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quinta-feira, 15 de junho de 2023

Mercado de trabalho deve se adaptar às contratações LGBTQIA+

 

Diante de desafios, segmento de TI, por exemplo, tem contratações visando a diversidade


É notória a necessidade de inclusão de pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho. Por outro lado, há o desafio em corresponder a essa realidade com medidas efetivas para que esses colaboradores e colaboradoras se sintam de fato incluídos e permaneçam nas empresas. E um dos segmentos mais competitivos, o da tecnologia, vem, de uma maneira ou de outra, apresentando alguns índices positivos.

Amanda Gutierrez se considera uma exceção profissional ao ser uma colaboradora da Gateware, empresa de TI com sede no Brasil, Argentina e Estados Unidos, que realiza um trabalho exemplar como Service Manager em uma grande multinacional de bebidas. Ela é uma mulher trans que encontrou no mercado profissional um lugar de destaque, o que é fundamental e constrói um caminho de confiança para a superação e ascensão de grupos sociais muitas vezes marginalizados na sociedade. Amanda integra o time de GW Outsourcing na área de tecnologia da Gateware, um braço estratégico de negócios da empresa de TI.

“Considero que tive sorte por estar dentro da Gateware, que é super inovadora, prestando serviço para outra empresa que é referência em diversidade, mas a minha realidade não reflete o caso da maioria das pessoas LGBTQIA+”, conta Amanda.

“Sabemos que há muito preconceito, embora haja uma inclinação em algumas companhias para medidas mais inclusivas. Ainda assim, seria importante que se acelerassem ações nesse sentido”, avalia.

Ela conseguiu construir uma trajetória de sucesso, em grande parte pela sua qualidade profissional e performance pessoal, mas também porque a empresa em que trabalha está preparada e tem espaço. “Nem todas as companhias que contratam conseguem se adaptar a mudanças. Desde a criação de um simples e-mail até o uso do nome social se tornam desafios no dia a dia para o tratamento da pessoa no trabalho”, conta.

Dessa forma, é importante que as organizações estejam atentas aos detalhes para que a inclusão seja feita de forma confortável, sem preconceitos no ambiente de trabalho.

Nessa direção, há uma série de ações concretas que as empresas podem seguir e executar que visam contribuir com a diversidade. Com a ajuda da Amanda, seguem algumas dicas para empresários e empreendedores.

“A partir do momento em que essas medidas são implementadas, a empresa atinge uma maturidade, consegue manter os colaboradores ou colaboradoras de uma forma, inclusive, que contribuiu para o seu sucesso econômico e administrativo. É importante que a empresa tenha foco na sua capacidade competitiva, ao invés de se preocupar com questões primárias e preconceituosas”, enfatiza.

 

Confira medidas para tornar os ambientes de trabalho mais inclusivos:

- Foque na qualidade profissional do colaborador ou colaboradora, ou não binários

- Valorize a performance profissional do quadro de colaboradores

- Identifique como ele ou ela deseja se apresentar no ambiente de trabalho e respeite

- Busque o diálogo com o objetivo de agregar temas que contribuam para o rompimento de preconceitos

- Prepare o seu time para receber a diversidade e vise que as pessoas LGBTQIA+ consigam se manter nas organizações

 

Gatewar

 

Produtor, você já conhece a Lei de Autocontrole?

Legislação visa a modernização da defesa agropecuária


Uma novidade jurídica vem movimentando o meio agropecuário. É a chamada Lei do Autocontrole (14.515/2022), que modifica nas atividades o sistema de fiscalização da produção no país. A legislação conta com a autorização e a disciplina de programas de autocontrole para os produtores rurais. Neste âmbito, também se cria o Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa Agropecuária e o Programa em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteiras).

E qual o impacto dessa lei para os agentes do agronegócio? Segundo o advogado fundador do escritório MBT Advogados, Ivan Machiavelli, o principal fator, agora, é que a fiscalização sobre a produção agropecuária deixa de ser tarefa exclusiva do lado estatal. “Estabelece-se um modelo diferenciado, híbrido e compartilhado, de responsabilidade entre agentes privados e públicos”, explica ao destacar que os frigoríficos, por exemplo, serão um dos setores mais impactados pela novidade jurídica.

O tom da nova legislação visa desburocratizar as ações das estatais quanto à fiscalização, de forma que os órgãos possam, assim, se dedicar a atividades de maior risco. “É uma forma de reduzir os custos do Estado também, e torna a iniciativa privada mais protagonista. É uma maneira de dar liberdade e dinamizar a produção no campo, por um lado, mas também aumenta muito a responsabilidade das empresas privadas com esse protagonismo”, destaca o advogado.

 “Na prática, os técnicos do Serviço de Inspeção Federal (SIF) passam a exercer a sua efetiva atribuição de fiscalização e não de inspetores diários das linhas de produção das indústrias frigoríficas”, afirma o advogado.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) realizou uma consulta pública para a proposta de regulamentação da lei, encerrada em maio. Os órgãos, entidades ou pessoas interessadas opinaram sobre a nova legislação, que promove mais sinergia das informações e proporciona aperfeiçoamento da fiscalização.

“O objetivo também é que haja maior segurança jurídica a partir do aprimoramento da qualidade dos produtos agropecuários”, diz Machiavelli, destacando ainda que as empresas vão precisar contar com o apoio de seus departamentos para adequações necessárias.

O advogado lembra ainda que a lei visa a modernização da defesa agropecuária no agronegócio no âmbito do MAPA. Afinal, há um déficit de fiscais no país e a dinamização nesse segmento, com a maior participação do setor produtivo, tornará o ambiente mais seguro.

Contudo, vale lembrar que o autocontrole por si só não é tão novidade assim quando se considera que todas as cadeias produtivas têm seus mecanismos de fiscalização, identidade, qualidade e segurança dos produtos.

“A lei, por sua vez, é uma legislação que coloca no papel a necessidade de a iniciativa privada ter um plano elaborado de autocontrole; além de um plano de incentivo à conformidade, que permite uma maior troca de informações entre iniciativas públicas e privadas para ser criado uma análise de risco agropecuário”, finaliza.

