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quinta-feira, 28 de julho de 2022

Estudo obtém supercondutividade em temperatura mais alta do que as usuais

 

Trabalho, realizado por pesquisadores brasileiros, foi publicado como matéria de capa pela revista Nanoscale. O tema desperta interesse devido a possíveis aplicações em dispositivos eletrônicos de próxima geração (imagem: Daniel Rana Camarotto/Desayuno)

 

Resfriados a temperaturas extremamente baixas, certos materiais passam a conduzir corrente elétrica sem resistência nem perdas. Essa propriedade, denominada supercondutividade, foi descoberta em 1911 pelo físico neerlandês Heike Kamerlingh Onnes (1853-1926), premiado com o Nobel de Física dois anos mais tarde.

Mas, apesar de sua descoberta ter já mais de um século, a supercondutividade continua sendo objeto de um intenso esforço de pesquisa, tanto pelo que informa acerca de aspectos fundamentais da realidade material quanto por suas aplicações práticas – por exemplo, em conversão de energia, telecomunicações e imageamento para diagnóstico médico.

Uma das linhas de pesquisa está ligada à chamada “temperatura de transição supercondutora” (Tc), abaixo da qual o material se torna supercondutor. E a importância desse tópico é fácil de entender, pelo interesse em se obter supercondutividade em temperaturas cada vez mais altas – isto é, cada vez mais próximas da temperatura ambiente.

Um trabalho nessa linha de investigação, produzido por pesquisadores brasileiros, foi matéria de capa da revista Nanoscale: “Strain-induced multigap superconductivity in electrene Mo2N: a first principles study”. Já nas primeiras linhas, o artigo menciona o interesse suscitado pelo tema devido a “possíveis aplicações em dispositivos eletrônicos de próxima geração”.

“Em estudo anterior, nosso grupo de pesquisa investigou o papel da pressão como variável capaz de modificar a temperatura de transição de um determinado material. No caso de materiais bidimensionais, um processo análogo é obtido pela aplicação de tensões. E foi isso que estudamos agora”, diz o pesquisador Edison Zacarias da Silva, professor titular do Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (IFGW-Unicamp) e coordenador da pesquisa.

Silva é um dos pesquisadores principais do Projeto Temático “Modelagem computacional da matéria condensada”, apoiado pela FAPESP. A pesquisa, que utilizou o novo computador Ada Lovelace do Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho (Cenapad-SP), sediado na Unicamp, também contou com a colaboração do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP.

No estudo em pauta, os pesquisadores empregaram simulação computacional para investigar o comportamento supercondutor de uma monocamada de nitreto de dimolibdênio (Mo2N), em função de diferentes temperaturas e tensões aplicadas. A ferramenta matemática utilizada para resolver a estrutura eletrônica do material foi o funcional de densidade.

A teoria do funcional de densidade (DFT, do inglês density functional theory) é um modelo simplificado, derivado da mecânica quântica, utilizado em física dos sólidos e em química teórica para resolver sistemas de muitos corpos. Na DFT, as propriedades de sistemas com muitos elétrons são determinadas por meio de funcionais, isto é, de funções de funções – no caso, a distribuição espacial da densidade eletrônica.

“A análise do acoplamento elétron-fônon permite detectar a formação de pares de Cooper, que caracterizam o estado supercondutor”, afirma Silva. Vale lembrar que o “fônon” é uma excitação mecânica que se propaga pela rede cristalina do sólido. Em física clássica, pode ser descrito como uma onda elástica. Mas, considerando que o fenômeno ocorre em escala atômica, é preciso utilizar a física quântica. E, neste caso, o fônon deve ser pensado como um quantum de energia que viaja pela rede.

A interação elétron-fônon causa uma interação efetiva atrativa entre dois elétrons, levando-os ao emparelhamento. E esses elétrons emparelhados, que constituem os chamados “pares de Cooper” (em homenagem ao seu descobridor, Leon Cooper, Prêmio Nobel de Física de 1972), fluem juntos pelo material sem dissipação de energia, o que define a supercondutividade.

“Constatamos que o nitreto de dimolibdênio possui uma característica marcante, que é o fato de ser um eletreto e, ao mesmo tempo, apresentar supercondutividade em temperaturas relativamente altas. Devido ao seu caráter iônico, os eletretos têm bolsões de elétrons confinados nos interstícios do cristal. Ao passo que os supercondutores, dependendo da temperatura, não apresentam qualquer resistência ao trânsito de elétrons.

Apesar de essas duas propriedades serem aparentemente contrastantes, é possível que elas coexistam no mesmo material. E foi justamente isso que mostramos em nosso trabalho”, informa Zenner Pereira, professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) e primeiro autor do artigo publicado em Nanoscale.

Importante destacar, como um achado do estudo, a forte correlação entre as propriedades eletrônicas do material e a tensão aplicada. “Nossa simulação mostrou ainda que a monocamada de Mo2N apresenta a mais alta temperatura de supercondução para essa classe de materiais em pressão ambiente, variando, em função da tensão, de 19,3 kelvin a 24,8 kelvin”, sublinha Silva.

Além de Silva e Pereira, participou do estudo o professor Giovani Faccin, da Universidade Federal da Grande Dourados.

