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domingo, 18 de junho de 2023

NOTA TÉCNICA SOBRE O PL 2.237/2019

O Projeto de Lei estabelece diretrizes e normas para a garantia de atendimento aos princípios de bem-estar dos animais domésticos e silvestres


I - Sobre o mérito

 

O bem-estar animal é um dos principais tópicos de interesse na pecuária moderna e é uma ciência já bem estabelecida. Definido como o “estado físico e psicológico de um indivíduo em relação às suas tentativas de se adaptar ao meio em que vive”1 , pode variar em um contínuo que vai de extremamente positivo a extremamente negativo2 , determinando a escala de qualidade de vida dos animais. Tratando-se de animais de produção, todos os anos, mais de 80 bilhões de animais terrestres em todo o mundo são criados para fornecer carne, leite, ovos e outros produtos para consumo humano3. É importante notar que esses animais são seres sencientes, ou seja, capazes de sentir emoções, como medo e felicidade4 . Compreender suas necessidades permite melhorar a qualidade de vida desses animais e tornar os sistemas produtivos mais sustentáveis.

 

Com os avanços dos estudos e discussões sobre o tema, foi proposto o modelo dos Cinco Domínios do Bem-Estar Animal5, projetado como uma ferramenta para avaliar o bem-estar de forma completa, sistemática e abrangente, e que foram contemplados na proposição original. São eles: 1) Nutrição: envolve questões de acesso à água e alimentação adequada; 2) Ambiente: trata aspectos relacionados a recursos e desafios ambientais, tais como frio, calor, espaço e manejo); 3) Saúde: envolve questões de condicionamento físico, diagnóstico e tratamento de doenças, ferimentos e comprometimento funcional; 4) Comportamento: relativo a possibilidades de manifestar o repertório comportamental natural da espécie e de interações com animais humanos6 e não-humanos (da mesma espécie ou não); 5) Mental: envolve tudo o que se refere a estados mentais negativos, tais como dor, fome, medo, e estados mentais positivos, como felicidade e segurança7. Dessa forma, é possível definir um status no qual os animais se encontram, e planejar soluções para reverter os domínios que estão inadequados, trazendo equilíbrio para o bem-estar animal8.


 

II - Nossas recomendações

 

Reconhecer que o bem-estar é relevante para todos os animais sencientes é de extrema importância, e com isso possibilitar avanços para todos, e evitar que determinadas espécies sejam desassistidas pela legislação.

 

Por isso, recomenda-se que o texto original da proposição seja utilizado, especialmente com a manutenção dos artigos 6º, 7º e 8º, por meio da seguinte argumentação:

 

A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), organismo intergovernamental do qual o Brasil é signatário - e que inclusive foi citado com grande importância no primeiro relatório apresentado na CAPADR - sofreu mudanças notáveis nas últimas décadas com relação às questões e preocupações sobre o bem-estar animal9,10, incluindo o tema tanto em seu Código Sanitário de Animais Terrestres11, quanto em seu Código Sanitário de Animais Aquáticos12. Em 2016, o tema foi também incluído nas recomendações para desenvolvimento de agricultura sustentável, segurança alimentar e nutrição do Comitê de Segurança Alimentar da FAO13, reconhecidamente outro importante órgão intergovernamental. Assim, reforça-se a ideia de que é imprescindível que o bem-estar animal seja levado em conta quando são abordados os sistemas produtivos e a criação de animais para alimentação humana.

 

Um argumento que é comum ser colocado é que o bem-estar animal “tende” a elevar os custos de produção, e que pode inviabilizar economicamente pequenos criadores ou prejudicar famílias de baixa renda. No entanto, é importante notar que o bem-estar animal não necessariamente eleva os custos de produção14. É plenamente possível realizar melhorias no manejo e no ambiente sem que qualquer novo investimento financeiro seja realizado15. Inclusive diversas instituições de ensino e pesquisa promovem palestras e demonstrações técnicas de como fazê-lo, assim como organizações sem fins lucrativos, como a Alianima, e sem custo. Outro ponto essencial é que o bem-estar animal pode trazer benefícios para os pequenos produtores. Eles podem ter um produto diferenciado no mercado e agregar valor, haja vista o exemplo de produtores de ovos livres de gaiolas16 .

 

Além disso, diversas empresas estão se comprometendo com melhores práticas de bem-estar animal, e adequando suas operações17, sendo importante terem o respaldo legal do bem-estar animal descrito na legislação vigente, para que tenham segurança jurídica no desenvolvimento e aprimoramento dos processos produtivos que contemplem os animais. Para apoiar este aprimoramento, um ponto que poderia ser incluído no texto do projeto, é que incentivos financeiros devem ser criados para criar condições mais favoráveis para os produtores.

As recomendações individuais e legislação específica para animais de produção devem continuar evoluindo e sendo feitas pelos órgãos competentes, mas em nada anulam os princípios básicos de bem-estar animal aos quais todos os seres devem estar submetidos, independente de espécie ou finalidade. Assim, é fundamental que os artigos 6º, 7º e 8º sigam constando no PL, como proposto inicialmente.

  



1 BROOM D. M. (2004). Animal welfare: concepts and measurement. Journal of Animal Science, 69(10): 4167-4175. DOI: 10.2527/1991.69104167x.

2 BROOM D. M. & MOLENTO C. F. M. (2004). Bem-estar animal: conceito e questões relacionadas - revisão. Archives of Veterinary Science, 9(2):1-11. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/avs.v9i2.4057.

3 ORZECHOWSKI K. (2022). Global animal slaughter statistics & charts: 2022 update. Disponível em: https://faunalytics.org/global-animal-slaughter-statistics-charts-2022-update/. Acesso em: 12 maio 2023.

4 ROWAN A. N. et al. (2021). Animal sentience: history, science, and politics. Animal Sentience, 31(1):1-21. DOI: 10.51291/2377-7478.1697.

5 MELLOR D. J. & REID C. S. W. (1994). Concepts of animal well-being and predicting the impact of procedures on experimental animals. Improving the well-being of animals in the research environment, 3-18.

6 MELLOR D. J. et al. (2020). The 2020 five domains model: Including human–animal interactions in assessments of animal welfare. Animals, 10(10): 1870. DOI: 10.3390/ani10101870.

