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terça-feira, 16 de junho de 2020

A vida imita a arte: o que Anne de Green Gables e Pollyanna podem nos ensinar sobre resiliência e gestão das emoções?



O cinema, a literatura, o teatro e mesmo músicas são grandes fontes de histórias que podem servir de inspiração ou mesmo nos ajudar na nossa motivação pessoal. Algumas dessas histórias chamam a nossa atenção por serem biografias ou eventos reais que revelam momentos de crise e superação pessoal tão emocionantes que é quase inevitável tirarmos alguma lição de vida delas.

Porém, também é possível fazer algumas boas ponderações sobre obras ficcionais, que de tão instigantes e, por vezes, semelhantes à realidade, bem que poderiam mesmo ser relatos da vida real.

Hoje quero falar de duas histórias que não são reais, mas que captaram a minha atenção e me fizeram pensar no poder da resiliência e na importância de se gerenciar as emoções. Dois romances escritos no início do século XX que são fonte de grande sabedoria, embora muitas vezes sejam consideradas conteúdo infanto juvenil. Trata-se da história de Pollyanna (livro de Eleonor Poter) e Anne de Green Gables (romance escrito por Lucy Maud Montgomery).

Eu tive a feliz oportunidade de conhecer Pollyanna quando eu era adolescente. E tenho que dizer que essa criança órfã e com uma vida muito conturbada mexeu com minhas emoções na época e também me fez utilizar o “jogo do contente” algumas vezes. Filha de missionários pobres, mas muito afetivos, Pollyanna perde seu pai aos 11 anos de idade (ela já não tinha mais sua mãe também), tendo que ir morar com a austera tia, que não conhecia, numa cidade e casa novas. Cheia de expectativas boas sobre sua nova fase de vida, a menina vive grandes confrontos e choques de realidade, principalmente por conta da personalidade difícil de sua tia. Contudo, Pollyanna tem uma resiliência impressionante, dando a volta por cima e pensando sempre em possibilidades para mudar os desagrados da vida. Aplica constantemente o “jogo do contente”, aprendido com seu pai (um homem de muita fé) e que consiste em tentar encontrar algo de bom em tudo que acontece na vida, mesmo nos infortúnios. Desse modo, tentando encontrar soluções para seus problemas e tentando ficar contente (o que eu traduziria por não ficar abalada e numa postura derrotista), Pollyanna adquire muito amigos, muda a vida de pessoas e encontra apoio quando vive uma grande desventura. O “jogo do contente” salvou Pollyanna inúmeras vezes, e pode salvar você também.

Vamos deixar Pollyanna de lado por alguns instantes e falar então de Anne de Green Gables, ou Anne de cabelos ruivos. Essa outra personagem, também órfã de pai e mãe, passa por uma experiência talvez um pouco mais severa que a personagem descrita anteriormente. Diferentemente de Pollyanna, Anne não chega a conhecer e conviver com os pais verdadeiros que morrem quando ela ainda era um bebê de poucos meses. Por isso, Anne precisou viver pulando da casa em casa, de orfanato em orfanato, vivendo de favores ingratos e trabalhando muito para poder continuar tendo um teto e comida para viver. Sofreu bullings significativos por ter cabelos vermelhos como o fogo e toda essa história de vida a tornou insegura de si mesma, de sua beleza e de suas qualidades pessoais. No entanto, o ponto de aproximação com Pollyanna é a capacidade de Anne de encontrar a beleza onde ela não existe, ou onde ninguém mais valoriza.

Tanto Anne quanto Pollyanna, crianças com sofrimentos que não deveriam ter vivido, são arquétipos daquilo que pode acontecer na existência humana. Suas trajetórias nos mostram que na vida, alguma tantas vezes sofremos adversidades. No entanto, o que percebo através destas heroínas é que viver é a arte de gerenciar os pensamentos e as emoções.

Olhar para as circunstâncias e tentar encontrar o “the brightside” das coisas, ou o lado positivo (mesmo que seja apenas uma grande lição aprendida), ou simplesmente olhar as bençãos diárias e exercer a gratidão, tem efeito muito benéficos para o nosso cérebro. Estudos de grandes universidades americanas e em outros países já nos revelam os resultados positivos do exercício da fé e da esperança para nossa mente.

Para se ter resiliência, antes de tudo, é preciso ter fé e esperança. Uma pessoa que vence desafios, como Pollyanna e Anne de Green Gables, é alguém dotado da capacidade de ressignificar a existência, procurando dar um novo sentido, uma nova solução ou apenas tirando – com alegria verdadeira – algum aprendizado por algo vivido. A resiliência é fundamental para a superação dos obstáculos da vida. E ser capaz de superar adversidades é uma qualidade inerente de pessoas emocionalmente inteligentes e administradoras de si.

Sendo assim, que tal começar a jogar o “jogo do contente” (com mais maturidade que Pollyanna é claro)? Ou, simplesmente, ver o belo e o positivo nas coisas que te cercam, assim como Anne, ao invés de banalizar seu lindo jardim, sua grama verdinha ou a lua que dá espetáculos mensais de beleza? Se você quiser ver diferença real em sua vida e em sua emoções, acredito que pode começar por aí. Conte comigo sempre!





