Pesquisar no Blog

terça-feira, 27 de julho de 2021

Visão pode dificultar aprendizado nas aulas presenciais

Pesquisa mostra que óculos melhoram o aprendizado de 51% das criança. Na pandemia, aulas online fizeram a miopia aumentar. 

 

Em agosto as escolas estaduais que estão fechadas desde o início da pandemia reabrem em 24 dos 27 estados brasileiros. Ficam de fora Acre e Paraíba que reabrem em setembro após a vacinação dos professores e Roraima que não têm previsão de reabertura.

Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier na volta às aulas presenciais o exame de vista deveria ser obrigatório. Isso porque, o baixo rendimento escolar está associado à falta de óculos para 51% das crianças. É o que indica pesquisa feita com 36 mil alunos matriculados nas escolas municipais de Campinas. O levantamento foi realizado durante programa social realizado sob a direção do oftalmologista pelo braço social do hospital em parceria com a Secretaria de Educação de Campinas. Na iniciativa as crianças receberam óculos doados por empresas do setor óptico após triagem visual e exame médico. “O estudo é resultado da avaliação dos pais e professores após um ano de uso dos óculos” afirma. Para o médico o resultado explica porque o relatório do pnud (programa das nações unidas para o desenvolvimento) revela que 1 em cada 4 crianças brasileiras abandonam a escola no ensino básico.

 

Aumento da miopia

Recentes pesquisas desenvolvidas na América Latina e China mostram que a miopia, dificuldade de enxergar à distância, aumentou entre crianças durante a pandemia. Os pesquisadores atribuem este crescimento à falta de exposição ao sol no isolamento. Isso porque, a radiação solar estimula a produção de um hormônio, a dopamina, que monitora o crescimento do olho, maior nos míopes. 

Queiroz Neto afirma que as aulas online também contribuem. Isso porque, um levantamento realizado pelo médico com 360 crianças que permaneciam conectadas seis horas/dia encontrou miopia em 21% contra a prevalência de 12% apontada pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) do qual o médico faz parte. “Isso acontece porque os músculos do olho sofrem um espasmo causado pelo excesso de esforço visual para perto”, explica.

 

Maioria nunca foi ao oftalmologista

O especialista diz que 7 em cada 10 crianças que participaram do programa realizado no hospital nunca tinham passado por consulta oftalmológica. A estimativa do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) é de que na infância 20% precisam corrigir a refração.

“Na pandemia as crianças deixaram de usar a visão à distância e muitas não percebem que estão míopes. No hospital, comenta, tem sido recorrente crianças que nunca usaram óculos chegarem à primeira consulta com dificuldade de enxergar. O problema de refração mais comum tem sido a miopia que está se tornando uma verdadeira epidemia global. No mundo todo a preocupação é impedir a progressão. Isso porque, acima de seis graus aumenta o risco de catarata precoce, glaucoma, descolamento e doenças degenerativas na retina que levam à perda irreparável da visão. Para controlar a progressão, recentemente chegou ao país uma lente de contato para até 12 anos que estabiliza o grau impedindo o alongamento do olho.  “As primeiras prescrições mostram boa adaptação das crianças”, afirma. Outros problemas comuns na infância são a dificuldade de enxergar de perto ou hipermetropia, e visão desfocada para perto longe, o astigmatismo. Na infância o exame oftalmológico é essencial porque o olho está em desenvolvimento até a idade de 8 anos. “A falta de tratamento adequado neste período pode se transformar em deficiência visual grave e até levar à perda da visão”, alerta.

 

Olho preguiçoso pode cegar

Este é o caso da a ambliopia ou olho preguiçoso que atinge 4% das crianças brasileiras. Acontece quando o desenvolvimento de um dos olhos fica comprometido pelo estrabismo (olhos desalinhados), catarata congênita unilateral e diferença importante refração entre os olhos.

O tratamento deve ser feito antes do olho completar o desenvolvimento.  Consiste em ocluir o olho de melhor visão para forçar o desenvolvimento do outro.  Isso porque, a criança só usa o olho bom e o outro fica cada vez mais fraco.

Ele diz que a oclusão é suficiente para alinhar casos leves de estrabismo e fundamental para restaurar a visão após a cirurgia de catarata congênita unilateral. Nem todo estrabismo, destaca, pode ser percebido pelos pais. Há casos em que a doença é latente e só pode ser notada nos testes de motilidade ocular feitos no consultório. Dores de cabeça e torcicolo frequentes podem indicar necessidade de consultar um oftalmologista para diagnosticar desvio latente do olho.

 

Sinais de problemas de visão

As dicas de Queiroz Neto para descobrir se a criança tem algum problema de visão que requer consulta imediata são:

Até 2 anos:

·         Não reage a estímulos luminosos

·         Lacrimejamento excessivo.

·         Falta de interesse pelo ambiente à sua volta.

·         Olhos desviados para o nariz ou para fora.

·        Reflexo luminoso na pupila.

·         Pupila muito grande, de cor acinzentada ou opaca.


Dos três aos cinco anos:

·         Desvio dos olhos.

·         Quedas frequentes.

·         Se aproxima muito da TV

·         Inclina a cabeça para um dos lados ou para um ombro

·         Vira um dos olhos para fora quando está distraída

·         Fecha um dos olhos em locais ensolarados.

·         Coça os olhos, especialmente quando manipula o celular ou assiste TV

·         Queixa-se de visão dupla ou embaralhada


No início da alfabetização:

·         Faz careta ou franze a testa para enxergar.

·         Cansaço nos olhos e dor de cabeça.

