Pesquisar no Blog

sábado, 24 de julho de 2021

Exercícios e sono: como uma noite bem dormida influencia seu desempenho?

O descanso é essencial para uma boa performance esportiva, mesmo para quem não é um atleta olímpico

 

Ter uma boa noite de sono é tão importante para a saúde quanto manter uma alimentação saudável, especialmente para quem pratica exercícios físicos – afinal, ter um bom desempenho não é coisa só para atleta olímpico. Por falar em Olimpíadas, o superastro do atletismo, Usain Bolt, tirava cochilos regularmente antes das competições mais importantes, como a prova em que conquistou a medalha de ouro nos Jogos de 2012, em Londres. Já para a quebra do recorde mundial, o velocista precisou de apenas 30 minutos de descanso. 

Estudos recentes mostram os efeitos positivos do sono na aprendizagem de sequências motoras, além de indicar que dormir após o treinamento leva a uma melhora geral do desempenho. “O sono é crucial para processar as sequências de movimento adequadamente, para guardar cada pequeno movimento com cuidado e transformar tudo em hábitos instintivos, permitindo que possamos realizar uma determinada atividade automaticamente, de maneira quase inconsciente. Além disso, dormir antes de um grande evento esportivo faz o atleta se beneficiar ainda mais do treinamento,” explica a Dra. Verena Senn, neurocientista e especialista do sono da Emma – The Sleep Company.

 Por outro lado, dormir pouco pode comprometer o desempenho físico tanto do atleta profissional quanto do amador. Para se ter uma ideia, após uma noite com menos de 8 horas de sono, o corpo se cansa de 10 a 30% mais rápido do que o normal, a força muscular diminui, os níveis de oxigênio são reduzidos e é possível se machucar mais facilmente. Estudos apontam que atletas que dormem, em média, menos de 8 horas por noite têm 1,7 vezes mais probabilidade de sofrer uma lesão em comparação com aqueles que descansam por mais de 8 horas. 

“É dormindo que o corpo se recupera após exercícios físicos de alto impacto, combate inflamações, repara a força muscular, reabastece energia celular e restitui os tecidos, além de ser essencial para a saúde mental”, completa a neurocientista.

 

 

Emma – The Sleep Company

https://www.colchoesemma.com.br/

5 benefícios da Psicoterapia para se tornar um profissional melhor no home office

Preocupação com a saúde mental deve continuar mesmo depois que a pandemia passar


O home office imposto pela pandemia trouxe obstáculos, inconveniências e restrições sobre os quais é importante refletir. Além da sensação de distanciamento, a possível perda do pertencimento e a falta de encontros casuais com os colegas da empresa muitas vezes reduziram a criatividade e a coesão do time.

Mesmo diante das eficientes plataformas digitais de comunicação, a interação online não supera a relação interpessoal face a face nem satisfaz plenamente a necessidade primária de socialização humana. O trabalho remoto dificultou ainda a separação da vida privada e profissional, e fez aumentar ou surgir sintomas como ansiedade, dificuldade em dormir, cansaço, dores musculares e nas articulações.

Já que o novo método de trabalho deve seguir para grande parte das empresas, mesmo quando a crise pandêmica passar, é importante que os colaboradores continuem pensando na saúde mental. Para isso, Giovani Lucena, psicólogo do PsicoManager, plataforma de gestão para psicólogos e clínicas de psicologia, lista cinco benefícios da psicoterapia para quem está trabalhando em casa:

• Promove o autoconhecimento - Tomar consciência das características de sua personalidade e de seus padrões comportamentais implica em mergulhar em suas memórias, regressar a momentos por vezes pouco agradáveis para compreender o que motiva você a agir e a pensar de determinada forma. Isso é essencial para que você tome as rédeas de sua vida e aprenda a tomar decisões melhores;

• Ajuda no desenvolvimento de soft skills - Organizações procuram funcionários que, além de possuírem conhecimento técnico relevante, saibam resolver conflitos, ter empatia, solucionar problemas práticos, gerir suas emoções e inovar;

• Contribui para a flexibilidade - O profissional flexível não se deixa abater por coisas pequenas, sabe lidar com personalidades diversas (e até difíceis) e se adapta às situações. Assim, ele não se descontrola em momentos de crise;

• Ajuda na identificação de pontos frágeis - O profissional que possui gana está sempre em busca de aprimoramento. Esse constante processo de desenvolvimento requer a identificação de pontos fragilizados e seu consequente fortalecimento;

• Melhora o relacionamento interpessoal - Muitos profissionais são ótimos no que fazem, mas não conseguem desenvolver bons relacionamentos no ambiente profissional com naturalidade. Suas interações são desajeitadas e parecem bajulação, colocando-os numa posição pouco favorável perante os outros.

"A psicoterapia é um processo de reencontro consigo mesmo. O psicólogo faz a mediação entre o paciente e as suas crenças, emoções, conflitos internos e mágoas para que, ao fim do acompanhamento psicológico, ele se torne uma pessoa mais centrada e emocionalmente inteligente . Por conta do distanciamento, talvez estejamos vivendo o momento em que esse cuidado seja mais importante do que nunca", explica Giovani.