Silvia Queiroz - Psicóloga Clínica, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas, Mestre em Teologia, Coach e Analista DISC pela SLAC, Escritora, Palestrante e Membro Toastmasters Internacional. www.silviaqueiroz.com.br 


Como utilizar a quarentena para reorganizar a vida


Pelo terceiro mês, os especialistas sanitários no Brasil mantiveram a orientação de quarentena como forma principal de combater o novo coronavírus. Assim, todas as pessoas que podem ficar em casa, deveriam ir às ruas somente se extremamente necessário.

O isolamento social, entretanto, pode trazer alguns problemas, seja no aspecto físico ou mental.

Como tudo indica que as consequências da pandemia permanecerão por mais tempo, é preciso que algumas iniciativas sejam tomadas para reorganizar a rotina de vários brasileiros.

Após alguns meses aposentando as roupas fitness de academia, por exemplo, muitos já perceberam os impactos que a quarentena somada ao sedentarismo e à falta de organização de tempo podem ter no dia a dia.

Por isso, o conteúdo traz quatro passos essenciais para manter a rotina, a sanidade e reorganizar, de vez, a vida daqueles em isolamento social.


Recomeçar atividades físicas

Com a pandemia e todo estresse e preocupação que ela causa, muitas pessoas não estão com tempo para manter o ritmo de atividades físicas que tinham antes do novo coronavírus. 

Isso é totalmente normal e não deve causar culpa. Porém, é inegável que o exercício é um grande aliado na manutenção da saúde mental durante tempos tão difíceis. 

Quando alguém se movimenta, são liberadas na corrente sanguínea duas substâncias muito importantes: a endorfina e a serotonina, conhecidas também como "hormônios da felicidade". 

A endorfina, por exemplo, é responsável pela melhora no humor, aumento da disposição - tanto física quanto mental -, alívio de dores. E, ainda, pelo fortalecimento do sistema imunológico - que ganha ainda mais importância em tempos de pandemia. 

Já a serotonina, além de regular o humor, auxilia no sono e ritmo cardíaco. Esse hormônio é conhecido também por combater estresse, a ansiedade e, inclusive, a depressão em alguns casos. 

Dessa forma, é fácil perceber a necessidade de vestir uma calça legging e retomar as atividades físicas o quanto antes, da maneira que for possível. 
Não à toa, vídeos e aplicativos que ensinam formas de se exercitar em casa estão fazendo muito sucesso durante a quarentena.


Tentar um hobbie novo

Nunca foi tão importante achar uma atividade especial, que agrade e distraia, pode fazer toda a diferença em tempos de isolamento social. 

Algo que muitos brasileiros podem passar nesse período, além do estresse e tensão, é o tédio. Por isso, manter a cabeça ocupada com alguma tarefa que estimule o cérebro é essencial para permanecer são. 

As opções são ilimitadas. Diversas pessoas têm optado pelo quebra-cabeça, porém, ainda há a pintura, o desenho, a escrita... Tudo irá depender da rotina de cada um e seus gostos pessoais. 

Encaixar algum tempo durante a semana para se dedicar a este hobbie é, também, uma forma de reorganizar essa nova vida. Afinal, as saídas com amigos e família não são aconselhadas, fazendo com que sobre muito tempo no final de semana. 


Organizar melhor o tempo 

Com a instauração do home office, modalidade de trabalho remoto adotada por milhões de pessoas pelo mundo durante a crise desencadeada pelo novo coronavírus, a organização do tempo se torna uma dificuldade ainda maior. 

Em casa, há o risco de não render tanto quanto deveria ou, ainda, de trabalhar muito mais horas do que o combinado. 

Por isso, separar o tempo, previamente, para cada atividade é crucial para o restabelecimento da rotina. 

Uma dica para quem é novo em esquemas de home office é manter um ambiente próprio para seu trabalho. Seja no quarto, na sala ou em qualquer cômodo da casa, ter um local fixo para isso pode fazer a diferença.

E, no que se refere a organização da rotina, o mais importante é, como dito, definir horários e segui-los. 

A pessoa deve, portanto, separar o período em que irá trabalhar dependendo de sua escala, mas também, estipular momentos para lazer, atividades físicas e, claro, para se dedicar ao seu hobbie. 

Esse é um passo imprescindível para evitar problemas, como a Síndrome de Burnout, pelo excesso de trabalho, por exemplo. 


Cuidar da saúde mental

Por fim, ainda no que se diz respeito a separar tempo para cada atividade durante a semana, é essencial designar um período específico para cuidar da própria saúde mental.

Seja com um horário fixo para sessão de terapia por videoconferência, como muitos têm feito por todo país, ou com um momento específico do dia para meditar - com ajuda de vídeos ou apps próprios. 

