1 traziam um representante brasileiro que fazia questão de apresentar ao mundo o orgulho de sua nacionalidade, pois toda vez que vencia, erguia a bandeira brasileira. Estamos falando do nosso falecido herói, Airton Senna do Brasil.

Em jogos, sejam eles olímpicos ou mundiais, nossa representatividade coletiva se faz presente, ao vermos o time de futebol, ou mesmo, de vôlei vencer, assim como, todas as outras modalidades. As cores de seus uniformes, elevam as cores de nossa pátria, ao devido lugar de orgulho, ainda mais quando é alcançado o pódio. Isso, traz a brasilidade ao senso coletivo, algo novamente importante, para este povo carente que luta para deixar de lado, o que muitos pesquisadores deram o nome de "síndrome de vira-lata".

A vida com tantos problemas sociais, somada ao momento pandêmico, traz adicionais para o sofrimento deste povo, que apesar de sua carência, é batalhador e trabalhador, independentemente das mais diversas dificuldades. Os merecedores de medalhas se espalham em meio à multidão, pois cada dia batalhado é um dia de um vencedor. Contudo, como não é possível levar a população ao pódio, nosso orgulho se faz presente e se torna representado, em nossos atletas olímpicos. Pois, choramos juntos cada medalha conquistada e, também, cada medalha perdida, trazendo a representatividade do senso de coletivismo, o verde e amarelo nos torna um só, nosso patriotismo se faz presente ao dizermos "o brasileiro não desiste nunca".

A Identidade brasileira, o ser brasileiro (a) que é apresentado nesses momentos de competições mundiais, nos une, mesmo que por pouco tempo, na vontade de que sejamos melhores, de que sejamos reconhecidos, na esperança de vencermos, conjuntamente. No entanto, esta brasilidade poderia ser constante, mesmo fora destas competições, afinal nos unimos na torcida para vencermos os adversários, algo que poderíamos fazer também, para vencermos nosso maior adversário, o cotidiano individualista, que nos impede de subirmos ao pódio.

A edição desta Olímpiada, para a maioria dos países, se tornou sinônimo de superação, pois a pandemia levou não apenas a liberdade das pessoas, levou o toque, levou o abraço, levou a festividade tão presente em outras edições. Este momento nefasto da humanidade, a covid-19 também levou vidas. A terra do sol nascente, o Japão, sedia hoje esperança, resistência, perseverança e, principalmente, unicidade dos povos, apesar das competições. Não devemos nos esquecer que lutar é preciso, vencer é preciso, afinal "Brasil, um sonho intenso, um raio vívido.


De amor e de esperança à terra desce [...]". Tudo passará, só não poderá passar nossa torcida por tempos melhores.

 


Marcelo Alves dos Santos - doutor em Psicologia Social e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, no curso de Psicologia.


Ministério da Saúde já enviou vacinas Covid-19 para atender 100% dos trabalhadores da educaçã

Foto: Myke Sena/MS
Mais de 3,2 milhões de profissionais da educação básica do país já tomaram, pelo menos, a primeira dose ou a vacina de dose única 


OMinistério da Saúde tem trabalhado para garantir o retorno seguro às aulas presenciais. A pasta já enviou vacinas para imunizar, com pelo menos a primeira dose, 100% dos trabalhadores da educação do ensino básico e ensino superior dos estados e Distrito Federal.

Até agora, mais de 3,2 milhões de profissionais da educação básica já foram vacinados com a primeira dose e mais de 518 mil estão com esquema vacinal completo ou tomaram a vacina de dose única. Entre os profissionais da educação superior, mais de 340 mil já tomaram uma dose e mais de 30 mil estão imunizados com as duas doses ou dose única. Os dados estão na plataforma LocalizaSUS.

Dentro deste grupo de profissionais da educação, estão professores, diretores e todos os funcionários que trabalham para o funcionamento das escolas. Este público já era considerado prioritário desde o começo da campanha, pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), mas o Ministério da Saúde antecipou o envio de doses.

“Estamos nos organizando para ter um retorno seguro às atividades escolares. Os nossos alunos estão há muito tempo fora das salas de aula. O Brasil é um dos últimos países que ainda não tem o retorno das aulas, isso tem nos preocupado. ”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

 

Volta às aulas com segurança

No começo de julho, o ministro Marcelo Queiroga participou de um seminário que reuniu o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) para discutir os protocolos para o retorno e debater a situação de milhões de crianças e adolescentes sem aulas.

