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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Anorexia e Bulimia: conheça os distúrbios



Você já deve ter ouvido falar de anorexia e bulimia. Elas atingem principalmente as mulheres, especialmente na faixa dos 12 e 25 anos. Mas os homens não estão de fora. Eles correspondem a 10% dos casos.

Amplamente retratadas em filmes e novelas, essas doenças são ainda mais comuns na vida real.

O Consulta do Bem preparou algumas informações para mostrar as diferenças e peculiaridades desses dois distúrbios alimentares.

A característica em comum inegável é que as duas doenças estão ligadas ao medo de engordar, e por isso são caracterizadas como distúrbios alimentares.

Os padrões às vezes inatingíveis de beleza e magreza para boa parte das pessoas podem impulsionar a adoção de práticas que nem sempre são os mais saudáveis. Na internet, existe o acesso a milhares de conteúdos sobre dietas e dicas de exercícios, mas que nem sempre funcionam para todos os tipos de corpo e organismo.

É aí que surgem os distúrbios alimentares: silenciosos, mas perigosos. Inclusive, a anorexia é a doença psiquiátrica que mais registra mortes.

A principal diferença entre a anorexia e a bulimia está no quadro sintomático. Dito isso, é hora de nomearmos as doenças:

Comer muito pouco ou não comer

Essa é a anorexia nervosa. Ela é caracterizada pela perda de peso excessiva em um curto período de tempo, devido à falta da alimentação. O índice de massa corporal fica abaixo de 17,5 e vem acompanhado de desnutrição.

O distúrbio também afeta a fertilidade, interrompendo a menstruação das mulheres. Mas esse não é o maior problema. A desnutrição gerada pode levar à morte, devido ao risco de ocasionar falência de órgãos, parada cardíaca ou insuficiência renal, entre muitos outros problemas.


Comer e depois se arrepender

Essa é a Bulimia. O indivíduo geralmente está no seu peso normal ou um pouco acima, mas sofre de compulsão alimentar. Ele cede à compulsão com frequência, comendo mais do que o necessário, o que gera arrependimento seguido de vômitos forçados ou uso de laxantes.

Neste caso, não há perda de peso evidente, pois o corpo ainda consegue absorver parte dos nutrientes. Mas isso não ameniza as consequências: fraqueza, dores no estômago, tontura e diarréia, entre outros.


Tratamento

Tanto a anorexia, quanto a bulimia exigem tratamento imediato, para minimizar os danos. Muitas vezes, ele é complexo e envolve trabalho conjunto de diversos médicos, como o clínico geral ou o pediatra (no caso de crianças e adolescentes), nutricionista, psicólogo e psiquiatra.

As formas de tratamento envolvem medicamentos, antidepressivos, dieta nutricional e terapia. Esses cuidados costumam ser eficazes na resolução do problema.


Procurar um nutricionista

É preciso ter em mente que o corpo necessita de nutrientes para seu bom funcionamento. Durante o dia, ele realiza processos, como a queima de energia, que necessita de açúcares (por isso, sim, o carboidrato é fundamental para sobrevivência). Se ele não encontrar esses nutrientes, terá que retirar de outras partes do organismo (como o cálcio dos próprios ossos) ou ocasionará sintomas como a fraqueza, por sua carência.

Por isso, é importante se alimentar corretamente. Seguindo uma dieta balanceada e personalizada. Conversar com um nutricionista sobre os objetivos estéticos relacionados à dieta e exercícios pode ser uma forma de evitar distúrbios alimentares e levar uma vida mais saudável.




Consulta do Bem



Casos de sífilis aumentam no Brasil por falta de prevenção, alerta Seconci-SP




De acordo o Ministério da Saúde, número de pessoas infectadas registrou crescimento de 32,7% entre 2014 e 2015

Dados do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde revelam que os casos de sífilis adquirida (em adultos) aumentaram 32,7% no Brasil no período de 2014 a 2015, chegando a 65.878 casos no ano passado. “A sífilis é uma doença silenciosa, causada pela bactéria Treponema pallidum, cujos sintomas podem desaparecer sem que o portador os tenha notado. A atual epidemia tem como principal causa a falta de uso de preservativos nas relações sexuais”, afirma a dra. Ina Irene Liblik Quintaes, gerente da Medicina Ocupacional do Seconci-SP (Serviço Social da Construção).