O artigo “Strain-induced multigap superconductivity in electrene Mo2N: a first principles study” pode ser acessado em https://doi.org/10.1039/D2NR00395C.

 

José Tadeu Arantes
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/estudo-obtem-supercondutividade-em-temperatura-mais-alta-do-que-as-usuais/39227/


Dúvidas sobre inventário pode gerar custos desnecessários


Quando se perde um ente querido tem-se de lidar com a dor e, ao mesmo tempo, com os processos exigidos por lei para a divisão de bens, o famoso inventário. O prazo para dar a entrada no processo no estado de São Paulo é de até 60 dias após o falecimento, lembrando que cada estado tem um prazo. O inventário pode ocorrer por duas formas: judicial ou extrajudicialmente. O fato é que para decidir entre as duas formas é preciso conhecer alguns requisitos. 

O processo de inventário extrajudicial é feito diretamente no cartório de notas, de forma muito mais rápida e, muitas vezes, com menor custo, mas não pode haver menor ou incapaz envolvidos e todos os herdeiros têm de estar em comum acordo.

 

Dentro desses requisitos, o primeiro passo para dar a entrada no inventário é contratar um advogado. Ele marcará uma data com o escrevente do cartório, dentro do prazo de 60 dias, no caso do estado de São Paulo, para levar todos os documentos exigidos para a divisão de bens, como certidão de óbito, Imposto de Renda, certidão de casamento, entre outros.  

 

De acordo com os bens listados no cartório é gerada a taxa do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) que, no Estado de São Paulo, é de 4% sobre os bem transmitidos. Essa taxa deve ser paga por todos os herdeiros envolvidos. No dia da assinatura do inventário, o escrevente lê o documento na frente de todos os herdeiros e, se houver alguma divergência, como no nome ou número de documento, por exemplo, a alteração é feita na hora.

 

Com a documentação pronta, assina-se a escritura de inventário, paga-se o cartório e o processo está resolvido.

 

O processo extrajudicial retira a carga do Tribunal. Às vezes, muitas pessoas entram no processo judicial sem necessidade, isso gera maior custo e perda de tempo, além de sobrecarregar o Tribunal.

 

Já no processo judicial, o prazo para dar a entrada no inventário é também de 60 dias no estado de São Paulo, mas acontece quando há envolvidos menores ou incapazes ou há conflito entre os herdeiros. Nesse caso, todo o procedimento é feito por um advogado no fórum competente da respectiva cidade.

 

O processo de inventário se inicia quando o juiz nomeia um inventariante, que tem o prazo de 20 dias para entregar ao advogado os documentos necessários para a listagem de bens. Nesse caso, além da taxa de ITCMD sobre os bens, também são cobrados os custos processuais e os honorários do advogado (cobrado de acordo com a tabela da Ordem dos Advogados do Brasil).

 

No caso de um inventário judicial, o processo pode demorar, no mínimo, de seis meses a um ano.

 

É importante as pessoas conhecerem os dois tipos de processos para não perderem tempo nem terem gastos desnecessários na hora de dar entrada em um inventário. 

No caso de existir um testamento, o processo tem de ser judicial e a divisão de bens deve seguir os termos declarados no testamento.

 

 

Dra. Catia Sturari - advogada especializada em Direito de Família, atuando há 12 anos na área. Formada pela IMES (Hj, USCS), em São Caetano do Sul, atualmente cursa pós-graduação em Direito de Família pela EBRADI. Condutora do programa Papo de Quinta, no Instagram, voltado às questões que envolve o Direito de Família, também é palestrante em instituições de ensino e empresas e é conhecida pela leveza em conduzir temas difíceis de aceitar e entender no ramo do Direito de Família.


Entre apoiadores e detratores, os tokens de crédito de carbono ganham força


Oficialmente lançado pelo Protocolo de Quioto, tratado internacional para controle da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, em 1997, o termo “crédito de carbono” teve sua comercialização ratificada tanto no Acordo de Paris (2015) quanto na COP26, em Glasgow, no ano passado, em virtude da necessidade vital de frenagem do aumento da temperatura no século. Complementando, a redução de CO2 está diretamente associada ao ODS 13, Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, da ONU, que trata da ação contra a mudança global do clima.

Para efeito de comparação, um crédito de carbono (C) corresponde a uma tonelada de CO2 que deixou de ser emitida ou foi retirada da atmosfera. As ações para a compensação do carbono podem se dividir em duas formas: pela Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), por exemplo, manutenção das florestas, plantio e redução do desmatamento; ou por Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), com ações como a substituição de energia gerada por combustíveis fósseis, termoelétricas, fontes renováveis eólicas, solares ou hidráulicas. Existe também o REDD+, conceito que agrega o REDD e o manejo sustentável das florestas como forma de conservação e aumento dos estoques de carbono florestal.

O token do crédito de carbono é um ativo financeiro que guarda os mesmos princípios das criptomoedas e de outros ativos digitais, permitindo sua negociação no mercado, tendo a compensação de CO2 a partir de ações REDD+ e/ou MDL como fato gerador. Nessa linha, surgem diversas discussões que identificam pontos positivos e oportunidades, sendo que passamos a argumentar acerca dos principais tópicos dessa dualidade.

