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quinta-feira, 14 de junho de 2018

Você acha difícil tomar decisões, especialmente no seu trabalho? O Business Coaching pode te ajudar


Ao longo de nossa vida temos que tomar as mais variadas decisões. Algumas não tão importantes, rotineiras, já outras que podem mudar nossa vida drasticamente e, por conseguinte, a de outras pessoas.

No ambiente corporativo ocorre a mesma coisa – o profissional precisa tomar grandes decisões e parte desse processo tem a ver com antever as consequências que elas trarão para a empresa. Optar por algum caminho pode não ser tarefa fácil, muito pelo contrário, pode ser bem árduo. Se você já se encontrou perdido, com dificuldade para fazer escolhas importantes, saiba que é possível mudar seu mindset e tornar o processo muito mais fácil.

Para decidir os rumos do negócio, por exemplo, você precisará tentar equilibrar razão e emoção. É importante que todas as alternativas sejam avaliadas, levando em consideração tudo o que pode ser feito. Toda decisão deve ser um ato consciente a partir do mapeamento sobre o que trará de ganhos e perdas.

 Essa é a fase de coleta de informações, então reúna o máximo que conseguir e não aja por impulso – é aí que a razão deve falar mais alto, então avalie bem suas ideias e as absorva. Pense nas dificuldades que você pode enfrentar e as consequências para a empresa, isso irá ajudar a preparar um plano B caso algum imprevisto ocorra.

Agora que você criou um mapa mental com todas as opções, avaliou e tomou a decisão que precisava, elimine o que você tem certeza que não quer. Escolha entre as alternativas restantes e esteja pronto para assumir os riscos. Não tenha medo das decisões que precisa tomar. Se você já analisou e ponderou as consequências, chegou a hora de agir. Pode ser que você erre, mas se equivocar é normal: assuma seus erros, caso eles ocorram, e aprenda com eles.

A insegurança e o medo normalmente são sentimentos fortes em pessoas que possuem certa resistência em tomar decisões difíceis e criam uma barreira justamente na hora de encarar o desafio de frente. Mas não escolher também é uma escolha e, da mesma forma, você será responsabilizado. Talvez você precise de uma ajuda extra nesse processo e é aí que entra o coaching.

O coaching utiliza diversas ferramentas quem podem ajudar a entender melhor a mente e ampliar a visão do colaborador. A partir disso, o processo desenvolve mecanismos para reduzir a dificuldade na hora da tomada de decisão. No mais, o Business Coaching auxilia o coachee a ter mais autoconsciência de suas ações e consequências delas, autodisciplina, empatia e motivação para alcançar metas e objetivos, além de desenvolver as habilidades sociais que são tão necessárias para gestores.

O mercado demanda que os cargos de liderança sejam ocupados por pessoas interessadas em renovar habilidades e comportamentos para que elas tomem as decisões mais acertadas, que priorizem os funcionários e a empresa de um modo geral. O coaching, portanto, tem papel fundamental para quem quer se manter atualizado e deseja aumentar sua performance no trabalho. Mais do que desenvolvimento profissional, o coaching é também desenvolvimento pessoal.






Cris Santos é fundadora e diretora da BrainFit, Master Coach pela SLAC (Sociedade Latino-Americana de Coaching), Headhunter, especialista em DISC, motivadores pela TTI Success Insights e Assessment comportamental pela SLAC. É também palestrante e professora, formada em educação física pela FEC DO ABC, com MBA em Gestão de Pessoas pela FMU e formação em Business Communication no Australian College

Como a cultura alavanca uma startup


Quando os fundadores de uma startup estão iniciando sua jornada empreendedora, o único e principal foco é validar o modelo de negócios. A cultura dessa empresa em formação não entra no radar de preocupações – até porque muitas vezes ainda não existe nem equipe para vivenciar uma cultura. No entanto, é comum que o tema continue sem receber a prioridade devida conforme o negócio prospera, o que se torna um risco para o sucesso da organização.

Durante o período em que a empresa é pequena (até 50 pessoas), a cultura é basicamente a composição do jeito de ser dos fundadores. Entenda por jeito de ser seus valores, crenças e comportamentos. Se um empreendedor tem um estilo mais descolado e informal, é essa a cara que ele vai tender a dar ao ambiente. Outro empreendedor com uma crença forte de que o resultado vem antes do equilíbrio pessoal/profissional vai priorizar para o time pessoas com orientação similar. Não tem certo ou errado aqui.

Enquanto os sócios são capazes de conviver diariamente com todas as pessoas da startup, a cultura é disseminada e reforçada de forma direta e natural. Os desafios começam a ficar maiores quando eles não mais conseguem interagir de forma constante com todos os seus colaboradores. Este é o sinal de que a cultura deve passar a ser tratada de forma mais estruturada.