 

MBT Advogados Associados

 

Vidro pode ser mais prejudicial que plástico para o meio ambiente

Líder da Câmara de Descartáveis e fundador do projeto Plástico Amigo explica que, apesar de reciclagem infinita, o material também causa danos


Vidro ou plástico? Qual deles é menos prejudicial ao meio ambiente? Algumas características de cada material podem ser levadas em conta para que essa resposta seja possível.

De acordo com Rica Mello, líder da Câmara de Descartáveis e fundador do projeto Plástico Amigo, o vidro vem sendo um recipiente de armazenagem durável e funcional ao longo da história, e que pode ser reciclado infinitamente sem prejuízo à sua qualidade ou durabilidade. “Ele pode ser partido, fundido e reutilizado e costuma ter uma taxa média de reciclagem maior que a de outros materiais”, explica. 

Entende-se que, se for mantido em ambiente natural, o vidro não apresenta tantos riscos para o meio ambiente. O material é feito principalmente de sílica, substância que já faz parte da crosta terrestre. “Por isso, geralmente, o vidro é visto como uma alternativa mais sustentável. Porém, tudo tem dois lados!”, afirma. 

Segundo o especialista, é preciso considerar o ciclo de vida de cada substância para entender melhor o impacto à natureza. “Para começar, a mineração da areia de sílica para a indústria de vidro pode causar diversos danos ambientais. Outros pontos preocupantes são a deterioração do terreno e a perda da biodiversidade. Também há pesquisas que mostram que a exposição prolongada ao pó de sílica, no caso dos que trabalham nesta indústria, pode gerar uma série de doenças”, avalia Rica. 

Ele acrescenta que, na fundição, o vidro precisa de temperaturas mais altas que o plástico e o alumínio, por exemplo, o que pode significar mais gases do efeito estufa. “O processo de fabricação do plástico consome menos energia que o do vidro, o que também precisa ser considerado”, diz o especialista. 

Segundo o fundador do projeto Plástico Amigo, um grande problema relacionado à reciclagem de vidro é que ela não elimina o processo de fusão, que representa 75% do consumo de energia ao longo da fabricação do material. “Além disso, apesar do grande potencial de reciclagem, quando o vidro é descartado, pode levar até um milhão de anos para se decompor”, afirma. 

Ele explica que, na reciclagem, o vidro precisa ser separado por cor antes de ser fundido novamente, o que torna o processo mais caro e demorado. Mello lembra que os plásticos também têm características que devem ser consideradas ao avaliar o impacto ao meio ambiente, como a durabilidade, a capacidade de reciclagem e a multiplicidade de aplicações.

“Plásticos reciclados dispensam a necessidade da extração de matérias-primas fósseis, sendo assim mais sustentável, além de manter a alta qualidade. Também pode ser reaproveitado de diversas maneiras, com aplicações nas residências e nas indústrias.” destaca Rica.

O empreendedor ainda ressalta a importância das pessoas saberem dessas características e incorporarem a separação do lixo como hábito, facilitando assim a reciclagem e o uso consciente do plástico.

 

Ricardo Mello -líder da Câmara de Descartáveis, palestrante e empreendedor em diversas áreas de atuação. Encabeça, junto com outros membros, o projeto Plástico Amigo, que busca aumentar a conscientização sobre as propriedades benéficas do material.
https://www.plasticoamigo.com.br/

É possível reaplicar o visto americano?

Advogado especialista em Direito Internacional explica o que pode ser feito se o visto for negado


Conseguir o tão sonhado visto americano pode não dar certo na primeira tentativa. Neste caso, será que é possível reaplicar e até mesmo mudar de advogado? De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, sim. 

Porém, ele sugere bastante cuidado na reaplicação, especialmente se a ideia for mudar de profissional. “É preciso que ele saiba de tudo,  principalmente no que foi dito na aplicação anterior para que não ocorra contradição”, recomenda. 

Toledo afirma que é sempre importante levar todos os fatos e informações possíveis para reaplicar. “Inclusive, o fato de não ter dado certo na primeira vez, não significa que não pode dar certo na próxima com algumas correções”, afirma o especialista.  

Com relação à escolha de um novo advogado, ele afirma que o profissional precisa mostrar conhecimento técnico e experiência para representar o cliente. Ou seja, precisa haver afinidade e segurança na relação entre eles. “Veja qual, entre os escolhidos, que vai transmitir mais segurança e se você se sentirá à vontade para explicar a situação inteira para ele”, reforça.

 Toledo explica que a  estratégia normalmente varia de acordo com o caso, assim como o valor do investimento.“No meu caso, por exemplo, não existe um produto de prateleira com um custo fixo. Vai depender do número de filhos, do business plan, da estrutura processual, do número de horas que serão gastas”, aponta. 

O especialista explica que um caso mais complexo vai exigir mais atenção, enquanto um outro mais simples vai exigir menos horas de dedicação, o que é refletido nos custos. “Por isso, é fundamental conversar abertamente com seu advogado para que ele possa informar um valor estimado”, explica.

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 180 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR e professor da PUC Minas Gerais do primeiro curso de pós graduação em Direito Internacional, com foco em Imigração para os Estados Unidos


Toledo e Advogados Associados
http://www.toledoeassociados.com.br

Como entrar no segundo semestre focado em resultados

Marketing digital é uma ferramenta essencial para geração de leads


O segundo semestre está chegando e boa parte dos empresários e prestadores de serviços se questionam se as alternativas para atingir as metas estipuladas na virada do ano foram acertadas ou, se pelo menos, parte delas foram alcançadas. Mas se diversas ações foram tomadas voltadas para essa finalidade e nada aconteceu, talvez seja a hora de uma repaginada total. 

De acordo com Éber Feltrim, especialista e consultor de negócios na área da saúde e CEO da SIS Consultoria, o marketing, junto com a comunicação, pode analisar a situação e considerar algumas estratégias para aumentar a rentabilidade. “Analise suas metas e identifique onde estão as lacunas. Estabeleça alvos específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo definido (conhecidas como metas SMART) para o restante do ano”, aconselha.