7 MELLOR D. & BEAUSOLEIL N. (2015). Extending the ‘Five Domains’ model for animal welfare assessment to incorporate positive welfare states. Animal Welfare, 24(3): 241-253. DOI:10.7120/09627286.24.3.241.

8 MELLOR D. J. (2016). Moving beyond the ‘Five Freedoms’ by updating the ‘Five Provisions’ and introducing aligned ‘Animal Welfare Aims’. Animals, 6(10): 59. DOI: 10.3390/ani6100059.

9 BAYVEL A. C. D., et al. (2005). Animal welfare: global issues, trends and challenges. Disponível em: https://norecopa.no/textbase/animal-welfare-global-issues-trends-and-challenges. Acesso em 08 maio 2023.

10 PETRINI A. & WILSON D. (2005). Philosophy, policy and procedures of the World Organisation for Animal Health for the development of standards in animal welfare. Revue Scientifique Et Technique-Office International Des Epizooties, 24(2): 665-671.

11 WOAH. (2022). Terrestrial animal health code. Disponível em:

https://www.woah.org/en/what-we-do/standards/codes-and-manuals/terrestrial-code-online-access/. Acesso em: 10 maio 2023.

12 WOAH. (2022). Aquatic animal health code. Disponível em:

https://www.woah.org/en/what-we-do/standards/codes-and-manuals/aquatic-code-online-access/. Acesso em: 10 maio 2023.

13 BULLER H., et al. (2018). Towards farm animal welfare and sustainability. Animals, 8(6): 81. DOI: 10.3390/ani8060081.

14 GAMEIRO A.H., et al. (2017). Viabilidade econômica e bem-estar de animais de produção. Novos Desafios da Pesquisa em Nutrição e Produção Animal. 1 ed.Pirassununga: Editora 5D, p. 70-90. Disponível em: http://posvnp.org/novo/wp-content/uploads/2017/12/xi-simposio-vnp-pos-graduacao.pdf. Acesso em: 26 maio 2023.

15 PARANHOS DA COSTA M. J. R. (2006). Relação entre manejo racional e bem-estar bovino. Visão Agrícola - Universidade de São Paulo. Disponível em:

https://www.esalq.usp.br/visaoagricola/sites/default/files/va03-ambiente04.pdf. Acesso em: 26 maio 2023.

16 OBSERVATÓRIO ANIMAL. Estudo de Caso: Abrindo as Gaiolas - 2a edição. Disponível em: https://observatorioanimal.com.br/abrindoasgaiolas/. Acesso em: 26 maio 2023.

17 OBSERVATÓRIO ANIMAL. Compromissos de bem-estar animal. Alianima. Disponível em: https://observatorioanimal.com.br/compromissos/. Acesso em: 10 maio 2023


Qualidade genética impacta na baixa mortalidade de suínos da cria à terminação

 

Matrizes com características de alta hereditariedade e boa habilidade materna, proporcionam aos suinocultores animais mais fortes, resistentes e adaptados para superar os desafios da criação


Independentemente do sistema de criação animal, a mortalidade é um dos principais gargalos para a perda de competitividade e no setor suinícola isso não é diferente, podendo acarretar diversos prejuízos financeiros. Após o nascimento dos animais as fases de recria e terminação que darão continuidade no sistema produtivo da granja, merecem muita atenção, afinal a mortalidade nessas etapas tem um alto impacto nos custos de produção.

A fase de lactação ou maternidade, é considerada do dia do parto até o desmame, que pode variar de granja para granja, mas que na média ocorre entre os 21 e 28 dias de idade do leitão. Nessa etapa, é importante destacar que é o período mais desafiador para o leitão. Segundo o zootecnista João Cella, gestor comercial da Topgen, marca brasileira, especializada em genética suína, é neste momento que se encontram os maiores desafios. “Entre as possibilidades, pode ocorrer esmagamento, leitões nascidos com baixo peso, perda iminente de temperatura corporal e principalmente, baixa ingestão de colostro nas primeiras quatro horas de nascimento (período em que o intestino está mais apto para absorção da imunidade passiva)”, diz.

Essa baixa ingestão normalmente está relacionada a dois fatores muito importantes. O primeiro trata-se do manejo do colaborador responsável por acompanhar os partos, que deve colocar todos os leitões para mamar por um período equivalente. O segundo e talvez mais importante, é a quantidade de colostro que a matriz é capaz de produzir, chamando mais uma vez a atenção para a aquisição do material genético escolhido pela granja.

Na recria, conhecida também como fase de creche, compreendida entre o fim do desmame até por volta de 65 dias, os leitões serão novamente desafiados por diversos fatores. Entre eles podemos listar alguns, como: a saída do crechário para granjas terminais, nas quais normalmente há relatos de menor biosseguridade, maior incidência de exposições a patógenos, aliados com uma queda na curva de resposta imunológica dos leitões.

De acordo com o zootecnista, o valor agregado na produção de cada leitão se torna cada vez mais importante com o decorrer das fases, dando a ideia de que, ao passo que o animal está evoluindo dentro da cadeia produtiva, o custo de produção dele se torna cada vez maior e com isso o impacto com a mortalidade é mais expressivo. “Relatos encontrados em artigos científicos apontam que a mortalidade de leitões no desmame e recria pode variar entre 6% e 10%, gerando alta perda de eficiência do sistema e alto custo”, destaca.

Já na fase de terminação, compreendida entre os 63 dias até o abate, normalmente entre 160 e 170 dias de vida, casos de mortalidades são ainda preocupantes, tendo em vista o alto valor investido em manter os animais até a chegada nessa fase. Segundo estudos e artigos, a média de mortalidade no mercado nesse momento varia de 2,0 a 5%, e é fundamental considerar que nessa etapa, praticamente todos os custos de produção do suíno já foram executados.

Segundo o gestor comercial da Topgen, é preciso entender que esse custo nasce na aquisição da matriz, ou seja, toda a preparação da mesma para a gestação (aquisição, alimentação, mão de obra, protocolos sanitários de vacinação, custo de espaço físico, energia, entre outros) já foram sanados. Além disso, esse gasto se estende até o pós-parto para o leitão, passam para a fase de recria, onde os custos continuam a se somar, contando com alimentação de valor agregado para adaptação na fase e suporte nutricional, instalações, manejo – chegando então a terminação.