Independente da forma, em tempos complicados e de crise, estar com a saúde mental em dia é algo que irá ajudar, e muito, na reorganização da vida.
A quarentena também é um momento ideal para colocar em práticas alguns desejos e metas que estavam há tempos na gaveta, como iniciar o hábito de praticar o mindfulness.

Isso, além de ajudar a aumentar o bem estar, também é essencial para intensificar a motivação ao longo do dia.  


O transtorno de ansiedade

Você sabia que a ansiedade é biológica?

O momento de pandemia causado pela COVID, está intensificando os transtornos de ansiedade que já existiam, mas que até então não tinham um reconhecimento apropriado e muitas vezes eram ignorados. Não está mais sendo possível fingir que não existem! Chegou o momento de olhar para isso! Tomar CONSCIÊNCIA e AGIR!

A ansiedade é uma forma de preparação biológica do corpo para agir, antes do “perigo” chegar. Antigamente, o perigo poderia ser um predador ou acontecimentos climáticos. Hoje são os boletos, o chefe, o relacionamento social, o COVID 19 e tantos outros. O que acontece, é que o corpo está produzindo um coquetel de bioquímicos para que o indivíduo se esperte e tenha a capacidade de sair do lugar onde está e fazer algo diferente da vida.

Bianca Drabovski, Facilitadora de Consciência, ensina “Geralmente a ansiedade está associada à algum outro tipo de sintoma ou comportamento, como por exemplo a compulsão alimentar, a sudorese excessiva, dificuldade em respirar, tontura e outras disfunções”. Quando observados os sintomas associados, é possível investigar e compreender qual foi o acontecimento da vida, que na maioria das vezes ocorreu na infância, e que faz com que hoje dispare o gatilho da ansiedade.

Quem identificou toda esta relação entre questões psíquicas e emocionais, com a neurologia e o funcionamento do organismo como um todo, foi o médico Dr Ryke Geerd Hamer por meio das 5 Leis Biológicas. Dr Hamer explicou o motivo de todos os sintomas, doenças e mesmo alterações comportamentais, como a ansiedade.

Bianca apresenta, “Com base nestas informações, existem ferramentas práticas e eficientes para serem aplicadas que podem minimizar significativamente a ansiedade e até mesmo acabar com ela”.

As mais importantes são:

1) Observe quais são as situações que desencadeiam a ansiedade e quais são os sintomas associados. Tendo estas informações, relembre que tipo de situação aconteceu durante a vida dentro deste contexto. Lá pode ter sido o início desta ansiedade.

Outra ferramenta extremamente eficiente é:

2) Faça a seguinte pergunta inúmeras vezes no seu dia a dia: “Onde foi que eu APRENDI a sentir como me sinto neste tipo de situação? A quem pertence isso?” Ao tomar consciência de que isto foi aprendido, e se foi aprendido significa que não faz parte da natureza de nascimento, pode ser modificado.

Assim o indivíduo reconhece a si mesmo e consegue entender os sentimentos que podem vir à tona durante uma crise, sabendo lidar com o momento de forma mais pacífica e organizada.

A terapeuta finaliza, “Compreender a linguagem do corpo permite a tomada de consciência e o início do processo de reorganização da biologia e saúde”. 





Bianca Drabovski Chemin -  Facilitadora de Consciência, Terapeuta, Saúde integrativa.






Aumento do consumo de pornografia durante a pandemia: o que isto importa para a saúde mental?


Durante a pandemia da COVID-19 tem sido observado o aumento de vários comportamentos, alguns deles de caráter compulsivos, tais como o maior consumo de álcool, tabaco e de comida entre determinados segmentos da população. Há também evidência anedótica proveniente, por exemplo, do site Pornhub que anunciam um aumento de 11.6% de consumo de material pornográfico comparado com um dia qualquer antes da era COVID-19. No Brasil, o crescimento do consumo de pornografia durante a pandemia parece ser da ordem de 13.1%. O perfil do público consumidor é formado principalmente por homens (cerca de 70% dos usuários) e adultos jovens, com faixa etária abaixo de 34 anos.

A relação entre consumo de pornografia e saúde mental permanece ainda muito controversa, pois ora percebemos um viés moralizante ou um viés sensacionalista em algumas publicações, enquanto existe a imensa necessidade de se ampliar as pesquisas sobre o consumo de pornografia e seu real impacto na saúde mental.

Sabemos que os consumidores de pornografia não realizam sua escolha de material pornográfico de forma simplesmente aleatória, mas sim ligada aos seus comportamentos, anseios, desejos e fantasias sexuais. No entanto, mesmo que tenham uma percepção positiva em relação às práticas sexuais recriadas na pornografia, estas não serão necessariamente integradas ao seu comportamento sexual na prática. Isto quer dizer que alguns consumidores frequentes de materiais pornográficos on line não vão necessariamente incorporar tais experiências de atividades sexuais vividas no formato virtual em seu repertório de práticas sexuais da vida real.