Reavaliar a precificação dos serviços também é um tópico que merece ser revisitado pelo profissional de saúde. “É preciso verificar se os serviços estão alinhados com o mercado e com o valor agregado que um determinado serviço oferece, até mesmo para garantir uma margem de lucro adequada”, pontua Feltrim.

O especialista ainda indica identificar e segmentar o público-alvo. “O dentista ou o profissional de saúde deve refletir sobre o perfil dos pacientes que deseja atingir. É fundamental para o bom andamento da clínica ou consultório segmentar o público-alvo com base em critérios como faixa etária, necessidades médicas específicas, localização geográfica, entre outros. Isso vai permitir o desenvolvimento de estratégias de marketing mais direcionadas”, ensina.

E claro, o marketing digital se torna uma ferramenta essencial para a geração de leads. “A presença online forte por meio de um website profissional, perfis em redes sociais relevantes para divulgar a especialidade e otimização para mecanismos de busca (SEO) podem dar um resultado muito positivo. E para isso, apostar em conteúdo relevante e de qualidade para atrair pacientes em potencial e estabelecer autoridade na área vai dar ainda mais destaque aos serviços oferecidos”, aconselha o fundador da SIS Consultoria.

Entretanto, o conteúdo também deve ter um viés educativo e informativo, como artigos, vídeos e podcasts, para compartilhar conhecimento com o público-alvo. Isso ajudará a construir confiança e posicionar o especialista como referência na área em que atua.

Além das estratégias online, Feltrim recomenda não negligenciar o potencial do marketing offline. "Considere anúncios em jornais locais, panfletos informativos, participação em feiras e eventos locais para aumentar sua visibilidade", exemplifica.

As parcerias estratégicas também podem ajudar nessa missão. Por isso, é interessante considerar alianças com outros profissionais da área de saúde, como clínicas, laboratórios ou especialistas complementares. "Isso pode ajudar a ampliar a rede de indicações e aumentar o fluxo de pacientes", aponta o CEO da SIS Consultoria.

Realizar eventos e palestras gratuitas para educar a comunidade sobre temas relacionados a uma determinada área de atuação é uma alternativa que pode ser colocada em prática para atrair potenciais pacientes e demonstrar seu conhecimento e expertise.

Feltrim enfatiza a importância de monitorar e ajustar constantemente todas as ações propostas. “Acompanhar o desempenho das estratégias de marketing e comunicação são cuidados que não podem ser deixados de lado. Solicite a análise de métricas relevantes, como taxa de conversão, retorno sobre investimento (ROI) e feedback dos pacientes e faça ajustes sempre que necessário. A implementação de estratégias de requer tempo e esforço contínuo e ter uma equipe focada com esse propósito pode ser a diferença entre atingir o faturamento desejado”, conclui.



Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde, começou a sua carreira em Assis (SP). Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.


SIS Consultoria pertence ao grupo SIS
https://www.sisconsultoria.net/
Instagram @sis.consultoria.

 

O processo de inventário frequentemente se torna uma fonte de tensão e conflito entre os herdeiros

 Estabelecer um diálogo transparente e aberto é fundamental para evitar mal-entendidos e divergências


O processo de inventário, muitas vezes, pode se tornar uma frequente fonte de tensão e conflito entre os herdeiros. Além de desgastantes emocionalmente, podem prolongar a resolução do processo e não faltam exemplos famosos desse embate, sendo um dos mais emblemáticos o do apresentador de televisão Augusto Liberato, morto em novembro de 2019. A partilha ainda é alvo de disputa e muita polêmica.

Mas será que é possível evitar esse problema? De acordo com Luiz Fernando Gevaerd, especialista na área de Direito da Família com mais de 40 anos de carreira com mais de 10 mil casos atendidos e diretor do escritório Gevaerd Consultoria Jurídica, há formas de minimizar contestações se forem adotadas algumas estratégias. “É o tipo de processo que pede uma atenção especial para os envolvidos, porque serão diversas as situações delicadas a serem enfrentadas. Por essa razão, é fundamental encontrar soluções personalizadas para minimizar conflitos, através de uma abordagem humanizada e pela busca de acordos justos entre as partes envolvidas”, destaca.

Estabelecer um diálogo transparente e aberto entre os herdeiros é essencial para evitar mal-entendidos e divergências. “É importante discutir questões relacionadas ao inventário e ouvir os pontos de vista de cada um, buscando encontrar soluções consensuais”, aponta o especialista.

Um planejamento sucessório adequado também pode evitar conflitos futuros, porque já estabelece claramente as regras de distribuição de bens e evitando ambiguidades. “O advogado pode auxiliar os clientes na elaboração de um plano sucessório bem estruturado, que estabeleça claramente a forma como os bens serão distribuídos. Ao antecipar e abordar potenciais pontos de conflito, como divisão, o advogado consegue   evitar disputas futuras”, explica o especialista.

Em casos de impasse, a mediação pode ser uma ferramenta eficaz para auxiliar as partes envolvidas a encontrar soluções pacíficas. “Um mediador imparcial e qualificado pode ajudar a facilitar a comunicação e a negociação entre os herdeiros”, destaca Gevaerd.

Contar com a assessoria de um advogado especializado em Direito de Família é imprescindível para evitar desgastes ao longo do processo. “Um profissional experiente poderá orientar e representar os interesses de cada herdeiro de forma imparcial, buscando uma solução justa e equilibrada. Esse profissional possui o conhecimento jurídico necessário para orientar os herdeiros sobre seus direitos e obrigações. Isso inclui esclarecer dúvidas, explicar as opções legais disponíveis e fornecer uma visão realista sobre as possíveis consequências de suas escolhas”, revela.

Gevaerd enfatiza que a prevenção de conflitos é sempre o melhor caminho, mas caso ocorram, é importante buscar uma solução pacífica e amigável. “O respeito aos direitos e desejos do falecido, bem como a consideração pelos sentimentos e necessidades dos herdeiros, são fundamentais para evitar litígios prolongados e danosos.