 


PsicoManager

Casais acomodados: a grande armadilha do relacionamento


Disposição, tempo e vontade... Ingredientes básicos e necessários para superar os desgastes dos relacionamentos e para preservar uma saudável vida em comum. 

Quando a vida afetiva se esvazia, os parceiros encontram-se isolados e acreditam que não foram amados e, muito menos, compreendidos. Fogem dos conflitos e refugiam-se num mundo próprio onde impera a vitimosidade e a desqualificação do parceiro. 

Os “raros” contatos afetivos e sexuais denunciam o desencontro e a deteriorização da relação, e o casal passa a comunicar-se apenas para superar os desafios do cotidiano: contas a pagar, educação de filhos, dificuldades domésticas, enfim, cumprem as exigências necessárias para a sobrevida da família. 

Esconder-se através de mágoas e dos ressentimentos apenas traduz uma acomodação insana, inadequada e inconveniente. 

Talvez o mais importante seja enfrentar o desafio e, principalmente, manifestar ao parceiro suas necessidades e seus desejos, juntamente com claras evidências de que espera ser atendido na medida do possível, afinal, um precisa do outro. Se estão unidos por vontade própria, e uma vez conscientes da valiosa amorosidade existente no passado, nada melhor que a humildade de reconhecer a importância do outro. 

As constantes lamúrias e queixas de um ou de ambos traduzem a necessidade de uma análise justa e comprometida com a verdade, procurando perceber as qualidades e mudanças positivas do parceiro, afinal, é possível fazer uso dos desentendimentos e desencontros para exercitar o diálogo e viabilizar negociações, revendo certas atitudes, assumindo as próprias falhas e, principalmente, visando um crescimento maduro do casal. 

Focalizar a atenção apenas nos defeitos, apontar o dedo para recriminar, julgar-se o (a) coitadinho (a) da relação apenas demonstra a imensa dificuldade de assumir e aceitar quem realmente somos. Por vezes, fica difícil enxergar que quase tudo o que recriminamos e desprezamos no parceiro está muito mais presente em nosso próprio comportamento, pensamentos e valores do que no outro. 

Assim, é evidente a importância de mudar o foco, redirecionar o olhar e afastar atitudes agressivas de menosprezo que desgastam e rompem elos valiosos, e que além de inviabilizar a solução dos conflitos, deixam marcas definitivamente negativas para o casal. 

Sabemos que todos nós queremos acertar sempre e que erramos porque somos “desajeitados”. Muitas vezes não sabemos como agradar e acabamos sendo mal compreendidos ou até mesmo ferimos quem amamos por não saber expressar nossa real intenção. 

Retomar um passado onde os sonhos e valores caminhavam em uma única direção e quando a vontade de ficar juntos era despertada a cada instante pode trazer algumas saídas para descobrir como e por que ocorrem o desvirtuamento e abandono das metas e, por que não dizer, saídas para reinventar o amor!

 


 


Adriane Branco - psicóloga especialista em Sexualidade Humana pela USP, em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Centro Psicológico de Controle do Stress (CPCS) e pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Comportamento e Sexualidade (CEPCOS)


A valorização dos avós e idosos na pandemia



Mais do que nunca, a pandemia voltou a atenção aos idosos do mundo todo. A Covid-19 impôs medidas de distanciamento que mudaram a forma como mantemos contato com a família. Os avós, muitos deles idosos, precisaram se adaptar a uma rotina ainda mais restrita e com pouco contato físico com outras pessoas, ou seja, até mesmo dos netos.

 

Além do sentimento de saudade, tristeza e solidão, ficar longe da família pode afetar a saúde física e mental dos idosos. Segundo um estudo feito pela Berlin Aging Study, avós que cuidam de netos têm 37% menos risco de morte do que adultos da mesma faixa etária.

 

Segundo o IBGE, mais de 20% dos domicílios brasileiros tem idosos como chefes de família, o que expressa um número de mais de 9 milhões de lares. Desse total, 36% são compostos por casal com filhos ou outros parentes. Esses números apontam para a realidade de que no Brasil muitos netos estão residindo com os avós e sob sua responsabilidade.

 

E a Igreja sempre reconheceu e exaltou a importância da família para a construção de uma sociedade equilibrada, justa e fraterna. E neste ano, o Papa Francisco instituiu o primeiro Dia Mundial dos Avós e dos Idosos no quarto domingo de julho, em memória a São Joaquim e Sant’Ana, avós de Jesus Cristo, celebrado dia 26 de julho, Dia dos Avós, para recordarmos e celebrarmos o dom da velhice e daqueles que, antes de nós e para nós, guardam e transmitem a vida e a fé.

 

“Como é edificante uma família que valoriza os avós, nesse caso, todos ganham! As crianças são beneficiadas porque convivem com gerações diferentes, aprendem a valorizar os idosos e mantêm o sentimento de pertença familiar. Alguns estudos indicam até que a convivência com os avós, fornece valores sólidos e apoio emocional aos netos.” Diz Padre Reginaldo Manzotti, embaixador nacional da Pastoral da Pessoa Idosa.