É muito provável que alguns indivíduos possam a vir a desenvolver problemas com o consumo compulsivo de pornografia, à semelhança de outras dependências químicas e comportamentais, uma vez que o substrato neurobiológico é o mesmo centro de recompensa cerebral. Uma possível explicação para o uso problemático de pornografia pode ser postulada por meio de fatores não patológicos, como tendência por busca de novas sensações prazerosas, aumento da libido e valores religiosos que conflitam com desejos sexuais pessoais. A tendência de frequente exposição à pornografia pode afetar a socialização sexual, principalmente do público jovem, podendo inclusive influenciar a compreensão de que atitudes e alguns comportamentos sexuais são aceitáveis, normativos e recompensadores. A auto percepção do consumo de pornografia tem apontado para problemas de relacionamento, maior número de parcerias sexuais e expectativas sexuais irreais. Dentro deste cenário de prós e contras com relação a pornografia o que se tem certeza é que pornografia não é um material destinado ao público infantil; uma vez que esta prática é criminalizada e fere gravemente a dignidade de crianças.

Sabemos também que em epidemias prévias os efeitos na saúde mental foram mais duradouros que a própria epidemia. Assim, é possível que o consumo de pornografia frequentemente iniciado como uma tentativa de "automedicar" estados emocionais desagradáveis pode evoluir para um uso problemático e até mesmo um possível quadro de dependência, isso também pode estar acontecendo com o consumo de material pornográfico online. Daí a importância de monitorar este comportamento durante a pandemia e do pós-pandemia através de pesquisas científicas que visam melhor responder as possíveis repercussões do consumo de pornografia e traçar futuras estratégias preventivas e terapêuticas para aqueles que desenvolvem uma relação problemática com o material pornográfico.




Alessandra Diehl - Psiquiatra, educadora sexual e especialista em sexualidade humana.



Uma mão no copo e outra na consciência


Especialista fala sobre os efeitos do consumo abusivo de bebidas no cérebro


Há 12 anos, em 19 de junho, era aprovada a Lei de nº 11.705, ou Lei Seca, que tornou mais severas as punições a quem misture álcool e volante. Principalmente durante os períodos festivos e feriados é comum que as pessoas exagerem no consumo de bebidas alcoólicas sem pensar nas consequências. Além de ser considerada infração gravíssima de trânsito, que implica em multa e até mesmo prisão, o excesso de álcool pode causar diversos efeitos no organismo, dentre eles a amnésia alcoólica, falta de coordenação motora, alteração visual e até o coma.

A Dra. Keila Galvão neurologista da NeuroAnchieta explica que cada organismo tem uma reação diferente em relação ao consumo do álcool. Fatores como sexo, peso, e idade podem interferir na absorção da substância.

A especialista também ressalta que a prática comum de associar bebidas a substâncias estimulantes ou drogas intensifica a ação do álcool no cérebro, gerando a perda de controle psíquico e motor.


Como o álcool atua no cérebro? Quais reações provoca?

O álcool ou etanol (CH3CH2OH) é uma solução aquosa que atravessa muito rapidamente a membrana das células e chega ao cérebro pela corrente sanguínea. Trata-se de uma substância tóxica que gera a desidratação das células e funcionalmente provoca depressão do Sistema Nervoso Central.

Inicialmente, produz sensação de relaxamento, desinibição e, conforme a quantidade de álcool aumenta no sangue, estas sensações podem ser associadas à mudança da fala, alteração ocular com visão dupla, comportamento inadequado, incoordenação, mudança do andar, sonolência e até coma.

Estas mudanças estão relacionadas à lentificação do planejamento dos movimentos, diminuição da velocidade de reação ao estresse e dos reflexos de proteção, podendo contribuir para acidentes.


As reações variam de pessoa para pessoa? Por quê?

O álcool age de forma diferente em cada pessoa dependendo do peso, índice de gordura, história familiar de alcoolismo, suicídio, depressão, histórico de doença hepática, cirrose ou doenças metabólicas como diabetes. Outro fator é o gênero, sendo a mulher mais susceptível devido apresentar a enzima álcool desidrogenase em menor quantidade.


Existem fatores que afetam mais ou trazem mais consequências (ex: genético, idade etc)?

Sim. O metabolismo do idoso é mais lento e a capacidade de metabolizar ou destruir o álcool em outras substâncias menos tóxicas é diminuído. Além disso, na velhice outras patologias próprias são associadas, como diabetes, hipertensão arterial, arritmias, etc.


Existem fatores indiretos que influenciam como o álcool vai atuar no cérebro?

Sim. O efeito alcoólico pode ser acentuado pela associação com outras substâncias ditas estimulantes ou outras drogas, interferindo na liberação estruturada de neurotransmissores que, mantém o equilíbrio psíquico e motor como por exemplo, velocidade de ação, intensidade de movimento, velocidade de resposta motora.


É comum a amnésia alcoólica? Por que ocorre?

É importante lembrar que os fatores individuais interferem na resposta alcoólica.
A amnesia alcoólica ou blecaute pode ocorrer dependendo dos fatores de risco de cada pessoa, do nível alcoólico no sangue, o tipo de bebida, sua associação com outras substâncias estimulantes ou drogas.


Quais são os principais efeitos danosos do álcool para o cérebro?