Ainda de acordo com o especialista, além de todos estes custos citados estarem somados, ainda haverá o acréscimo da logística para colocação desses leitões nos terminadores, (integradores tem o custo de assistência técnica). “Aqui, o investimento com alimentação se sobressaem, principalmente por dois motivos: o aumento exponencial do consumo diário de ração (Kg/dia) e o alto custo dos insumos. Assim comprova-se que a maioria dos custos de produção foram pagos, e que no momento do retorno financeiro essa perda causa grande impacto econômico”, diz.


 Escolha assertiva

Além de atenção redobrada com o tripé (sanidade, nutrição e manejo) também é importante o criador se atentar que essas perdas, que podem estar também relacionadas com a escolha da matriz. “A fêmea de maior eficiência frente aos desafios nos trará respostas positivas durante toda a produção. É preciso entender que muitas vezes a aquisição de matrizes pela promessa somente de alto número de leitões nascidos pode ter uma contrapartida muito negativa. Além disso, os custos da mortalidade dentro do sistema produtivo afetam de maneira significativa a produtividade de matrizes”, reforça o zootecnista.

O suinocultor deve optar por matrizes de linhagem selecionadas com boa habilidade materna e características que contribuam com todas as fases dos suínos nascidos. Entre as aptidões, pode destacar a boa capacidade de ingestão de alimentos e que produzam colostro suficiente para sua progênie. No mercado, entre as soluções está a linhagem Afrodite que compõem a base genética da TopGen.

Além dessa habilidade, a linhagem proporciona resistência a infecções, excelência no seu aparelho locomotor, e maior adaptabilidade o que faz com que seus leitões estejam melhor preparados para os desafios impostos em todas as fases de criação. “Nossos índices de mortalidade estão muito abaixo do mercado, o que demonstra que ao escolher nossas matrizes serão gerados leitões mais saudáveis, mais competitivos e prontos para todas as etapas do ciclo”, reforça a proprietária da TopGen, Beate von Staa.

Ainda segundo Beate, é importante salientar a extrema importância de optar pela Afrodite e pelas avós TopGen, matrizes que aliam excelente desempenho com alta rusticidade, tornando a progênie apta a transpor os desafios encontrados no campo e gerando mais competitividade para o setor suinícola. “Por todos estes fatores, quem calcula os custos de produção de cada quilo vendido, escolhe TopGen, pois temos as matrizes mais equilibradas do mercado, as quais produzem leitões que terão menos propensão a infecção e resistência às doenças e consequentemente gerando melhores resultados”, finaliza.

 

Topgen
www.suinostopgen.com.br


Dez principais cuidados que o pecuarista deve ter com o gado leiteiro

Atenção ao rebanho começa ainda na gestação dos bezerros, para que os animais consigam atingir todo seu potencial genético ao longo da vida e seja garantida a máxima produtividade

 

Para que o gado leiteiro alcance 100% de seu potencial genético e tenha a máxima produtividade possível, é recomendável que os pecuaristas e técnicos adotem uma série de cuidados especiais, iniciados ainda durante a gestação do bezerro. Pensando nisso, a VetBR, mais completa distribuidora de produtos para saúde animal do País, convidou um especialista para elencar algumas práticas de manejo essenciais do gado leiteiro para aliar bem-estar animal e produtividade.

Segundo Rondinele Araújo da Silva, médico veterinário e consultor de vendas da VetBR, o bem-estar de cada animal vai interferir diretamente na quantidade e na qualidade do leite ordenhado. “O gado leiteiro precisa ser muito bem tratado. O sistema nervoso da vaca tem receptores responsáveis pela quantidade de leite que vai liberar. Se ela se estressa — por exemplo, com gritos ou toques bruscos — vai liberar menos leite”, explica. “Além disso, o animal estressado libera células inflamatórias que vão diretamente para o leite e que interferem na CCS (contagem de células somáticas) e, por consequência, no preço do produto vendido”, acrescenta. 

Confira a seguir dez dicas fundamentais para garantir um rebanho saudável e produtivo.


1. Gestação

Os cuidados com o bezerro começam durante a gestação, para que nasça saudável. Um ponto importante é deixar as vacas prenhas separadas no piquete da maternidade nas últimas três semanas de gestação, perto do caseiro, com água, comida e sombra com fácil acesso. A partir daí, é necessário fazer o monitoramento para que o parto seja o mais natural possível. O acompanhamento vai influenciar diretamente na saúde do bezerro. Vale ficar atento às possíveis distocias (anormalidades de posição ou tamanho do feto) — além disso, a vaca pode não reconhecer o bezerro como filho e machucá-lo na hora do parto, por exemplo, pontos que podem prejudicar a saúde do animal na vida adulta.


2. Colostro

O colostro é um líquido espesso e amarelado, rico em anticorpos que desempenham um papel fundamental na imunidade e no desenvolvimento saudável do bezerro. É importante que seja fornecido nas primeiras horas de vida do animal, cuidado que pode evitar várias doenças. Se o animal não receber o colostro logo após o nascimento, o líquido não terá mais a mesma eficácia, já que o organismo vai deixar de identificá-lo como anticorpo. É importante sempre confirmar se o bezerro realmente mamou o colostro.


3. Cura do umbigo

Outro ponto essencial para o crescimento saudável do bezerro — e que está relacionado à produtividade do animal — é a cura do umbigo. É fundamental, após o nascimento, fazer o procedimento de maneira correta, usando concentrado de iodo. Se a secagem e a curetagem não forem feitas corretamente, o umbigo pode ficar aberto, suscetível à entrada de micro-organismos que estão no ambiente e moscas que podem levar miíases (afecções causadas pela presença de larvas),  o que pode gerar infecções e diversas complicações de saúde para o animal.


4. Dieta balanceada

Após o desmame, além do sal mineral, é necessário iniciar o fornecimento da suplementação para que o bezerro consiga atingir todo o seu potencial genético. É a nutrição adequada durante a fase de crescimento que vai fazer com que o bezerro atinja, na vida adulta, a produtividade máxima de leite. Quanto mais bem atendido em termos de suplementação nutricional, mais protegido estará o animal. A dieta balanceada inclui a suplementação mineral e vitamínica.