 

Dia dos Avós

Em 1584, por decreto do papa Gregório VIII, o casal foi considerado santo pela vida casta e por serem avós de Cristo. Segundo preceitos bíblicos, o casal Ana e Joaquim não podia ter filhos, o que era considerado uma maldição e dava o direito ao marido de ter filhos com outras mulheres. Ao se retirar ao deserto para orar e fazer penitências, Joaquim recebeu a visita de um anjo que lhe disse para voltar para casa, pois suas preces seriam atendidas.

 

Apesar da esterilidade e idade, pouco tempo depois, Ana deu a luz a Maria. A menina acabou sendo entregue aos cuidados do Templo de Jerusalém. Anos depois, saiu de lá para ficar noiva de José. Do casamento de Maria e José, nasceu Jesus, neto de Ana e Joaquim.

 

No século XX, o Papa VI escolheu o dia 26 de julho para homenagear Sant´Ana e São Joaquim, os pais de Maria.


 

Papa Francisco

Segundo o site Vatican News, em vista do Primeiro Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, o Papa Francisco concederá a Indulgência Plenária, "sob as habituais condições, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice, aos avós, aos idosos e a todos os fiéis que, motivados por um autêntico espírito de penitência e caridade, participarem no dia 25 de julho de 2021, Primeiro Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, da solene celebração que o Papa Francisco presidirá na Basílica de São Pedro ou então das diversas funções que ocorrerão em todo o mundo. Os quais poderão aplicá-la também em sufrágio das almas do Purgatório".

 

A Indulgência Plenária será concedida também "nesse mesmo dia aos fiéis que dedicarem tempo para visitar em presença ou virtualmente os irmãos idosos necessitados ou em dificuldade, como os doentes, os abandonados, os deficientes e afins".

 

Poderão também obter a Indulgência Plenária, os idosos doentes e todos os que, impossibilitados de saírem de casa por grave motivo, unirem-se espiritualmente às funções sagradas do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, através dos meios televisivos e radiofônicos, mas também pelos novos meios de comunicação social.

 


Pastoral da Pessoa Idosa

Padre Reginaldo Manzotti é embaixador da Pastoral da Pessoa Idosa no Brasil. O organismo da Igreja tem por objetivo assegurar a dignidade e a valorização integral das pessoas idosas, através da promoção humana e espiritual, respeitando seus direitos, num processo educativo de formação continuada destas, de suas famílias e de suas comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade, sexo, credo religioso ou político, para que as famílias e as comunidades possam conviver respeitosamente com as pessoas idosas.

 

 


Padre Reginaldo Manzotti - Sacerdote, escritor, músico, compositor, cantor e apresentador de rádio e TV, o padre Reginaldo Manzotti ao completar 25 anos de sacerdócio, decidiu se reinventar e inovar mais uma vez em prol da evangelização.  

www.padrereginaldomanzotti.org.br

Facebook: facebook.com/padrereginaldomanzotti

Twitter: twitter.com/padremanzotti

Instagram: @padremanzotti

Youtube: youtube.com/PadreManzotti

VEVO: youtube.com/Padremanzottivevo


Habilidades sociais para um mundo pós-isolamento: como "desenferrujá-las"?

 Estudos mostram que, após meses de recomendado distanciamento entre pessoas, para muitos o retorno à rotina pré-pandemia pode gerar desconforto, mas há maneiras de treinar as competências sociais para retomar o convívio e até mesmo se destacar nos âmbitos pessoal e profissional

 

No artigo “Research suggests mask wearing can increase struggles with social anxiety”, publicado na plataforma científica EurekAlert!, David Moscovitch, professor de psicologia da Universidade de Waterloo, no Canadá, expõe que um fenômeno se desenha para os próximos meses. Muitas pessoas que não lutavam contra a ansiedade social antes da pandemia talvez se sintam mais ansiosas do que o normal, à medida que a rotina é retomada e ao passo que novas regras sociais podem também passar a valer.

Estudo da Fundação Oswaldo Cruz confirma que a situação enfrentada há mais de um ano deve gerar consequências, uma que vez que se estima que entre um terço e metade da população exposta a uma epidemia pode vir a sofrer alguma manifestação psicopatológica, caso não seja feita nenhuma intervenção de cuidado específico para as reações e sintomas manifestados. 

Fato é que habilidades sociais ou competências que permitem que as pessoas interajam com outras são fundamentais para a humanidade e o que foi experenciado, nos últimos meses, foi um estado de exceção. E cabe destacar a relevância que as habilidades sociais têm assumido hoje, principalmente, no mercado de trabalho. A Pesquisa Habilidades 360º da Page Personnel, por exemplo,  indica que a importância é tão grande que 59,7% de seus clientes indicaram que uma das razões pelas quais não conseguem preencher uma vaga é porque os candidatos não possuem as habilidades sociais necessárias para ocupar a posição.