Em pequenas doses provoca relaxamento, desinibição leve e em maiores doses, lentifica a capacidade de planejamento e execução, a velocidade de reação ao estresse e dos reflexos de proteção. Evolutivamente, com o grau de toxicidade ao Sistema Nervoso Central, provoca alterações de comportamento como ações inadequadas, irritabilidade, agressividade verbal e motora, blecautes, quando a pessoa apresenta amnesia de alguns fatos esdrúxulos ou agressivos ou antissociais, incoordenação e alteração visual e coma.


As consequências mais severas dessa substância no cérebro leva quanto tempo para aparecerem?

O pico sanguíneo ocorre entre 30 e 90 minutos, se o estomago estiver vazio a absorção é mais rápida e os efeitos neurológicos podem ser observados em associação com a intensidade da intoxicação.


Saiba quais são os cinco maiores problemas de saúde quando se deixa de ir ao dentista


A Dra. Patrícia Bertges explica que deixar de ir ao dentista periodicamente ou negligenciar os cuidados básicos de higiene bucal pode ter consequências muito mais severas do que a perda dos dentes, levando até mesmo a doenças com risco de morte.



Muitas vezes a higiene bucal diária é negligenciada e só nos lembramos de ir ao dentista somente quando já estamos sentimos dores e já é tarde demais para atuar de forma preventiva, sendo necessário recorrer ao consultório dentário em caráter de emergência. Além disso, muitos problemas de saúde têm origem na boca e até mesmo infartos do miocárdio podem estar associados a uma má higiene bucal.

A Dra. Patrícia Bertges relata que é preciso não apenas manter a higiene bucal em dia mas também ter consultas regulares com o dentista: “Mas e se teve todos os cuidados durante o ano e não sente dores? Mesmo assim deve marcar uma consulta com um dentista Mesmo que faça uma higienização completa todos os dias, existem locais na boca que podem acumular placa bacteriana e, consequentemente, resultar em problemas dentários .”

Por esse motivo, a dentista aponta quais são os cinco principais problemas de saúde associados a deixar de visitar um dentista regularmente. Confira:


1-Endocardite bacteriana

Endocardite é o nome que damos à inflamação das estruturas internas do coração, principalmente das válvulas cardíacas. A doença surge habitualmente quando uma bactéria que está circulando na corrente sanguínea se aloja em uma das válvulas cardíacas, multiplicando-se e formando o que chamamos de vegetação valvar. A vegetação das válvulas é um emaranhado de bactérias, glóbulos brancos, glóbulos vermelhos, fibrinas e restos celulares, que é capaz de destruir a própria válvula e impedir o normal funcionamento do coração. Uma das principais causas desta doença é a falta de cuidado com a higiene bucal, que leva as bactérias que estão na boca para a corrente sanguínea através de uma gengivite ou inflamação local, podendo ocasionar em infarto, AVC, embolia pulmonar, isquemia dos membros e até mesmo, morte.


2- Cáries que pode virar um tratamento de canal ou até a perda de um dente


Quase 90 por cento da população mundial pode ter cáries, segundo estimativas. A cárie é provocada pela ação de determinadas bactérias que podem originar a destruição parcial ou total do dente, ocasionando na perda do mesmo ou até mesmo em dor extrema que culmina na necessidade de se extrair os nervos do local através de um tratamento de canal.

A presença dessas bactérias na boca, associada a uma alimentação inadequada e a uma higiene oral deficiente, facilita o aparecimento de cáries. Em situações extremas, a cárie dentária pode originar infecções de extensão variável e que podem ter graves repercussões na saúde geral do indivíduo.


3- Gengivite e periodontite

Gengivite é o termo médico para a inflamação das gengivas, que costuma provocar vermelhidão, inchaço e sangramento do tecido das gengivas, especialmente quando escova os dentes ou usa o fio dental.

Já periodontite (ou doença periodontal) é uma infeção bacteriana dos tecidos especializados, ligamentos e ossos que rodeiam e apoiam os seus dentes, conhecidos coletivamente como o periodonto. É a segunda e mais grave fase da doença gengival. Uma vez que se sofre de periodontite, é irreversível e pode levar à perda permanente de dentes. 


4- Perda óssea e dentária por falta de manutenção de aparelho ortodôntico

sem a devida manutenção e cuidado, pacientes que estão em tratamento ortodôntico e não comparecem regurgitamento ao seu dentista podem vir a ter perda óssea e perda dentária, devido ao acúmulo de bactérias na região e problemas ortodônticos. 


5- Pacientes que têm implantes dentários (protocolo) precisam ir regularmente ao dentista

Muitos pacientes não respeitam a necessidade de ir ao dentista pelo menos semestralmente para fazer uma limpeza dos seus implantes dentários, o que pode levar a desenvolver uma peri-implantite e até culminar na perda dos implantes, fazendo com isto que haja a necessidade de se realizar cirurgias mais invasivas para a recolocação de um novo implante dental.