A ocorrência de disputas em processos de inventário pode ser influenciada por uma variedade de fatores, incluindo a complexidade do patrimônio, o número de herdeiros envolvidos, a existência de divergências familiares e questões emocionais relacionadas à partilha dos bens. “Nessas situações, é comum que as partes busquem orientação legal e recorram ao sistema judicial para resolver suas divergências”, ressalta

É importante destacar que a busca por uma solução judicial nem sempre significa que o processo resultará em um litígio prolongado. Muitas vezes, as partes envolvidas podem optar pela mediação ou por outros métodos alternativos de resolução de conflitos para alcançar um acordo antes mesmo de chegar a um julgamento.

Geveard reforça que cada caso de inventário é único, e pode variar significativamente em termos de complexidade e probabilidade de disputa judicial. 

 


Gevaerd Consultoria Jurídica
https://gevaerd.com.br/

 

Lei que trata da equiparação salarial desprotege as mulheres, diz Pastore

Freepik

Para o especialista em Relações do Trabalho, regulamentação poderá atenuar os impactos

 

O especialista em Relações do Trabalho José Pastore, presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio-SP, vislumbra um cenário desafiador para as mulheres no mercado do trabalho após a aprovação do PL 1.085/2023, que trata da equiparação salarial entre homens e mulheres e seguiu para sanção presidencial.

O texto aumenta o valor da multa prevista no artigo 510 da CLT para 10 vezes o valor do novo salário devido pelo empregador e, em caso de reincidência, estabelece o pagamento em dobro. Atualmente, a multa é igual a um salário-mínimo regional, elevada ao dobro no caso de reincidência.

As empresas com mais de 100 funcionários passam, também, a ser obrigadas a publicarem relatórios de transparência salarial, com dados e informações que permitam a comparação objetiva entre salários, os critérios remuneratórios e proporção de ocupação de cargos de direção, gerência e chefia preenchidos por mulheres e homens.

Na visão de Pastore, as novas regras desprotegem as mulheres, com efeitos contrários aos pretendidos pelo governo federal. E ele chama a atenção para o cálculo retroativo – a partir da admissão -  da diferença salarial e dos encargos previdenciários nos casos em que for configurada a discriminação.

“A proteção do mercado de trabalho da mulher deve ser buscada por meio de incentivos específicos, não em punições", defende.

O uso de indenizações, complementa, criará uma fonte adicional de insegurança jurídica, estimulando o litígio entre empregadas e empresas. Com isso, os empregadores serão mais cautelosos na contratação de mulheres. Pelo texto aprovado, o pagamento das multas e diferenças salariais não impede a possibilidade de indenizações por danos morais à empregada.  

REGULAMENTAÇÃO

Para o especialista, os impactos negativos das alterações poderão ser atenuados com a regulamentação das novas regras, particularmente na parte do texto que trata dos critérios remuneratórios.

“É uma expressão que não existe na Constituição Federal e na CLT que deve ser explicada na regulamentação, abrindo um caminho para a atenuação dos efeitos da lei”, explicou. 

No mercado de trabalho, disse, a discriminação existe e deve ser punida, mas a remuneração dos trabalhadores leva em conta fatores como a competência, experiência, senioridade, produtividade, especialização, liderança, complexidade, responsabilidade e outras habilidades, colocando em xeque o argumento da distinção de forma isolada.

Já a advogada trabalhista Mayra Palápoli, do Palápoli & Albrecht Advogados, vê a nova legislação como mais um movimento da sociedade para alcançar de forma efetiva o direito à igualdade salarial, já previsto na Constituição e CLT.

Sobre os efeitos da majoração do valor da multa para quem descumprir as regras, a advogada não descarta a possibilidade das empresas com cultura mais retrógrada reduzirem as contratações de mulheres. “De qualquer forma, a busca pela igualdade salarial é uma evolução cultural”, afirma.


A LEGISLAÇÃO

A questão do gênero no mercado de trabalho é tratada em diferentes dispositivos da Constituição Federal e da CLT de 1943, que já previa um capítulo específico sobre a proteção do trabalho da mulher.

Em 1999, o dispositivo ganhou nova redação com a Lei 9.029, com regras sobre o acesso da mulher ao mercado de trabalho. O artigo proíbe, por exemplo, o anúncio de vagas de emprego com referência ao sexo ou que o sexo da pessoa seja determinante para fins de remuneração e oportunidades de ascensão profissional.

Na Constituição Federal, o tema é tratado no artigo 7º, que proíbe a diferenciação de salários, o exercício de funções e critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. As práticas discriminatórias que limitem o acesso ou manutenção da relação de trabalho por motivo de sexo também são vedadas pela Lei 9.029/1995.


PROCESSOS

Dados da Justiça do Trabalho permitem identificar o número de novas ações trabalhistas que podem estar relacionadas a situações de discriminação no emprego. Em 2022, a equiparação salarial ou isonomia foi assunto de quase 37 mil processos ajuizados em todo o país.

É um volume baixo em relação ao total de novas ações trabalhistas, estimadas em 2,7 milhões. Entre as hipóteses que explicam o baixo litígio por discriminação estão a dificuldade na obtenção de provas e a jurisprudência ainda tímida em relação ao tema.

 

Silvia Pimentel
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/lei-que-trata-da-equiparacao-salarial-desprotege-as-mulheres-diz-pastore

Assédio Virtual+ Burnout Digital: Empresas não percebem que essas práticas impactam negativamente a vida dos colaboradores

Especialista em carreira explica que a junção dessas ameaças afasta os colaboradores das empresas e de uma carreira saudável


Com a pandemia de COVID-19, o hábito de estar 100% conectado à internet e aos dispositivos eletrônicos se fez necessário para dar continuidade às tarefas laborais e sociais, porém com uma mudança abrupta na rotina profissional, só com o tempo foi possível refletir sobre as consequências negativas dessa nova rotina. Rebeca Toyama, especialista em carreira e comportamento, alerta sobre os dois termos que estão circulando na mídia: o assédio digital e o burnout digital, e mostra que o resultado dessas ameaças afasta os colaboradores de uma carreira sustentável e saudável dentro das organizações.