Para Flora Victória, mestre em Psicologia Positiva Aplicada pela Universidade da Pensilvânia, o mundo de trabalho vai realmente exigir cada vez mais a inteligência no quesito habilidade social. Não bastará mais ter um currículo recheado de títulos se não houver competência para se lidar com pessoas, além do apetite pelo desenvolvimento pessoal a partir do estudo constante. “O continuous learning (educação continuada), que é o conceito de você estar sempre aprendendo é o que fará toda diferença no mercado de trabalho”, pontua Flora.

Isso porque o número de competências exigidas para uma determinada posição de trabalho está aumentando ao ritmo de 10% ao ano. E um terço das competências que eram exigidas pelas empresas em 2017 não serão relevantes em 2021, segundo Pesquisa Gartner com 800 líderes de RH. “Muitos profissionais não estão aprendendo as novas competências certas para o seu desenvolvimento e para o benefício da organização”, destaca Flora.

É certo, portanto, que as habilidades terão de ser retomadas ou até reaprendidas em certos casos. A pergunta é como. “Essa espécie de fobia social ou traços dela em algumas situações advêm de uma autopercepção negativa e de falta de confiança para vencer adversidades. Tudo isso pode ser trabalhado a partir da análise de valores e crenças, controle de estados emocionais, entre outros aspectos”, diz a mestre em Psicologia Positiva.

“Por isso, essa tomada de consciência sobre certos aspectos pessoais é o início para um processo de desenvolvimento dessas competências sociais. Não é uma questão de não as ter, é uma questão de uns terem mais desenvolvidas que outros, por isso a disposição para o aprendizado é tão fundamental”, completa.


O que o Dia do Autocuidado, celebrado em 24 de julho, ensina sobre quem somos ou desejamos ser


Criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data tem o objetivo de reforçar a necessidade das pessoas cuidarem da saúde, muito além do bem-estar físico, e isso inclui o autocuidado  e consequentemente o autoamor. 

O Dia do Autocuidado é o momento de reflexão sobre a perspectiva que não fala sobre a estética, mas sim de um cuidado no seu sentido mais amplo, em que não é possível cocriar uma vida plena, quando não se prioriza o amor e o respeito a si mesmo. 

Re Fornari, especialista em autoconhecimento e a única formadora do método Louise Hay no Brasil explica que nada vai trazer a felicidade que se busca, se não houver paz interior, “Hoje, muito se fala em cocriação, ou seja, as pessoas querem usar o poder da mente para conquistar o carro, a casa, o emprego dos sonhos, o melhor relacionamento, mas nada disso vai trazer plenitude, porque quando se cocria sem autoamor,  essas coisas apenas causarão uma euforia passageira, que darão lugar às  angústias e inquietações novamente. Por isso, não existe nada mais importante do que investir no nosso autocuidado”, explica a especialista. 

Para mudar esse cenário, Re Fornari separou 05 lições primordiais, retiradas do livro “Aprendendo a amar a si mesmo” da Louise Hay, a respeito de autoamor e autocuidado:

  • Pare com toda a crítica. O criticismo nunca muda nada. Recuse-se a se autocriticar. Aceite você mesmo exatamente do jeito que é. Quando se critica, as mudanças que obtém são negativas. Quando se aprova, as mudanças que atrai são positivas. Repita: “ estou disposto(a) a deixar de me criticar” e imediatamente diga algo positivo ao seu respeito. 
  • Seja amável, gentil e paciente. Não com os outros, mas com VOCÊ: Seja amoroso e generoso com você mesmo. Seja paciente consigo enquanto você aprende novas formas de pensar. Trate a si mesmo como você, como trataria a pessoa que você mais ama.- Perdoe a si mesmo. Deixe o passado ir. Você fez o melhor que pôde na hora com a compreensão, consciência e conhecimento que tinha. Agora você está crescendo e mudando e viverá a vida de maneira diferente.
  • Elogie-se. O criticismo enfraquece o seu ser interior. Elogiar, o enaltece. Então, enalteça-se o máximo que puder. Repita para si mesmo como está evoluindo com cada pequena tarefa na sua vida
  • Cuide do seu corpo. Aprenda sobre nutrição. Que tipo de "combustível" o seu corpo precisa para ter o máximo de energia e vitalidade? Aprenda sobre exercícios. Que tipo de exercício lhe dá mais prazer? Ame e reverencie o templo onde vive, que é o seu corpo!
  • Divirta-se. Lembre-se das coisas que lhe deram alegria quando criança. Incorpore-as em sua vida agora. Encontre uma maneira de se divertir e ter leveza com tudo o que você faz. Deixe-se expressar a alegria de viver. Sorria. Alegre-se, e o Universo se alegra com você.



