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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Arboviroses: como se proteger das vilãs do verão


 Além da dengue, outras doenças virais estão preocupando os brasileiros. Saiba quais são e como se proteger delas.

Queimaduras, insolação, micoses e desidratação. Esses são alguns problemas de saúde típicos da estação, mas não são os únicos vilões dessa época do ano. As mudanças climáticas e os períodos de grandes chuvas que ocorrem durante a estação mais quente do ano favorecem a ocorrência e o crescimento das arboviroses, doenças virais que são transmitidas ao homem por meio de mosquitos. Democráticas, as arboviroses afetam toda a população, inclusive as crianças. Por isso, antes de programar as férias para curtir a praia, piscina, sol e calor, o médico infectologista Kleber Luz, do Departamento de Infectologia da UFRN, explica melhor sobre essas doenças e como prevenir-se delas.

Mas o que são as arboviroses?
“São as doenças transmitidas ao homem por picadas de mosquitos. Em todo o mundo, a arbovirose que mais faz vítimas é a dengue, mas outras doenças, como chikungunya e zika vírus, crescem a cada ano”, esclarece o Dr. Kleber. Elas são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo Aedes albopictus.

Quais são as arboviroses mais populares e qual é a diferença entre elas?
Dengue
A mais conhecida das três arboviroses, possui como sintomas mais comuns febre alta, cansaço excessivo, dores de cabeça, atrás dos olhos e no corpo, náuseas e vômitos.
Chikungunya
Apesar de ter sintomas parecidos com a dengue, a grande diferença da febre Chikungunya está no seu acometimento das articulações: o vírus afeta as articulações dos pacientes e causa inflamações com fortes dores, podendo ser acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.
Zika Vírus
Causada pelo vírus ZIKA, tem sintomas semelhantes aos da dengue, como febre, diarreia, náuseas e mal-estar. Porém, a grande diferença da doença é a erupção cutânea (exantema) acompanhada de coceira intensa no rosto, tronco e membros, podendo atingir a palma das mãos e a planta dos pés. Fotofobia e conjuntivite são outros sinais da infecção causada pelo vírus. Assim como nas outras doenças, pessoas de qualquer idade ou sexo podem ser afetadas pelo vírus, mas os sintomas tendem a ser mais intensos em crianças e idosos

Prevenção ainda é o melhor caminho
Observar se o local aonde vai ficar durante o período de férias é arejado e sem focos de água parada são os principais cuidados que todos – em especial, mães e pais de filhos pequenos – devem adotar. Caso note sintomas como dor no corpo, vermelhidão e febre, a recomendação é procurar o atendimento médico o mais rápido possível, hidratar-se, tomando líquidos, e repousar. O tratamento sintomático também é indicado, sendo Paracetamol a droga de escolha.

Como tratar os sintomas em crianças?
Em um cenário atual onde além de condições climáticas propícias há acúmulos inapropriados de água, que servem como criadouros para os mosquitos, as crianças são um grupo extremamente vulnerável.  De acordo com o médico infectologista Kleber Luz, “nos oito primeiros meses de 2015, houve 1,4 milhão de casos da doença no país. Grande parte deste número é constituída de recém-nascidos e crianças. Por isso, além do diagnóstico precoce, que é essencial no tratamento destas três doenças, o uso do medicamento correto para alívio sintomático é importante”.
Segundo o especialista, é preciso ter em mente que a medicação infantil e a adulta diferem em dosagem e concentração, e que, por isso, é importante respeitar a dosagem indicada para cada medicamento e sempre buscar uma recomendação médica. “Mesmo diante de um quadro clínico como dengue ou chikungunya, a medicação infantil não pode ser aumentada – qualquer remédio, quando aplicado em superdosagem, faz mal e pode somar aos problemas já existentes ao invés de trata-los”, explica o infectologista.
O paracetamol, princípio ativo do TYLENOL®, é o único reconhecido pelo alívio de sintomas de resfriados e doenças respiratórias, mas que também traz o mesmo benefício a pacientes sofrendo por conta da dengue e outras arboviroses como chikungunya e zika vírus. Embora não seja uma forma definitiva de tratamento, essa medicação alivia os sintomas de dor e febre. É necessária, no entanto, a atenção na dosagem: o público infantil deve consumir uma quantidade menor do produto - entre 10 e 15mg por quilo da criança, de seis em seis horas.
Vale ainda lembrar que, segundo o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde, os medicamentos mais indicados para eliminar os sintomas das arboviroses são os a base de paracetamol, pela segurança que a molécula apresenta.


Consumo de açúcar em excesso pode aumentar em até 17% o risco de doenças cardiovasculares





Nutricionistas do Clinic Check-up do HCor explicam que a maior concentração de açúcar está nos alimentos industrializados

O brasileiro nunca consumiu tanto açúcar como nos dias de hoje. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos 15 anos, a quantidade de açúcar na composição dos alimentos processados dobrou. Os dados mostram que, entre sachês, colheradas e alimentos industrializados, o brasileiro consome diariamente cerca de 150 gramas de açúcar. A realidade nacional vai em direção contrária à recomendação da OMS: limite diário de 50 gramas de açúcar por dia, o que corresponde a algo em torno de duas colheres de sopa.

Já está mais do que provado que o excesso de açúcar e a má alimentação estão diretamente ligados a desequilíbrios na saúde, como alterações dos níveis sanguíneos de triglicérides e glicemia, associados à resistência insulínica e diabetes, que também estão relacionados às doenças cardiovasculares; alterações nos níveis de pressão arterial; acúmulo de gordura que levam à obesidade; além de diversos tipos de câncer.

A nutricionista do Clinic Check-up do HCor, Juliana Dantas, ressalta que o alerta vale para todos, até mesmo para quem está em dia com a balança. “Estudos recentes evidenciam que a carga glicêmica elevada pode aumentar em até 17% o risco de doenças cardiovasculares. Os alimentos industrializados são os principais vilões para o consumo exagerado do açúcar, principalmente aqueles que possuem o açúcar derivado do milho em sua composição”, diz.

O alto consumo de alimentos industrializados que contém esse tipo de açúcar, de acordo com Maria Fernanda Vischi D’Ottavio, nutricionista do Clinic Check-up do HCor, está associada a altas concentrações de marcadores inflamatórios, conhecidos como mediadores do processo de aterosclerose, que é a chave para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Além da conta
Tentar excluir totalmente o açúcar da alimentação é algo difícil. Ele está presente em vários alimentos de forma oculta, principalmente nos produtos industrializados. O sabor salgado engana, mas o açúcar está lá: no pãozinho, nos molhos prontos, nas sopas, nos biscoitos, no ketchup, entre outros. Para não ultrapassar os níveis seguros de consumo, o ideal é educar o paladar e não tornar bebidas e alimentos ainda mais doces. “Fica cada vez mais evidente que uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes, cereais integrais trazem enormes benefícios à saúde”, orienta Juliana.

Confira a relação da quantidade de açúcar contida em alguns alimentos industrializados e atente-se aos rótulos (por 100 ml/g):

Produto
100 ml/g
Chás prontos
9 g
Sucos prontos
13,3 g
Refrigerante à base de cola
13,6 g
Refrigerante à base de guaraná
10 g
Achocolatado prontos
23,5 g
Achocolatado em pó
9 g
Energéticos
11 g
Biscoitos recheados
280 g
Chocolate ao leite
98 g
Chocolate branco
112 g
Barras de cereal
56 g
Cereal matinal açucarado
44 g
Geleia
13 g
Bala sabor morango
80 g

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