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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Osteoporose pode ser prevenida com alimentação e atividade física


 Mulheres são as mais afetadas pela doença que surge de forma silenciosa após a menopausa


A Osteoporose é mais conhecida pelas pessoas da terceira idade, causa perda óssea, fraqueza e, geralmente, é descoberta após uma fratura. Silenciosa, a doença atinge mais de 10 milhões de brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No mundo, mais de 200 milhões de mulheres enfrentam a doença que causa aproximadamente nove milhões de fraturas, uma média de uma a cada três segundos, de acordo com a International Osteoporosis Foundation (IOF). E as mulheres na fase pós-menopausa são o principal alvo da patologia por conta da ausência do hormônio feminino, o estrogênio, que diminui a densidade mineral óssea.  

Os locais mais afetados pela Osteoporose são a coluna, o punho e o colo do fêmur, sendo este último o mais perigoso. A dor está diretamente associada ao local lesionado ou ao desgaste ósseo e a patologia é considerada o segundo maior problema de saúde mundial, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares.

Para diagnosticar a doença é necessário fazer uma Densitometria Óssea. “Esse exame é indicado para rastreio em mulheres acima de 65 anos ou abaixo dessa idade, mas que possuam fatores de risco para osteoporose. O procedimento é rápido, indolor e dura de 10 a 15 minutos, e diferentemente da ressonância, o aparelho de Densitometria é aberto, conveniente inclusive para pacientes que tenham claustrofobia. A radiação usada é baixa, menor que o da radiografia, e o preparo é simples, devendo-se apenas evitar a reposição oral de cálcio 2 dias antes do exame”, explica o médico radiologista do Anchieta Diagnósticos, Dr. Fernando Augusto de Albuquerque Mendes Filho.

Mas as dores podem ser evitadas e a doença prevenida, como explica a ginecologista e especialista em Reprodução Humana do Hospital da Mulher Anchieta, Dra. Vera Serafim.


O que é a Osteoporose?

Osteoporose é a perda de massa óssea que ocorre durante o envelhecimento. O osso se torna poroso e frágil, a doença grave é considerada grave, afeta mais as mulheres e representa a maior causa de fraturas e queda entre os idosos.


Qual a relação da Osteoporose com a menopausa?

Com a menopausa ocorre diminuição do estrogênio, que é um hormônio fundamental para a saúde da mulher, e essa queda dos níveis hormonais leva a diminuição da densidade mineral óssea, o que torna o osso frágil como uma esponja.


A menopausa é mais uma fase que a mulher passa, difícil fugir dela. Mas e a Osteoporose, é possível evitá-la? Como prevenir a doença?

É possível sim evitar. A prevenção deve ser feita muitos anos antes da menopausa por meio de atividade física e dieta saudável, rica em cálcio, magnésio, fósforo (obtidos em leite e derivados), salmão ou outro peixe gorduroso, fígado, verduras verdes (brócolis, couve, agrião), leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico e cogumelos), independentemente da idade. Se o indivíduo sempre foi sedentário é preciso estimular a prática de exercícios, em especial a musculação e o aeróbico leve, como a caminhada. Tomar sol diariamente também é útil para absorção de vitamina D, essencial para o metabolismo ósseo. É fundamental evitar os excesso com álcool, café e cigarro. E, existem ainda medicamentos que auxiliam na prevenção, mas o médico deve ser consultado antes. Ainda jovem é possível mudar os hábitos e se prevenir.


Osteoporose pode ser hereditária?

Osteoporose é hereditária. Se na família há parentes com a doença as chances aumentam. Ainda que outros fatores também sejam determinantes para a doença, a genética por si só, predispõe o paciente a um nível maior de risco.


Então dá pra antecipar, fazer exames e prevenir?