Renata Fornari -viveu um dos momentos mais difíceis, a descoberta de um câncer de mama em estágio avançado da mãe. Foi quando ela leu pela primeira vez o livro “Você pode curar sua vida”, de Louise Hay, e teve uma sensação de reencontro com uma filosofia que conhecia. Durante sua trajetória, Fornari trabalhou como executiva de comunicação em grandes empresas, mas apesar do sucesso profissional, sempre sentiu que havia algo incompleto e não alinhado com seu verdadeiro propósito. Foi quando decidiu iniciar outra jornada e embarcou para a Califórnia, onde se formou com mestres treinados pessoalmente por Hay, através de atendimentos individuais e workshops vivenciais - os mesmos que a própria Louise conduziu por décadas de sua vida, e passou a atuar como única formadora de facilitadores e coaches do método no Brasil.

 

Louise Hay - foi uma escritora norte-americana que escreveu 27 livros e vendeu milhões de exemplares em todo o mundo, entre eles os best-sellers “Você Pode Curar Sua Vida” e “Você Pode Criar Uma Vida Excepcional”. Foi pioneira no estilo de autoajuda e a ensinar sobre o funcionamento das afirmações positivas e seus impactos na vida das pessoas. Sua técnica, estruturado com vivências de alto impacto emocional que partem do princípio de que cada um é co-criador e responsável pela própria realidade, ganhou grande credibilidade por ela ter se curado de um câncer de colo de útero utilizando os princípios que propagava.

Instagram: @refornarioficial
www.refornari.com 


Sites de Relacionamento: Saiba como detectar robôs e falhas na segurança

Seu site de relacionamento favorito pode estar colocando robôs para interagir com você. Saiba como detectá-los, garantir a segurança dos seus dados e em quais sites você pode confiar.


Estudo mostra que o Brasil é o 2º maior mercado quando o assunto é Namoro Online, algumas empresas chegam a faturar mais de US$ 1,1 bilhão. Em 2020 a pandemia afetou todos os mercados, as medidas de segurança e isolamento social afastaram pessoas fisicamente, mas as conectou virtualmente aquecendo o nicho de online dating. Mas nem todas as plataformas são confiáveis. Algumas não seguem protocolos de segurança que protegem o usuário e os dados que foram confiados ao site, além disso é comum o uso de "bots", ou seja, robôs que se passam por usuários e enviam mensagens automáticas na plataforma para dar a ilusão que o site está repleto de indivíduos ativos.

Reprodução de Internet



Veja agora como identificar problemas de segurança em plataformas de relacionamento:


1- Existe um processo de aprovação? Se sim, ótimo. Isso quer dizer que as fotos e perfis estão sendo verificados para aumentar a qualidade e segurança do site. Algumas plataformas não conferem a veracidade das informações e fotos que estão sendo usadas, possibilitando assim que cadastros fakes sejam realizados, abrindo precedentes para que suas relações no site não sejam reais.


2- Reconheça Bots: Sites menores não tem tantos usuários reais, então, alguns usam robôs de interação. Sim, os famosos bots. Para detectar essa trapaça faça uma pergunta complexa logo no início da conversa, tipo: Que tipo de música você ouve ou para onde foi a sua melhor viagem? Se você receber uma resposta aleatória que não tem nada a ver com a pergunta, você está sendo enganado e está falando com um robô.


3- Funcionários se passando por usuários: A funcionária da plataforma Ashley Madison, Doriana Silva processou a empresa em 20 milhões de dólares, por ter se lesionado após ter recebido a tarefa de criar 1000 perfis femininos falsos. A dica aqui é reparar no tempo de resposta e no conteúdo das mesmas, para ter certeza que não está falando com um bot, e nem com um funcionário contratado com respostas prontas.


4- Segurança dos dados: Em 2020 o site de relacionamentos sugar americano “Seeking Arrangement” teve uma falha de segurança onde os dados de seus usuários foram vazados, o mesmo aconteceu duas vezes com o site Ashley Madison, em 2015 e em 2020. Então antes de colocar os seus dados, pesquise na internet se a plataforma já teve dados vazados.

Listamos aqui alguns sites de relacionamento que são pioneiros e líderes de mercado, eles prezam pela segurança do usuário e de seus dados, veracidade dos perfis e criam um ambiente perfeito para conhecer novas pessoas:

·         BeSugar.com

·         OkCupid.com

·         MeuPatrocínio.com

·         Pof.com (Plenty of Fish)

·         MeuMatch.com

Lembre-se que nenhum site é 100% seguro, ao marcar encontros sempre vá a lugares públicos, avise amigos onde está indo e algumas outras dicas que você pode encontrar neste link, onde o site de relacionamento MeuPatrocínio dá dicas de como ter um primeiro encontro seguro.