·         Olhos vermelhos quando esforça a visão

·         Dificuldade para enxergar o que está escrito na lousa.

·         Aproxima o rosto do caderno, livro ou celular.

·        Baixo rendimento escolar.

·         Desinteresse na sala de aula.

·         Não participa de atividades esportivas.

·         Tem dificuldade em distinguir ou combinar cores.


Especialista alerta para riscos da hepatite, doença que age de forma silenciosa

Shutterstock
Tratamento é oferecido de forma gratuita pelo SUS e, quando cumprido corretamente, se mostra eficaz em mais de 95% dos casos

 

O Dia Mundial de Combate à Hepatite é celebrado em 28 de julho e tem como objetivo alertar as pessoas acerca deste grave problema de saúde pública, que pode levar à morte. A data faz parte da campanha Julho Amarelo, para conscientizar a população sobre os riscos da doença, uma inflamação do fígado que age de forma silenciosa.

Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde, publicado em julho do ano passado, indica que mais de 74 mil mortes foram causadas pela doença no Brasil, entre 2000 e 2018. O documento destaca ainda que 76% destes óbitos ocorreram em decorrência da hepatite do tipo C.

O tratamento contra a patologia, no entanto, tem evoluído muito, e as chances de cura já superam 95%, quando a assistência é realizada corretamente.

De acordo com a infectologista Tassiana Rodrigues dos Santos Galvão, que atende nos hospitais Estadual Francisco Morato e Municipal de Cajamar, ambos gerenciados pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", a cor dedicada ao mês foi escolhida por representar um sinal frequentemente associado à doença: a icterícia, como é conhecida a amarelidão da pele.

A especialista ainda detalha as razões pelas quais são conhecidas por letras. "Os vírus receberam a nominação em ordem de descoberta, sendo atribuída uma letra para cada nova hepatite (A, B, C, D e E). As mais comuns no Brasil são as hepatites A, B e C, sendo a D mais frequente na região Norte", explica.

Conforme a médica, é necessário estar atento, pois as manifestações são muito variáveis, podendo ser assintomáticas ou apresentarem desde quadros de icterícia, mal-estar, fraqueza, náuseas e vômitos até dores abdominais e alterações na coloração da urina e fezes. "Os quadros podem ser graves, com estágios fulminantes, necessidades de transplante, evolução para câncer hepático e até morte", complementa.

Dra. Tassiana ressalta a relevância dos tipos B e C, considerados silenciosos e de cronificac
̧ão, ou seja, quando a doença se torna crônica e segue até o final da vida do paciente.

As hepatites podem ser transmitidas por meio de relações sexuais ou exposição direta com o sangue infectado, através de objetos contaminados, como agulhas, seringas, alicates e etc., transfusões sanguíneas ou durante o parto.

"No caso da B, a maioria das pessoas que têm contato com o vírus consegue controlar a infecção e a evolução. Porém, os pacientes que ‘cronificam’ apresentam uma doença silenciosa, que, se não tratada, pode evoluir para cirrose e/ou câncer de fígado", afirma a médica, reiterando que, nos casos de hepatite do tipo C, as chances de a cronificac
̧ão acontecer são ainda maiores, tal como o risco de desenvolver cirrose e câncer hepático.

Prevenção

Existem muitas formas de prevenir a hepatite. A infectologista explica que a prevenção pode ser feita de forma simples, com hábitos como consumir apenas água tratada, manter boa higiene e utilizar preservativos durante as relações sexuais.

"No caso de tatuagens e piercings, recomendo procurar estúdios confiáveis, que trabalhem com agulhas descartáveis e jamais compartilhem objetos pessoais. Isso serve também para manicure", destaca a Dra. Tassiana.

Para as hepatites dos tipos A e B, há vacinas que podem ajudar na prevenção. Por isso, é importante estar com elas em dia.

Tratamento

O tratamento da doença é realizado por meio de antivirais, além de medidas de prevenção, como evitar medicações que possam prejudicar a saúde do fígado. Pacientes que já convivem com a doença, devem realizar um acompanhamento adequado com médicos infectologista, gastroenterologista ou hepatologista.

Para os casos de hepatite C, nos últimos anos, o tratamento sofreu mudanças significativas, contando, atualmente, com drogas de ação direta e esquema terapêutico, dependendo do genótipo e da fase clínica do paciente.

Ambos são oferecidos de forma gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde), assim como os testes capazes de diagnosticar a doença, que podem ser realizados de forma rápida e discreta em qualquer UBS (Unidade Básica de Saúde).

"Caso o diagnóstico seja positivo para a doença, não há razões para pânico. Hoje em dia, os medicamentos são muito bem tolerados, com raros efeitos colaterais, e as chances de cura, na maioria dos casos, são superiores a 95%. Um sucesso também garantido pelo SUS", finaliza.



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"


Julho mês de Conscientização sobre os Miomas

FreePik 
Médico especialista em Cirurgia Minimamente Invasiva e Cirurgia Robótica, Alexandre Silva e Silva, explica quais são os principais sintomas da doença e quais os tipos de tratamento


Mioma, um tumor benigno do útero, tem origem nas células musculares lisas do órgão e estima-se que cerca de 80% das mulheres tenham miomas uterinos, porém nem todas desenvolverão ou apresentarão sintomas.

De acordo com o médico especialista em Cirurgia Minimamente Invasiva e Cirurgia Robótica, Alexandre Silva e Silva, o principal sintoma é o sangramento uterino anormal, com aumento do fluxo menstrual em quantidade e em número de dias. “Além do sangramento, as pacientes também podem apresentar dores abdominais, sintomas relacionados à compressão de órgãos pélvicos como bexiga e o intestino, podem levar a anemia devido aos sangramentos e podem prejudicar a fertilidade e ser causa de aborto em algumas pacientes”, explica o doutor.



