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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Feridas no pé podem ser consequência de diabetes




Pessoas com diabetes não controlado, ou seja, com taxas altas de glicose no sangue, estão sujeitas a diversas complicações para a saúde. Umas das mais comuns é o chamado pé diabético, nome dado ao aparecimento de feridas complexas, deformidades e alterações de sensibilidade de pessoas com diabetes. “O diabetes pode causar problemas de circulação e também a neuropatia diabética, que é a perda da sensibilidade e alterações motoras e biomecânicas nos pés e tornozelos”, explica o enfermeiro estomaterapeuta – especialista em feridas – da Membracel, Antonio Rangel.
A neuropatia diabética pode levar a alterações ósseas e nas articulações dos pés, o que causa deformidades e aumenta a pressão sobre proeminências ósseas. “Esse aumento de pressão faz com que ocorra uma diminuição do fluxo sanguíneo e ocorra a morte celular, formando as feridas”, explica o especialista.
Já a neuropatia sensitiva, que provoca a diminuição ou perda da sensibilidade nos pés e pernas, tem como consequência o aumento da gravidade dos traumas. “O problema é que, em razão da perda da sensibilidade, muitas vezes a pessoa demora muito para perceber os traumas e ferimentos. Então, pequenos machucados, rachados e calosidades podem evoluir rapidamente para uma infecção”, alerta Rangel. Em muitos casos, as infecções e complicações podem agravar e resultar em amputações. “O pé diabético é, inclusive, a maior causa de amputações de membros inferiores no Brasil”, ressalta.

Prevenção e tratamento
A prevenção de lesões nos pés e tornozelos pode ser feita de forma simples e é a melhor maneira de evitar complicações do pé diabético. “É preciso ficar atento a sintomas como formigamentos, dormência, queimação, dores, perda da sensibilidade e fraqueza nos pés e pernas”, adverte. O cuidado diário deve incluir avaliações constantes e minuciosas em todo o pé, incluindo entre os dedos e a planta dos pés. As feridas nas plantas dos pés são chamadas de mal perfurante plantar.
Entre as recomendações estão usar calçados fechados e confortáveis, que ajudam a proteger os pés contra traumas e lesões; evitar meias de nylon e preferir as meias de algodão, que absorvem melhor o suor, evitam a umidade e as micoses; e hidratar bem os pés, para evitar rachaduras. Periodicamente, é recomendado procurar um profissional, que irá fazer um exame mais detalhado a procurar de bolhas, frieiras e ferimentos.
“Caso apareça alguma ferida, é preciso tratá-la o quanto antes, com medicamento e curativo adequados, evitando, assim, a complicação do quadro”, aconselha Rangel. Um desses curativos é a Membracel, uma membrana de celulose bacteriana porosa que é capaz de substituir temporariamente a pele, promovendo a rápida regeneração. O uso da membrana irá acelerar a cicatrização e melhor a qualidade de vida para as pessoas que sofrem as consequências do pé diabético.  “Lembramos que o pé diabético é uma doença secundária. O controle do diabetes é essencial para evitar essa e outras complicações.”

Mais de 212 mil brasileiros admitem usar narguilé




Embora pareça inofensivo, uma sessão de narguilé, que dura em média de 20 a 80 minutos, corresponde a fumaça de 100 cigarros. Ministério da Saúde alerta sobre perigo do consumo

Apesar da liderança do Brasil no combate ao tabagismo ter resultado em conquistas importantes como a redução de 30,7% no percentual de fumantes nos últimos nove anos, o consumo do narguilé tem aumentado no país, principalmente entre os jovens. Mais de 212 mil brasileiros admitem usar o cachimbo, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Segundo dados da PNS e da Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab), entre os jovens homens fumantes (entre 18 e 24 anos), o número de usuários do produto mais que dobrou nos últimos cinco anos, passando de 2,3% em 2008 para 5,5% em 2013. Para alertar sobre os malefícios do consumo do produto, o Ministério da de Saúde e o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) apresentaram campanha em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado no último sábado (29/8).