Fabiano de Abreu

Dia Mundial do Câncer Renal alerta para a importância da prática de atividade física


Atividade física regular reduz o risco de câncer de rim em até 22%1 e exercícios moderados podem contribuir com até 15%1 nos resultados do tratamento e diminuir potenciais efeitos causados pelo câncer, considerado o 12º tipo mais comum no mundo e mais prevalente entre os homens3


As neoplasias malignas, mais conhecidas como câncer, têm apresentado crescimento exponencial no mundo. No Brasil, a estimativa é de 625 mil novos casos apenas em 20202. No próximo dia 18, quinta-feira, é celebrado o Dia Mundial do Câncer Renal e, embora seja pouco conhecido, está entre os 10 tipos de câncer mais comuns no mundo3, com maior prevalência entre homens3, cuja idade média de diagnóstico é 64 anos3. O câncer renal é um dos que mais cresce em número de casos no mundo, com estimativa de aumento de 22% até o final deste ano4, em todo o mundo.


Atividade física como aliada na prevenção

Estudos mostram que ser fisicamente ativo reduz o risco de câncer de rim em até 22%1 e, mesmo que a pessoa já tenha recebido o diagnóstico da doença, exercícios moderados podem contribuir com até 15%1 nos resultados do tratamento e reduzir potenciais efeitos causados pelo câncer, como fadiga, ansiedade e depressão, além de melhorar a qualidade de vida1.

De acordo com a IKCC, rede internacional independente de organizações de pacientes que se dedica à conscientização sobre o câncer de rim, três em cada quatro pacientes com câncer de rim atualmente não fazem atividade física regularmente1. Sabemos o quão benéfico é para a nossa saúde adotar um estilo de vida saudável que inclua a prática regular de atividade física, inclusive, como ferramenta de prevenção para algumas doenças, como o câncer renal. "Daí a importância de apoiar campanhas como essa que visam aumentar a conscientização sobre como atividades simples e prazerosas, como caminhar, correr, praticar yoga ou andar de bicicleta, por exemplo, ajudam a promover a melhora do condicionamento físico e o bem-estar e até mesmo reduzir o risco de desenvolver doenças graves”, destaca o oncologista Fernando Maluf.

Campanha

Para alertar a população sobre os riscos da doença e a importância da prevenção, o Brasil recebe pelo segundo ano consecutivo a campanha “#FALAI: câncer de rim – precisamos falar sobre atividade física”, uma iniciativa do IKCC (International Kidney Cancer Coalition), rede internacional independente de organizações de pacientes com câncer renal que nasceu de um desejo muito forte de interagir, cooperar e compartilhar materiais, conhecimentos e experiências para mudar o cenário da doença. No Brasil, as organizações sociais Instituto Espaço de Vida e o Instituto Oncoguia – integrantes do IKCC, estão à frente da campanha. Em 2020 este movimento ganhou mais força com a Associação Brasileira de Enfermagem em Oncologia e Onco-Hematologia (ABRENFOH), o Instituto Lado a Lado pela Vida e o Instituto Vencer o Câncer, que resolveram abraçar essa causa também. A Campanha também conta com o apoio da empresa Bristol Myers Squibb (BMS).  

No Brasil, a campanha, que acontece de 09 a 24 de junho em formato digital com uma série de ativações digitais e uma live especial no dia 18 de junho com o oncologista Fernando Maluf, fundador do Instituto Vencer o Câncer, levará o nome Fala Aí (#Falai) e terá como embaixador o ex-futebolista Denilson, representando o universo esportivo com foco no público masculino. A iniciativa contará, ainda, com outros grandes nomes do meio esportista, como o craque Neto e Tande, ex-jogador de voleibol e influenciadores digitais.


Principais sintomas

Os sintomas mais comuns de câncer de rim incluem sangue na urina, dor lombar de um lado, massa (caroço) na lateral ou na parte inferior das costas, fadiga, perda de apetite, perda de peso, febre e anemia, embora esses sinais possam ser provocados por outras doenças5, o que acaba muitas vezes fazendo com que as pessoas não deem tanta atenção aos sinais. Os médicos se utilizam de alguns tipos de exames para diagnosticar o câncer renal, que incluem histórico familiar, exames físicos, exames laboratoriais e de imagem3. Quando detectado, cerca de 30% dos casos já se apresentam em estágio avançado3, ou seja, o câncer já se encontra em outros órgãos.


Diagnóstico

Todos os anos, 338 mil pessoas no mundo são diagnosticadas com câncer renal. No Brasil, esse número gira em torno de 6.270 casos6. Esse tipo de câncer, geralmente, não apresenta sintomas no início do quadro, mas alguns hábitos podem servir de alerta para uma consulta ao médico5, principalmente para os fumantes, que têm o dobro de chances de desenvolver esse tipo de câncer7. Começar a fumar na adolescência pode ser um dos fatores associados à morte por câncer de rim na vida adulta7 e, além do tabagismo, pessoas acima do peso têm maior propensão de desenvolver câncer renal, pois a obesidade pode causar alterações no organismo, favorecendo o aparecimento da doença. Pressão alta também é um fator de risco para câncer renal, mesmo que o indivíduo mantenha o controle com remédios2.





