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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

"Em geral, as pessoas dão pistas de que algo não vai bem": bullying entra em pauta novamente com tragédia em Goiânia



Tiroteio na manhã de sexta (20) no Colégio Goyases, em Goiânia, deixou João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, dois jovens de 13 anos, mortos e mais quatro feridos. O responsável pelos tiros, um aluno de 14 anos - 8º ano - da própria escola, era filho de militares e afirma ter sofrido bullying pelos colegas.
No ano passado entrou em vigor no Brasil a lei que criou o Programa Nacional de Combate à Intimidação Sistemática, com o objetivo de oferecer mecanismos que possibilitassem a mudança do comportamento hostil dos agressores. Mesmo com programas governamentais, outra tragédia por conta do bullying aconteceu.

O bullying é caracterizado por violência física ou psicológica que acontece de maneira repetitiva, sistemática e sem motivação evidente. 

No Brasil, 17,5% dos estudantes disseram sofrer alguma das formas de bullying "algumas vezes por mês"; 7,8% disseram ser excluídos pelos colegas; 9,3%, ser alvo de piadas; 4,1%, serem ameaçados; 3,2%, empurrados e agredidos fisicamente - de acordo com dados do terceiro volume do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015.

Segundo Ana Cássia Maturano, psicóloga e psicopedagoga clínica, a prática do bullying, quando um colega hostiliza ou agride seu filho, é uma situação em que coloca a prova o papel dos pais.

"A atitude a tomar nessas ocasiões se transforma em um dilema para muitos: instruem o filho a se defender, ensinando-o a "brigar", ou deixam que ele se vire sozinho? Nem uma nem outra", relata a especialista.

"Passar a evitar ir à escola ou mesmo falar sobre ela, mudança no humor, evitar certas pessoas, aparecer com ferimentos ou hematomas sem explicação, ter problemas para dormir e mesmo começar a apresentar comportamentos agressivos podem indicar que a criança está sofrendo bullying", explica Luciana Barros de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, ABPp. 

Os pais precisam ajudar seus filhos a refletirem sobre as situações, questionando sobre qual o motivo pelo qual a criança está sofrendo violência, para que se fortaleçam para conseguir enfrentá-las. O adulto deve ser olhado como um ponto de referência e orientação, instruindo como as crianças e adolescentes podem agir.

"O mais certo para os pais e os filhos é que juntos eles encontrem o melhor jeito de lidar com a situação. Os adultos, por serem mais experientes, têm a obrigação de orientar as crianças, que precisam muito de proteção. Num contexto de aprendizagem que servirá para toda a vida", comenta a psicóloga Ana Cássia.

Para a presidente da ABPp, o problema é antigo e ganha mais voz por conta da internet, além de ser potencializado pelo individualismo que impera como uma forte característica da sociedade atual.

Os casos de bullying retornam as mídias com a tragédia de Goiânia, porém este não é o primeiro aviso à sociedade de que as agressões físicas ou psicológicas sofridas em sala de aula podem levar a outras, como o massacre em Realengo, no Rio de Janeiro.

A internet é capaz de denunciar estes casos, o governo precisa criar soluções práticas dentro dos ambientes escolares, e os pais devem conversar com seus filhos sobre o cotidiano nas escolas, como se comportam e são tratados.

"O que não dá é ignorar quando sentimos que as coisas não vão bem", comenta Ana Cássia Maturano. "Em muitos casos, antes de atos extremos como o da semana passada, a pessoa dá pistas de que precisa de ajuda. Postergar decisões em geral não é um bom caminho".






Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp)



Ana Cássia Maturano - psicóloga e psicopedagoga clínica, coautora do livro Puericultura Princípios e Práticas (Ed, Atheneu)


Clínica: Edifício Morumbi Medical Center
 





2018 será o ano da Inteligência Artificial




O Gartner Symposium/Itxpo, um dos maiores eventos de tecnologia do planeta, deixou claro as principais tendências para 2018 


Quando o assunto é tecnologia, as maiores referências globais em pesquisa, análises e assessoria são Gartner, Ovum, Forrester e IDC. De acordo com Christian Geronasso, consultor especialista em geração de valor e inovação e membro o Comitê Macroeconômico do ISAE – Escola de Negócio, os estudos dessas instituições orientam a tomada de decisão dos principais executivos de tecnologia do mercado.

“No início do mês de outubro, a cidade de Orlando, na Flórida (EUA), recebeu o Gartner Symposium/Itxpo, evento que contou com a participação das maiores empresas de tecnologia do mundo, entre elas IBM, Microsoft, Intel, Amazon e Google. Durante o simpósio, as gigantes do mercado compartilharam suas visões estratégicas sobre as tendências da tecnologia e negócios”, detalha Geronasso.

Durante o evento, foram listadas 10 tendências tecnológicas como apostas para 2018, agrupadas em três categorias: Inteligente, Digital e Mesh (rede em malha). Para Christian Geronasso, cinco delas irão revolucionar o mundo:  


·        Fundação IA (Inteligência Artificial): a criação de sistemas com a capacidade de aprender, se adaptar e, potencialmente, atuar sozinhos, será um campo de batalha para fornecedores de tecnologia até 2020.


·        Aplicativos Inteligentes e Capacidade Analítica: aplicativos inteligentes podem criar uma camada intermediária entre pessoas e sistemas, com o objetivo de aumentar o potencial humano e não substituí-lo.

·        Coisas Inteligentes: o número de dispositivos conectados só aumenta com o passar dos anos. Além de aumentar em tamanho, a Internet das Coisas (IoT) passará a ser mais autônoma ou semi autônoma, e o Gartner aposta que, até 2022, teremos automóveis se deslocando em rodovias sem ser necessário que um ser humano esteja atrás do volante.


·        Gêmeos Virtuais: é a representação digital do mundo real em que o objeto virtual é um espelho fiel do seu gêmeo físico, com todas as suas propriedades e características. O maior benefício é a simulação de cenários "E se...", utilizando os gêmeos virtuais, sem a necessidade de desperdício de materiais e horas-homem.


·        Da Nuvem à Borda: um automóvel autônomo precisa ter capacidade de processamento suficiente na Borda (Edge) para decidir qual a melhor chance de seus passageiros sobreviverem em um acidente. Precisa também comunicar os dados com a nuvem para que a montadora monitore as manutenções do veículo. Esta arquitetura Nuvem-Borda-Nuvem será um dos desafios dos próximos anos.

“O estudo ainda cita detalhes de como as tecnologias de Plataformas Conversacionais, Experiências imersivas, Blockchain, Modelos Orientados a Eventos e Modelos de Adaptação Contínua de Risco e Confiança”, completa o especialista.





Gartner Top 10 Strategic Technology Trends for 2018





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