Diagnóstico

O diagnóstico é feito inicialmente através da ultrassonografia pélvica e transvaginal, que segundo o Dr. Alexandre, deve ser realizada anualmente por todas as mulheres. Mas após receber o resultado do mioma, será preciso realizar uma ressonância nuclear magnética de pelve com contraste para se obter mais detalhes sobre o tamanho, localização, quantidade de nódulos e relação com outros órgãos pélvicos.

“Eles podem ser submucosos, que é quando estão por dentro da cavidade uterina e são os que causam mais sintomas de sangramento e dores em cólicas”, diz o especialista.



Tratamentos

Conforme o Dr. Alexandre, os tratamentos clínicos em sua grande maioria não resolvem o problema, acabam funcionando como paliativos e tratam somente de alguns sintomas.  “Dentre os tratamentos cirúrgicos, estão a histeroscopia cirúrgica para retirada dos nódulos em situação submucosa, a miomectomia para os nódulos que estão em situação subserosa, intramural e transmural, para aquelas pacientes que têm desejo gestacional ou que por qualquer razão desejam manter o órgão”, conta o Dr. Alexandre.

Para quem já teve a prole constituída, a Histerectomia pode ser a melhor opção, além disso outros tratamentos como a radiofrequência e embolização também podem ser realizados. Mas o médico alerta que cada caso deve ser estudado e individualizado para que um tratamento personalizado possa ser oferecido para cada mulher de acordo com seus desejos e objetivos.

 


Dr. Alexandre Silva e Silva - se formou em 1995 na Faculdade de Ciências Médicas de Santos em medicina. Sua especialização é em Cirurgia Minimamente Invasiva e Cirurgia Robótica. Além disso, possui certificação em cirurgia robótica em 2007 no Hospital Metodista de Houston. Certificação em cirurgia robótica single site em 2016 em Atlanta. É mestre em ciências pela Universidade de São Paulo em 2019 e foi pioneiro em cirurgia minimamente invasiva a partir do ano de 1998. E dá aulas de vídeo cirurgia desde então. Referência em vídeo-laparoscopia e cirurgia robótica.


Importância do pediatra no desenvolvimento dos bebês

Na semana em que se comemora o dia do pediatra, a MAM Baby esclarece algumas razões que tornam o papel do profissional tão importante para os pequenos

 

O primeiro passeio da maioria dos bebês é a visita ao médico pediatra, que deve ser feita, em média, uma semana após o nascimento. Mas, a importância destes profissionais da saúde vai muito além desta primeira aventura. Na semana em que se comemora o Dia do Pediatra no Brasil, a MAM Baby, marca especialista em bebês, destaca alguns pontos importantes desta presença e atuação nas rotinas familiares.   

Alessandra Cavalcante, médica pediatra em São Paulo, esclarece que são estes especialistas que cuidam do desenvolvimento saudável das crianças. É o pediatra que previne e trata doenças, orienta as melhores práticas de alimentação, vacinação, sono, saúde bucal e visual, risco de exposição excessiva às telas, além de  analisar o desenvolvimento neurológico, escolar e social das crianças. 

No primeiro mês de vida, são recomendadas, pelo menos, duas visitas ao pediatra. Já, entre 2 e 6 meses de vida, as visitas passam a ser mensais e, a partir dos 7 meses, é recomendada uma consulta a cada 2 meses. Quando a criança completa 2 anos, as avaliações podem ser realizadas a cada três meses e, a partir dos 6 anos, semestralmente. Na faixa dos 7 aos 18 anos, em situações normais, a visita pode ser anual. 

 

Escolha do pediatra 

A escolha do pediatra não deve apenas levar em conta a parte técnica e a formação do médico. É preciso escolher um profissional que "dê match" com a família e com a criança. Um bom relacionamento é essencial. Além disso, é importante que a família certifique-se de que é possível contatar o médico em casos de dúvidas e emergências. 

Para estilos de vida mais específicos, como uma família vegana ou que procura alternativas para evitar o uso de remédios, é importante a busca por um profissional que compartilhe da sua visão de mundo. Assim, o cuidado com o paciente será muito mais assertivo e alinhado aos hábitos e valores da família. 

“Sobre a qualidade do profissional, a abordagem técnica deve ser a mesma, ou seja, um bom pediatra deve observar todas as questões já ditas anteriormente. Mas, certamente, cada médico atuará à sua própria maneira” explica Alessandra.  

O pediatra da criança deve ser o primeiro médico a ser consultado em casos de emergência, já que muitas vezes a sua orientação pode evitar uma exposição ou ida desnecessária ao hospital, por exemplo. “Quanto mais precocemente se der o diagnóstico de alterações, menor as complicações para o futuro e para a vida adulta” finaliza.  

Para a pediatra Paula Cruz Borrelli Barros, o paciente torna-se praticamente um membro da família. Ela explica que ser pediatria é algo muito singular pois, além do conhecimento amplo da medicina, o profissional precisa gostar de criança, gostar de conversar e, principalmente, gostar de ouvir. 

 


MAM


Vacina é a melhor forma de prevenir hepatites virais


Em 2010, a Organização Mundial da Saúde - OMS criou a campanha Julho Amarelo como forma de conscientizar a população sobre as hepatites virais, prevenção, vacinação e diagnóstico precoce. De acordo com o Ministério da Saúde, até fevereiro deste ano 33.874 pessoas estavam em tratamento contra a hepatite B. Em relação à hepatite C, os dados mostram que 19.219 indivíduos iniciaram o tratamento contra a doença ao longo de 2020.

Hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus, uso de remédios, álcool, drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. As mais comuns são as causadas pelos vírus tipo A, B, C, D e E, que podem ser transmitidas por via sexual, água e alimentos contaminados, fluídos corporais, objetos e seringas não esterilizados, gestação, parto, amamentação, tatuagem, colocação de piercing e contato fecal-oral.

Segundo o clínico geral do Hospital Santa Casa de Mauá Valdir Russo, os tipos A e E têm formas agudas, sem potencial para formas crônicas e o paciente pode se recuperar e eliminar o vírus do organismo. Já os vírus B, C e D podem apresentar formas agudas e crônicas de infecção. “Quando os sintomas aparecem, normalmente a doença já está em estágio mais avançado, sendo os mais comuns febre, fraqueza, mal-estar, dor abdominal, enjoo, náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura, icterícia e fezes esbranquiçada”, explica.

O diagnóstico é feito a partir de um mapeamento de sintomas e riscos, além de exames de hepatograma - sangue; teste de ALT - lesão hepática; dosagem de bilirrubina; teste de AST para avaliar sinais e sintomas de doença hepática e ultrassonografia do fígado.

O tratamento será indicado de acordo com o tipo da doença, porém em todos os casos é recomendado repouso, hidratação, boa alimentação e suspensão de bebidas alcoólicas por cerca de seis meses a fim de evitar danos ao fígado e acelerar sua recuperação. Em alguns casos, os medicamentos poderão ser suspensos e nos mais severos a internação é recomendada até o controle da doença. 

É importante destacar que a vacinação é a melhor forma de prevenção contra as hepatites A e B. “Em criança, a vacina para o tipo A é administrada em duas doses, com seis meses de intervalo. Os adultos que não foram vacinados na infância podem ser imunizados a qualquer momento. A vacinação da hepatite B ocorre em quatro doses, uma nos primeiros dias de vida e as demais aos dois, quatro e seis meses de idade. Para os adultos que não tomaram a vacina ou que nunca tiveram a doença, a imunização ocorre em três doses”, explica o clínico geral Valter Russo.



Hospital Santa Casa de Mauá

https://santacasamaua.org.br/


Estudo brasileiro inédito aponta cenário crítico na reabilitação pós-AVC

Cerca de 45% dos pacientes após o AVC chegam tardiamente à reabilitação, 16% tiveram um encaminhamento tardio ou não conseguiram agendar uma consulta. O tempo de espera para uma consulta de reabilitação foi de 9 meses.1


O manejo do acidente vascular cerebral (AVC) no Brasil envolve desafios que começam na demora do reconhecimento precoce dos seus sinais e sintomas e atraso no encaminhamento para atendimento médico. O acesso a tratamentos de ponta no SUS e mesmo em muitos segmentos da rede privada é escasso, e podem ocorrer falhas na condução da reabilitação. No período pós-AVC, além das medidas de prevenção de recorrência de um novo AVC, uma série de terapias no contexto de atendimento multidisciplinar contribuem para a saúde, qualidade de vida e reinserção do paciente na sociedade.

Cerca de 30% dos pacientes podem desenvolver espasticidade, que é um tipo de rigidez muscular que leva à postura inadequada dos membros (mãos fechadas, pés em garra), causa dor, dificuldade para executar atividades corriqueiras (como caminhar, comer, por exemplo), e consequentemente reduz a qualidade de vida, aumenta a sobrecarga do cuidador, com possibilidade de quedas, fraturas, além de impactos econômicos e financeiros. 2

Diante da falta de dados no país sobre a jornada do paciente no pós-AVC, uma equipe médica brasileira, da qual fez parte o médico fisiatra Marcelo Riberto, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, no interior de São Paulo, publicou recentemente um estudo multicêntrico e observacional envolvendo 11 centros de reabilitação do país (públicos e privados), com 204 voluntários, chamado de BCcause cujo objetivo primário foi avaliar a taxa de resposta dos pacientes com espasticidade crônica ao tratamento com toxina botulínica A (TBA).1

Um dado alarmante do estudo mostrou que aproximadamente 45% dos pacientes recebem o encaminhamento para a reabilitação tardiamente após o AVC, e o tempo mediano de espera para o agendamento de uma consulta é de nove meses. Isso acontece por uma série de fatores, como a distância e a dificuldade de transporte até o centro de reabilitação, o tempo despendido para chegar ao centro de reabilitação e problemas para agendar a consulta, entre outras questões.1

Segundo o Dr. Riberto, muitos pacientes, familiares e profissionais de saúde desconhecem ou subestimam os efeitos da reabilitação no pós-AVC. Por vezes, o encaminhamento para a reabilitação não acontece porque os profissionais que atendem o paciente na hora do AVC agudo não sabem da existência e possibilidades de encaminhamento para os Centros de Reabilitação, tanto na rede privada como na rede pública.