International Kidney Cancer Coalition (IKCC)
https://ikcc.org/about-ikcc/. Para saber mais sobre a campanha 2020, clique aqui.


BMS     
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Queda na temperatura e demora na busca por atendimento aumentam riscos de infarto e AVC



O frio aumenta os riscos para infarto
 e AVC e busca por atendimento
deve ser imediato
Crédito: Depositphotos


Especialistas alertam sobre sintomas e consequências de um socorro tardio



Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação são responsáveis por mais de 30% dos óbitos registrados no País. Neste período do ano, vale um duplo alerta: o frio aumenta os riscos de infarto e AVC e, além disso, devido ao medo da contaminação pela COVID-19, os pacientes estão adiando exames e consultas e evitando ir a uma unidade de pronto atendimento.

De acordo com Gustavo Lenci Marques, cardiologista do Hospital Marcelino Champagnat, o aumento no risco de infartos e de AVC em temperaturas baixas acontece por uma adaptação do corpo ao frio e pela mudança de hábitos físicos e alimentares. “O corpo responde ao frio fechando os vasos, fazendo um processo chamado de vasoconstrição. Ou seja, nossos vasos sanguíneos ficam mais fechados, o que gera uma resistência maior para o coração bombear o sangue. Além disso, as pessoas praticam menos atividades físicas e a dieta passa a ser mais rica em gorduras e com mais sódio”, afirma o cardiologista.
A recomendação é que, ao sentir sintomas como dor no peito e falta de ar exacerbada, o paciente deve procurar imediatamente um pronto atendimento, desta forma reduzindo os danos ao coração e o risco de morte.

Desde o início da pandemia, hospitais especializados do Paraná registraram queda de cerca de 50% nos atendimentos. Para garantir maior tranquilidade ao paciente, o Hospital Marcelino Champagnat tomou uma série de medidas: “Realizamos diversas mudanças em nossa infraestrutura, desde a implantação de um serviço de telemedicina que orienta a população com sintomas respiratórios, um pronto atendimento exclusivo para pacientes com esse tipo de sintoma até a implementação de uma ala dedicada para internação desses pacientes. Ou seja, quem precisa de uma consulta ou cirurgia eletiva ou de um atendimento emergencial para sintomas cardiovasculares, por exemplo, será atendido numa área diferenciada”, explica o médico e diretor técnico do Hospital Marcelino Champagnat, Rogério de Fraga. “É fundamental que o paciente não descuide da saúde”, completa.

A neurologista do Hospital Marcelino Champagnat, Lívia Figueiredo, também alerta para os sintomas do AVC, que aparecem de forma súbita e são caracterizados pela fraqueza, perda de força, formigamento em uma metade do corpo, boca torta, dificuldade na fala, na visão e no equilíbrio. “Se o paciente tiver qualquer um desses sintomas é importante procurar um serviço de saúde imediatamente, preferencialmente um com atendimento especializado em neurologia ou, então, acionar um serviço de emergência médica”, orienta a neurologista.

Segundo os especialistas, as principais recomendações nessa época mais fria do ano são praticar atividades físicas, evitar a exposição desprotegida ao frio excessivo, manter hábitos de vida saudável e continuar com a proteção à COVID-19, como uso de máscara em locais públicos e evitar aglomerações em ambientes fechados.


Junho Vermelho: estoques de bancos de sangue sofrem queda durante pandemia do novo coronavírus



O mês de junho faz parte do calendário de campanhas de conscientização, marcando a importância da doação de sangue para salvar vidas. Neste sentido, é preciso falar com urgência sobre as bruscas quedas no número de doadores que os hemocentros têm sofrido, por conta do avanço da pandemia causada pela COVID-19.

Segundo levantamento realizado pelo jornal O Globo, houve uma redução de até 70% dos estoques de sangue em todo o país. Em São Paulo, por exemplo, as reservas de todos os tipos sanguíneos sofreram consequências. Segundo o site do Pró Sangue, apenas o tipo sanguíneo AB+ se encontra estável, o estoque do tipo A+ está em alerta, e o restante, como O+, O-, A-, AB-, B+ e B-, estão em estado crítico. 

O Ministério da Saúde não impediu, nem restringiu as doações de sangue nas recomendações para prevenção ao COVID-19, mas o medo de ser exposto ao novo vírus fez com que a população não procurasse os hemocentros, apesar de as instituições garantirem a proteção do doador.

“As doações são 100% seguras, e os cuidados adotados estão sendo redobrados principalmente neste momento. Para evitar aglomerações, os bancos de sangue oferecem agendamento individual, a fim de diminuir também o tempo de permanência nos locais de coleta. Além disso, os locais passam por higienização frequente, são disponibilizados álcool em gel para os doadores e o protocolo de distância mínima entre pessoas é cuidadosamente praticado”, afirma a dra. Selma Soriano, hematologista do Hospital HSANP.  

