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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Deficiência física não é empecilho para conseguir emprego



O maior desafio dos candidatos ainda são os requisitos exigidos por determinadas empresas e a falta de informação de seus direitos.

A lei é de 1991, mas o sistema de cotas em empresas ainda é muito pouco engajado e se mostra imaturo perante tantas oportunidades. 

De acordo com Madalena Feliciano, gestora de carreira da empresa de recolocação Outliers Careers, "a empresa que efetua a seleção deve estar preparada para viabilizar a contratação desse segmento. Principalmente, precisa ter claro que as exigências a serem feitas devem estar adequadas às peculiaridades que caracterizam as pessoas com deficiência. Se isto não ocorrer vai ser exigido um perfil de candidato sem qualquer tipo de restrição, o que acaba por inviabilizar a contratação dessas pessoas", explica. 

Empresas com mais de mil funcionários precisam ter 5% do quadro de funcionários preenchido por pessoas com deficiência. Mas, apenas 8% das companhias brasileiras cumprem essa meta. Em alguns casos, gestores imaginam que não há pessoas com deficiência o suficiente para cumprir as cotas previstas por lei. "Há uma crença de que essas pessoas não seriam qualificadas o suficiente para preencher os requisitos. No entanto, segundo pesquisas, uma em cada quatro pessoas têm ensino médio completo", destaca Madalena. 

Muitos gestores deixam de contratar pessoas com esse perfil porque acreditam que os custos para tornar o ambiente acessível seriam muito altos. Essa preocupação acaba se tornando mais um obstáculo para a inclusão. Porém, segundo a especialista, "as equipes de recursos humanos deveriam dar mais foco a integração de pessoas com deficiência, para que elas se sintam parte da empresa", diz ela. 

Por fim, "é preciso que as empresas brasileiras se dediquem mais a conhecer e entender as qualidades e características dos candidatos portadores de necessidades especiais para que eles sejam posicionados em vagas que permitam ao profissional ser produtivo e feliz", finaliza a gestora da Outliers Careers.  







Outliers Careers
Madalena Feliciano - Gestora de Carreira
(11) 2737-1724
madalena@outlierscareers.com.br
www.outlierscareers.com.br




O que muda na comunicação do RH com as novas gerações




Um dos maiores desafios que as áreas de RH vem enfrentando de alguns anos para cá diz respeito às formas de comunicação com seus funcionários e sua eficácia. Isso torna-se ainda mais crítico quando se fala do setor de Tecnologia da Informação, onde há a necessidade de se comunicar com públicos cuja média de idade, em grande parte das vezes, gira em torno dos 25 anos.

Mas não se trata apenas da idade. De fato, há uma nova geração ocupando o mercado de trabalho, mas isso sempre ocorreu sem que meios tradicionais de comunicação interna, com newsletters, comunicados e jornais murais, perdessem sua utilidade. O ponto é que esta nova geração chega ao mercado acompanhada de uma série de novas tecnologias, e hábitos criados por elas, que têm levado a uma forte mudança na forma como nos relacionamos.

O advento das redes sociais e da internet na palma da mão tem obrigado os profissionais de RH a desenvolver novos mecanismos que permitam tratar de assuntos corporativos com uma audiência que é bombardeada com informações a todo momento, o tempo todo. Não se pode mais apostar em longos comunicados, newsletters de várias páginas ou mesmo e-mails com mais do que alguns parágrafos.

Para este novo público, o ideal é produção de comunicados mais visuais e mais diretos, como malas diretas. Outra possibilidade é o uso de materiais impressos, o que às vezes pode gerar mais resultados.

Uma outra opção é dividir o público, personalizando a comunicação, o que deve ser feito com o envolvimento dos gerentes. Dependendo da importância do comunicado, ele deve ser feito primeiramente pelos gerentes, em reuniões realizadas com suas equipes, e depois formalizadas pela comunicação interna. A estratégia multiplica as chances de que a mensagem chegue ao seu destino.

A personalização da comunicação, aliás, tem se mostrado das formas mais eficientes de se atingir profissionais mais jovens. Usando nossa experiência como exemplo, na T-Systems, 30 dias após a admissão, todo profissional recebe uma ligação de um profissional da área de Recursos Humanos. É o momento em que checamos se ele tem qualquer dúvida sobre a empresa, benefícios etc.

Este tipo de ação reduz bastante a procura do setor para esclarecimentos e mostra a efetividade de um trabalho proativo e individualizado. Este é, na verdade, apenas um exemplo, mas o fato é que, cada vez mais, devemos deixar de lado as comunicações genéricas em favor de ações mais localizadas.

Uma pesquisa recente realizada pela MindMiners com jovens entre 18 e 36 anos apontou, por exemplo, que o WhatsApp é o veículo de comunicação mais utilizado por estes jovens. O Facebook, por seu lado, é a fonte de informação e veículo de conhecimento utilizado por 55% deles, e ao menos três horas por dia. Quando questionados sobre o uso diário das plataformas, 88% afirmaram usar o Facebook todos os dias, enquanto 80% utilizam o Google para pesquisas, 77% o Instagram, 61% o Youtube, 51,8% o Snapchat e 47,9% jornais online.

Ainda sobre a necessidade de materiais mais visuais e curtos, a mesma pesquisa apontou que 38% dos jovens desta faixa etária, ao clicar no link de uma matéria, fazem questão de ler o texto inteiro; e 5,7% confessam que só leem o título e o primeiro parágrafo. Outros 56% dizem que o nível de leitura depende da matéria. Os temas campeões de leitura do título e do primeiro parágrafo são: política, com 39,5%; economia, 38,4%; saúde, 29,7%; variedades/entretenimento, 29,2%; e ciência, 28,6%.