De acordo com um levantamento feito pela Agência We Are Social em parceria com a Meltwater, o brasileiro passa uma média de nove horas e meia conectado à internet em um dia normal, mais do que a média global de quase sete horas por dia. E o Brasil está em segundo lugar no ranking dos países mais conectados do mundo.

Segundo outro dado, a pesquisa feita pelo Instituto Think Eva junto com o Linkedin, mostra que durante a pandemia houve um grande aumento de casos de assédio virtual, e quem já praticava outras modalidades de assédio se sentiu mais seguro em repetir o ato ilícito por trás das telas no âmbito profissional.

São os colaboradores que mais sofrem com o assédio e burnout digital, e segundo a especialista Rebeca Toyama, tanto as organizações, como os funcionários precisam conhecer mais sobre o tema para mitigarem os riscos.

O termo burnout já diz, excesso mal gerenciado, então, o esgotamento voltado à conexão mostra os mesmos indícios do burnout ocupacional como: dificuldades de concentração e motivação, irritabilidade, insônia e percepção no aumento da sobrecarga mental.

Pesquisas já mostraram que quanto maior o tempo conectado aos dispositivos digitais, maiores são as consequências para o bem-estar físico e mental. E combinando o esgotamento digital com o assédio virtual no ambiente de trabalho, o risco de sobrecarga é ainda maior porque passamos a maior parte do tempo que estamos acordados em frente a uma tela.

“Quando falamos de burnout junto com o assédio digital observamos a importância do papel dos gestores e líderes, para o bem e para o mau. Mesmo antes da pandemia já se falava em assédio virtual, mas com a chegada forçada do home office, nem todas as empresas souberam lidar com ‘os funcionários longe de seus olhos’ e a desconfiança da execução de tarefas, cumprimento de metas, acabaram gerando um excesso de mensagens, e-mails e ligações fora do horário de trabalho, interrompendo momentos pessoais muitas vezes com cobranças e reclamações” comenta Rebeca Toyama, especialista em carreira e comportamento.

Assédio Virtual Corporativo

O assédio virtual corporativo ou cyberbullying consiste no uso repetido e sem consentimento da tecnologia, para extrair ou divulgar informações de um indivíduo com quem se tem uma relação de trabalho, com o objetivo de ofender, intimidar ou perseguir.

E pode se constituir um crime quando representar atentado à intimidade, à honra e à privacidade da vítima. Portanto, vale lembrar que tanto o assédio sexual como o moral podem também estar inseridos nesta modalidade, pois é possível serem feitos a partir de dispositivos conectados à internet.

Para Rebeca, muitas vezes os gestores e líderes não tem noção do impacto que esses atos tem sob a saúde mental dos colaboradores. “O aumento da presença da tecnologia na vida das pessoas e empresas têm demandado um grande esforço de aprendizagem, e muitas vezes um gestor ou líder não tem ideia do impacto de seus atos na saúde mental e física de sua equipe!”, alerta Rebeca.

A especialista ainda explica que o assédio virtual junto do burnout digital afastam os profissionais de uma carreira saudável, uma vez que afeta a saúde e o bem-estar dos colaboradores, gera um ambiente tóxico, prejudica a produtividade e a motivação no trabalho, além de ainda causar danos à reputação da empresa.

“Todas as empresas devem proporcionar um ambiente de trabalho seguro, saudável e sustentável, e buscar erradicar qualquer prática que possa colocar em risco o bem-estar físico, mental e social dos seus colaboradores”, finaliza.

Rebeca Toyama, especialista em carreira, selecionou 5 dicas para ajudar as empresas e seus líderes a combaterem o assédio virtual e burnout digital.

1 - Estabeleça uma política clara de prevenção: Desenvolva e implemente uma política robusta que aborde especificamente o assédio virtual e o burnout digital. Certifique-se de que todos os funcionários estejam cientes da política, entendam suas diretrizes e consequências.

2 - Promova a conscientização e a educação: Realize treinamentos regulares para educar os funcionários sobre o qualquer tipo de assédio. Aborde as definições, os impactos e as formas de prevenção. Incentive a diversidade, a inclusão e a equidade.

3 - Crie canais de denúncia e procedimentos seguros: Estabeleça mudança efetiva para que os funcionários possam relatar casos de assédio virtual e buscar apoio em relação ao burnout digital. Garanta que esses canais sejam acessíveis e livres de represálias.

4 - Promova um ambiente de trabalho equilibrado: Incentivo ao equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Estabeleça políticas que incentivam os funcionários a desconectarem-se do trabalho fora do horário de expediente, a tirarem férias e cuidarem da sua saúde física e mental.

5 - Monitore e avalie constantemente: Esteja atento aos sinais de assédio virtual e burnout digital. Realize pesquisas de clima organizacional, promova estimativas regulares e esteja aberto ao feedback dos funcionários. Use essas informações para identificar áreas problemáticas e implementar medidas preventivas seguidas.

Lembre-se de que a prevenção do assédio virtual e do burnout digital requer um esforço contínuo. Ao adotar essas dicas, você estará criando um ambiente de trabalho saudável, seguro e produtivo para todos os colaboradores.

 

Rebeca Toyama Msc - porta-voz da ODS 8 (trabalho decente e crescimento econômico) do Programa Liderança com ImPacto da ONU, fundadora da ACI – Academia de Competências Integrativas, uma empresa signatária do Pacto Global da ONU e participante do Movimento Mente em Foco promovido pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU. Mestre em Psicologia Clínica e Administradora. Especialista em liderança, carreira e tendência do mundo do trabalho. Atua há 20 anos como palestrante, mentora e coach.


Como realizar os sonhos em qualquer idade? Economista defende importância do planejamento

Escritora e economista, Simone Santos Guimarães dá dicas sobre como fazer o planejamento financeiro e ressalta o valor dos sonhos


Sempre há tempo para realizar os sonhos. É isso que afirma Simone Santos Guimarães, autora de Falando de Si e economista com especialização em Gestão Empresarial. “Nada acontece por acaso, ou melhor, pode até acontecer, mas, se não houver planejamento, você não terá o mínimo controle do que virá pela frente”, diz a escritora em entrevista.