Algumas dúvidas podem surgir antes da doação, então se você quer saber se está apto a doar, precisa se encaixar nos seguintes requisitos:

  • Estar em boas condições de saúde.
  • Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 precisam de um documento de autorização assinado pelos responsáveis)
  • Pesar no mínimo 50kg.
  • Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas).
  • Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação).
  • Apresentar documento original com foto recente.
O uso de alguns remédios, doenças, cirurgias recentes, gravidez e outros requisitos, podem ser impedimentos temporários. Todas informações sobre quem pode ou não doar e locais de doação, estão disponíveis no site do Ministério da Saúde: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-sangue.
Com esta prática altruísta, você pode salvar até quatro vidas. Doe sangue. Doe vida. Faça sua parte.





Hospital HSANP


Você sabe o que é hemofilia e como pessoas com o distúrbio estão passando por este momento de pandemia?


A Federação Brasileira de Hemofilia esclarece as principais dúvidas sobre o assunto.


A hemofilia é um distúrbio genético e hereditário que afeta a coagulação do sangue. O sangue é composto por várias substâncias, onde cada uma delas tem uma função. Algumas dessas substâncias são as proteínas denominadas fatores da coagulação, que ajudam a estancar as hemorragias quando ocorre o rompimento de vasos sanguíneos. Existem 13 tipos diferentes de fatores de coagulação e os seus nomes são expressos em algarismos romanos. Assim, existe desde o Fator I até o Fator XIII. Esses fatores são ativados apenas quando ocorre o rompimento do vaso sanguíneo, onde a ativação do primeiro leva à ativação do seguinte até que ocorra a formação do coágulo pela ação dos 13 fatores.

A pessoa com hemofilia apresenta baixa atividade do fator VIII ou fator IX. Pessoas com deficiência de atividade do Fator VIII possuem hemofilia A, que acomete 1 a cada 10 mil homens nascidos vivos, enquanto aquelas com deficiência de atividade do Fator IX possuem hemofilia B, e acomete 1 a cada 50 mil homens nascidos vivos. Como esses fatores apresentam baixa atividade nessas pessoas, a formação da coagulação é interrompida antes da produção do coágulo e, por essa razão, os sangramentos demoram muito mais tempo para serem controlados.

No mundo, existem mais de 337 mil pessoas que convivem com os transtornos de coagulação. Segundo dados da Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) do Ministério da Saúde (MS), há cerca de 25 mil brasileiros com coagulopatias hereditárias, o que faz do Brasil o quarto país com o maior número de indivíduos diagnosticados. O tratamento evoluiu muito nos últimos anos e pode ser realizado de forma preventiva (profilaxia), evitando a ocorrência de sangramentos e sequelas físicas. O tratamento é gratuito e disponibilizado pelo SUS nos Centros de Tratamento de Hemofilia (CTH)/Hemocentros.


Pandemia do novo coronavírus

Visando manter o apoio prestado há anos a todas as pessoas com hemofilia e outras coagulopatias hereditárias, especialmente neste momento da pandemia da COVID-19, a Federação Brasileira de Hemofilia (FBH), presente em 25 estados através das Associações Estaduais Filiadas, tem mantido contato frequente com a Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) do Ministério da Saúde. Este alinhamento visa garantir a manutenção do tratamento domiciliar, durante a pandemia, a todas as pessoas que dele necessitam.

“Com isso, está sendo possível garantir a profilaxia e ampliar o tratamento domiciliar para mais um mês e, consequentemente, estimular a autonomia, independência, inserção social e qualidade de vida às pessoas com coagulopatias hereditárias”, explica Tania Maria Onzi Pietrobelli, presidente da FBH.

Anteriormente a isso, os hemocentros dispensavam fatores de coagulação para trinta dias. "Fizemos este movimento junto ao governo também para reduzir o deslocamento até os Hemocentros evitando possível risco de contaminação e para que as pessoas não deixassem de se tratar por medo de falta de medicação", completa Tania.


ANVISA esclarece tratamento domiciliar

Também acionada pela Federação Brasileira de Hemofilia, a ANVISA ratificou que não há suspensão de uso de Fatores de Coagulação em tratamento domiciliar. Em ofício, o órgão informou que “ainda que bulas de Fatores de Coagulação contenham a recomendação de uso restrito em ambiente hospitalar, a ANVISA reconhece a importância dessa forma de tratamento, desde que pacientes, familiares e cuidadores recebam capacitação pelos profissionais de saúde dos Hemocentros a que estão registrados, e que se responsabilizem pelo registro das infusões e retorno ao Hemocentro para consultas e avaliação, e reavaliação do tratamento”.

Desde 2000, o Brasil iniciou essa prática, com o programa de Dose Domiciliar de Urgência (DDU) para que os pacientes tratassem imediatamente o início de um sangramento e, assim, pudessem se deslocar até os hemocentros para consulta médica e sequência do tratamento.

Em meados de 2012, a Federação Brasileira de Hemofilia conquistou junto ao Ministério da Saúde as profilaxias primária, secundária e terciária, garantindo apoio a todas as pessoas com hemofilia grave ou com doença clínica que sangra, independentemente da idade.


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