É fato que existe desequilíbrio entre o número de pacientes que necessitam de reabilitação no país e a quantidade de centros de reabilitação, seja no setor público ou privado. Neste contexto, a atual realidade do Brasil não favorece a reabilitação precoce, mas mesmo assim, vemos que a reabilitação tardia traz muitos benefícios para os pacientes.1

Além da dificuldade de acesso aos centros de reabilitação, os tratamentos também variam de acordo com a gravidade das sequelas, mas, em geral, a reabilitação consiste em sessões de fisioterapia, de fonoaudiologia, terapia ocupacional e tratamento medicamentoso, exemplo os medicamentos orais (baclofeno, tizanidina, dantrolene, gabapentina e pregabalina) e a aplicação de toxina botulínica A. O estudo BCause também indicou as vantagens da TBA no controle da espasticidade crônica com apenas uma aplicação. Embora disponível no SUS, a toxina botulínica é sub recomendada, em torno de 9 mil pacientes receberam aplicação de TBA para espasticidade pós-AVC no SUS em 2020,3 o que representa apenas 1% da população que sofre o AVC e pode desenvolver a espasticidade. Estima-se que há 1 milhão de pacientes com espasticidade pós-AVC no Brasil. 2,4

Segundo o Dr. Riberto, o uso da TBA, quando aplicada nos músculos espásticos e de acordo com a bula, ajuda a prevenir o encurtamento muscular e a dor, evitando que o paciente aprenda os movimentos errados e oferecendo mais liberdade para elesO tratamento com toxina botulínica pode ser uma solução para melhorar a qualidade de vida de diversos pacientes, para assim conseguirem retomar sua independência em atividades rotineiras, como tomar banho, vestir-se ou calçar os sapatos.


Sobre o AVC

No caso do AVC, ocorre uma alteração súbita do fluxo sanguíneo cerebral que pode ser tanto isquêmico, quando falta sangue em uma região do cérebro por causa de uma obstrução, quanto hemorrágico, quando um vaso sanguíneo é rompido. O tipo mais prevalente desta doença é o AVC isquêmico5.

O AVC é a segunda maior causa de mortes e a principal razão da incapacidade no mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, são mais de 400.000 casos por ano e 100.000 óbitos no país, sendo que, a cada cinco minutos, ocorre uma morte decorrente de AVC5.

 

 


Referências:

• Khan P, et al. The Effectiveness of Botulinum Toxin Type A (BoNT-A) Treatment in Brazilian Patients with Chronic Post-Stroke Spasticity: Results from the Observational, Multicenter, Prospective BCause Study. Toxins (Basel). 2020 Dec 4;12(12):770.

• Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Espasticidade (PCDT), Ministério da Saúde, 2017.

• DataSUS, pacientes tratodo com toxina botulínica em 2020 para os CIDs de AVC: G81.1 Hemiplegia espastica, G82.1 Paraplegia espastica, G82.4 Tetraplegia espastica, I69.0 Sequelas de hemorragia subaranoidea, I69.1 Sequelas de hemorragia intracerebral, I69.2 Sequelas outr hemorrag intracran nao traum, I69.3 Sequelas de infarto cerebral, I69.4 Sequelas acid vasc cerebr NE c/hemorr isquem, I69.8 Sequelas outr doenc cerebrovasculares e NE.

• Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Acidente Vascular Cerebral, Ministério da Saúde, 2013.

• Saúde, Biblioteca Virtual em Saúde Ministério da. Acidente vascular cerebral (AVC). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/avc-acidente-vascular-cerebral/. Acesso em: 16 jul. 2021.

O que fazer no caso de quedas envolvendo crianças

Freepik
Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul alerta para importância de cuidado permanente por parte dos pais


O Traumatismo Craniano Encefálico (TCE) continua sendo a principal causa de morbidade e mortalidade em crianças vítimas de trauma. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, é possível identificar, no período de 2008 até 2012, cerca de 20 mil hospitalizações por TCE, na faixa etária de zero a 14 anos, com cerca de 400 óbitos. Crianças hospitalizadas com TCE grave têm uma taxa de mortalidade relatada acima de 25%. As que sobrevivem aos ferimentos iniciais estão suscetíveis a uma série de complicações ao longo da vida, entra elas, a epilepsia traumática, déficits cognitivos, distúrbios do sono e psicológicos, transtornos psiquiátricos e dores de cabeça crônicas.

“Todas as sequelas estão relacionadas com a gravidade do trauma e com a qualidade do tratamento inicial e a reabilitação oferecida aos pacientes. Felizmente pacientes pediátricos têm uma plasticidade cerebral e uma capacidade de reabilitação excelentes”, observa a pediatra intensivista do HCPA e Coordenadora da UTI do Trauma Pediátrico (UTI PED) do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS), Luciana Gil Barcellos

As incapacidades resultantes do TCE podem ser divididas em três categorias, físicas, cognitivas e emocionais ou comportamentais. As físicas são diversificadas e podem ser motoras, visuais, táteis, entre outras. As cognitivas, frequentemente, incluem problemas de atenção, memória e funções executivas. As incapacidades comportamentais e emocionais são, em geral, a perda de autoconfiança, motivação diminuída, depressão, ansiedade e dificuldade de autocontrole. Estes sintomas estão representados por desinibição, irritabilidade e agressão.

Além disso, é importante observar os casos de concussão cerebral, que é a perda da consciência de curta duração, que acontece logo após um traumatismo craniano. Conforme relata a pediatra, diferente da contusão, as concussões causam uma disfunção cerebral temporária, sem apresentar lesões anatômicas, e podem ocorrer mesmo após um traumatismo cranioencefálico menor e dependem da intensidade do trauma.

“É importante classificar o trauma como leve, moderado ou grave. Quando for TCE leve, existem protocolos de atendimento que relacionam a idade do paciente, cinemática do trauma, perda de consciência, cefaleia, vômitos e presença de crises convulsivas com risco de ter uma lesão clinicamente significativa. Este paciente deve permanecer em observação”, explica.