Ela dá dicas: fazer uma reserva financeira e guardar, no mínimo, 10% da renda mensal é uma forma de garantir a segurança para conquistar objetivos no futuro. Além de falar sobre esse assunto, a especialista também foca seu olhar no público feminino e na importância de as mulheres seguirem seu objetivo em qualquer fase da vida.

No conteúdo abaixo, Simone Guimarães detalha sobre o livro Falando de Si, que conta as diferentes histórias de cinco Marias de uma mesma família, além de estimular o público a alcançar os sonhos e fazer sugestões de planejamento financeiro.


1 - “Falando de Si” conta a história de uma mulher que vai atrás de um grande sonho depois de anos se dedicando à família. Por que você decidiu escrever um livro a partir da visão de uma mulher na faixa dos 50 anos?

Simone Guimarães: Porque eu mesma estava às vésperas de completar 50 anos e estava revendo minha história, meus sonhos. Resolvi planejar meus próximos anos, e, em meio às minhas divagações noturnas sobre passado, presente e futuro, surgiu a história de cinco Marias. Maria Elisa fala muito de mim.


2 – A história conta com 5 Marias. O que cada uma dessas personagens representa?

S.G.: Elas representam um passado de dor, angústias, negligência e abandono, mas também de acolhimento e amor. Elas representam um presente de entrega à família e muitos questionamentos, além de um futuro de planejamento e realização de sonhos.


3 – O livro traz elementos de realidade, mas não é uma autobiografia. Em que aspectos o enredo da obra e sua própria trajetória se relacionam?

S.G.: Relaciona-se com minha trajetória em vários aspectos, tanto nos sonhos de Maria Elisa de não ser mera coadjuvante da própria história, como também em relação à criança que veio ao mundo de forma não planejada, que não foi desejada e nem amada pela progenitora, mas que recebeu muito amor e carinho dos avós e tias.


4 – No fim, você também trata sobre o planejamento da personagem para os próximos 50 anos. Qual a importância desse planejamento para conquistar os sonhos? Como economista, que dicas iniciais você dá aos leitores que querem colocar em prática seus sonhos?

S.G.: Sonhos existem para que sejam realizados, porém, para realizá-los, é necessário planejar. Nada acontece por acaso, ou melhor, pode até acontecer, mas, se não houver planejamento, você não terá o mínimo controle do que virá pela frente. A partir do momento que você planeja seu futuro, você passa a conhecer os caminhos a seguir e os passos ficam mais firmes, pois você sabe onde o caminho poderá te levar.

Como economista aprendi que o planejamento é essencial, principalmente o financeiro. Nada é de graça, tudo tem um custo, sonhos também têm. E, sim, para realizá-los, é necessário ter uma reserva financeira, seja o sonho de viajar e conhecer o mundo, seja escrever e publicar um livro. Então a dica é: reserve no mínimo 10% do que você recebe para poder realizar seus sonhos de vida. Abrir mão de jantar fora uma vez por mês pode significar a impressão de 200 exemplares do seu livro daqui a um ano. Pensar assim pode te mostrar que é possível realizar seu sonho, sim.


5 – Para você, existe idade para realizar sonhos? O que você diria ao público, principalmente mulheres, que querem correr atrás dos sonhos em qualquer idade?

S.G.: Não, para mim, não existe idade para realizar sonhos. Sou prova viva disso: eu tinha o sonho de ver meus escritos em formato de livro físico, tirei meus sonhos do mundo virtual e os trouxe para o mundo real. E, na verdade, os sonhos mudam com a idade, pois nós mudamos… para o público em geral, mais especificamente para as mulheres que têm fama de sonhadoras, eu quero dizer que sempre é tempo de realizar os nossos sonhos. Apesar de que, na juventude, os sonhos são bem diferentes dos sonhos da maturidade, podemos realizar os sonhos daquela fase da vida, como Maria Elisa fez. Ela realizou o sonho de ter uma família perfeita e bem diferente da família que ela teve quando criança, até que os filhos cresceram e outros sonhos que estavam adormecidos afloraram na maturidade. Então, às vésperas de completar 50 anos, ela decidiu realizar o sonho de ser escritora. Ou seja, enquanto há vida, há sonho, e, sendo bem clichê, espero que eles sejam doces, gostosos e que nos deem muito prazer não só em sonhá-los, mas mais ainda em realizá-los. 



Simone Santos Guimarães - economista, especialista em Gestão Empresarial e mestre em Engenharia de Avaliação e Inovação Tecnológica. Começou a escrever ficção paralelamente ao seu trabalho na docência e publicou obras como “Minha Vida de Solteiro”, “As Aventuras de Dorinha” e “O Verdadeiro Significado do Natal”, além dos lançamentos “Falando de Si” e “Bruxa, sim. Má, não!”. Na literatura nacional, faz parte da Associação de Contistas, Poetas e Cronistas Catarinenses (ACPCC). Para saber mais sobre o livro “Falando de Si”, clique aqui!
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Junho é o mês de reflexão sobre iniciativas sustentáveis para a agricultura

Além da celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente, neste dia 15 será a vez de homenagear a Agricultura Irrigada


A chegada do mês de junho, além de marcar a metade do ano, nos convida também a fazer uma profunda reflexão sobre a importância de iniciativas sustentáveis para agricultura. Para isso foram instituídas duas importantes datas. No último dia 5 de junho, foi celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemoração está estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), e tem como objetivo principal chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais.

Já hoje, 15 de junho, se comemora o Dia da Agricultura Irrigada. A data foi proposta em 2021, pela PL2975/2021, escolhida estrategicamente por estar no início do período seco em grande parte das regiões brasileiras, quando a produção de alimentos é totalmente dependente da irrigação. No Brasil os três sistemas mais utilizados são os sistemas porinundação, comum por exemplo, a produção de arroz, por gotejamento voltado principalmente para horticultura e por aspersão, com a utilização de pivôs para cultura de grande escala, como por exemplo a produção de grãos e fibras.

