Em
2010, a Organização Mundial da Saúde - OMS criou a campanha Julho Amarelo como
forma de conscientizar a população sobre as hepatites virais, prevenção,
vacinação e diagnóstico precoce. De acordo com o Ministério da Saúde, até
fevereiro deste ano 33.874 pessoas estavam em tratamento contra a hepatite B.
Em relação à hepatite C, os dados mostram que 19.219 indivíduos iniciaram o
tratamento contra a doença ao longo de 2020.
Hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus, uso de
remédios, álcool, drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.
As mais comuns são as causadas pelos vírus tipo A, B, C, D e E, que podem ser
transmitidas por via sexual, água e alimentos contaminados, fluídos corporais,
objetos e seringas não esterilizados, gestação, parto, amamentação, tatuagem,
colocação de piercing e contato fecal-oral.
Segundo o clínico geral do Hospital Santa Casa de Mauá Valdir Russo, os tipos A
e E têm formas agudas, sem potencial para formas crônicas e o paciente pode se
recuperar e eliminar o vírus do organismo. Já os vírus B, C e D podem apresentar
formas agudas e crônicas de infecção. “Quando os sintomas aparecem, normalmente
a doença já está em estágio mais avançado, sendo os mais comuns febre,
fraqueza, mal-estar, dor abdominal, enjoo, náuseas, vômitos, perda de apetite,
urina escura, icterícia e fezes esbranquiçada”, explica.
O diagnóstico é feito a partir de um mapeamento de sintomas e riscos, além de
exames de hepatograma - sangue; teste de ALT - lesão hepática; dosagem de
bilirrubina; teste de AST para avaliar sinais e sintomas de doença hepática e
ultrassonografia do fígado.
O tratamento será indicado de acordo com o tipo da doença, porém em todos os
casos é recomendado repouso, hidratação, boa alimentação e suspensão de bebidas
alcoólicas por cerca de seis meses a fim de evitar danos ao fígado e acelerar
sua recuperação. Em alguns casos, os medicamentos poderão ser suspensos e nos
mais severos a internação é recomendada até o controle da doença.
É importante destacar que a vacinação é a melhor forma de prevenção contra as
hepatites A e B. “Em criança, a vacina para o tipo A é administrada em duas
doses, com seis meses de intervalo. Os adultos que não foram vacinados na
infância podem ser imunizados a qualquer momento. A vacinação da hepatite B
ocorre em quatro doses, uma nos primeiros dias de vida e as demais aos dois,
quatro e seis meses de idade. Para os adultos que não tomaram a vacina ou que
nunca tiveram a doença, a imunização ocorre em três doses”, explica o clínico
geral Valter Russo.
Hospital Santa Casa de Mauá
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