Os primeiros pontos referem-se à transparência, escalabilidade e segurança, garantidas por tecnologias como o blockchain, permitindo que um mesmo crédito não seja disponibilizado para 2 entidades (pessoas ou instituições) diferentes. A digitalização também premia quem está trabalhando para a redução dos GEE (Gases de Efeito Estufa), contemplando principalmente o CO2, o que acaba por possibilitar ganhos financeiros com a captação e a consequente venda de créditos de carbono para quem atua em REDD+ e MDL.

Indo além, o token democratiza o acesso à redução certificada de emissões, permitindo a aquisição de frações mínimas de crédito até para pessoas físicas. Como exemplo, se uma pessoa realiza uma viagem aérea de São Paulo ao Rio de Janeiro, pode compensar seu consumo de aproximadamente 35 Kg de carbono com a compra de token por R 10,00.

Vale ainda destacar que essa é uma excelente oportunidade que o Brasil tem em ser protagonista na agenda climática, não só com ações para redução de GEE, mas com a rentabilização a partir de créditos. Hoje são certificados 5 milhões de créditos no país, sendo que, segundo a MOSS, há potencial para emissão de 1,5 bilhão, o que totalizaria um montante de US 6 bilhões, valor muito abaixo dos preços praticados nos países desenvolvidos.

Há claras oportunidades para que o token consolide-se no mercado nacional, mas é preciso que haja uma regulamentação governamental para o tema. No Brasil, há padrões voluntários que não estão sujeitos a regras comuns e unificadas, de forma que existem divergências quanto à captação, métodos de aferição e qualidade dos créditos. Entende-se que há um período de aprendizado com os créditos voluntários, a exemplo do que ocorreu com a Logística Reversa de embalagens pós-consumo no país, instituída pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de 2010, mas que só nos últimos anos surtiu termos de compromisso, inicialmente em São Paulo e, a partir desse marco, expandiu-se para os demais estados do país.

O crédito de logística reversa digital brasileiro foi homologado no programa Recicla Mais, do Ministério do Meio Ambiente, em abril de 2022, e tem por base o consolidado modelo europeu. A modalidade permite a compensação em massa do resíduo sólido urbano (embalagens pós-consumo) colocado no mercado. Nesse contexto, surgiram padrões e entidades de controle, verificação e auditoria, aumentando a confiabilidade do sistema e assegurando a rastreabilidade do crédito.

 

Alaércio Nicoletti Junior - professor da Escola de Engenharia (EE) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), coordenador do Hub de inovação e da pós-graduação em Engenharia de Sustentabilidade do Mackenzie e Head de Sustentabilidade e Melhoria Contínua no Grupo Petrópolis.


Como estudar atualidades para o Enem, Vestibulares e Concursos

Vinícius Oliveira, mais conhecido como Profinho, compartilha dicas para otimizar os estudos

 

A melhor forma de estudar atualidades para o Enem é pesquisar notícias recentes relacionadas não só ao Brasil, mas também ao mundo. Os avaliadores que organizam as provas de concurso se baseiam nesses acontecimentos para avaliar os candidatos.

 

Segundo Vinícius Oliveira, mais conhecido como Profinho, é importante pesquisar o fato noticiado em vários sites diferentes e sempre fazer juízo de valor da notícia. Além disso, existem sites "fact-cheking", que são veículos da imprensa destinados a separar a verdade da mentira.

 

“Os temas mais comuns são aqueles intimamente relacionados a áreas do conhecimento. Por exemplo, as queimadas que afetam as florestas estão relacionadas ao equilíbrio ambiental, manutenção dos biomas e do ecossistema. Esses assuntos são importantes temas da biologia e, a partir deles, o avaliador consegue aferir as competências e habilidades dos candidatos”, destaca o professor.

 

Conflitos bélicos mundiais, como Rússia X Ucrânia, Crise dos refugiados, Queimadas nas florestas brasileiras, Crise sanitária e pandemia, Crise econômica e desemprego e Aquecimento global, são alguns possíveis temas que podem cair na prova.

 

Para não se esquecer dos assuntos, tenha um caderno destinado apenas ao estudo das atualidades. Dê um título ao fato, coloque a data do acontecimento, seu contexto, suas consequências e outros detalhes que considerar importantes.

 

Uma boa pesquisa sobre atualidade passa por 3 passos:

1. Acesse diariamente sites de notícia

2. Pesquise o fato noticiado em outros 3 ou 4 sites de relevância nacional

3. Tenha senso crítico para verificar se a notícia foi manipulada ou modificada.

“Estar bem informado é importante não só para o bom desempenho nas provas, mas também para a formação da consciência enquanto cidadão. Afinal, a informação é a porta de entrada para o diálogo e para a evolução da sociedade”, finaliza Profinho.