 

 

Referências:

Brasil é 2º maior mercado do 'Império do amor', empresa que fatura US$ 1,1 bilhão com relacionamento online
Bots no Tinder: entenda como os robôs enganam pessoas no app
Mailfire data breach exposes more than 320 million records and PII of 70 websites
Ashley Madison Hack Returns To ‘Haunt’ Its Victims: 32 Million Users Now Watch And Wait


Os t(r)emores do Amor

Regina começou a namorar Sören aos 14 anos. Paula se apaixonou por Bebeto aos 15. Era um amor invulgar, cujas palavras se esforçam, mas quase sempre fracassam para descrever inteiramente. Se fosse possível, melhor seria o retrato dos muitos brilhos dos olhares, ou a impressão do calor das mãos sempre juntas. Aí sim, provavelmente, teríamos um testemunho fiel. Mas esse registro, poucos os poetas, raros os filósofos, tão proficientes no jogo intrincado dos vocábulos, conseguiram a proeza de traduzi-los. Mas eles existem, os poetas e os filósofos, para essa busca, para esse fim. Sem descanso.

Regina e Paula ficaram noivas de Sören e Bebeto, geradas e consumidas por aquele fogo heraclitiano que move mundos e não se extingue nunca. Move mundos, cria mundos, sem deixar nada no lugar. E, ainda amortecidas pelo assombro e quanto mais essa certeza se lhes afigurava como uma inevitabilidade, encheram-se de um medo insano: como sobreviveriam a essa promessa de nunca acomodarem-se, sem a chance dos domingos calmos ou das quartas-feiras com os amigos, mas apenas os olhares em brasa e os corpos úmidos? Quem seria capaz de? 

Afinal, entre o tremor/temor do sentimento, não resistiram ao clamor dionisíaco e romperam o nó como um Alexandre exausto. “Nós já éramos pessoas diferentes de quando nos apaixonamos”, disse Bebeto. "Não há como viver o mesmo amor, não dá para pensar que é o mesmo amor quando já somos outros", completou, o olhar desviando de seu interlocutor, como quem mente ou finge. Ou se envergonha. Ou se arrepende.

O pensamento talvez tenha sido mais forte, infiltrando-se nos momentos de torpor e de relaxamento: quando o fantasma do espírito interfere nas proezas do corpo, não se pode mesmo se acomodar apenas ao clamor do brilho do olhar. A intensidade vira incômodo e passamos a sonhar com a calma dos dias cinzas. Pensar é para dentro, viver é para fora e há imensas trincheiras entre esses dois campos minados. Bebeto confessou: “nossa paixão era muito louca, não sobreviveríamos a ela”. Sören conjecturou: “não posso enredar Regina em minha teia de infortúnios. Desse amor só me resta a fuga”. E fugiu, para Berlim e para a Filosofia.

Paula e Bebeto eram amigos de Milton, que os conheceu em uma praça da pequena cidade e se encantou vivamente com a alegria que emanava deles, do um só que formavam. Depois, não se conformou com esse desfecho de separação. No violão, vitimado por essa não aceitação da falta de completude que todo amor deseja mas que lhe é tão impossível como o descanso de Sísifo, Milton gerou de si uma canção, mas não conseguia colocar nela uma letra - pois para isso teria de ver como quem apenas observa e ele estava mergulhado também naquele sentimento -  e procurou, numa noite chuvosa, ele também com os olhos chuvosos, o amigo Caetano para terminar a letra, para completá-la. Nasceu assim Paula e Bebeto, um hino ao amor concebido e não realizado e, ainda assim, a melhor coisa que pode acontecer a um vivente. E na canção também ficou registrada, tão bonita, tão sincera, uma confissão da impossibilidade da palavra tradutora: "diga qual a palavra que nunca foi dita…”

Regina casou com um antigo pretendente e viveram muitos anos juntos, até a morte deste. Sören escreveu centenas de textos buscando entender o indivíduo e sua existência, buscando uma saída para essa angústia fundadora que nos define e nos encerra. E, depois dele, nunca mais a Filosofia foi a mesma. 

“Existirmos: a que será que se destina?”, escreveu Caetano, em outra canção, sobre outra forma de amor: a amizade, que a morte interrompeu. Mas isso já é uma outra história.

 


Daniel Medeiros - Doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.

danielmedeiros.articulista@gmail.com
@profdanielmedeiros


O poder da autorresponsabilidade: como tomar para si o que é seu pode ajudar a trazer mais prosperidade e sentido para a sua vida

Parar de justificar nossos erros por atitudes de terceiros é o passo inicial para uma vida próspera, diz Mariana Parada


Uma das missões mais difíceis da vida adulta é sair debaixo da saia da mãe e assumir as rédeas da própria vida. Tudo é muito mais simples quando qualquer coisa pode ser explicada como resultado da atitude alheia. Mas é somente assim, pela autorresponsabilidade, que podemos ter uma vida plena e de sucesso, como explica a Coach e Consteladora Sistêmica Mariana Parada. “É fácil justificar um insucesso a partir das ações dos outros. Dizer que é teimoso porque a mãe criou assim, que gasta compulsivamente porque aprendeu com o pai… tudo isso é justificativa para, na verdade, tirar de cima da pessoa algo que é de responsabilidade dela”, explica.

“A Constelação Sistêmica é uma metodologia que ajuda a pessoa a ocupar o seu lugar devido no núcleo familiar e, mais ainda, compreender que as escolhas de vida são suas escolhas e não de seus ancestrais. A culpa pelo sucesso ou insucesso de nossas ações está em nossa postura diante da vida”, continua Mariana. Na prática a autorresponsabilidade é o ato da pessoa arregaçar as mangas e lutar por seus sonhos, vontades e potencializar suas forças.