Nos últimos anos, a agricultura irrigada tem avançado de forma sólida no país. De acordo com o relatório da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a técnica pode crescer 45% até 2030 no Brasil, frente a uma demanda alta de produção de alimentos. Para a Organização das Nações Unidas (ONU), será necessário aumentar em 70% a produção de alimentos até 2050.

Atualmente o Brasil tem potencial para irrigar 55 milhões de hectares, porém possui 8,2 milhões de hectares irrigados. O número representa menos de 20% da área cultivada no país, mas significa mais de 40% do volume total de alimentos produzidos. Isso mostra como a técnica é capaz de otimizar a produção. Alimentos típicos da dieta nacional – arroz, feijão, legumes, frutas e verduras – são produzidos em grande medida por meio da irrigação. No caso do arroz e da horticultura, mais de 90% da produção utiliza o método.


Ganhos diretos

A agricultura irrigada proporciona uma produtividade de duas até três vezes maior do que áreas de sequeiro (não irrigadas). Além disso, a técnica oferece outras vantagens como: melhoria na qualidade dos produtos, redução de custos unitários, atenuação dos impactos da variabilidade climática, otimização de insumos e equipamentos, aumento na oferta e na regularidade de alimentos, assim como a modernização dos sistemas de produção.

A Lindsay América Latina, empresa representada pelas marcas Zimmatic™ e FieldNET™, que atua na fabricação e distribuição de pivôs centrais, laterais e soluções tecnológicas há mais de cinco décadas, assumiu o desafio global em desenvolver novas tecnologias para os sistemas de irrigação. Como por exemplo, o já consagrado FieldNET™, que há anos ajuda produtores no seu dia a dia, monitorando e preservando recursos, reduzindo riscos e maximizando a produtividade. “Ferramentas como essas, contribuem para o consumo sustentável da água, minimiza os riscos de investimento na agricultura, garantindo alta produção mesmo em climas adversos. Temos reduções de consumo de água e energia na casa de 20-30%”, destacou Rodrigo Bernardi, engenheiro agrônomo e especialista em produtos na empresa.

Ele reforça que o controle da aplicação de água através de tecnologias que ajudam a monitorar a real necessidade da planta, faz com que o produtor tenha um melhor manejo de sua lavoura, com o controle da época de plantio, redução por perdas de adubos e defensivos químicos. Ou seja, ele pode tomar decisões antecipadas de forma a reduzir prejuízos.

A maior economia de água consiste em acertar o momento correto que a planta precisa e na quantidade exata, no local correto, sempre aproveitando o recurso que já está disponível no solo. Uma das ferramentas eficientes hoje nesse sentido é o FieldNET Advisor. Com gerenciamento remoto integrado e manejo da irrigação, a solução foi desenvolvida pela Lindsay e é totalmente integrada a plataforma FieldNET.

A ferramenta fornece informações precisas e objetivas de irrigação ao produtor e ainda mostra se os pivôs estão operando como o programado, auxiliando-o nas tomadas de decisões. “Com o FieldNET Advisor a ideia é aplicar realmente o necessário, permitindo que as plantas expressem o máximo do seu potencial produtivo. Mas, isso tudo, com foco em reduzir os custos com energia e o uso da água, sem que a planta entre em estresse hídrico, uma solução altamente eficiente e sustentável”, finaliza Bernardi.

 

Lindsay América Latina
www.lindsay.com.br

 

Memória aprimorada com multivitamínicos? O que diz a ciência

A memória é um aspecto fundamental da nossa vida e muitas vezes buscamos soluções rápidas para melhorá-la. Um recente estudo que vem circulando na mídia propõe que um grupo de pessoas que tomou um multivitamínico diariamente durante três anos tiveram a memória ligeiramente melhorada depois de apenas um ano, em comparação com aqueles que ingeriram placebo ou pílulas de açúcar. Mas o resultado foi tão empolgante assim? 

O estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition começou com uma prova de fogo: 3.560 adultos acima de 60 anos foram submetidos a um desafio cognitivo. Eles tiveram a tarefa de aprender 20 palavras em um programa de computador. Cada palavra aparecia por três segundos antes de desaparecer e dar lugar à próxima. Em seguida, os participantes foram desafiados a digitar todas as palavras que se lembravam. No primeiro ano, aqueles que continuaram fielmente com sua dose diária de multivitamínico conseguiram lembrar, em média, quase uma palavra a mais do que seus colegas que receberam placebo. 

 

No entanto, como em qualquer pesquisa científica, existem sempre opiniões divergentes. O Dr. Vital Fernandes Araújo, especialista médico, compartilha suas preocupações. “Vale ressaltar que o estudo mediu uma melhora estatisticamente significativa na memória apenas no primeiro ano. Nos dois anos seguintes, o grupo do placebo também mostrou melhorias. Estamos falando de uma diferença tão pequena, menos de uma palavra, que é difícil afirmar se ela realmente impactaria a vida de alguém de forma significativa”, afirma. 

 

Ele destaca que apesar da aparente melhoria, o multivitamínico pode distrair as pessoas de práticas conhecidas por serem de fato mais benéficas para a função cognitiva, como uma alimentação saudável, exercícios físicos, vida social ativa e uma boa noite de sono. O Dr. Araújo ressalta que não existe uma "pílula mágica" para evitar o declínio cognitivo, e que o foco deve ser em medidas nutricionais personalizadas. 

Pesquisas anteriores têm mostrado uma possível associação entre os níveis sanguíneos de vitaminas, como a vitamina B12, e a função cognitiva. No entanto, os ensaios clínicos realizados para investigar os efeitos benéficos das vitaminas na memória e cognição têm apresentado uma mistura de resultados negativos e positivos. Isso destaca a complexidade desse campo de estudo e a necessidade de pesquisas mais aprofundadas para entender melhor a relação entre vitaminas e função cognitiva.