 


Fonte: Vinícius Oliveira – Profinho l 1º Professor Nota 1000 no Enem
Instagram: @profviniciusoliveira
Youtube: ProfViniOliveira


quarta-feira, 27 de julho de 2022

Prática esportiva na infância pode contribuir para vida profissional no futuro

divulgação/Colégio Positivo
Esporte auxilia no desenvolvimento de soft skills como liderança, colaboração e empatia, qualidades buscadas pelo mercado de trabalho 

 

Nas quadras, piscinas e campinhos, enquanto brincam e se exercitam, crianças e adolescentes estão, também, desenvolvendo uma série de habilidades que, no futuro, podem contribuir fortemente para que eles sejam profissionais melhores e mais desejados pelo mercado de trabalho. As almejadas soft skills, tão comentadas nos últimos anos, são facilmente trabalhadas durante a prática esportiva.

Para a professora de Educação Física e diretora do Colégio Passo Certo, Lorena Paoloni, qualidades como comprometimento, desenvoltura, capacidade de trabalhar em equipe, agilidade e honestidade estão todas contidas nos esportes. “Hoje em dia, as empresas buscam incansavelmente profissionais que unam esse conjunto de habilidades. Elas são, muitas vezes, tão ou mais importantes que a formação e a experiência desses profissionais”, destaca. Segundo ela, embora haja muitas maneiras de trabalhar essas competências, o esporte é, provavelmente, a mais divertida e saudável.

Ao se envolver nas atividades físicas, os estudantes têm a oportunidade de exercitar também a inteligência emocional, o senso de coletividade e a autoconfiança, características fundamentais para quem deseja ter uma carreira de sucesso, seja qual for a área de atuação profissional. “Mesmo que o ponto de partida da prática esportiva seja a competitividade, as crianças estão, na verdade, exercitando a competição saudável, o que também precisa ser feito na carreira profissional”, lembra.


Mexer o corpo para sacudir a mente

É claro que colocar o corpo em movimento é importante para as funções cardiovasculares, a respiração e a oxigenação dos tecidos, por exemplo, mas permite também uma espécie de “limpeza” mental. Lorena explica que, além de regular as funções vitais, a atividade física permite que qualquer pessoa entre em contato com questões internas. “Praticando esportes, aprendemos a lidar com a vitória e a derrota, descobrimos nossos próprios limites e podemos até mesmo ter revelações importantes de autoconhecimento”, afirma.

Todos esses benefícios têm reflexo direto nas relações humanas. Um bom atleta sabe ter empatia e respeitar seus adversários, é solidário e aprende a conviver melhor com as diferenças. Essas habilidades serão importantes também no mundo do trabalho. Assim também funciona com o trabalho em equipe, indispensável nos esportes e na carreira. Um profissional que sabe lidar com seus colegas, subordinados e superiores tem muito mais chances de sucesso.

Competir é importante, mas o espírito de competição não deve atropelar outras competências, ressalta Lorena. “Simplesmente querer ser melhor do que os outros não traz resultados nem para o profissional, nem para o negócio. O essencial, no trabalho e no esporte, é colocar em campo os próprios talentos, mas não ofuscar os companheiros de equipe”, compara. Aliás, os melhores integrantes das equipes são aqueles que  criam condições para que cada um possa se expressar e brilhar também. O mesmo serve para adversários de negócios ou de outros times. “É difícil pensar a favor do oponente – ou da concorrência –, mas esse pode ser um excelente exercício de empatia. No fim, o que mais importa ao público é o jogo em si, e não os resultados”, finaliza.


A coluna do idoso: um desafio para o cirurgião

Na década de 1940 a média de idade da população chegava aos 45 anos. Até pouco tempo, a expectativa de vida era mais baixa, mas atualmente as pessoas vivem mais e merecem viver com mais qualidade. Nos dias atuais, a expectativa de vida gira em torno dos 75 anos e é ainda mais elevada para as mulheres, chegando próximo dos 80 anos.

Nos consultórios médicos, cada vez atende-se mais pacientes idosos que estão cheios de vida, expectativas e que desejam manter-se saudáveis e ativos, aproveitando o que a vida tem para lhes oferecer. Não basta mais se contentar em ficar em casa e cuidar dos netinhos, as pessoas querem usufruir das tecnologias, querem passear, viajar e manter uma prática esportiva com os amigos.

A cirurgia de coluna no idoso sempre foi um desafio e o médico deve estar atento a diversos aspectos que envolvem o cuidado desses pacientes. Fazer uma avaliação multidisciplinar, contando com o apoio de outros profissionais como geriatra, fisioterapeuta, nutricionista, endocrinologista e profissionais que estejam envolvidos em todo o processo é fundamental.

A cirurgia deve ser conversada e esclarecida. Entender todo o processo que envolve o procedimento faz com que paciente e familiares fiquem tranquilos, fazendo com que a melhor opção de tratamento possa ser escolhida.

A menor agressividade por meio de cirurgias minimamente invasivas é uma opção promissora para o tratamento do paciente idoso, tendo em vista a evolução da técnica e da tecnologia ao longo do tempo, fato que aumenta a segurança da cirurgia. Vale ressaltar que atualmente existe uma série de procedimentos minimamente invasivos, os quais têm como objetivo comprometer o mínimo possível o corpo, garantindo uma recuperação muito mais rápida e segura.