Existem seis “leis” que regem o ato de ser responsável pela própria conduta e que precisamos relembrar constantemente, já que o caminho mais curto para justificar um desfecho inesperado é terceirizar a culpa. Para mudar essa postura, devemos seguir as seguintes leis:

- Não reclamar, nem de si, nem da vida, nem dos outros;

- Não criticar o outro, afinal todos nós temos o teto de vidro;

- Não procurar culpados por desfechos que deram errado;

- Não se fazer de vítima;

- Não justificar seus erros;

- Não julgar as pessoas.


“São todos comportamentos que fazemos tanto em nosso ambiente pessoal quanto no nosso ambiente profissional, e passamos tanto tempo focando em falar do outro, muitas vezes apontando o dedo para o outro, que perdemos oportunidades de crescer e evoluir. A partir do momento em que você se torna o seu maior foco, a vida se torna abundante”, diz Mariana, que desenvolveu um programa em grupo de desenvolvimento sistêmico, que será lançado no 2o semestre de 2021.

“Ao tomar a sua vida para si, as regras do jogo mudam. Mudam porque elas são feitas única e exclusivamente para você. O jogo é seu, a vida é sua… faça dela a melhor possível.”, finaliza .



Mariana Parada

www.marianaparada.com.br

@marianaparada.oficial


FOME OU VONTADE DE COMER? ESPECIALISTA FALA SOBRE OS TRÊS PRINCIPAIS TIPOS DE FOME E COMO RECONHECÊ-LOS

 A sensação de fome pode ser sempre igual, mas existem diferentes motivações para ela acontecer. Aprender a diferenciar esses gatilhos é essencial no processo de emagrecimento, pois, nem toda fome significa que o corpo esteja realmente precisando ser nutrido


 

Está comendo mais do que antes? Tem o hábito de recorrer à comida ao se sentir triste ou alegre? Costuma procurar petiscos após um pequeno intervalo da última refeição? Para a especialista em obesidade, Edivana Poltronieri, as respostas para essas perguntas podem detectar a motivação para a fome que a pessoa está sentindo, se é comportamental, emocional ou física.   

 

“A nossa rotina é, geralmente, regida por hábitos e emoções que influenciam muito a nossa alimentação. Esses fatores têm conexão direta com o que comemos e a frequência com que fazemos isso. Entender cada caso pode ajudar a detectar o tipo de fome e a controlar os impulsos”, explica Poltronieri 


 

Entenda as 3 principais motivações para a fome  

 

·         Comportamental - “É a fome guiada por hábitos. O corpo não sente a necessidade de comer, mas o cérebro manda uma mensagem, programada por nossos hábitos, de que está na hora de se alimentar, mesmo se a última refeição aconteceu em pouco tempo”.  

 

Para este caso, Poltronieri entrega a solução: estabeleça novos hábitos! “Não é fácil, mas é possível. O cérebro se acostuma com tudo o que é imposto a ele. Por exemplo, se o emprego exige que a gente passe a acordar em um horário que não estamos acostumados, nos primeiros dias talvez precisemos da ajuda de um despertador, mas logo passaremos a despertar sozinhos. Isso acontece porque reeducamos o corpo. Com a alimentação não é diferente. A adaptação é desafiadora, mas o corpo logo vai processar de forma natural o novo hábito”.   

 

·         Emocional - “A fome surge em picos de tristeza ou alegria. A comida pode servir de consolo ou de recompensa. E esse descontrole não tem relação com os hábitos, mas com impulsos. O corpo não está com fome, mas a pessoa precisa comer, e geralmente é sempre alimentos bem gordurosos, para se sentir aliviada emocionalmente. Porém, logo depois, chega o sentimento de culpa e esse ciclo, a longo prazo, faz com que a pessoa crie uma relação negativa com a comida”.   

 

·          Física - “É a fome que surge por sinais físicos, como estômago roncando. Nesse tipo de fome, a pessoa entende quando é o momento de parar e consegue avaliar com calma as opções que têm no cardápio. Não é a fome movida por impulsos, mas sim por satisfação”    

 

As fomes na quarentena  

 

De acordo com a especialista em obesidade, após três meses de confinamento é normal o surgimento de novos hábitos alimentares, saudáveis ou não. “Ansiedade e estresses já estavam entre as doenças do século antes do confinamento, mas foram agravadas durante este período. Por termos acesso a comida com mais facilidade, fica mais difícil controlar a fome emocional”, explica. A especialista também aconselha sobre os serviços de delivery. “Os aplicativos de comida são práticos, mas podem nos deixar mais suscetíveis a alimentos processados e calóricos. Por isso, eu indico que seja feita uma programação para as refeições da semana, como almoço e jantar. Deixar as refeições prontas e congeladas diminui as chances de maus hábitos alimentares”.  