Sim. As sociedades americanas de osteoporose e de menopausa recomendam a realização de densitometria óssea para todas as mulheres acima de 65 anos e nas que tenham doenças que causam perdas; abaixo de 65 anos se tiverem pelo menos os problemas de fratura após 50 anos, magreza, pais com história de fratura de quadril, artrite reumatoide, fumar e ingerir álcool em excesso.


Quais os tratamentos?

O tratamento deve ser feito antes mesmo da doença surgir porque após a instalação da osteoporose os a reversão da perda óssea não é feita completamente. Então ainda jovem deve-se iniciar:

1- Alimentação saudável;

2-Exposição moderada ao Sol;

3- Exercícios físicos, como caminhada e musculação;

4- Para as mulheres, terapia hormonal pós-menopausa;

5-Consumo de cálcio e vitamina D;

6- Substâncias medicamentosas podem ser prescritas, porém o médico deverá ser consultado.


Que outras patologias podem surgir pela menopausa?

Algumas não menos importantes podem surgir na menopausa, como as doenças do coração que aumentam após essa fase, as doenças psíquicas (como a depressão) e, alguns estudos mostram correlação com a doença de Alzheimer também. Câncer de mama, ovário, intestino também podem aparecer. A mulher precisa anualmente fazer sua consulta ao ginecologista que, certamente, irá cuidar clinicamente de toda sua saúde e rastrear através de exames essas possíveis patologias.


Terceira idade: cuidar da visão pode melhorar a saúde mental


Estudo desenvolvido por especialistas da Universidade de Manchester, no Reino Unido, chegou à conclusão de que pessoas submetidas à cirurgia de catarata conseguem preservar mais as funções mentais no avançar da terceira idade. Como parte de um estudo maior sobre envelhecimento chamado de ELSA (English Longitudinal Study of Ageing), os pesquisadores compararam as taxas de declínio cognitivo antes e depois da cirurgia de catarata, percebendo que em 50% dos casos houve desaceleração do declínio cognitivo durante os 13 anos de acompanhamento dos pacientes. Apesar de haver outros estudos nesse sentido, pela primeira vez o declínio cognitivo foi estudado em mais de dois mil idosos submetidos à cirurgia de catarata e mais de 3,6 mil adultos sem catarata. Os pesquisadores acreditam que o isolamento, o desânimo e o constrangimento em relação à própria condição são fatores que contribuem negativamente para o declínio da saúde mental.

No Brasil, a catarata acomete cerca de 50% das pessoas ao redor dos 70 anos. De acordo com o médico Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, o cristalino, lente natural localizada no interior dos olhos, vai ficando opaco com a idade e ativa os sintomas da catarata, que incluem ofuscamento às luzes, perda de contraste e diminuição de visão. “Na fase inicial da doença o paciente mal percebe que a catarata está se instalando, já que ele passa a enxergar de perto com muita facilidade. Mas essa sensação logo se transforma em maior sensibilidade à luz e, principalmente, aos reflexos e brilhos noturnos. Outros sintomas incluem visão embaçada, sensação de que as cores estão desbotadas e mudanças na cor da pupila”.

Neves diz que esse avanço progressivo impede a pessoa de realizar tarefas simples, como ler, dirigir, fazer a barba ou até mesmo cozinhar. Por isso a Ciência se apressa cada vez mais em garantir técnicas que proporcionem melhor qualidade de vida para quem já está na terceira idade. “Quase todo paciente com um quadro de catarata avançado chega ao hospital desanimado – o que é natural, haja vista a dependência de outras pessoas para fazer coisas simples, que antes eram feitas sem qualquer esforço. A catarata é a principal causa de cegueira reversível e seu tratamento não deve ser negligenciado. Afinal, são muitos os casos em que a dificuldade para enxergar acaba piorando muito a qualidade de vida do paciente, que passa a não querer se expor socialmente, se retrai e não raro desenvolve depressão”.