As cirurgias minimamente invasivas são realizadas com cortes muito pequenos e contam com o auxílio da tecnologia e de instrumentos cirúrgicos específicos para que sejam realizadas. Com o objetivo de causar menos agressões ao corpo do paciente, são uma alternativa aos procedimentos convencionais e garantem uma recuperação muito mais rápida.

Entre as vantagens das técnicas pouco invasivas estão:

- Menos danos aos tecidos do corpo;

- Menor sangramento;

- Menor risco de infecções no pós-operatório;

- Menos dores;

- Cortes menores;

- Recuperação mais rápida;

- Menor tempo de internamento;

- Retorno mais rápido à prática esportiva e atividades de lazer.

Entre as técnicas minimamente invasivas mais difundidas e seguras está a endoscopia da coluna, cirurgia realizada por vídeo, para tratamento de compressões e hérnias de disco. Além dessa técnica, as artrodeses anteriores com menor agressão e colocação de implantes grandes por meio de cortes pequenos, também têm se mostrado importantes para o tratamento e recuperação do paciente idoso.

Hoje em dia, discute-se muito esse tema em congressos médicos. Recentemente, foi falado sobre o assunto no Congresso Sul-Brasileiro de Coluna.

A cirurgia nem sempre é a última escolha, e sim uma possibilidade a ser debatida com o paciente. Por isso, vale destacar a importância de buscar atendimento com um especialista no assunto.

 

Dr. Alynson Larocca Kulcheski (CRM 24934) - médico ortopedista do Hospital VITA, cirurgião de coluna vertebral pela UFPR. Mestre em Cirurgia, consultor de cirurgias minimamente invasivas da coluna, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e membro da Sociedade Brasileira de Coluna Minimamente Invasiva (SBC.MISS).

 

Hospital VITA

www.hospitalvita.com.br


Dia Mundial de Combate à Hepatite: tipos B e C podem causar câncer de fígado

 Cerca de 354 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com o vírus; Oncologista tira as principais dúvidas sobre a relação entre a neoplasia e a doença

 

Nesta quinta-feira (28), é comemorado o Dia Mundial de Combate à Hepatite e, além disso, o mês de julho, que leva a cor amarela, traz a importância de um olhar cuidadoso para a doença, principalmente os tipos B e C, que podem resultar em câncer de fígado. Segundo dados do American Cancer Society, a incidência da neoplasia triplicou desde 1980, dobrando também as taxas de mortalidade pela doença. 

Anualmente, cerca de 800 mil pessoas são diagnosticadas com câncer de fígado no mundo. No Brasil, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer de 2019, a neoplasia causou 10.902 óbitos, sendo 6.317 em homens e 4.584 em mulheres. 

Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, mundialmente as hepatites virais causadas pelos vírus B ou C são a causa mais comum. Vale lembrar ainda que esse tipo de infecção também pode levar à cirrose hepática, que ocorre quando o tecido hepático normal é substituído pelo cicatricial não funcional, danificando o órgão. 

“A hepatite viral causada pelos vírus B e C pode ser transmitida entre pessoas através de relações sexuais sem preservativo, transfusões de sangue, compartilhamento de agulhas contaminadas ou de objetos de higiene pessoal (como lâminas de barbear, depilar, alicates de unha, entre outros) ou durante o parto. Como forma de prevenção, a vacina contra hepatite B é oferecida gratuitamente pelo SUS. Além disso, apesar de não existir uma vacina para a infecção pelo vírus C, os novos tratamentos, também oferecidos de forma gratuita na rede pública, possuem chance de cura em cerca de 90% dos casos", explica o Dr. Artur Rodrigues Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, é estimado que 354 milhões de pessoas tenham hepatite B ou C².
 

Além da hepatite B e C, outros fatores que podem desencadear o câncer de fígado são:

  • Cirrose (inflamação crônica no fígado);
  • Algumas doenças hepáticas hereditárias, como hemocromatose (acúmulo de ferro no organismo) e doença de Wilson (acúmulo de cobre no organismo);
  • Diabetes;
  • Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), que causa acúmulo de gordura no fígado;
  • Exposição a aflatoxinas (venenos produzidos por fungos que crescem em determinados alimentos quando não são armazenados corretamente e ficam expostos à umidade, como alguns tipos de grãos e castanhas);
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas.


Tipos de câncer de fígado 

Dentre os tipos de câncer de fígado, o carcinoma hepatocelular, que se inicia nos hepatócitos (células localizadas no fígado) é o mais comum. "Vale lembrar ainda que ele é o mais frequente nos pacientes com doenças hepáticas crônicas, como a cirrose, podendo ser proveniente do consumo excessivo do álcool ou de uma hepatite B ou C, por exemplo", comenta o oncologista. Outros tipos da doença podem incluir:

  • Colangiocarcinoma -- proveniente dos ductos biliares do fígado;
  • Hepatoblastoma -- neoplasia rara que atinge recém-nascidos e crianças, ocorrendo predominantemente abaixo dos três anos, sendo raro após o quinto ano de idade; e
  • Angiossarcoma -- câncer igualmente raro que se origina nos vasos sanguíneos do fígado.


Hepatites B ou C sempre irão resultar em câncer de fígado? 