Além do encontro com os organismos internacionais, Queiroga também discutiu o assunto com o ministro da Educação, Milton Ribeiro. Os protocolos de segurança para o retorno das escolas, em conjunto com o MEC, estão em elaboração.

Assim como as entidades globais voltadas para a defesa da infância, educação e cultura, o Governo Federal considera essencial o retorno às salas de aulas, pois o afastamento afeta não apenas o desenvolvimento escolar, mas a alimentação, nutrição e psicológico de crianças e adolescentes.

 

Pátria Vacinada

Com o avanço da campanha de vacinação contra Covid-19 – 60% da população acima de 18 anos tomou a primeira dose e 23% as duas ou a vacina de dose única – a vida já começa a voltar ao normal com segurança. Isso também vale para milhões de crianças e adolescentes que precisaram se afastar das salas de aula por conta da pandemia e enfrentam os prejuízos de tanto tempo sem a escola presencial.

 

Marília Rastelli
Ministério da Saúde

 

Open banking: consumidor terá o banco que quiser

Com 2ª fase de implementação adiada para agosto, usuários terão mais tempo para entender o seu papel na revolução do sistema bancário


Adiada para o dia 13 de agosto, a 2ª fase de implementação do open banking será centralizada no consumidor, que deverá autorizar o compartilhamento dos seus dados cadastrais e transacionais entre as instituições financeiras. Enquanto o mercado segue na adaptação e integração de sistemas, cabe ao público entender o que muda nos seus direitos com esse cenário. Para o especialista em regulação José Luiz Rodrigues, o open banking não envolve apenas tecnologia, mas sim educação financeira.

“É o momento do consumidor. Porque o open banking trabalha com o conceito de que cada pessoa é dona dos seus dados, então ela pode fazer o que quiser com as suas informações, migrando de bancos ou usando o melhor de cada instituição. Por exemplo, ela vê que o banco x é melhor em crédito, que o y oferece melhores investimentos e o z foca na previdência privada, e isso faz com que ela monte a carteira de serviços que vai utilizar, integrando os três. É o consumidor construindo o banco que quiser”, explica José Luiz, que também é sócio da JL Rodrigues & Consultores Associados.

Apesar de ser direcionado ao consumidor, o open banking esbarra em um cenário: a desinformação. De acordo com uma pesquisa realizada por C6 Bank e Ipec em junho, 56% da população brasileira não sabe o que é open banking, e 37% imagina ser um novo banco digital. 

“A grande defasagem do mercado hoje é de educação financeira. As dimensões do País e a discrepância social e cultural fazem com que pessoas de diferentes classes tenham experiências, hábitos e acessos completamente distintos. O entendimento sobre o que é um banco digital, sua segurança, como o dinheiro fica em um banco digital e como são realizados os pagamentos por meio dessas instituições ainda é algo difícil para muitas pessoas. E esse cenário de dúvidas pode se intensificar quando mais inovações chegarem, se de fato não forem disponibilizadas informações de fácil acesso”, pontua o especialista.

José Luiz reforça que este movimento de ensinamento deve envolver todas as entidades do mercado. “Essa não é apenas uma responsabilidade do Banco Central, mas envolve também sindicatos, associações e a própria iniciativa privada. Afinal, para que os produtos e serviços sejam bem aceitos e amplamente utilizados, é necessário que o consumidor os compreenda”.


Entenda o open banking

Na prática, o open banking é um conceito que busca padronizar a troca de informações entre entidades que compõem o sistema financeiro: o mercado financeiro passará a utilizar um mesmo universo tecnológico, o que facilitará o acesso e a portabilidade dos dados.

“A primeira etapa desse processo de implementação do open banking foi a integração entre as empresas do mercado, que envolveu desde os bancos tradicionais a startups e fintechs. Esta etapa segue em vigor, e foi prorrogada até agosto, conforme solicitação das entidades envolvidas. Agora, após esta unificação de sistema, entrará o papel do consumidor”, pontua o especialista.

Por ser um sistema unificado entre os players do mercado, como bancos e fintechs, a transferência do cliente de uma instituição para outra é facilitada, o que dá mais poder ao consumidor. “Isso fará com que as empresas mudem o seu foco, antes direcionado essencialmente na estruturação de produtos e serviços, e passe a olhar mais para o consumidor. Com o open banking, a tendência é que haja mais concorrência e, como acontece em casos de concorrência acirrada, as instituições terão que melhorar seus serviços, canais de atendimento e reduzir taxas para atrair mais clientes”, conclui José Luiz.