A cirurgia para remoção da catarata, seguida do implante de lentes intraoculares (LIOs), não só possibilita ao paciente voltar a enxergar, como ainda rejuvenesce a visão. “A nova geração de lentes intraoculares dispensa o uso de óculos depois da cirurgia. Além de ser um procedimento seguro, as lentes intraoculares implantadas têm a função de ajustar a visão conforme a necessidade do momento”, diz o médico – destacando que as lentes mais modernas podem ser multifocais ou acomodativas, dispensando o uso de óculos para perto ou para longe em 98% dos casos.

“Essa cirurgia é a única na Medicina em que o paciente fica melhor do que era antes da manifestação da doença. É como se a pessoa voltasse no tempo, enxergando com a nitidez de quando era jovem”, diz Neves. Atualmente, a cirurgia é feita sem internação, com uso de anestesia à base de colírios, e leva entre 10 e 15 minutos. Segundo o médico, a técnica de facoemulsificação, que dissolve o cristalino através de uma pequena incisão (menor de três milímetros), leva a uma menor inflamação e proporciona recuperação praticamente imediata, dispensando o uso de pontos.

Outros estudos apontam mais benefícios da cirurgia de catarata, como redução nos episódios de quedas – responsáveis por piorar a saúde geral dos pacientes – e redução de acidentes de trânsito pela baixa visão. “Pessoas com mais de 65 anos que estão preocupadas com uma queda na qualidade da visão deveriam se submeter o quanto antes e um exame detalhado. Afinal, às vezes o problema não é tão complexo para tratar e pode mudar radicalmente para melhor a vida do paciente e de seus familiares”, conclui Neves.






Fonte: Prof. Dr. Renato Neves - médico oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo – www.eyecare.com.br




Dois bilhões de pessoas no mundo sofrem com fome oculta


Mesmo dentro do peso ideal (ou acima), elas podem estar desnutridas 

A desnutrição nem sempre tem a ver com magreza ou peso baixo. Em alguns casos, como os da fome oculta, a pessoa pode parecer saudável, não apresentar sintomas característicos da carência de nutrientes, mas, na verdade, está subalimentada. A condição também conhecida como fome silenciosa ou deficiência marginal atinge, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada quatro pessoas, independente da condição socioeconômica. A nutricionista Camila Pedrosa, da clínica Viver Nutrição e Gastronomia, explica que a causa da fome oculta está associada aos maus hábitos alimentares. 

Segundo a especialista, mesmo ingerindo a quantidade de calorias ou até mais do que indicado, a pessoa pode apresentar o quadro de desnutrição “Uma dieta rica em alimentos industrializados, sem ingestão de frutas, legumes e verduras, que são as fontes de vitaminas e minerais, podem desencadear a condição”, explica Camila. 

A nutricionista também chama atenção para a falta de sintomas. “Normalmente, a deficiência marginal não apresenta alteração física, dificultando o diagnóstico. A pessoa pode estar acima ou com peso adequado e estar desnutrida”. Segundo ela, a comprovação é feita por meio de exame de sangue. Além disso, a deficiência nutricional pode causar inúmeras doenças, algumas, inclusive, graves. 

Veja o que a falta de cada vitamina pode desencadear: 
  •  Vitamina A: alteração no sistema  imunológico e até problemas de visão; 
  •  Vitamina D: prejuízo na absorção do cálcio;
  • Ácido fólico e Ferro: prejuízos no crescimento, desenvolvimentos das crianças e anemia; 
  • Zinco: ressecamento na pele, unhas quebradiças, queda de cabelo, baixa imunidade e diminuição de memória. 

Para o tratamento, é indicado o incentivo de uma alimentação mais saudável e gostosa. “O ideal é o consumo de frutas e alimentos ricos em nutrientes para o bom desenvolvimento do organismo. A regra é simples, desembalar menos e descascar mais, ou seja, comer comida de verdade. No entanto, quando os problemas nutricionais já estão instalados é necessário fazer a suplementação com multivitamínicos e poliminerais prescritos por um profissional”, diz a especialista.  

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