"Felizmente, não. As hepatites B e C, apesar de serem um fator de risco, não necessariamente determinarão o desenvolvimento da neoplasia, ou seja, apenas uma parcela dos pacientes irá evoluir para o câncer de fato. No entanto, adotar medidas de prevenção ao vírus é essencial para frear as estatísticas da doença", explica Artur Ferreira.
 

Sintomas e sinais do câncer de fígado 

De acordo com o oncologista da Oncoclínicas São Paulo, grande parte dos pacientes não irá apresentar sintomas nos estágios iniciais do câncer primário de fígado. No entanto, caso se manifestem, é importante ficar de olho em:

  • Emagrecimento sem causa identificável;
  • Perda do apetite;
  • Dor na parte superior do abdômen;
  • Náusea e vômito;
  • Sensação de fraqueza e fadiga;
  • Inchaço abdominal (ascite);
  • Presença de massa abdominal;
  • Surgimento de icterícia, que é caracterizada pela coloração amarelada da pele e no interior dos olhos;
  • Fezes brancas e com coloração esbranquiçada (aparência de giz).


Diagnóstico do câncer de fígado 

Justamente por ser uma doença silenciosa, nem sempre é fácil diagnosticar o câncer de fígado precocemente. "Geralmente, não são solicitados exames de rastreamento para o carcinoma hepatocelular na população em geral. Mas, eles podem e devem ser recomendados em casos específicos, como nos pacientes com cirrose hepática, ou ainda infecção crônica por hepatite B", diz o especialista.
 

Ao avaliar cada caso, o médico pode solicitar:

  • Exames laboratoriais, como os de sangue, que avaliam a função do fígado e a alfa-fetoproteína (AFP, um marcador tumoral);
  • Exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, para visualizar a existência de tumores, sua extensão e se eles se espalharam para outras partes do corpo;
  • Biópsia do fígado, em que uma agulha é colocada dentro da lesão para retirar uma amostra para análise no microscópio que determina se ela é maligna ou benigna; em se tratando do carcinoma hepatocelular, nem sempre a biópsia será necessária, pois achados específicos dos exames de imagem em associação com as informações clínicas do paciente podem estabelecer o diagnóstico;
  • Cirurgia laparoscópica, somente em casos específicos, que permite visualização direta do órgão e realização de biópsia.


Opções de tratamento do Carcinoma hepatocelular 

“Dentre as abordagens de tratamento, podem ser realizados a remoção cirúrgica, transplante hepático, ablações e embolizações hepáticas, radioembolização, imunoterapia, terapias-alvo e, menos frequentemente, a quimioterapia. Mas, apenas após discussão multidisciplinar, a melhor modalidade de tratamento deverá ser indicada", finaliza.

  

Grupo Oncoclínicas

https://www.grupooncoclinicas.com/cpo-sp


44 anos da fertilização in vitro: entenda como a evolução da técnica aumentou as chances de sucesso da reprodução assistida

Julho é marcado pelo nascimento do primeiro bebê de proveta no mundo. No Brasil o primeiro nascimento foi no Paraná, em 1984.

Micromanipulador inova a técnica de fertilização in vitro. Créditos: Divulgação


O dia 25 de julho marca a data do nascimento do primeiro bebê de proveta do mundo, a britânica Louise Brown, que completa 44 anos de idade. Foi a primeira pessoa gerada em laboratório após diversos estudos e tentativas médicas. A data do aniversário de Louise marca uma das maiores conquistas da medicina: a fertilização in vitro. Desde então, mais de 8 milhões de bebês de proveta nasceram ao redor do mundo, segundo dados divulgados em 2018 pela Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE).


Segundo o médico ginecologista e especialista em reprodução assistida com mais de 30 anos de experiência em técnicas de fertilização, Ricardo Beck, as evoluções ao longo dos anos aumentaram a qualidade e as chances de sucesso do procedimento para milhares milhares de casais que sonham em ter um filho.

“A incubadora usada na primeira tentativa de fertilização in vitro, lá em 1978, era muito precária. Não existia, nessa época, meios de cultura apropriados para manter esses materiais genéticos e nem o embrião. Foram necessários muitos ajustes para que os médicos conseguissem alcançar a condição ideal para que o embrião pudesse se desenvolver. Hoje temos tecnologias super avançadas que permitem simular a condição perfeita do útero, aumentando as chances de sucesso da fertilização”, explica Beck.

No Brasil, o primeiro nascimento foi em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, no Paraná, em 1984. Entre os anos de 2012 e 2019, foram mais de 265 mil ciclos de fertilização in vitro realizados no país, segundo o 13º Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões, o último divulgado pela ANVISA no início de 2020.


Caso de sucesso

O avanço da tecnologia nas últimas 4 décadas possibilitou que a fertilização in vitro fosse realizada com mais qualidade e precisão, além de inovar e oferecer novas técnicas. A corretora de imóveis, Cristiane Bohme, realizou a fertilização in vitro em 2014, após 3 anos de tentativas. "Foram três anos difíceis, com vários abortos, até que decidimos recorrer a reprodução assistida. Esse momento envolveu muitos medos e ansiedade, mas conseguimos realizar nosso sonho. Logo na primeira tentativa de fertilização in vitro veio o positivo no teste gravidez. Hoje a minha filha tem 7 anos e é a minha maior alegria", conta Cristiane.