 


JL Rodrigues & Consultores Associados

https://jlrodrigues.com.br/

 

Quem é contribuinte obrigatório da Previdência Social?

 

É obrigatório o pagamento da Previdência Social para todos aqueles que exercem atividade remunerada, em respeito ao princípio da solidariedade, que visa atender ao coletivo. “Desta forma, a contribuição da previdência garante benefícios para si e para os demais participantes do sistema”, afirma Carla Benedetti, sócia da Benedetti Advocacia, mestre em Direito Previdenciário pela PUC-SP, associada ao IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), coordenadora da pós-graduação em Direito Previdenciário do Estratégia Concursos. 

Segundo ela, são considerados como contribuintes obrigatórios os empregados, que trabalham de carteira assinada, bem como contrato temporário; diretores-empregados; os que desempenham mandato eletivo; aqueles que prestam serviços a órgãos públicos em cargos de livre nomeação e exoneração, tais como ministros, secretários e cargos em comissão em geral; os que trabalham em empresas nacionais instaladas no exterior, multinacionais que funcionam no Brasil, organismos internacionais e missões diplomáticas instaladas no país. 

São também segurados obrigatórios da Previdência Social os trabalhadores avulsos, que prestam serviços a várias empresas, mas que são contratados por sindicatos e órgãos gestores de mão de obra, como os trabalhadores de portos (estivador, carregador, amarrador de embarcações) e também aqueles que trabalham na indústria de extração de sal ou ensacamento de cacau. 

O empregado doméstico também é considerado contribuinte obrigatório, tendo como exemplo a governanta; a que exerce serviços de limpeza; o jardineiro; motorista; caseiro e outros trabalhadores. “Por fim, é considerado segurado obrigatório da Previdência Social o contribuinte individual, que trabalha por conta própria ou que presta serviço de natureza eventual a empresas, sem vínculo empregatício, sem habitualidade e permanência”, esclarece Carla Benedetti.

 

Dia do agricultor: parabéns aos responsáveis pela economia e pela alimentação do brasileiro


Anualmente, o Dia do Agricultor é celebrado em 28 de julho, data que homenageia os profissionais envolvidos em uma imensa cadeia que vai desde a concepção e o cultivo de produtos da terra até a participação na sustentação econômica de um país.

Coincidentemente, o número 28 é quase a porcentagem que o agronegócio representou para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020. De modo preciso, a participação do setor foi de 26,6% de toda a soma de bens e serviços produzidos na economia do país no ano passado. Em comparação com 2019, o agronegócio avançou 24,31% e chegou a quase dois trilhões de reais (enquanto o valor total nacional foi de R$7,45 trilhões). Os dados foram calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Além da macroeconomia, é preciso salientar a importância individual de cada agricultor, ou seja, aquele que independentemente do tamanho é um braço forte em todas as instâncias econômicas, até mesmo dentro do próprio lar. Nesse tópico, trago a Lei 11.326/2006, que estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais.

A legislação considera que um agricultor familiar é aquele que pratica atividades no meio rural atendendo a alguns requisitos como: “utilizar predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento e ter renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento”. 

Ou seja, agricultura familiar é aquela que envolve membros de uma mesma família na atividade econômica que gera emprego e renda a todos. O Censo Agropecuário, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017 e divulgado em 2018, destaca que 73% das pessoas que trabalham na produção agropecuária têm parentesco com o produtor, ou seja, se enquadram à Lei 11.326/2006. Ainda de acordo com estimativa do IBGE, 70% da produção de alimentos consumidos no país vem da agricultura familiar.

É com essas afirmações que volto ao primeiro parágrafo para reforçar a importância do agricultor para toda uma cadeia. Da economia micro à macro e do menor ao maior produtor, é graças a esse profissional e ao trabalho que presta que é inegável sua relevância não só econômica, mas para a alimentação do brasileiro e todo o escopo social. Não há dúvida, portanto, sobre o quanto a agricultura precisa ser valorizada, atitude que é praticamente um pilar da Vapza Alimentos.