De acordo com a especialista, o aumento de casos de sífilis é considerado expressivo em todas as faixas etárias. Os dados estatísticos comprovam. Entre 2005 e 2014, mais de 100 mil grávidas brasileiras foram contaminadas com a bactéria causadora da doença. Segundo informações do Ministério da Saúde, houve um aumento de 1,8 mil casos em 2005 para 21 mil casos em 2014. Além das mães, o número de crianças infectadas também subiu nos últimos anos.

A especialista explica que a sífilis, também chamada de cancro duro, é transmitida por meio das relações sexuais desprotegidas, das transfusões de sangue e da mãe para o filho em qualquer fase da gestação ou no momento do parto (sífilis congênita). “A principal forma de transmissão é pelo contato sexual e, por isso, o uso da camisinha é a melhor forma de prevenção. Nos últimos anos, pesquisas revelam que o uso de preservativos diminuíram no Brasil, principalmente entre a população jovem. A partir dos anos 2000, novos tratamentos para a AIDS começaram a surgir e a população passou a se preocupar menos com o uso de preservativos, principalmente os adolescentes”, diz.

Além da mudança comportamental da população, outro fator contribui para a atual epidemia de sífilis, afirma o dr. João Miziara, superintendente Ambulatorial do Seconci-SP.  “Falta diálogo efetivo com a população para reforçar a importância da prevenção”, relata.


A doença

A sífilis se manifesta em três estágios diferentes e apresenta várias manifestações: primária, secundária e terciária. Nos dois primeiros, os sintomas são mais evidentes e o risco de transmissão é maior. Depois, há um período praticamente assintomático, em que a bactéria fica latente no organismo, mas a doença retorna com agressividade acompanhada de complicações graves, causando cegueira, paralisia, doença cardíaca, transtornos mentais e até a morte:

- Sífilis primária: pequenas feridas nos órgãos genitais (cancro duro) que desaparecem espontaneamente e não deixam cicatrizes; gânglios aumentados e ínguas na região das virilhas;

-  Sífilis secundária: manchas vermelhas na pele, na mucosa da boca, nas palmas das mãos e plantas dos pés; febre; dor de cabeça; mal-estar; inapetência; linfonodos espalhados pelo corpo, manifestações que também podem regredir sem tratamento, embora a doença continue ativa no organismo;

-  Sífilis terciária: comprometimento do sistema nervoso central (demência), do sistema cardiovascular com inflamação da aorta, lesões na pele e até nos ossos. Pode surgir de dez a vinte anos depois do início da infecção.

- Sífilis congênita: pode causar má formação do feto, aborto espontâneo e morte fetal.


Tratamento

A sífilis tem cura, se tratada corretamente com antibióticos apropriados, a base de penicilina.  O Seconci-SP realiza em suas unidades os testes treponêmicos, exames de hemoaglutinação para o diagnóstico da doença. Os testes também são realizados nos centros de referências e SUS.

A evidência científica disponível considera que a penicilina benzatina, um antibiótico por via injetável, é a opção mais segura e eficaz para a gestante com a doença, visando à prevenção da sífilis congênita. “O parceiro da mulher infectada também deve ser tratado, para evitar a reinfecção”, recomenda a dra. Ina.


Orientações e Educação à Saúde

“O Seconci-SP promove palestras sobre as DSTS em canteiros de obra e nas empresas, realizadas pela equipe interdisciplinar dos profissionais de saúde, médicos e assistentes sociais da entidade. Além disso, são realizadas nas Salas de Espera da entidade orientações mensais sobre vários temas referentes à saúde e direitos dos usuários, dentre eles, as questões referentes às DSTS/Sífilis, com o intuito de prevenir e promover saúde aos trabalhadores da construção civil e seus familiares”, afirma Renata Dias, assistente social do Seconci-SP.




Picadas de inseto são tema de orientações do Departamento Científico de Dermatologia da SBP





A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou nesta segunda-feira (5) um documento com recomendações para médicos e pais ou responsáveis que precisam oferecer socorro a crianças e adolescentes vítimas de picadas de insetos. Trata-se de mais uma contribuição da entidade com o processo de educação continuada dos especialistas e a segunda elaborada pelo Departamento Científico de Dermatologia nesta gestão.

