Estabelecer um diálogo transparente e aberto é fundamental para evitar mal-entendidos e divergências
O processo de inventário, muitas vezes, pode se
tornar uma frequente fonte de tensão e conflito entre os herdeiros. Além de
desgastantes emocionalmente, podem prolongar a resolução do processo e não
faltam exemplos famosos desse embate, sendo um dos mais emblemáticos o do
apresentador de televisão Augusto Liberato, morto em novembro de 2019. A
partilha ainda é alvo de disputa e muita polêmica.
Mas será que é possível evitar esse problema? De
acordo com Luiz Fernando Gevaerd, especialista na área de Direito da Família
com mais de 40 anos de carreira com mais de 10 mil casos atendidos e diretor do
escritório Gevaerd Consultoria Jurídica, há formas de minimizar contestações se
forem adotadas algumas estratégias. “É o tipo de processo que pede uma atenção
especial para os envolvidos, porque serão diversas as situações delicadas a
serem enfrentadas. Por essa razão, é fundamental encontrar soluções
personalizadas para minimizar conflitos, através de uma abordagem humanizada e
pela busca de acordos justos entre as partes envolvidas”, destaca.
Estabelecer um diálogo transparente e aberto entre
os herdeiros é essencial para evitar mal-entendidos e divergências. “É importante
discutir questões relacionadas ao inventário e ouvir os pontos de vista de cada
um, buscando encontrar soluções consensuais”, aponta o especialista.
Um planejamento sucessório adequado também pode
evitar conflitos futuros, porque já estabelece claramente as regras de
distribuição de bens e evitando ambiguidades. “O advogado pode auxiliar os
clientes na elaboração de um plano sucessório bem estruturado, que estabeleça
claramente a forma como os bens serão distribuídos. Ao antecipar e abordar
potenciais pontos de conflito, como divisão, o advogado consegue evitar
disputas futuras”, explica o especialista.
Em casos de impasse, a mediação pode ser uma
ferramenta eficaz para auxiliar as partes envolvidas a encontrar soluções
pacíficas. “Um mediador imparcial e qualificado pode ajudar a facilitar a
comunicação e a negociação entre os herdeiros”, destaca Gevaerd.
Contar com a assessoria de um advogado
especializado em Direito de Família é imprescindível para evitar desgastes ao
longo do processo. “Um profissional experiente poderá orientar e representar os
interesses de cada herdeiro de forma imparcial, buscando uma solução justa e
equilibrada. Esse profissional possui o conhecimento jurídico necessário para
orientar os herdeiros sobre seus direitos e obrigações. Isso inclui esclarecer
dúvidas, explicar as opções legais disponíveis e fornecer uma visão realista
sobre as possíveis consequências de suas escolhas”, revela.
Gevaerd enfatiza que a prevenção de conflitos é
sempre o melhor caminho, mas caso ocorram, é importante buscar uma solução
pacífica e amigável. “O respeito aos direitos e desejos do falecido, bem como a
consideração pelos sentimentos e necessidades dos herdeiros, são fundamentais
para evitar litígios prolongados e danosos.
A ocorrência de disputas em processos de inventário
pode ser influenciada por uma variedade de fatores, incluindo a complexidade do
patrimônio, o número de herdeiros envolvidos, a existência de divergências
familiares e questões emocionais relacionadas à partilha dos bens. “Nessas
situações, é comum que as partes busquem orientação legal e recorram ao sistema
judicial para resolver suas divergências”, ressalta
É importante destacar que a busca por uma solução
judicial nem sempre significa que o processo resultará em um litígio
prolongado. Muitas vezes, as partes envolvidas podem optar pela mediação ou por
outros métodos alternativos de resolução de conflitos para alcançar um acordo
antes mesmo de chegar a um julgamento.
Geveard reforça que cada caso de inventário é
único, e pode variar significativamente em termos de complexidade e
probabilidade de disputa judicial.
Gevaerd Consultoria Jurídica
https://gevaerd.com.br/
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