Marc Randolph, cofundador da Netflix – que esteve recentemente no Brasil – credita o sucesso do modelo inovador da empresa à definição, desde cedo, de uma cultura baseada no teste contínuo e sistemático de novas ideias. Esse é um exemplo de cultura que já nasce conectada à estratégia do negócio. O perfil do time, os comportamentos, os mecanismos de recompensa, o nível de tolerância ao erro, o ambiente de trabalho, e todas as demais ações táticas e operacionais se tornam desdobramentos naturais de um direcionador claro.

O primeiro guardião e principal patrocinador da cultura de uma startup deve ser o CEO. De forma prática, ele é o responsável por 3 missões: garantir que estratégia e cultura nasçam juntas e se mantenham conectadas; medir os resultados da liderança não apenas pelas entregas técnicas, mas também pela capacidade de promoverem a cultura em seus times; ser o exemplo vivo do jeito de ser da empresa, mantendo a coerência entre discurso e prática.

Conforme a startup cresce, o CEO precisa de apoio na sustentação da cultura. E aí surge o papel do RH moderno, com a missão de traduzir a essência da empresa em rituais e processos de comunicação interna, acompanhamento e celebração de resultados, atração de novos talentos, e evolução do público interno. Três indicadores essenciais são: a satisfação dos colaboradores (que pode ser medida, por exemplo, pelo Employee NPS), o índice de confiança na estratégia (que pode ser avaliado em uma escala 1-5), e o People Churn (Total de Saídas Voluntárias de Colaboradores / Total de Saídas de Colaboradores). 

Peter Drucker uma vez disse que “a cultura engole a estratégia no café da manhã”. O sucesso da Netflix, e de outras tantas startups que escalam, parece indicar que vale muito a pena cultivar estratégia e cultura lado a lado desde os estágios iniciais da empresa, por mais que o radar de prioridades pareça apontar em outra direção. Assim, ao invés de desconexos – ou até concorrentes – esses dois elementos combinados proporcionam clareza, foco e consistência para alavancar o crescimento do negócio. 






Marcelo Vieira - Diretor de Cultura Organizacional da Hi Platform


Os casos de impossibilidade de investigação do presidente da República


A condição de Michel Temer no cargo de Presidente da República traz não só consequências políticas, como também jurídicas. Desde a efetiva posse do mesmo, passou a ser isento de investigação de natureza penal até que o mandato se encerre.

Essa regra apenas pode ser quebrada se, durante o exercício da função, venha a cometer crime ou, com indícios de cometimento de crime a partir do início de seu mandato.

A regra acima mencionada se dá em razão de dispositivo constitucional que, afirma ser possível a investigação do presidente exclusivamente por atos praticados durante a vigência do mandato, excepcionalmente autorizando a investigação quando os indícios se apresentam durante o mandato.

Logo, enquanto Michel Temer estiver empossado como chefe do Executivo, só poderá ser investigado se houver suspeita ou indícios de crime em conduta atrelada às suas funções enquanto tal e a apuração da conduta só poderá ocorrer após o fim do mandato de Presidente.

Assim dispõe o artigo 86, caput, da Constituição Federal:

Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

Note que, somente após investigação, com apuração de crime, praticado durante o mandato, o Presidente será submetido à apreciação da Câmara e do Senado e submetido às disposições elencadas nos parágrafos 1º, 2º, 3º e 4º do mesmo artigo que assim dispõe:


§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:

I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;

II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.

§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

Em ocorrendo acusação face o presidente Michel Temer, quanto á prática de um crime comum, ou seja, fora daquele rol constitucional de crimes de responsabilidade, taxativamente expostos no artigo 85, deverá se verificar se existe pertinência entre o crime e o exercício da chefia do poder executivo.

Se o crime comum foi cometido no exercício do cargo de presidente, ou por força dele, Michel Temer poderá ser incriminado, na vigência do mandato, perante o Supremo Tribunal Federal. Todavia, respeitando o que dispõe o artigo 86 da Constituição Federal, ou seja, a autorização da Câmara dos Deputados por dois terços dos seus membros.

Do contrário, se o crime comum não tem relação com o cargo, Michel Temer não responderá por ele na vigência do mandato, mas somente após o fim deste, caso comprovada a prática, evidentemente.

Ressaltando que, o Presidente da República só pode ser investigado por atos cometidos durante o exercício do mandato e com autorização do Supremo Tribunal Federal.

Logo, somente poderá ocorrer a investigação contra Michel Temer se tratarem acerca dos episódios relatados na delação dos irmãos Batista, por terem ocorrido, em tese, no início do ano passado, quando Temer já ocupava o cargo de Presidente da República. Caso contrário, deve ser respeitada a norma constitucional.






Patrícia Regina Piasecki Custódio - advogada criminal do Núcleo de Prática Jurídica da Universidade Positivo (UP).

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