O trabalho pelo grupo que conta com a coordenação da dra Vânia Oliveira de Carvalho. Além dela, participam do DC de Dermatologia: a dra Ana Maria Mosca de Cerqueira (secretária); e os drs Ana Elisa Kiszewski Bau, Antônio Carlos Madeira de Arruda, Jandrei Rogério Markus, Marice Emanuela El Achkar Mello e Matilde Campos Carrera (membros do DC).

De acordo com os autores, os insetos representam uma das classes mais numerosas do reino animal e seu inevitável contato com os seres humanos é sinônimo de exposição a picadas que podem provocar de lesões imperceptíveis a reações graves. “A reação de hipersensibilidade a antígenos existentes na saliva de insetos é conhecida por prurigo estrófulo ou urticária papular. Na presença de um número suficiente de picadas de insetos em indivíduos suscetíveis ocorrerá a doença que é caracterizada por uma erupção papular crônica e/ou recidivante, pruriginosa, que ocorre entre o segundo e o décimo ano de vida. É queixa frequente nos consultórios de pediatria trazendo angústia para aos pais e desconforto para a criança”, alerta o texto.


ORIENTAÇÕES - No documento científico, entre outros pontos, estão descritos os principais sintomas e formas de manifestação do problema. Os autores ainda descrevem os agentes envolvidos neste processo e as repassam informações sobre como acolher e encaminhar os pacientes e seus familiares. “Algumas orientações devem fazer parte do tratamento sendo recomendado em publicações os 3 Ps: prevenção da picada, controle do prurido e paciência”, aconselham os especialistas.

O DC de Dermatologia explica ainda que “as lesões surgem alguns dias após as picadas e que a reação pode durar algumas semanas quando não tratadas adequadamente”. Segundo os especialistas, evitar a picada é o tratamento mais eficaz. Deste modo, a orientação de medidas ambientais é um passo importante. Por exemplo, as roupas podem ser uma barreira física quando são usadas mangas longas e calças compridas em locais de maior exposição aos insetos como nas áreas rurais. Por outro lado, as vestimentas finas e mesmo transparentes têm pouco benefício na prevenção das picadas.

Também são feitas orientações sobre os cuidados com o ambiente onde estão pacientes e insetos. As dicas incluem instalação de telas nas janelas ou de mosquiteiros sobre as camas para impedir a entrada de insetos voadores. Sugere-se, ainda, que nos períodos do nascer e do pôr do sol as janelas fiquem fechadas, a climatização dos cômodos da casa e a a dedetização por empresa especializada, “seguindo-se as orientações de tempo de afastamento da casa e limpeza”.


TERRENO DE CASA - A limpeza da casa e de seus arredores precisar ser uma preocupação, afirma o DC de Dermatologia. O grupo pede aos pais que observem o estado do terreno da casa e, se possível, de lotes ou propriedades próximas, evitando-se a presença de entulho e do acumulo de água. Outra medida preventiva importante é tratar os animais de estimação para eliminação de pulgas e parasitas.

No material divulgado pela SBP, ainda há um tópico específico para os repelentes, aplicados diretamente sobre a pele ou em locais e objetos de uso constante. Também há informações sobre as faixas etárias adequadas para uso e critérios de segurança do produto.

“Os óleos naturais são os mais antigos repelentes conhecidos e parecem ter eficácia razoável. Porém, por serem altamente voláteis (evaporam rápido), protegem por pouco tempo. Um estudo mostrou que o óleo de soja a 2% conferiu proteção contra o Aedes por quase 1 hora e meia. O óleo de citronela por evaporar muito rápido, fornece proteção muito curta. Óleo de andiroba puro mostrou ser muito menos efetivo”, acrescentou.

Contudo, o DC de Dermatologia alerta que o uso de repelentes pode causar reações alérgicas locais e sistêmicas, devendo ser usados com cautela e, preferencialmente, com a orientação do Pediatra. Entre as recomendações que devem ser feitas aos pais constam: nunca aplicar na mão da criança para que ela mesma espalhe no corpo, evitando-se que esfreguem nos olhos ou coloquem na boca; aplicar a quantidade e intervalo recomendados pelo fabricante; não aplicar próximo da boca, nariz, olhos ou sobre a pele traumatizada; não permitir que a criança durma com o repelente aplicado.




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