Confira abaixo as seis principais conquistas da reprodução assistida desde 1978:


Micromanipulação

Essa é a técnica mais moderna para fazer a fecundação do óvulo pelo espermatozóide em laboratório. “Na fertilização assistida clássica, os espermatozóides eram colocados em uma placa ao redor do óvulo para que, então, houvesse a fecundação. Já na micromanipulação, os espermatozóides são selecionados para ver quais têm o maior potencial de fecundação, e cada espermatozóide é colocado no interior do óvulo por meio de uma injeção intracitoplasmática do espermatozóide”, diz Beck. Todo esse procedimento é feito por um embriologista especializado com o auxílio de um equipamento chamado de micromanipulador. Com essa técnica, é possível obter melhores resultados na formação dos embriões.


Incubadoras e meio de cultura

Logo após a fecundação, o embrião é colocado em incubadoras, ou meios de cultura, para se desenvolver até que fique pronto para ser transferido ao útero da mulher. A embriologista Elisângela Bohme, que trabalha com o médico Ricardo Beck há mais de 15 anos, afirma que a principal evolução está na simulação das condições internas do útero. “Hoje nós temos incubadoras que monitoram o desenvolvimento do embrião 24 horas por dia, e transmitem em tempo real para a embriologista de plantão. Qualquer alteração na temperatura e quantidade de CO2, por exemplo, é notificada imediatamente para que possa ser corrigida sem prejudicar o crescimento dos embriões”, explica Bohme.


Filmadora

Atualmente é possível assistir as células se dividindo dentro da incubadora, por meio de uma filmadora que transmite imagens em uma tela de computador. Dessa forma, o embriologista pode acompanhar todo o processo evolutivo do embrião, prever a evolução das estruturas e avaliar se é um embrião saudável, tendo como base, por exemplo, quanto tempo ele leva para fazer a divisão celular.


Congelamento de embriões

Segundo Ricardo Beck, a evolução nos congelamentos tem sido essencial para o processo de reprodução assistida, e afirma que os resultados hoje são muito melhores do que há 10 anos. Para se ter uma ideia, somente em 2019, foram congelados mais de 99 mil embriões no Brasil, segundo o último relatório da ANVISA. “Na fertilização in vitro cada embrião é valioso e, há alguns anos, quando havia sucesso na transferência de um embrião, os demais eram descartados porque não tinha onde guardá-los. Mas hoje não! É possível guardar os embriões e mantê-los congelados, para aumentar as chances do casal de terem um segundo ou terceiro filho no futuro sem terem que passar por todo o processo de FIV novamente”, explica Beck.


Congelamento de material genético

Essa é uma etapa anterior à fertilização in vitro e serve para preservar a fertilidade de homens e mulheres que irão passar por um tratamento oncológico, como quimioterapia, por exemplo, e mulheres que não tem previsão de gravidez antes dos 40 anos. “O congelamento de óvulos vem como forma de preservar a qualidade e quantidade do material genético. Sabemos que no caso das mulheres, a fertilidade tende a diminuir após os 35 anos, então quanto antes os óvulos forem congelados, melhor. Assim, quando houver o desejo de uma gravidez, o material é descongelado e a fertilização in vitro pode ser feita normalmente”, diz Ricardo. O material genético coletado, assim como os embriões não usados, são colocados em cápsulas de nitrogênio líquido, a uma temperatura de 196º negativos, sem que haja qualquer dano ou prejuízo.


Estudo genético

Também chamado de biópsia embrionária, esse é um procedimento que tem por objetivo identificar entre os embriões aqueles que carregam, em seu material genético, doenças hereditárias, podendo manifestá-las já no útero ou após o nascimento. Pais que têm doenças genéticas, ou caso de síndrome de Down na família, podem optar por esse estudo genético. Dessa forma, é possível transferir para o útero apenas os embriões saudáveis.


Chocolate faz bem para a saúde?

Nutricionistas do Hospital Sírio-Libanês respondem as diferenças entre os tipos, como meio amargo, branco e ao leite, e os efeitos no organismo

 

O chocolate faz bem à saúde? Quem nunca disse isso para justificar o consumo desse doce? Então, para a alegria de todos, a resposta para a pergunta é um ressonante sim! O grão de cacau é uma das fontes mais conhecidas de polifenóis e flavonoides, compostos orgânicos que possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, além de ser um alimento rico em minerais: potássio, fósforo, cobre, ferro, zinco e magnésio.

De acordo com a nutricionista do Hospital Sírio-Libanês, Maryana Virginia Orellana, o chocolate possui a capacidade de estimular a produção de serotonina, um hormônio responsável pelo bom humor, auxiliando no combate da ansiedade e da depressão. Porém, os teores de flavonoides encontrados variam para cada chocolate, sendo o chocolate amargo o que mais contém compostos com reconhecida atividade.