5. Calendário sanitário 

Além das vacinas obrigatórias que podem evitar doenças no rebanho — como raiva, brucelose e febre aftosa (em alguns estados) e os imunizantes sugeridos, como manqueira, leptospirose, IBR e BVD também —, é preciso ficar atento ao controle de endoparasitas e ectoparasitas no rebanho bovino e fazer a vermifugação correta. Focar nesse planejamento garante um animal saudável e, por consequência, o aumento na produtividade. A falta da vacinação e a aplicação incorreta dos imunizantes podem provocar queda de produtividade e disseminação de doenças no rebanho.


6. Pré-dipping

De extrema importância, o pré-dipping, procedimento de desinfecção dos tetos, é obrigatório antes da ordenha. Ele é realizado por meio da aplicação de um produto antisséptico, geralmente por imersão dos tetos, e tem como objetivo reduzir a incidência de infecções intramamárias. O procedimento auxilia também na redução de casos de mastite no rebanho. É recomendável atenção a ações preventivas para o pré-dipping, como limpeza do ambiente, utilização de luvas e manutenção contínua de equipamentos. 


7. Ordenha

O processo para a ordenha também precisa ser o mais higiênico possível — isso inclui cuidados com o ambiente, o rebanho e os equipamentos. Para garantir que o leite esteja saudável, pode ser feito o teste da caneca de fundo telado, que é a forma mais simples e eficaz para identificação de anormalidades. O técnico ou produtor deve retirar os três primeiros jatos e observar o aspecto do leite e, depois disso, seguir normalmente com a ordenha. Esse procedimento vai impactar diretamente na contagem bacteriana total, o que pode influenciar o valor da comercialização do leite. 


8. Pós-dipping

O pós-dipping é uma técnica de manejo fundamental após a ordenha, garantindo a saúde da glândula mamária e prevenindo doenças como a mastite — inflamação que, se não controlada, pode resultar em grandes prejuízos na produção. O processo consiste na imersão dos tetos em solução desinfetante glicerinada, responsável pela proteção e vedação do esfíncter do teto, impedindo o contágio dos micro-organismos causadores de doenças. Assim como no pré-dipping, é importante manter o ambiente limpo, utilizar luvas para o procedimento e fazer a manutenção contínua de equipamentos. 


9. Alimentação depois da ordenha

É muito importante fornecer alimento ao animal logo após a ordenha, para garantir que ele fique em pé por mais tempo. A ação vai reduzir a exposição do esfíncter do teto ainda aberto após a ordenha a agentes presentes no solo. 


10. Período de secagem

Após dez meses do fim da gestação, período em que a vaca continua produzindo leite, é necessário o período de secagem de 60 dias, intervalo em que ela deixa de ser ordenhada. Isso vai interferir diretamente na quantidade de leite que vai produzir na gestação seguinte. Nesse processo, o produtor pode ter dois aliados: o selante de teto, responsável por criar uma barreira contra a entrada de microrganismos causadores de mastite, e a bisnaga de mastite, antibiótico preventivo contra a doença. 



VetBR
https://www.vetbr.com.br/conteudos-tecnicos/


Com apoio de câmeras instaladas nas copas das árvores e de drones, Suzano registra grupos de muriquis-do-sul em suas áreas

 A presença da espécie ameaçada de extinção nas áreas da companhia reforça suas boas práticas de manejo florestal

 

Com o apoio de câmeras acopladas nas copas das árvores e de drones, a Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, registrou 59 indivíduos da espécie muriquis-do-sul (Brachyteles arachnoides) em suas áreas em Pindamonhangaba (SP). A iniciativa, que faz parte do Programa de Conservação da Biodiversidade da companhia, é pioneira no setor privado na utilização de drones e câmeras nas copas das árvores para o monitoramento e conservação de primatas no Brasil. O registro de três grupos de aproximadamente 59 muriquis-do-sul em uma Área de Alto Valor de Conservação (AAVC) da empresa, reforça as boas práticas de manejo florestal da empresa nas regiões em que possui atuação.

 

Os Brachyteles arachnoides, conhecidos como muriquis-do-sul, são considerados os maiores primatas das Américas. A espécie é identificada como uma das mais ameaçadas, pois restam pouco mais de 1.200 indivíduos em todo o planeta, e está classificada como criticamente ameaçada de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

           

No segundo semestre de 2022, foram instaladas 13 câmeras em pontos estratégicos das copas das árvores para coletar informações em tempo real sobre os muriquis-do-sul e, no primeiro trimestre deste ano, foi possível analisar os dados coletados. Essa é uma das ações do Projeto de Conservação de Primatas Ameaçados em parceria com pesquisadores(as) da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O objetivo do projeto é contribuir com a geração de informações sobre o uso do habitat da população de primatas, adaptando tecnologias com protocolos e métodos inovadores, como instrumentos decisivos para a conservação de espécies ameaçadas.

 

“Os nossos equipamentos são capazes de capturar informações em tempo real e realizar filmagens de até 30 segundos dos animais. As imagens são armazenadas e analisadas pela equipe da UFV e, posteriormente, compartilhadas com a Suzano”, explica Paulo Ricardo da Silva Rodrigues, coordenador de Meio Ambiente Florestal da Suzano em São Paulo.

 

Nativo da Mata Atlântica, o primata é considerado um dos maiores “restauradores da floresta”, pois pode em apenas um dia dispersar sementes de até oito espécies de plantas, de acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF-Brasil), ajudando a conservar o bioma e a fragmentar matas nativas.

 

Segundo o coordenador, com o uso dessas tecnologias foi possível localizar outras espécies de animais no local. “Além dos muriquis-do-sul, conseguimos registrar outras espécies de animais: macaco-prego (Sapajus nigritus) e sauá (Callicebus nigrifrons). Os registros dos muriquis-do-sul foram realizados por drones, câmeras em copas de árvores, avistamento em trilha e registro de vocalização. Já para os sauás e macaco-prego foram por avistamento em trilhas e vocalização. Outras espécies de mamíferos foram registradas, como: Queixada (Tayassu pecari, espécie ameaçada de extinção) e Quati-de-cauda-anelada (Nasua nasua)”, reforça.

 

Atualmente, a Suzano dedica mais de 130 mil hectares no Estado de São Paulo à conservação da biodiversidade. As áreas da Unidade de Negócio Florestal de São Paulo (UNF-SP) estão inseridas em diferentes mosaicos de cobertura florestal e abrigam diversos tipos de vegetação dos biomas Cerrado e Mata Atlântica. De modo geral, as áreas da empresa possuem remanescentes capazes de contribuir para a conservação de várias espécies, em especial as endêmicas do bioma ou ameaçadas de extinção.

