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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Distúrbios de deglutição: doença pode estar presente em qualquer ponto da via digestiva



Estresse também é agravante



Distúrbio da deglutição quer dizer dificuldade em fazer progredir os alimentos da boca até o estômago. Como este trajeto é longo, o problema pode estar em qualquer ponto da via digestiva (boca, faringe, laringe, esôfago, esfíncteres, recessos ou bolsas na laringe e ou no esôfago, ou o problema pode vir do estômago).

Chamada pelos médicos de disfagia, a doença também pode ser decorrente do sistema nervoso central (trauma crânio encefálico, AVC, derrame, paralisia cerebral) onde se localiza o centro de controle e comando da deglutição.

Os principais sintomas da disfagia são eructações (arrotos), tosse, engasgos, sensação de refluxo dos alimentos ingeridos, sensação de empachamento gástrico, distensão abdominal, náuseas, vômitos, azia, queimação, flatulência, pigarro, sensação de bolo na garganta e dor abdominal.

A especialista em otorrinolaringologia, Dra. Jeanne Oiticica, explica que a doença é bem comum nos dias de hoje. “Em especial se considerarmos que as pessoas se alimentam mal (alimentos muito processados), mastigam pouco, comem muito rápido e estão sempre correndo e apressadas. O estresse e a pressão do dia a dia também são agravantes”.

O tratamento, segundo a médica, que também é Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, inclui mudanças de hábitos, fracionamento da dieta, dar preferência aos alimentos in natura, beber água regularmente, evitar bebidas gaseificadas, álcool, abuso de café, alimentos condimentados e frituras. Se ao adotar essas medicas citadas acima os sintomas não melhorarem, é importante procurar um especialista, já que pode ser necessário o tratamento com medicamentos ou até mesmo cirurgia.

“Automedicação e autotratamento são perigosos, pois pode haver regurgitação, ou seja, o alimento refluir e voltar. Neste trajeto em contramão também pode ocorrer a broncoaspiração, quando o líquido (ácido do estômago e ou alimento) penetra na via respiratória, que pode desencadear dispneia (falta de ar), pneumonia, entre outras complicações”, alerta Dra. Jeanne.

O distúrbio da deglutição também pode estar associado a alguma outra doença, como refluxo gastroesofágico, hérnia de hiato, laringocele/esofagocele (bolsas ou recessos que existem na laringe e ou esôfago), inflamação ou infecção no trato digestivo e até mesmo câncer.







Dra. Jeanne Oiticica - Médica otorrinolaringologista, concursada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Orientadora do Programa de Pós-Graduação Senso-Stricto da Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da USP. Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Professora Colaboradora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Responsável do Ambulatório de Surdez Súbita do hospital das Clínicas – São Paulo.


Pedline dá dicas para cuidar do bebê nos primeiros meses de vida



Dúvidas são muito comuns e é fundamental o acompanhamento de um pediatra


A pessoa acabou de ter um bebê, chegou em casa e agora está cheia de dúvidas e inseguranças. Esta situação é muito comum para as mamães de primeira viagem e até para quem já tem filho, afinal, cada criança é única. Para ajudar nas dúvidas iniciais, o Portal Pedline, site idealizado e mantido por pediatras para levar informações seguras sobre saúde de crianças e adolescentes, reuniu uma série de dicas do pediatra Sidney Volk, que é parceiro do Portal e médico plantonista nas Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital das Clínicas da Unicamp e do Hospital Vera Cruz, em Campinas. Confira:


Como devem ser as visitas ao pediatra até o terceiro mês de vida?

A criança deve ser avaliada pelo pediatra, de preferência, ao final da primeira semana de vida, para esclarecimento de dúvidas, controle de peso, avaliação da amamentação e reavaliação da icterícia, caso ocorra. Se estiver tudo bem, o seguimento passa a ser mensal, até o sexto mês de vida. Caso haja necessidade, o pediatra recomendará um retorno precoce.


Como devem ser os passeios nesses primeiros três meses?

A criança está numa fase bastante vulnerável, pois o sistema imunológico ainda é muito imaturo e não há ainda cobertura vacinal efetiva. Deve-se preferir locais abertos e com pouca aglomeração. Deve-se evitar o contato com pessoas doentes e manipulação do bebê sem a correta higienização.