Em uma sociedade onde a busca por uma "pílula mágica" é comum, é importante lembrar que a memória é influenciada por uma variedade de fatores, como hábitos de vida saudáveis, exercícios cognitivos e sono adequado. Embora estudos sugiram que certos suplementos vitamínicos possam ter um papel na melhoria da memória, é essencial adotar uma abordagem holística para manter e aprimorar nossas habilidades cognitivas.Há uma recomendação que permanece inabalável: não há substituto para um estilo de vida saudável e ativo. O exercício físico, em particular, desempenha um papel crucial em nossa saúde cognitiva. Então, se você está procurando a pílula mágica, pense novamente e faça a escolha certa: mova-se!

 

Vital Fernandes Araújo - Médico e se formou pela Universidade Federal da Bahia. Ele é pós-graduado em Medicina Ortomolecular e pós-graduado em Psiquiatria. O médico hoje atua como mentor de médicos e grandes empresários através da sua metodologia que denominou de Integração Neuro Emocional.

Paraná é o Estado do Brasil que mais registra acidentes por curto-circuito

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No que tange aos incêndios por sobrecarga, o Paraná, no ano passado, ficou em 1º lugar do Brasil, e junto com os demais estados do Sul do país, contabilizou 272 acidentes dessa natureza, com 20 óbitos


Se em 2021 a sobrecarga de energia e os choques elétricos provocaram 92 acidentes no Paraná, no ano passado esse número saltou para 127, sendo 100 ocorrências provenientes de incêndio, com três óbitos por curto-circuito e 27 mortes por choques.

No que diz respeito aos incêndios por sobrecarga, o estado, em 2022, ficou em 1º lugar do ranking, e junto com as demais regiões do Sul do país, contabilizou 272 acidentes dessa natureza, com direito a 20 óbitos. As informações são do Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica 2023, ano-base 2022, elaborado pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos de Eletricidade (Abracopel).

Importante destacar que a evolução desses números, para o estado, já era prevista, visto que em 2021 o Paraná foi o segundo estado do Brasil que mais registrou incêndios por sobrecarga de eletricidade. Foram, ao todo, 88 casos que deixaram a localidade atrás apenas de São Paulo, que teve 92 acidentes.

E, neste ano, somente no mês de janeiro, foram 30 ocorrências, sendo nove por choque elétrico, quatro delas fatais; e 19 incêndios por sobrecarga de energia, sem óbito.

Voltando na linha do tempo, para 2021, no que diz respeito aos choques, o Paraná apareceu em sexto lugar na listagem, com 37 óbitos, face aos 674 apontados em todo o Brasil. Já no ano passado, como foram registrados 27 óbitos por conta dos choques, o que deixou o estado em 7º, atrás de São Paulo (62); Bahia (60); Santa Catarina (44); Pará (37); e Minas Gerais e Mato Grosso (28). Falando dos acidentes registrados em nível nacional por choque elétrico, foram 853, ao todo, com 592 mortes; e 853 ocorrências com choque, que geraram 592 perdas de vidas.


Os vilões

Os maiores causadores de acidentes por choque elétrico nas áreas residenciais em 2022 foram, em primeiro lugar, os eletrodomésticos ou aparelhos eletrônicos, com 21,5% dos casos. Em segundo, aparece o fio partido ou sem isolamento (16,8%). A terceira causa foi para as manutenções (10,7%). Em quarto lugar aparece os acidentes com extensão, benjamin e tomada (14,1%); e, em quinto, as máquinas com fuga de corrente (9,4%).

Chama atenção que o principal motivo dos curtos-circuitos registrados no relatório da Abracopel é a instalação elétrica interna, com 548 casos e 29 vítimas fatais. Em segundo lugar, os vilões são os ventiladores e aparelhos de ar-condicionado, com 96 acidentes; e, em terceiro, os eletrodoméstico/eletroeletrônicos/equipamentos, com 62 apontamentos.

De acordo com o engenheiro eletricista da Engerey Painéis Elétricos, Fábio Amaral, a prevalecente razão para choques e curtos-circuitos é, sem dúvida, o desconhecimento e a negligência com os possíveis riscos que a eletricidade pode causar, caso as pessoas abram mão de contar com especialistas para fazer reparos ou deixem de lado as normas e regulamentos acerca do assunto: “É bastante comum os indivíduos acreditarem que os acidentes nunca acontecerão com eles ou com os seus familiares, se esquecendo que, na maioria das vezes, a eletricidade não dá uma segunda chance para a vida. E, infelizmente, por causa do pensamento ‘isso nunca acontecerá comigo’ é que os números do Paraná e do Brasil, em termos de acidente e óbitos, continuam tão altos ano a ano”.

 

Prevenir é o melhor remédio

Na tentativa de evitar tanto choques quanto curtos-circuitos, Fábio Amaral explica a importância de contar com equipamentos preventivos, tanto em construções antigas quanto novas. Como exemplo, ele cita o DR (Diferencial Residual), um aparelho capaz de reconhecer a fuga de corrente elétrica, por menor que seja esse escape, e que atua desligando o circuito, de forma instantânea, coibindo, assim, a gravidade dos danos que a eletricidade pode causar.

Então, funciona assim: toda fuga de corrente elétrica, que pode ocorrer por choques, fios desencapados, gambiarras, condutores mal isolados, sobrecarga ou mau contato com carcaças, é detectada pelo DR que, ao identificar qualquer anomalia, desliga o circuito automaticamente.

Outra prática que deveria ser seguida, no mínimo a cada 5 anos, mas que normalmente as pessoas deixam passar batido, é a checagem periódica da instalação elétrica: “Optando por uma revisão, é possível prever de antemão possíveis problemas, programando as soluções em tempo hábil”, orienta o engenheiro eletricista da Engerey.


DPS

Outro mecanismo de proteção de pessoas, objetos e animais de surtos elétricos é o Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS), instalado nos padrões de entrada de energia. “Trata-se de um aparelho que atua desviando as correntes de surtos, como seu próprio nome indica, prevenindo, assim, queimas de dispositivos elétricos e eletrônicos, que podem acontecer por causa de raios, sobretensões ou oscilações na rede elétrica”, finaliza Fábio Amaral.

A Norma Brasileira (NBR) nº 5410 diz que todas as instalações elétricas, tanto de residências quanto empresas.


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