 

“A Suzano possui reconhecimento nacional e internacional por suas práticas sustentáveis nas regiões em que atua. A descoberta do muriqui-do-sul nas áreas de conservação da empresa confirma o nosso compromisso com a conservação da biodiversidade e nosso propósito de Renovar a Vida a partir da Árvore”, finaliza Rodrigues.

 

Parceria

O monitoramento dos muriquis-do-sul faz parte do trabalho de conservação da Suzano que foi iniciado em 2006. Desde então, a companhia vem buscando novas tecnologias para auxiliar no desenvolvimento do programa. Em 2021, em parceria com pesquisadores(as) da Universidade Federal de Viçosa (UFV), passou a utilizar drones para auxiliar no trabalho em Pindamonhangaba (SP). “Com novos aparelhos que usam tecnologia avançada, nós conseguimos avaliar a situação do local onde as espécies vivem e registrar os grupos de primatas, com ênfase nos muriquis-do-sul. Desta maneira é possível diagnosticar o território, a viabilidade populacional da espécie e da qualidade do seu habitat”, explica Fabiano Melo, professor e pesquisador do Departamento de Engenharia Florestal da UFV.

 


Suzano
www.suzano.com.br


sábado, 17 de junho de 2023

Como se manter saudável durante as festas juninas: segredos nutricionais e melhores opções para saborear no São João

Especialista recomenda agregar opções saudáveis para obter benefícios nutricionais dos pratos típicos


A festa junina é uma celebração cultural que traz uma diversidade de alimentos entre as regiões do Brasil, e a celebração simboliza fartura com a oferta de deliciosos pratos típicos. Feitos com ingredientes provenientes da colheita feita pelo homem do campo, o cardápio junino oferece uma série de opções energéticas para o público festejar e se aquecer do frio. Paloma Popov, professora de Nutrição do Centro Universitário de Brasília (CEUB), explica os benefícios nutricionais dos pratos tradicionais.

Entre os alimentos mais consumidos, a nutricionista destaca o milho cozido, a batata doce e o amendoim. Paloma explica que esses alimentos são ricos em carboidratos, fornecendo bastante energia para o organismo. Ela complementa que o milho e a batata doce contêm fibras que auxiliam no bom funcionamento intestinal. O amendoim, por sua vez, é uma fonte de lipídios, as chamadas gorduras boas.

"No caso do amendoim, o ideal é consumir com moderação, evitando adições excessivas de açúcar. Os doces típicos derivados da oleaginosa, como pé de moleque e paçoca, são clássicos juninos, porém requerem atenção pelo alto nível de gordura, mesmo que seja boa", explica a especialista.

Para se aquecer nas noites frias de festa, os caldos quentes são sempre uma ótima pedida. O caldo verde e o caldo de feijão também são bastante consumidos nessa época. Paloma destaca que além de trazerem conforto no período mais frio do ano, eles oferecem uma fonte adicional de proteínas. "Os caldos são super versáteis e a inclusão de legumes e verduras contribui para enriquecer o valor nutricional das preparações, fornecendo vitaminas e minerais essenciais", revela Popov.

Quanto à utilização de ingredientes como mandioca, abóbora e coco nas receitas, a docente do CEUB explica que a abóbora, por exemplo, é rica em vitaminas, enquanto a mandioca fornece carboidratos naturais. Popov também destaca o coco, que pode ser utilizado em diversas preparações de doces, bolos e até pratos salgados, agregando sabor e nutrientes aos pratos.

Sem medo de aproveitar a festa e obter vantagens significativas para a saúde, a especialista sugere substituir frituras por opções assadas ou grelhadas. "Ao optar por pastéis assados no lugar de fritos, reduz-se a quantidade de gorduras e calorias consumidas". Outra dica da nutricionista é sempre aliar legumes e verduras às opções escolhidas, para garantir um valor nutricional mais equilibrado.

No caso dos doces, Paloma Popov ressalta que, embora muitas sobremesas típicas de festa junina sejam à base de açúcar, é possível desfrutar dessas delícias com moderação. "Frutas como acompanhamento, na fondue de chocolate meio amargo. Essa combinação proporciona uma mistura de sabores e nutrientes, como água, antioxidantes, vitaminas, minerais e fibras das frutas, tornando-se alternativas interessantes para complementar a alimentação e aproveitar os sabores do período festivo", completa.


Bisturi não é varinha mágica: Veja tudo o que precisa saber antes de agendar uma cirurgia plástica

Cirurgião e advogada alertam os perigos de procedimentos clandestinos 



É preciso se atentar e se conscientizar de que a cirurgia plástica é um tratamento médico e não pode ser realizada por influência da moda e a busca pela aparência “perfeita”.

É impressionante quantas pessoas procuram as clínicas com uma proposta além do que a própria autonomia do corpo permite e se frustram. Nem tudo o que está na cabeça do paciente é possível realizar, a cirurgia plástica não é como ir comprar uma roupa, é preciso haver uma avaliação profissional de um médico capacitado.

O Brasil possui respeitabilidade internacional no quesito cirurgia plástica. É um país com grande tradição em procedimentos estéticos, mas a busca pela aparência perfeita pode levar algumas pessoas a se arriscarem em procedimentos ilegais e perigosos.

O cirurgião plástico da Clínica Libria, Dr. Sabath, destaca que um dos principais riscos de se submeter a procedimentos estéticos em clínicas clandestinas é a falta de garantias de segurança. Essas clínicas muitas vezes não possuem equipamentos de segurança adequados, como sistemas de monitorização cardíaca, e podem utilizar materiais de qualidade duvidosa em vez de produtos aprovados pelos órgãos reguladores. Isso pode resultar em complicações graves, como infecções, necrose tecidual e até mesmo a morte.

Para ajudar a evitar esses riscos, aqui estão algumas dicas importantes da advogada especialista em direito médico, Dra. Beatriz Guedes, para quem está pensando em realizar um procedimento estético:


1. Pesquise a clínica e o profissional: antes de realizar qualquer procedimento estético, é importante verificar se a clínica e o profissional são devidamente registrados nos órgãos reguladores e se possuem a qualificação necessária para realizar o procedimento com segurança. Verifique também as opiniões de outros pacientes que já realizaram procedimentos na clínica e com o profissional.