O processo de recuperação pode ser lento em casos graves, e o tratamento deve ser multidisciplinar. É importante, segundo a especialista, otimizar terapias de reabilitação como fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Na fase de recuperação deve-se focar na educação e treinamento com objetivo de estabelecer uma nova vida com ajustamento pessoal, social e qualidade de vida.

 


Fernanda Calegaro e Marcelo Matusiak


Contrato de franquia pode ser válido mesmo sem estar assinado: advogada explica

Marina Nascimbem Bechtejew Richter, advogada e sócia do escritório NB Advogados, explica que, para um contrato de franquia ser considerado válido, basta a comprovação da vontade tácita das partes

 

No mês passado, o Superior Tribunal de Justiça julgou o Recurso Especial no 1.881.149-DF que decidiu que o contrato de franquia, mesmo que não esteja assinado pelo franqueado, é válido quando o comportamento de ambas as partes comprova aceitação tácita da relação. De acordo com Marina Nascimbem Bechtejew Richter, advogada e sócia do escritório NB Advogados, a decisão traz mais segurança jurídica às franqueadoras e, consequentemente, ao sistema de franchising.

“Todo contrato de franquia, obviamente, precisa ser assinado por ambas as partes. O que acontece em alguns casos é que, por desorganização interna da franqueadora, falta de documentos do franqueado ou demora para que ele efetivamente assine e remeta o contrato para a franqueadora, a relação se estabelece sem que o contrato esteja assinado”, ilustra Marina.

A situação, muitas vezes, gera problemas para as franqueadoras. A advogada explica: “Alguns franqueados de má fé se aproveitam da situação, acreditando que o contrato não está válido, e descumprem suas obrigações – como, por exemplo, o pagamento de taxas”.

A recente decisão do STJ, na visão da advogada, foi muito positiva ao reconhecer que, mesmo sem ter o contrato devidamente assinado, se a relação franqueado/franqueadora está acontecendo e a franquia está operando, há, sim, uma relação estabelecida e reconhecida – com todos os direitos e deveres. “O franchising é muito forte no Brasil, tanto por sua contribuição à economia nacional como na geração de empregos. A Justiça precisa estar atenta e combater atitudes que maculem ou desprestigiem o sistema. Só assim, será possível manter e atrair investimentos, deixando-o cada vez mais sólido e perene”.

 


NB Advogados

www.nbadv.com.br

 

Como as Olimpíadas de 2021 entrarão para a História?

 

De uma forma ou outra, os Jogos Olímpicos sempre deixam algum tipo de legado. Desde os primeiros, na Antiguidade, eles eram capazes de promover uma trégua nas guerras tão comuns à época. Por sua vez, as Olímpiadas modernas também têm a sua trajetória, confundindo-se em muitos momentos com a própria história universal. Tendo a sua primeira edição de 1896, em Atenas, por iniciativa do Barão de Pierre de Coubertin, o maior espetáculo esportivo do planeta pode ser discutido sob diversos aspectos.

Contrariando o objetivo do congraçamento e união entre os povos, os XI Jogos Olímpicos, em 1936, na cidade de Berlim, ficou marcada pelo seu uso político, quando Hitler tentou fazer dele uma propaganda da superioridade racial e da estética nazista. Coube ao atleta negro norte-americano, Jesse Owens, com suas vitórias, silenciar o Führer. Ainda na Alemanha, em Munique, em 1972, as questões políticas também tomaram o primeiro plano da XX edição dos Jogos Olímpicos. Conhecido como o Massacre de Munique, a Vila Olímpica foi alvo de uma ação terrorista do grupo palestino Setembro Negro, em que 11 membros da delegação israelense foram mortos, entre atletas e comissão técnica.

Já os Jogos da XXII e XXIII Olimpíadas, Moscou e Los Angeles, respectivamente, ficaram marcados pelos boicotes liderados pelos EUA e URSS e seus aliados. Mais uma vez as diferenças políticas marcaram os jogos que deveriam ser uma referência de confraternização mundial. Quanto aos Jogos Olímpicos de Tóquio, realizados neste ano de 2021, certamente farão parte da antologia esportiva.

Adiado por um ano, por conta da pandemia do coronavírus, ele será disputado sob o receio da contaminação, a opinião pública e de especialistas divididos e tendo o comitê organizador e sua capacidade de garantir a segurança dos participantes sob suspeita. Será uma edição dos Jogos Olímpicos sem o tradicional desfile das delegações, a presença do público durante os eventos e a agitação de turistas das edições anteriores. Contudo, pode ser essa a edição dos Jogos Olímpicos de Verão em que a resiliência, a esperança e a superação fiquem como sua maior marca, a despeito de todas as críticas e considerações possíveis. Em outras ocasiões, os inimigos estavam no mesmo palco ou boicotando-se mutuamente. Os adversários eram políticos e humanos. Desta vez, o inimigo a ser combatido é outro e, provavelmente, estes Jogos Olímpicos possam e, talvez devam, entrar para a História como o momento em que a humanidade se reuniu por uma causa comum.


Sérgio Ribeiro - professor de História da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

 

As vendas no mundo físico sustentam as grandes marcas, mas até quando?

Recentemente, recebi um estudo da Consumer Insights, da Kantar, que mostrava que a maioria dos consumidores ainda prefere comprar em pontos de venda físicos e sentem falta de confiança para as compras online. De acordo com a pesquisa, 51% da população gosta mais de ir ao ponto de venda. Apesar de ser um número ainda muito relevante, é visível o quanto as pessoas estão, cada vez mais, adaptadas ao universo online. E também não podemos negar que a pandemia e o isolamento social aceleraram este processo - que estava acontecendo de qualquer maneira, mas a passos um pouco mais lentos. 