Estes números mostram porque temos que mudar e porque estamos aperfeiçoando o modo como nos comunicamos. É apernas o começo, mas estamos no caminho certo.





André Vieira - vice-presidente de Recursos Humanos da T-Systems Brasil






Jovens investem em formação complementar e segundo idioma para driblar a crise, aponta pesquisa



Dados apontam que capacitação melhora não só a percepção desses candidatos, como também a empregabilidade e remuneração dos estagiários


Se o mercado de trabalho está acirrado para todos os brasileiros, para os jovens o desafio é ainda maior – dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), demonstram que mesmo com a leve queda no segundo semestre de 2017, a faixa etária de 18 a 24 anos ainda representa a parcela mais atingida pelo desemprego: atualmente, 27,3% desses trabalhadores encontram-se desocupados. Num momento no qual as empresas priorizam a mão de obra qualificada, a estratégia para vencer a falta de experiência profissional e conseguir uma vaga tem sido investir em capacitação, especialmente em cursos de especialização e idiomas. 

É o que revela um estudo realizado pela Companhia de Estágios – consultoria e assessoria especializada em programas de estágio e trainee, que ouviu 2.193 estudantes de todas as regiões do Brasil. De acordo com seu levantamento, mais de 46% dos entrevistados apostaram no aprendizado de uma língua estrangeira ou em especializações para aumentar sua competitividade nos processos seletivos. E, segundo o estudo, tais medidas não só ajudaram a melhorar a empregabilidade e remuneração desses jovens trabalhadores, como também a sua percepção diante da crise do emprego.

Aposta para driblar a concorrência

Não é novidade que um bom currículo abre muitas portas – ainda mais para os jovens que, diante da falta de histórico profissional precisam demonstrar diferenciais na disputa por uma vaga. Contudo, atualmente, não é só a baixa oferta no mercado celetista que tem motivado os menos experientes a apostarem na qualificação – os próprios programas de estágio, voltados exclusivamente para estudantes, também apresentam alta concorrência entre os candidatos. Dados da Companhia de Estágios apontam que, somente no primeiro semestre desse ano, o número de inscritos foi 9% maior em comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com Tiago Mavichian, diretor da recrutadora, essa procura tem, por consequência, elevado a relevância do currículo nos processos seletivos “Com processos beirando 10 mil candidatos, a análise do currículo é uma etapa fundamental para agilizar o trabalho dos recrutadores. E como o nível de exigência está alto, é natural que, num primeiro momento, os candidatos mais qualificados se destaquem e sigam para as etapas seguintes”.

Segundo dados da própria recrutadora, os jovens têm despertado para essa importância: de acordo com sua pesquisa que ouviu 2.193 estudantes de todas as regiões do país, quase 60% dos jovens apostou nos estudos no último ano para ampliar as chances na carreira: 25,7% optaram por cursos complementares na própria área de formação, 21,3% preferiram cursos de idiomas, seguido de 11,6% que apostaram em cursos de informática e, por fim, 1% que decidiu iniciar um MBA ou pós-graduação.

Empregabilidade e remuneração

Dentre os cursos complementares, as especializações (na área de formação) e o aprendizado de uma língua estrangeira são os que mais se destacaram quanto à empregabilidade. A taxa de candidatos estagiando é 4% maior entre aqueles que apostaram na especialização e 7% maior entre aqueles que aprenderam um segundo idioma (em comparação com aqueles que não fizeram qualquer investimento na carreira).

Essas qualificações também pesam nos rendimentos – dentre os participantes que estão estagiando, a bolsa auxílio é maior para aqueles que fortaleceram o currículo. De acordo com a pesquisa, 54% dos que fizeram cursos complementares na sua área de formação recebem bolsa acima dos 1.200 reais – desses, 16% ganham mais de R$ 1.500,00.

Já para os que preferiram apostar em cursos de idiomas, a remuneração é ainda atraente – 73,8% recebem bolsa auxílio acima dos 1.200 reais, desse total, mais de 18% ganham mais de R$ 1.500,00. O contraste é ainda maior se comparado com a remuneração daqueles que, embora estejam estagiando, não fizeram qualquer tipo de investimento recente na carreira: a bolsa auxílio de 61% desses candidatos é de apenas um salário mínimo.

Candidatos capacitados são mais otimistas

Outro ponto relevante é que um currículo mais fortalecido também impacta a percepção desse público a respeito da crise brasileira – enquanto 26% dos jovens que não fizeram nenhuma especialização no último ano se sentem pessimistas/indiferentes quanto aos problemas enfrentados pelo país, essa taxa cai para 22% quando o entrevistado fez algum investimento no currículo. 

Tratando, especificamente dos otimistas, a taxa de positivismo é, em média, 4% maior entre aqueles que se especializaram. Além disso, enquanto um terço dos candidatos sem capacitação recente alega que o nível elevado de exigência e competividade dos processos seletivos é o pior efeito da crise, essa preocupação é 4,5% menor entre os mais preparados.

Para Mavichian, a autoconfiança não é a única justificativa para esse comportamento “Embora a capacitação ajude o estudante a se sentir melhor preparado e mais seguro para enfrentar o mercado de trabalho, o estudo também amplia sua percepção em relação ao seu papel na sociedade. Boa parte dos valores que as empresas buscam para superar períodos de crise são características próprias dos jovens: criatividade, engajamento, agilidade... contudo, esse potencial precisa ser despertado e, muitas vezes, lapidado através, justamente, do aprendizado“.











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