2. Converse com o médico: é fundamental conversar com o médico antes do procedimento e tirar todas as dúvidas sobre o procedimento em questão, bem como suas expectativas e desejos em relação ao resultado final.

3. Confirme os equipamentos de segurança: antes de realizar o procedimento, verifique se a clínica possui os equipamentos de segurança adequados para realizar o procedimento com segurança.

4. Entenda os riscos e benefícios: é importante compreender que todo procedimento estético possui riscos e benefícios, e que eles devem ser avaliados cuidadosamente antes de tomar uma decisão. Não se deixe levar por modismos ou expectativas irreais.

5. Fique atento aos preços: desconfie de preços muito baixos, pois isso pode ser um sinal de que a clínica ou o profissional não possuem a qualificação necessária ou estão utilizando materiais de baixa qualidade.

6. Avalie o pós procedimento: é importante avaliar o pós procedimento e seguir todas as orientações médicas para garantir uma recuperação segura e eficaz.

Outra questão importante é a escolha dos materiais utilizados no procedimento. Desde a escolha dos implantes de silicone até os produtos utilizados para preencher as rugas, é fundamental que o paciente verifique a procedência dos materiais e se eles são aprovados pelos órgãos reguladores, como a ANVISA, ou se são indicados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Além disso, o cirurgião da Clínica Libria ressalta que é importante lembrar, que a cirurgia plástica não é uma solução mágica para todos os problemas estéticos. É necessário que o paciente esteja com a saúde em dia e tenha expectativas realistas em relação aos resultados. A cirurgia plástica pode ajudar a melhorar a aparência física, mas não pode resolver problemas emocionais ou psicológicos.


“Lembre-se sempre que a cirurgia plástica é um tratamento médico e deve ser realizada com segurança e responsabilidade. Procure sempre um profissional qualificado e de confiança para realizar o procedimento estético que você deseja. Não se arrisque em clínicas clandestinas e ilegais, pois isso pode colocar não apenas a sua saúde em risco, mas sim, sua vida.” Finaliza a Dra. Beatriz Guedes.

 


Clínica Libria
CRM Dr. Hugo Sabath - 131199


Beatriz Guedes - Diretora da Clínica Libria de cirurgias plásticas. Advogada, Formada em direito pela FM. Pós graduada em direito penal e processo penal pela faculdade Damásio de Jesus. Pós graduada em direito médico ,odontológico e hospitalar pela escola paulista de direito. Presidente da ONG Em Boa Mãos.


O poder do urucum contra a queda de cabelo

Farmacêutico explica a relação e os benefícios do óleo de urucum com a queda capilar; de acordo com estudos, tratamentos desenvolvidos a partir do fruto tiveram mais de 15% de eficácia no aumento capila 

 

O urucum, planta nativa da América tropical, mais especificamente da bacia amazônica brasileira, possui diversos benefícios para a nossa saúde. Além de ser uma fonte completa de vitamina E, o urucum também é rico em vitamina A, fósforo, magnésio, cálcio, potássio, carotenoides e flavonoides, sendo um poderoso antioxidante.

Mas além desses benefícios, e de também ser popularmente conhecido como um bronzeador natural, o óleo de urucum é uma fonte natural com 100% de tocotrienóis (um nutriente essencial para o corpo, proveniente da família da vitamina E) e com alto potencial contra a queda de cabelo.

“Os tocotrienóis encontrados nas fontes de vitamina E, assim como o urucum, comparados aos tocoferóis, são 60 vezes mais antioxidantes e possuem potente ação contra o estresse oxidativo. O óleo de urucum, por sua vez, é uma fonte completa de vitamina E composta com 100% de tocotrienóis, o que o torna um potente agente contra a queda de cabelo e alopecia”, explica Dr. Maurizio Pupo, farmacêutico e professor especialista em cosmetologia. 

 

Relação entre a queda de cabelo e o urucum 

Não necessariamente a queda de cabelo significa um problema de saúde, mas sabe-se que existe uma forte relação entre o estresse oxidativo e a diminuição capilar. “Isso se confirma pelos níveis de glutationa - principal antioxidante natural do organismo - estarem baixos em pessoas que apresentam queda de cabelo. Com os níveis de glutationa baixos, os radicais livres, responsáveis pelos danos celulares, proporcionam o estresse oxidativo que ocasiona essa queda capilar”, diz Dr. Maurizio.

Além disso, de acordo com estudos realizados na Universidade Sains Malaysia, na Malásia, com voluntários que sofriam com queda de cabelo, após quatro meses de testes, o grupo de voluntários que recebeu tratamento com tocotrienóis teve um aumento significativo de 15,2% de fios, enquanto os voluntários que receberam placebo, tiveram um aumento de apenas 3,2% de fios. 

 

Benefícios do óleo de urucum 

“Ainda vale ressaltar que o óleo de urucum auxilia na diminuição do sebo (capilar e corporal), além de também apresentar outros benefícios para o corpo em geral, como ação anti-inflamatória, antimicrobiana e anti-osteoporose. E quando falamos de estética, os benefícios também vão além da queda capilar, como: ação contra o envelhecimento da pele e antirrugas, hidratação da pele e minimização da hiperpigmentação”, explica Dr. Maurizio.

E, mesmo tendo propriedades que favorecem o bronzeamento da pele, o óleo de urucum oferece proteção contra os raios solares. “Por ser uma planta que contém flavonoides, ou seja, potente ação antioxidante, ele tem grande eficácia como ativo em proteção solar, com um fator médio de 5.5. Mas claro que, somente o óleo de urucum não substitui o protetor solar, sendo apenas um auxílio extra para a nossa pele contra os malefícios da radiação solar”, ressalta o especialista.

E para que todos esses benefícios possam ser usufruídos, o farmacêutico indica como o urucum pode ser utilizado. “Caso opte por suplementação, ela deve ser feita por meio de cápsulas manipuladas derivadas do óleo de urucum. Já para uso caseiro, é da semente do urucum que são extraídas as substâncias ativas e, desta forma, é possível consumi-lo por meio de chás preparados a partir das folhas secas ou frescas, no óleo para a culinária ou como corante na alimentação. Ainda vale ressaltar que, hoje em dia, pomadas também são fabricadas com o extrato do urucum, que são utilizadas principalmente em casos de cicatrização, queimaduras e dermatites”, finaliza o farmacêutico. 