Embora ainda exista essa preferência pelo físico, trata-se de um comportamento que vem diminuindo, visto que, em uma outra pesquisa, divulgada no ano de 2019, pela Lett e Opinion Box  - antes desta crise sanitária e econômica -, as lojas físicas eram as preferidas por 64% das pessoas. Obviamente eu não acredito que, em algum momento, as lojas físicas irão deixar de existir, de maneira nenhuma. Mas, o que eu tenho absoluta certeza, é que é impossível ignorar o online e, em poucos anos, todos os comércios físicos estarão também digitalizados de alguma forma. 

Quando pensamos em pequenas e médias empresas, o início pode até ser um pouco mais simples: desde a presença do comércio no Google Meu Negócio, redes sociais, e-commerces, marketplaces até um trabalho mais consistente de marketing digital. Existem inúmeras maneiras de ser encontrado e vender online. 

Mas quando se trata de grandes marcas, que normalmente já possuem uma forte presença virtual, é muito diferente. Embora a grande maioria esteja na internet há muitos anos, muitas vezes elas não sabem exatamente como podem se posicionar para vender ainda mais no online e possuem o desafio de levar o cliente que o encontra digitalmente para consumir nos pequenos que revendem os seus produtos. 

Sei que pode parecer confuso, mas pense comigo: uma marca nacionalmente conhecida revende os seus produtos em diversos pequenos comércios espalhados pelo Brasil. Se o cliente vê na internet sobre um lançamento e, quando chega ao lojista mais próximo, não encontra o que procura, ele acaba comprando um item de outra marca. É neste momento que a grande indústria perde o cliente e, normalmente, para o concorrente. 

A questão principal é que existem maneiras de evitar ao máximo que essas rupturas aconteçam.


Um primeiro passo que pode ser interessante é focar na gestão comercial e de estoque de todos os revendedores, fazendo um reabastecimento inteligente, principalmente no varejo de vizinhança. Uma grande empresa deve automatizar informações para saber, da maneira mais simples e rápida possível, quais lojistas estão sem produtos, quais produtos saem mais, quais ficam encalhados, entre outras informações. Desta maneira, quando o vendedor da marca chegar ao comércio, ele terá todos esses dados reunidos e fará um abastecimento mais rápido e inteligente. 

Como segundo passo, acrescento a importância de investir em tecnologias que ajudem o consumidor final a localizar os produtos da marca, mostrando o local mais próximo que dispõe do item para venda. 

Terceiro e não menos importante é o investimento em trade marketing. Sei que pode parecer extremamente repetitivo falar sobre o tema, por ser algo já muito conhecido do mercado. Porém, a questão é que as grandes marcas precisam encontrar maneiras de aplicar essa estratégia no pequeno varejo, que revende os seus produtos. Uma forma é por meio do Google Meu Negócio, por exemplo, fazendo o cadastro e atualizando a vitrine virtual de todos os pequenos e médios revendedores.

Com esses três passos é possível mudar a forma de vender, conquistar novos clientes e fidelizar aqueles que já existem. Essas estratégias podem realmente transformar o negócio. E, o mais interessante, é que são fatores que ajudam toda a economia, de maneira mais abrangente. 

Quando uma grande indústria percebe a importância de trazer os seus revendedores que estão apenas no físico também para o online, isso aumenta, e muito, a presença digital daquela marca. Mas, ao mesmo tempo, dá visibilidade aos 'invisíveis digitais’, aqueles pequenos comerciantes que não possuem nenhum tipo de presença na internet. E isso é importante e possui potencial de mudar, e melhorar, mesmo que aos poucos, toda uma comunidade. 

Sabemos que, sim, as vendas no físico ainda sustentam as grandes marcas. O comércio de bairro, o mercado de vizinhança e o pequeno lojista que revende os produtos e faz com que aquela marca chegue em tantas cidades e estados do Brasil são os responsáveis por tornar aquela empresa cada vez maior. No entanto, não podemos mais ignorar que chegou o momento de pensar em novas estratégias e trazer os pequenos comércios para o online. Em pouco tempo, tenho certeza, isso fará com que todos se tornem ainda mais fortes. 


 

Fernando Farias - CEO e fundador da Gofind, o primeiro localizador de produtos omnichannel do Brasil 


Soft skills - O presente e o futuro do mercado de trabalho

Vanessa Wedekin, diretora de produto na BiUP Educaçã e especialista em estratégia educacional, explica quais são as competências do futuro e porque elas são tão importantes para quem quer crescer profissionalmente.

As soft skills têm-se tornado cada vez mais populares: são habilidades comportamentais levadas muito a sério em conta por empresas e recrutadores. Estas habilidades, diferente das hard skills, são fluidas e desenvolvidas a partir das suas habilidades interpessoais, e não necessariamente baseadas nos seus conhecimentos técnicos.

Com o avanço das transformações no mercado e nas relações de trabalho, cada vez mais empresas estão percebendo que precisam de colaboradores com habilidades que vão muito além da técnica. Soft skills são competências relacionadas ao comportamento do indivíduo, muito mais atreladas à personalidade e às experiências, do que à formação profissional.

 

Reconhecer e ampliar suas capacidades é tão importante quanto ter uma formação específica na área de atuação. Ou seja, é a sua capacidade de desenvolver uma relação positiva com o trabalho e seus colegas, influenciando positivamente o ambiente. A inteligência emocional e o relacionamento interpessoal são exemplos de soft skills.