“Com essa campanha, nós estamos desmistificando a ideia de que o narguilé é inofensivo. O uso do tabaco continua sendo responsável por 90% dos casos de câncer no país. Queremos consolidar essa informação entre os jovens, que é o público mais seduzido por essa falsa impressão que o narguilé não faz mal a saúde”, enfatizou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Por utilizar um filtro de água antes de a fumaça ser aspirada pelo fumante, o consumo de narguilé é visto como menos nocivo à saúde. No entanto, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram justamente o contrário. Uma sessão de narguilé, que dura em média 20 a 80 minutos, corresponde a fumaça de aproximadamente 100 cigarros. No Brasil, segundo o recorte da PNS, dos cerca de 212 mil usuários de narguilé no país, 112 mil (53%) fumam esporadicamente, enquanto 27,5 mil (13%) fazem uso uma vez por mês, 57,2 mil (27%) semanalmente e 14,8 mil (7%) afirmam realizar o consumo diariamente.

Entre aqueles que informaram fumar o narguilé diariamente, 63% possuem entre 18 e 29 anos e 37% estão na faixa estaria entre 30 e 39 anos. O que demonstra que os jovens são os maiores usuários do narguilé. A pesquisa também identificou que 97% dos consumidores estão localizados nas regiões Sul (46%), Sudeste (31%) e Centro-Oeste (20%). As regiões Norte e Nordeste registraram apenas 3%, com 1% e 2% respectivamente.

O coordenador de ensino do INCA, Luiz Felipe Ribeiro Neto, explica que a água não ameniza os efeitos do tabaco. “A ideia de que a água filtra a fumaça produzida é equivocada. O narguilé possui os mesmos componentes nocivos do cigarro, seja da nicotina ou cancerígenos. Há concentrações diferentes no mesmo produto. É importante entender que no narguilé ou no cigarro, os níveis dos compostos não são seguros de nenhuma forma”, ressalta.

Como um único cachimbo do narguilé pode ser usado por várias pessoas simultaneamente, a socialização do consumo se torna muito atraente, especialmente para os jovens. Por isso, a iniciação ao cigarro e a outros produtos do tabaco, por meio do narguilé, preocupa o Ministério da Saúde. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE/2012) revelou que 7,6% dos adolescentes entre 13 a 15 anos entrevistados afirmaram ter fumado cigarro e/ou produto de tabaco nos últimos 30 dias, sendo que 5,1% admitiram ter fumado apenas cigarro.

O consumo de narguilé pode contribuir para o surgimento de doenças respiratórias, coronarianas e tipos de câncer como de pulmão, boca, bexiga e leucemia. Além disso, o narguilé pode gerar dependência devido às altas doses de nicotina. Estudos também apontam que 45 minutos de sessão acarreta a elevação das concentrações plasmáticas de nicotina, de monóxido de carbono expirado e dos batimentos cardíacos. Outro alerta importante relacionado ao uso diz respeito aos riscos de saúde relacionados não apenas ao consumo do tabaco, como também ao surgimento de doenças infectocontagiosas em razão do hábito de compartilhamento do bucal entre os usuários.

CAMPANHA – Esses e outros alertas fazem parte da campanha “Parece Inofensivo, mas fumar narguilé é como fumar 100 cigarros”, lançada pelo Ministério da Saúde e o INCA. A ação faz parte da campanha nacional “Da Saúde se Cuida Todos os Dias”, que tem como objetivo incentivar as mudanças individuais e de comportamento, reconhecendo que a saúde não é fruto apenas da vontade própria, mas também dos contextos social, econômico, político e cultural em que estão inseridos. A campanha será veiculada até o dia 30 de setembro e contará com cartazes e folders, spots de rádio em emissoras voltadas para o público jovem, ações nas redes sociais e na internet.