 

Dr. Maurizio Pupo - farmacêutico ítalo brasileiro, pesquisador e professor especialista em cosmetologia. É autor de vários livros na área cosmética como: Tratado de Fotoproteção, Luz Azul | Luz Visível e Impactos na Dermatologia, DIFENDIOX® OPP’s Antioxidantes Biologicamente Ativos e Estabilizados em Sistema Hydromicelar, entre outros. Além disso, é CEO e responsável pelo desenvolvimento dos produtos marca de dermocosméticos ADA TINA.


Dermatologista indica os principais cuidados com a pele durante as festas juninas

A temporada de festas juninas chegou e além das delícias típicas, música animada e diversão ao ar livre, é importante não esquecer dos cuidados com a pele. 

O Dr. José Roberto Fraga Filho, dermatologista membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, e Diretor Clínico da clínica Dermagynus, preparou algumas dicas importantes para aproveitar com segurança e manter a pele saudável. 

·        Proteja-se do sol: Durante o dia, os raios UV estão presentes mesmo em dias nublados. Use um protetor solar de amplo espectro com FPS adequado para proteger a pele exposta. Aplique-o generosamente e reaplique a cada duas horas, especialmente se você estiver ao ar livre por um longo período. 

·        Chapéu e roupas leves: Além do protetor solar, utilize chapéus de abas largas e roupas leves para proteger o rosto e o corpo do sol. Opte por tecidos leves e de cores claras, que ajudam a refletir os raios solares. 

·        Hidratação é fundamental: O clima quente das festas juninas pode levar à desidratação. Certifique-se de se manter hidratado, bebendo bastante água ao longo do dia. Além disso, evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, pois elas podem desidratar ainda mais a pele. 

·        Limpeza da pele: Após a festa, não se esqueça de fazer uma boa limpeza da pele para remover o excesso de suor, maquiagem e resíduos. Use um sabonete suave e adequado ao seu tipo de pele para evitar o acúmulo de impurezas. 

·        Cuidado com as fogueiras: Se você for participar de uma fogueira, mantenha uma distância segura e evite ficar muito próximo do fogo. As altas temperaturas podem causar queimaduras na pele. Proteja-se usando roupas adequadas e evitando o contato direto com as chamas. 

·        Hidratação pós-festa: Após a festa, aplique um hidratante corporal para reabastecer a pele e mantê-la saudável. Isso ajuda a restaurar a hidratação perdida devido ao calor e ao suor. 

“Aproveite as festas juninas com moderação, se divirta e cuide da saúde e beleza da sua pele”, finaliza o Dr. Fraga. 



Dr Jose Roberto Fraga Filho - Médico Dermatologista. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Cirurgia Dermatológica. Médico Fundador e Diretor Clínico da Clínica Dermagynus desde 1992
Instagram: @dermagynus


Cada vez mais idosos recorrem as cirurgias plásticas para rejuvenescer

Número de pessoas na terceira idade que procuram por procedimentos estéticos aumenta a cada ano

 

A cirurgia plástica é uma grande aliada daquelas pessoas que querem dar um “up” no visual, alguns até mesmo usam procedimentos com objetivo de “retardar” a velhice. E como não há idade certa para realizar as intervenções, os mais velhos também estão à procura do visual perfeito. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plásticsa (SBCP), o número de procedimentos estéticos entre idosos só vem aumentando desde 2019, ano em que o número de pacientes mais velhos aumentou de 5,4% para 6,6%. 

Dentre os procedimentos mais procurados pela terceira idade estão aqueles que tem como foco o rejuvenescimento, como o lifting facial e blefaroplastia. “O primeiro procedimento melhora os sinais de envelhecimento no rosto e pescoço, como:  flacidez no terço médio da face; vincos profundos abaixo das pálpebras inferiores e ao longo do nariz que se estende ao canto da boca; gordura que tenha sido deslocada; perda de tônus muscular na face inferior (a temida papada); pele frouxa e excesso de depósitos de gordura sob o queixo e a mandíbula. Já para problemas de flacidez na região dos olhos e bolsas de gordura, a solução é a blefaroplastia”, detalha Arnaldo Korn, diretor do Centro Nacional — Cirurgia Plástica. 

Não tem como fugir da idade, mas as cirurgias plásticas ajudam a melhorar aqueles sinais externos mais evidentes do envelhecimento, como rugas e manchas na pele e a formosa “papada” que muitos se queixam.  Korn afirma que a papada pode incomodar bastante, pois ‘entrega a idade’, já que interfere diretamente na fisionomia do rosto, dando um semblante mais envelhecido. “Para saber exatamente o que causou o problema, é necessária uma análise de fotografias realizadas em uma primeira consulta com um cirurgião plástico, para identificar todas as alterações e, assim, ver a melhor abordagem a ser realizada”, completa o diretor. 

Na terceira idade, especialmente, é preciso ter um zelo com a saúde e respeitar os cuidados especiais. Por consequência da idade diversos fatores devem ser levados em conta, por exemplo, doenças crônicas como diabetes, colesterol alto e hipertensão.  “O cirurgião deve estar atento aos problemas de saúde do paciente, pois existem restrições, além de solicitar exames mais detalhados e fora do padrão convencional”, alerta Arnaldo Korn.


Cada vez mais idosos recorrem as cirurgias plásticas para rejuvenescer

Número de pessoas na terceira idade que procuram por procedimentos estéticos aumenta a cada ano

 

A cirurgia plástica é uma grande aliada daquelas pessoas que querem dar um “up” no visual, alguns até mesmo usam procedimentos com objetivo de “retardar” a velhice. E como não há idade certa para realizar as intervenções, os mais velhos também estão à procura do visual perfeito. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plásticsa (SBCP), o número de procedimentos estéticos entre idosos só vem aumentando desde 2019, ano em que o número de pacientes mais velhos aumentou de 5,4% para 6,6%. 