 

Algumas pessoas parecem ter certas habilidades inatas, como a criatividade ou a organização. Porém, com um bom autoconhecimento, é possível aprimorar essas qualidades que já se manifestam espontaneamente e ainda desenvolver outras, que trarão destaque para um cenário de negócios tão competitivo.

 

A seguir, algumas soft skills que o mercado tem valorizado:

  • Inteligência Emocional: se engana quem acredita que conseguimos lidar com o trabalho separando totalmente nossas emoções. Porém podemos desenvolver a habilidade de controlar e entender as emoções para que elas não nos afetem, e mais, para reconhecer e lidar com as emoções do outro também;
  • Comunicação eficaz e assertiva: esta se tornou uma habilidade básica exigida pelos líderes na hora da contratação. Saber se comunicar é essencial não somente para passar a mensagem que você quer, mas para saber captar a mensagem que lhe é transmitida. Atualmente somos bombardeados constantemente de informação, e desenvolver a habilidade da comunicação é pontual para conseguir absorver e repassar todas as mensagens da melhor forma;
  • Resiliência: o conceito de resiliência deixou de ser algo falado apenas dentro dos consultórios de psicólogos e passou a ser algo normalizado por toda a sociedade. Esta habilidade basicamente se define pela capacidade de se reerguer após uma queda emocional, motivacional, financeira, etc. O mercado está valorizando quem busca desenvolver a resiliência porque pessoas resilientes costumam lidar melhor com a pressão e os altos e baixos do mundo corporativo;
  • Empatia: novamente, uma habilidade que já foi considerada obsoleta, mas que se mostra cada vez mais em foco. A empatia é a habilidade de se colocar no lugar do próximo em inúmeras situações e é uma caraterística buscada principalmente para cargos de liderança, mostrando que o mercado do futuro é um mercado que busca mais o lado humano dos colaboradores;
  • Colaboração: quem não se lembra quando éramos obrigados a trabalhar em equipe na época de escola ou faculdade e sempre dava algum atrito, não é? Poderíamos até não perceber, mas estávamos desenvolvendo nossa habilidade de colaboração, algo que o mercado atual tem valorizado. Afinal de contas, uma empresa que trabalha unida, cresce mais forte.

Além das habilidades citadas, as empresas têm buscado cada vez mais diferentes características como flexibilidade, organização, pensamento criativo, capacidade de resolver problemas, relacionamento interpessoal, entre outras habilidades que, se analisarmos o mercado de 5 anos atrás, jamais pensaríamos sobre.

Tão importante quanto desenvolvê-las é saber identificá-las, principalmente se exercer um cargo de liderança. Diferente das aptidões técnicas, ou hard skills, estas habilidades não são ensinadas facilmente, elas são desenvolvidas com o tempo e esforço. Por isto, o conhecimento sobre este assunto é indispensável no mercado de trabalho, tanto para quem está realizando a captação de novos talentos quanto na análise de colaboradores já existentes na corporação.

 


Vanessa Wedekin


Canais do Poupatempo oferecem novos serviços digitais de dívida ativa estadual

Usuário pode consultar débitos, emitir certidão negativa e até mesmo verificar a regularidade fiscal de estabelecimentos direto pelo aplicativo e portal do programa 

 

Os canais digitais do Poupatempo oferecem três novas opções de serviços da  Procuradoria Geral do Estado (PGE). Pelo portal www.poupatempo.sp.gov.br e aplicativo Poupatempo Digital já é possível emitir a Certidão Negativa de Débitos eletrônica, realizar a consulta e emissão de guias para pagamento de dívidas ativas estaduais, como IPVA, ICMS e multas, além de verificar a regularidade fiscal de estabelecimentos comerciais, apenas informando o CNPJ, e assim checar se a empresa está com os impostos em dia. 

“A Prodesp trabalha na expansão dos serviços digitais do Poupatempo, para que os cidadãos possam resolver suas pendências com maior conforto e segurança, sem sair de casa. Atualmente, o Poupatempo contabiliza 140 opções online, disponíveis para os usuários a qualquer hora e em qualquer lugar”, explica Murilo Macedo, diretor da Prodesp – empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo, que administra o Poupatempo. 

Os serviços online representam cerca de 80% de toda a demanda do programa. Pelos canais eletrônicos, o Poupatempo oferece autoatendimento para renovação de CNH, Licenciamento de veículos, consulta de IPVA, Carteira de Trabalho, seguro-desemprego, entre outros, além do agendamento de data e horário para quem precisa comparecer pessoalmente a um dos postos. Eles também permitem que o usuário exclua seu agendamento, caso não seja possível comparecer no dia e horário marcados. Basta clicar em ‘Meus Agendamentos’ e, em seguida, na opção ‘Excluir Agendamento’.  


Dívidas protestadas 

Os cidadãos que tiverem dívidas estaduais protestadas podem regularizar sua situação diretamente pelo site da Central de Protesto (Cenprot) - www.protestosp.com.br

Desde maio deste ano, a parceria entre a PGE e o IEPTB (Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil) disponibilizou essa opção online para os cidadãos não precisarem mais se deslocar até os cartórios para pagarem as dívidas. A Prodesp foi a responsável pela implantação da interface de serviços que possibilitou a oferta de consultas de pagamentos online. 

“Em tempos tão desafiadores, em que a tecnologia está 100% presente na vida da sociedade, trabalhamos em parceria com dezenas de órgãos públicos para oferecer soluções inovadoras. Nossa missão é manter os serviços do Estado e facilitar a vida da população”, destaca André Arruda, presidente da Prodesp. 

 

Posts mais acessados