“Cabe destacar dois fatores em relação ao consumo do chocolate: o tipo ingerido e a quantidade”, explica a nutricionista. O chocolate branco é feito basicamente de manteiga de cacau, leite e açúcar, possui um maior teor de gordura saturada, açúcar e caloria. Ao leite é um alimento de alto valor calórico, que contém grandes quantidades de gorduras saturadas e açúcar. Já os chocolates do tipo meio amargo e amargo apresentam menor quantidade de leite, gordura e açúcar, e maior quantidade de cacau, conferindo maiores teores de substâncias antioxidantes e menor valor energético. “Além destes tipos, existem no mercado o chocolate de soja, isento de lactose e glúten, sendo uma alternativa de consumo para os intolerantes à lactose”, destaca Maryana.

A nutricionista completa que não existe uma quantidade determinada diária para o seu consumo, entretanto, de acordo com a literatura, para ter todos os benefícios do chocolate amargo, basta comer um quadradinho de chocolate amargo ou meio amargo por dia, o que equivale a cerca de 6 g. Outro ponto importante é quanto maior a quantidade de cacau na composição dos chocolates, maior será benéfico à saúde. O chocolate acima de 50% de cacau tem menos açúcar e gordura saturada. 

 

Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês

https://www.hsl.org.br


5 dicas para parar de tossir e dormir a noite toda


Com a chegada do inverno, não é incomum acordarmos no meio da noite com uma crise de tosse. Nesta estação, as temperaturas baixas, o tempo seco e a baixa umidade contribuem para este cenário. Sem contar que além das características da estação do ano, outros fatores podem incentivar e desencadear a tosse. Identificar a origem do problema é muito importante já que isso desempenha um grande papel na escolha da medida certa para curá-la. Por exemplo, quando se está em um ambiente diferente, seja em um período de férias ou visita a um amigo ou parente, um quadro alérgico pode surgir repentinamente. Cigarro, asma e, até mesmo, alguns medicamentos também podem fazer com que a tosse apareça.

A  equipe de pesquisadores e cientistas da Emma Colchões preparou algumas dicas que podem ser de utilidade neste período em que é tão comum ver alguém tossindo e contribui para noites de sono mais restauradoras.


1. Beba algo quente

Não há muitas evidências científicas de que uma bebida quente irá curar uma tosse, mas há relatos de que ela pode ajudar a respirar mais facilmente. Não por acaso, muitas avós recomendavam um chá quente ou uma tigela de sopa antes de dormir. Isso porque uma bebida quente pode limpar a congestão nasal e proporcionar uma sensação de aquecimento. Curiosamente, a mesma bebida em temperatura ambiente pode reduzir tosses, espirros e narizes escorrendo. Então, se você não quer ter tempo para aquecer algo, você sempre pode beber algo rapidamente para ajudar a limpar esse congestionamento e, possivelmente, remediar a tosse.


2. Coma um pouco de mel

Alguns estudos relataram que consumir um pouco de mel antes de ir para a cama ajudou as crianças que haviam desenvolvido tosse a dormirem mais profundamente. No entanto, este tratamento não serve apenas para crianças. O mel é conhecido por ser um remédio útil contra infecções virais, fúngicas e bacterianas.


3. Eleve seu pescoço e cabeça

Como dormir de lado ou deitado na cama pode fazer com que o muco fique preso na garganta, é indicado elevar a cabeça usando um travesseiro. A Emma, por exemplo, oferece ao mercado o travesseiro antiestresse, com 3 camadas de espuma que tornam a altura ajustável. Essa personalização contribui para que se encontre a posição certa para que fique perfeitamente confortável enquanto a cabeça permanece elevada. Certifique-se de não levantar muito a cabeça, pois isso pode causar dor ou desconforto.


4.Remédio para tosse sem prescrição

Embora o primeiro instinto de algumas pessoas possa ser o de correr à farmácia e comprar remédios para tosse, não existe consenso entre os pesquisadores sobre a real eficácia deles. Alguns medicamentos registraram pouco efeito sobre a tosse real, mas introduziram um conjunto de efeitos colaterais nos usuários. Especialistas também alertam que suprimir uma tosse com medicação pode levar a um estado prolongado do próprio resfriado.


5. Use um umidificador

“Em um quarto muito seco, pode ser interessante investir em um umidificador. Alguns estudos mostram que as passagens nasais se limpam mais facilmente em níveis mais altos de umidade, o que pode ajudar com a tosse ou o resfriado. O número mágico está em atingir-se um nível de umidade entre 30% e 50%, capaz até de proteger contra a gripe”, explica a psicóloga especializada em terapia cognitiva comportamental para insônia da Emma Colchões, Theresa Schnorbach. É necessário cuidado, contudo, já que altos níveis de umidade também podem agravar os sintomas do resfriado em alguns casos. Certifique-se de também limpar seu umidificador com frequência se decidir investir em um.

A pesquisadora reforça que algumas destas dicas podem ser úteis para superar problemas de tosse, mas se os sintomas persistirem ou até mesmo ficarem pior é importante consultar um médico. “As doenças de inverno exigem atenção redobrada ao autocuidado. E o sono, nesta ou em qualquer estação, ajuda na nossa saúde”, finaliza Theresa.

 

 Emma – The Sleep Company

team.emma-sleep.com/press    


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