Dentre os procedimentos mais procurados pela terceira idade estão aqueles que tem como foco o rejuvenescimento, como o lifting facial e blefaroplastia. “O primeiro procedimento melhora os sinais de envelhecimento no rosto e pescoço, como:  flacidez no terço médio da face; vincos profundos abaixo das pálpebras inferiores e ao longo do nariz que se estende ao canto da boca; gordura que tenha sido deslocada; perda de tônus muscular na face inferior (a temida papada); pele frouxa e excesso de depósitos de gordura sob o queixo e a mandíbula. Já para problemas de flacidez na região dos olhos e bolsas de gordura, a solução é a blefaroplastia”, detalha Arnaldo Korn, diretor do Centro Nacional — Cirurgia Plástica. 

Não tem como fugir da idade, mas as cirurgias plásticas ajudam a melhorar aqueles sinais externos mais evidentes do envelhecimento, como rugas e manchas na pele e a formosa “papada” que muitos se queixam.  Korn afirma que a papada pode incomodar bastante, pois ‘entrega a idade’, já que interfere diretamente na fisionomia do rosto, dando um semblante mais envelhecido. “Para saber exatamente o que causou o problema, é necessária uma análise de fotografias realizadas em uma primeira consulta com um cirurgião plástico, para identificar todas as alterações e, assim, ver a melhor abordagem a ser realizada”, completa o diretor. 

Na terceira idade, especialmente, é preciso ter um zelo com a saúde e respeitar os cuidados especiais. Por consequência da idade diversos fatores devem ser levados em conta, por exemplo, doenças crônicas como diabetes, colesterol alto e hipertensão.  “O cirurgião deve estar atento aos problemas de saúde do paciente, pois existem restrições, além de solicitar exames mais detalhados e fora do padrão convencional”, alerta Arnaldo Korn.


Pensando em mudar a aparência dos seus lábios? Veja tudo o que precisa saber para realizar um preenchimento labial


O preenchimento labial é um procedimento estético que tem ganhado cada vez mais popularidade nos últimos anos. Com a evolução da tecnologia e dos materiais utilizados, é possível obter resultados cada vez mais naturais e duradouros, sem os riscos e efeitos colaterais associados a procedimentos mais invasivos. 

Os lábios são uma das características mais marcantes do rosto e podem ser considerados um símbolo de beleza e sensualidade. Porém, nem todos nascem com lábios volumosos e bem definidos, e alguns fatores como envelhecimento e exposição solar podem causar perda de volume e aparência envelhecida. É nesse contexto que o preenchimento labial surge como uma opção para melhorar a aparência dos lábios.

 

O que é o preenchimento labial? 

A médica especialista em dermatologia estética, Dra. Kelly Pico, explica que o preenchimento labial é um procedimento estético que consiste na aplicação de materiais para aumentar o volume dos lábios e corrigir imperfeições. O material mais seguro e comumente utilizado é o ácido hialurônico, que é uma substância naturalmente presente no corpo humano e pode ser absorvido pelo organismo com o tempo. 

 

Como funciona o preenchimento labial? 

“O preenchimento labial é relativamente simples e rápido. Antes de iniciar o procedimento, é aplicado um anestésico local para minimizar o desconforto. Em seguida, o material escolhido é injetado nos lábios por meio de uma agulha fina ou uma microcânula. O profissional pode moldar os lábios durante a aplicação para obter o resultado desejado. O procedimento geralmente dura cerca de 30 minutos a uma hora.” Destaca a Dra. Kelly Pico. 

 

Quais são os cuidados necessários após o preenchimento labial? 

Após o procedimento, é importante evitar exposição ao sol, atividades físicas intensas e o consumo de álcool e tabaco por alguns dias. Também é recomendado evitar alimentos quentes ou picantes e manter a hidratação dos lábios com lip balms ou cremes hidratantes. É importante seguir as orientações para garantir uma recuperação tranquila e obter os melhores resultados possíveis. 

 

Quanto tempo dura o preenchimento labial? 

A duração dos resultados do preenchimento labial varia de acordo com o tipo de material utilizado. O preenchimento com ácido hialurônico geralmente dura entre 6 e 12 meses, enquanto o preenchimento com gordura autóloga pode durar de 1 a 2 anos. O preenchimento com outros materiais pode durar mais tempo, mas também pode ter mais riscos e efeitos colaterais.

 

O preenchimento labial é doloroso? 

O preenchimento labial pode causar algum desconforto ou dor durante o procedimento, mas geralmente é suportável e pode ser minimizado com o uso de anestésicos locais. É importante lembrar que cada pessoa tem um nível de sensibilidade diferente, e o desconforto pode variar de acordo com a região dos lábios e o tipo de material utilizado. 

 

Quais são as alternativas ao preenchimento labial? 

As alternativas ao preenchimento labial incluem o uso de batons e glosses que dão a impressão de lábios mais volumosos, a aplicação de hidratantes labiais que melhoram a textura dos lábios e o uso de exercícios faciais que fortalecem os músculos ao redor da boca. No entanto, essas opções geralmente proporcionam um resultado mais sutil e temporário em comparação com o preenchimento labial. 

 

Como saber se o preenchimento labial é a opção certa para mim? 

A Dra. Kelly Pico ressalta que a decisão de fazer o preenchimento labial deve ser tomada em consulta com um profissional qualificado e experiente em procedimentos estéticos. É importante avaliar os riscos e benefícios do procedimento, bem como discutir suas expectativas e objetivos com o profissional antes de tomar uma decisão final. É importante lembrar que o preenchimento labial não é indicado para todas as pessoas e pode ter contraindicações, como alergias, doenças autoimunes ou infecções ativas. 

“O preenchimento labial pode ser uma opção eficaz e segura para melhorar a aparência dos lábios e aumentar a autoestima. No entanto, é fundamental buscar um profissional especializado e experiente para realizar o procedimento e seguir as orientações pós procedimento para garantir uma recuperação tranquila e obter os melhores resultados possíveis. Além disso, é importante lembrar que o preenchimento labial não é a única opção disponível, e cada caso deve ser avaliado individualmente para determinar a melhor opção de tratamento. Com os cuidados adequados e a escolha de um profissional qualificado, é possível obter resultados naturais e satisfatórios.” Finaliza a Dra. Kelly Pico.

 

Dra. Kelly Pico: CRM – 97978 - Especialista em dermatologia estética. Com mais de 22 anos de experiência na medicina, Kelly Pico é formada pela Faculdade de Medicina ABC.  Pós graduação em Medicina Estética e Medicina Preventiva.


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