A empresa, que está há mais de 25 anos no mercado, trabalha com alimentos embalados a vácuo e cozidos a vapor. Esses itens são fornecidos por mais de 20 agricultores ou produtores locais, que ao fornecerem toneladas de alimentos por mês, sendo grande parte orgânicos, favorecem toda uma economia circular, que inclui a geração de emprego e renda para a comunidade em que vivem. Esses alimentos são comercializados para mais de cinco mil estabelecimentos em todo o Brasil e exportados para o exterior, enriquecendo ainda mais a cadeia produtiva e trabalhista direta e indireta.

É por toda essa relevância que a valorização da atividade é um compromisso social em que empresas, como a Vapza, ajudam a reforçar ao darem oportunidade para que agricultores, de todos os portes, exerçam seu trabalho. E é por isso que no dia 28 de julho, eu não só desejo feliz dia ao agricultor, mas também sucesso e condições melhores para esse profissional e para o segmento, progredindo na qualidade do alimento e alcançando resultados econômicos e sociais ainda mais promissores.

 


Enrico Milani - CEO da Vapza Alimentos, formado em Engenharia de Produção pela PUC-PR, tem MBA em Finanças e Controladoria pelo Centro Universitário Positivo e fez Programa de Gerenciamento Avançado pela Esade, instituição de ensino espanhola.

 

Vapza Alimentos

www.vapza.com.br


Como preservar as florestas? Especialistas incentivam mudanças no cardápio

Como a pecuária é uma das atividades que mais contribui para o desmatamento, deixar de comer carne ou diminuir o consumo de alimentos de origem animal ajuda o meio ambiente 

 

Garimpo ilegal, exploração de madeira, queimadas, desmatamento. São diversos os fatores que intensificam a devastação das florestas brasileiras. Mas você sabia que é possível ajudar a reverter essa situação apenas fazendo novas escolhas nas refeições do dia a dia? 

 

Mais proteína vegetal, mais florestas 

“80% do desmatamento no Brasil é causado pela pecuária para a abertura de pastos, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Ou seja, a pecuária é, de longe, a principal causa da destruição das nossas florestas, por isso, não faz sentido querer proteger nossas matas e financiar a indústria que mais desmata no país”, explica Isabel Siano da Million Dollar Vegan, organização sem fins lucrativos que estimula a adoção de um estilo de vida baseado em vegetais.  

Para especialistas no assunto, a redução de consumo de alimentos de origem animal é uma das ferramentas (e atitude pessoal) mais eficaz para frear o avanço das perdas dos nossos biomas e biodiversidade.  

Segundo a nutricionista Alessandra Luglio, diretora de campanhas da SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira), fazer essa mudança na alimentação é também uma forma de cuidar melhor da nossa saúde, prevenindo as principais doenças crônicas não-transmissíveis que adoecem a humanidade. “Afinal, existem pessoas saudáveis em um planeta doente?”, questiona a nutricionista.  

Carolina Galvani, presidente da ONG Sinergia Animal, que atua na América Latina e Sudeste Asiático, alerta ainda que a pecuária não apenas explora e mata animais para a produção de alimentos, como também contribui para as mudanças climáticas e coloca em risco florestas, povos indígenas e animais selvagens.  

“Além disso, trabalhadores são mantidos em condições análogas a escravidão. Temos que agir politicamente contra esse sistema e também mudar nossos hábitos alimentares para não subsidiar essa indústria destrutiva", comenta Carolina. 

 

O que podemos fazer 

O primeiro passo é mudar o cardápio e incentivar outras pessoas a fazer o mesmo.  

Repensar nossas formas de consumo, apoiar iniciativas sustentáveis, como a reciclagem, e fiscalizar a atuação dos governantes também é importante. Tudo com consciência e de forma crítica, até mesmo na hora de plantar uma árvore para ajudar o meio ambiente. 

Vania Plaza Nunes, médica veterinária e diretora técnica do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, alerta que plantar mais árvores é preciso, mas com critério, já que existe uma intrincada relação entre centenas e milhares de formas de vida em cada fragmento florestal.  

“É preciso equilíbrio das espécies plantadas com as espécies animais que existem no local. A relação íntima que existe entre a floresta, a mata e toda forma de vida que existe ali dentro é o que suporta e sustenta toda a vida humana. Se tivéssemos de fato essa dimensão, com certeza todos nós estaríamos tendo mais responsabilidade e respeito para preservar o verde, que é o que a gente vê, e toda a forma de vida que a gente não vê. ”

 

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