AMBIENTES LIVRES DO TABACO – O Ministério da Saúde reforça que os narguilés estão incluídos nos produtos proibidos, em 2014, com a regulamentação da Lei Antifumo.  O consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos e outros produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, em locais de uso coletivo, públicos ou privados, mesmo que o ambiente esteja só parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou até toldo não é permitido.

Ainda dentro das ações que vem sendo desenvolvidas pelo Governo Federal desde 2011 está a política de preço mínimo para cigarro e a proibição da propaganda comercial de cigarros em todo o território nacional, sendo permitida apenas a exposição dos produtos nos locais de vendas. Esse conjunto de iniciativas permitiu que, até 2015, segundo o balanço do Plano de DCNT, a redução da prevalência de tabagismo seja o indicador de fator de risco com maior avanço no Brasil.

O Ministério da Saúde também ampliou ações de prevenção com atenção especial aos grupos mais vulneráveis (jovens, mulheres, população de menor renda e escolaridade), assim como contribuiu para o fortalecimento da implementação da política de preços e de aumento de impostos dos produtos derivados do tabaco e álcool. Houve também o fortalecimento, no Programa Saúde na Escola (PSE), das ações educativas voltadas à prevenção e à redução do uso de álcool e do tabaco.


Gabrielle Kopko
 Agência Saúde

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Governo Federal enxuga gelo e déficit primário expõe fragilidades de comando



A política governamental está cada vez pior. De um lado temos a Presidente Dilma;  de outro, os ministros do Planejamento e Economia que, a cada medida, apresentam comportamentos adversos.
Todos vivem da pior forma a complicada situação econômica. As empresas estão cada vez mais estrangulando o caixa, deixando de investir e demitindo. O governo promete fazer algo para conter gastos, mas nada surge.
Apresentar um orçamento com déficit primário é no mínimo uma estratégia suicida.  E o que mais chama a atenção é o ministro do Planejamento dizer que trata-se de um orçamento realista. Isso é a mesma coisa que passar um cheque em branco para gastar mais do que arrecada e aumentar a dívida pública. A alternativa, então, é fazer pressão para o retorno da CPMF. Uma contribuição criada para arrecadar dinheiro para a Saúde. Na realidade o governo vai cobrar de todos os brasileiros para financiar desmandos.
Como a pressão é grande, o governo já articula aumento de impostos que incidem em outros produtos - como por exemplo bebidas, cosméticos, entre outros, além da mudança da desoneração da folha de pagamento, que vai aumentar sensivelmente a cobrança dos encargos sociais e gerar mais dificuldades financeiras nas empresas e redução nos postos de trabalho.
Pensar em um déficit primário de R$ 30,5 bilhões não é somente assumir uma responsabilidade de gastar mais, mas, com uma mudança, a canetada usada em busca de um superávit primário de 1,1% do PIB e que agora não passa do 0,15%, no mínimo é falta de bom senso e responsabilidade.
A proposta de aumento de impostos para cobrir os mandos e desmandos vai ser a mesma coisa que dar uma toalha para enxugar gelo. Ou seja, quanto maior o imposto, menor o número de empresas pagando, já que muitos empreendedores estão desistindo dos seus negócios e, além de ter dívidas financeiras, estão deixando de pagar tributos.
Como era de se esperar, o atual ministro da Fazenda, com suas propostas não aprovadas e desgastado, já vem evidenciando que está fragilizado. A meta de continuar mantendo a condição do governo soberano em um patamar de investimento, bom pagador, a qualquer momento, pode ruir por inércia do próprio governo.
A qualquer momento as agências de avaliação de risco podem rebaixar a nota do Brasil e os empréstimos de bancos estrangeiros ficarão mais caros pelo risco oferecido não somente pelo País, mas pelas empresas que estão estabelecidas e que dependem de financiamento para produzir - seja externo ou interno.
A falta de responsabilidade política está chegando ao abismo. Se não houver uma sensibilização e transparência na condução dos negócios, passaremos por situações piores que poderão ir além de 2016.


Reginaldo Gonçalves - coordenador do curso de Ciências Contábeis na Faculdade Santa Marcelina (FASM) 

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