Quais são os principais cuidados que os pais devem ter nessa fase?

Cuidados com a higiene pessoal, com a alimentação (no caso de preparo de fórmulas infantis), cuidados com a temperatura (evitar agasalhar demais ou de menos), cuidado com acidentes domiciliares (especialmente quedas) e atenção ao calendário vacinal, entre outros.


De quanto em quanto tempo o bebê deve mamar?

Especialmente quando em aleitamento materno, recomendamos a livre demanda, ou seja, pediu, mamou. Quando a mamada é adequada, o tempo natural de mamada, digestão e absorção, assim como as alterações hormonais que a alimentação ocasiona, geram um tempo aproximado de 3 horas entre uma mamada e outra. Se a criança está com bom ganho de peso e não tem fatores de risco, o tempo entre elas pode ser maior, caso a criança não peça (chore). Caso haja necessidade, o pediatra pode orientar intervalo menor.


Existe risco de hipoglicemia se o bebê ficar muito tempo sem se alimentar, mesmo que seja à noite?

Para um bebê nascido a termo, que esteja ganhando bem peso e não tenha fatores de risco/doenças metabólicas, esse risco é praticamente inexistente. Nas situações especiais, como o prematuro, o diabético, o portador de erros inatos de metabolismo e outros, o pediatra deve orientar a família.


Como o bebê deve se vestir? A roupa deve ser semelhante a de um adulto ou ele precisa estar mais aquecido? Por quê?

A superfície corporal do bebê é proporcionalmente maior à do adulto. Além disso, a capacidade da pele e do subcutâneo em segurar o calor é menor. Assim, a criança tende a fazer hipotermia mais facilmente. A dica é: uma peça de roupa a mais do que o adulto estiver usando para se sentir confortável naquele ambiente. Além disso, observar sinais como temperatura das extremidades, coloração da pele, piloereção (pelos arrepiados), tremores.


Quem tem animal em casa, como deve proceder?

Não há recomendação especial. Deve-se seguir preceitos básicos de higiene. Deve-se atentar para acidentes por mordedura/arranhadura e levar em conta que os animais podem ter ciúmes. Alguns bebês manipulam animais de maneira grosseira (puxar bigode do gato, o rabo do cachorro) e podem desencadear respostas agressivas.


É necessário dar banho de sol? Qual o melhor horário e qual a frequência? Até quanto tempo de vida?

O banho de sol é essencial. Nossa pele produz a forma ativa da vitamina D quando exposta ao sol, que é essencial para fixação do cálcio nos ossos, prevenindo o raquitismo e a osteopenia. Deve-se evitar os horários de alta incidência de irradiação ultravioleta (das 10h às 16h), preferindo os extremos do dia. Meia hora ao dia é suficiente. Não há idade limite. Sol é benéfico.



 

Lentes de contato: 8 erros gravíssimos que devem ser evitados



No Brasil, estima-se que cerca de dois milhões de pessoas façam uso de lentes de contato. Trata-se de um número que cresce sem parar, já que pelo menos metade da população a partir dos 18 anos precisa de correção visual. Daí a urgência de se aprender a usar lentes de contato da forma mais correta possível, já que a contaminação das lentes de contato está diretamente ligada aos hábitos de higiene. As complicações resultantes vão desde simples irritações até graves infecções oculares. 

Para o oftalmologista Renato Neves, presidente do Eye Care Hospital de Olhos, as falhas mais recorrentes, por parte dos usuários, são: manusear a lente de contato sem lavar as mãos antes e usar soluções de limpeza de outro fabricante. Mas o médico diz que há outros oito maus hábitos muito comuns que podem provocar danos oculares nos usuários de lentes de contato:

 
1.   Enxaguar as lentes com água da torneira. “A água de grandes capitais, como São Paulo, é uma das mais bem tratadas do mundo. Mesmo assim, é um erro quando o paciente faz a limpeza de suas lentes com água de torneira ou do chuveiro, achando que não faz mal. Embora tratada, a água potável não é estéril nem livre de microrganismos que podem atingir a córnea e causar uma infecção.”
2.   Umedecer a lente com saliva. “Às vezes, a pessoa sente-se incomodada com as lentes de contato e, na ausência de material de higiene apropriado, toma iniciativa de reposicionar a lente, umedecendo-a com saliva ou água comum. Apesar de considerar uma ‘emergência’, novamente, é uma péssima ideia. Quando o paciente passa saliva na lente é como se a estivesse mergulhando numa banheira de bactérias. Nesses casos, ou a pessoa usa soro fisiológico, ou recorre às lágrimas artificiais para limpar os olhos e as lentes numa emergência. Em último caso, é preferível jogar a lente fora.”
3.   Reaproveitar solução de limpeza. “Por mais que haja toda uma tendência à reciclagem e ao reuso de materiais, esse não é o caso. Quando o paciente resolve usar mais de uma vez a solução de limpeza das lentes de contato, está procurando problemas. Outra vez, é como se estivesse mergulhando suas lentes numa banheira de bactérias antes de colocar nos olhos novamente. Basta um arranhão microscópico na córnea para essas bactérias promoverem uma infecção que pode resultar até mesmo na perda da visão.”
4.   Usar o mesmo estojo de lentes de contato por muito tempo. “Se você não tem paciência para limpar e armazenar lentes de contato e estojos do modo mais seguro e higiênico possível, melhor considerar lentes descartáveis, óculos ou cirurgia ocular. O estojo que guarda as lentes de contato deve ser trocado entre três e quatro vezes ao ano. Isso porque ele não está livre de contaminação ao longo do uso.”
5.   Guardar o estojo das lentes quando ainda está úmido. “É comum encontrar usuários de lentes de contato que lavam as caixinhas com solução apropriada, mas não permitem que elas sequem completamente antes de tampá-las. É preferível comprar um estojo novo, livre de contaminação, a recorrer a soluções caseiras como colocar na máquina de lavar louça ou ferver dentro de uma panela.”
6.   Usar lentes prescritas há muito tempo. “Tem gente que usa as mesmas lentes de contato prescritas há três, quatro, ou cinco anos. E tem sempre aqueles que usam por um tempo, param, e depois resolvem voltar a usar as mesmas lentes. Trata-se de um erro muito perigoso. Primeiramente, por conta da provável contaminação do material. Depois, porque o grau pode ter sofrido variações ao longo dos anos. Por fim, porque deve ter expirado o prazo de validade do conjunto (lentes, solução, caixa) – aumentando o risco de infecção se o paciente insistir em não passar por nova consulta e adquirir lentes novas.”
7.   Dormir com as lentes de contato. “Muitas pessoas acreditam que o pior só acontece com os outros. Assim, vão criando suas próprias regras, como usar as lentes de contato por um tempo prolongado ou ainda dormir com elas. Mas o risco existe e é grande. Quando estamos acordados, a córnea recebe oxigênio do ar e das lágrimas que lubrificam os olhos. Quando estamos dormindo, a córnea recebe menos nutrientes, lubrificação e oxigênio. Sendo assim, quando a pessoa não retira as lentes antes de dormir, ela está aumentando exponencialmente o risco de as lentes grudarem ou até mesmo arranharem a córnea. Caso haja microrganismos no local, uma infecção pode se instalar rapidamente.”
8.   Colocar as lentes de contato depois da maquiagem. “Um dos erros mais comuns entre as mulheres é fazer toda a maquiagem e, por fim, colocar as lentes de contato. Esse equívoco na ordem certa de fazer as coisas pode causar prejuízos à visão. Para evitar que as lentes sejam contaminadas, é importante que elas sejam colocadas antes da maquiagem e que sejam retiradas antes da remoção dos produtos de beleza. Outro detalhe importante: quem faz uso de lentes não deve usar maquiagem à prova d’água, já que, em caso de contato, a limpeza das lentes será bastante dificultada ou impossibilitada.”
Na dúvida, o especialista recomenda procurar um médico oftalmologista. “Os olhos têm de estar sempre claros e transparentes. Na presença de qualquer tipo de alteração ou desconforto, é importante revisar a rotina de higiene pessoal, lembrando que é preciso sempre lavar muito bem as mãos antes de tocar nas lentes e nos olhos, cuidar diariamente das lentes com solução apropriada, e usar lubrificante prescrito por um oftalmologista. Se ainda assim a irritação se prolongar, o paciente deve ser avaliado por um especialista.”







Fonte: Dr. Renato Neves - cirurgião-oftalmologista com mais de 60 mil cirurgias realizadas, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos (SP) 





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