Outra dica é controlar a quantidade do que se come. “Frutas, por exemplo, são ótimas opções de sobremesa, mas podem ter o efeito contrário quando consumidos em excesso, considerando que algumas delas tem altos índices de açúcares. Policiar a quantidade de frutas e também de oleaginosas é importante, pois são alimentos calóricos e que as pessoas petiscam sem prestar atenção na quantidade,” finaliza.


A TUA VIDA, TU A REPETIRIAS?

Na vida, “a gente quer ter voz ativa \ no nosso destino mandar \ mas eis que chega a roda-viva \ e carrega o

Na vida, “a gente quer ter voz ativa \ no nosso destino mandar \ mas eis que chega a roda-viva \ e carrega o destino pra lá”. E aí “roda mundo, roda-gigante \ rodamoinho, roda pião \ o tempo rodou num instante \ nas voltas do meu coração”.


Pronto, a vida acabou. Vida de conveniências ou de revolução. Todo mundo dançou. “Foi tudo ilusão passageira \ que a brisa primeira levou \ no peito saudade cativa \ faz força pro tempo parar” (Fragmentos de Roda Viva, Chico Buarque).


O tempo não para \ Cansado de correr \ sem pódio de chegada \ mas se você achar \ que eu tô derrotado \ saiba que ainda estão rolando os dados \ porque o tempo, o tempo não para (Fragmentos de O Tempo Não Para, Cazuza).


No fim de contas, em que ficamos? Lamento e me advirto: ao fim e ao cabo, nada. Não ficamos. A vida é o meio. A vida é caminho. “Penso que cumprir a vida \ seja simplesmente \ compreender a marcha \ e ir tocando em frente.


Eu vou tocando os dias \ pela longa estrada, eu vou \ Estrada eu sou \ Cada um de nós compõe a sua história \ Cada ser em si \ Carrega o dom de ser capaz \ E de ser feliz” (Fragmentos de Tocando Em Frente, Almir Sater).


Mas, “caminhante, não há caminho \ se faz caminho ao andar \ ao andar se faz caminho \ e ao voltar a vista atrás \ se vê a senda que nunca se há de voltar a pisar” (Fragmentos de Caminhante, Antônio Machado).


O caminho são teus passos, caminhante. Teus erros e teus acertos são tuas pegadas. Nada mais há. E então, se tiveres que recomeçar? Refarias teus passos? Pisarias nas tuas mesmas pegadas? A indagação é de Friedrich Nietzsche.


O eterno retorno: Se te dissessem que eternamente reviverias, como a viveste, a tua própria vida? Tu rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasse assim? Ou considerarias que jamais ouviste algo mais divino?


Se esse pensamento tivesse o poder de fazer efeito sobre ti, diante de tudo e de cada coisa, tu quererias repetir a tua vida uma e inúmeras vezes? Ou a tua vida, como a vives, seria um pesado fardo, se a tivesses que repetir?


Se pudesses repeti-los, tu reconduzirias teus passos por sobre as mesmas pegadas que deixaste no caminhar pela vida? Senão, que refarias do teu existir para que o eternamente repeti-lo te fosse eternamente prazeroso?


A resposta é de Friedrich Nietzsche: a vida como obra de arte. A construção de uma ética no processo de subjetivação de certos valores e de exclusão de outros, a qual propicie um modo de viver que favoreça a existência do sujeito.


Estética da existência: crítica dos valores generalizantes, que condicionam aos critérios supostamente universais e pretensamente verdadeiros as infinitas possibilidades de experimentar a vida, empobrecendo-a.


Marca da Modernidade, o Discurso sobre o método para bem conduzir a razão na busca da verdade dentro da ciência: Descartes duvida sistematicamente de tudo, sejam entendimentos que vigoram por mera repetição, sejam as próprias concepções.


As “notas” da composição individual, contudo, não estão em outro lugar senão no entorno do indivíduo, onde a vida concreta acontece. Sartre acode: se a existência precede a essência, importam as condições de existir.


Ortega y Gasset: “Eu sou eu e minhas circunstâncias, se não cuido delas, não cuido de mim”. Sou indissociável da realidade. Quando decido sobre mim mesmo faço-o nas condições de possibilidade do meu momento e do meu lugar.


Caminhante, o caminho se faz ao caminhar. Certo, o teu caminho muito particular tu o fazes ao andar mesmo. Mas, e quanto ao sítio de tuas caminhadas? Que paisagens tu imaginas que oferecerás a ti mesmo, no teu caminho?


A paisagem da tua estrada é a tua companhia, é o teu lugar. Estamos condenados a dadas ou buscadas circunstâncias e a fazer escolhas. As minhas circunstâncias dão sentido a mim; eu dou sentido às minhas circunstâncias.


Ao cabo, é de saber: repetirias a tua vida exatamente como a viveste? Se sim, fizeste dela uma obra de arte. Te compuseste bem a ti mesmo e serás eternamente assim. Mas tu e tua excelência de ser não viverão só.


Nós viveremos no Brasil (Que País é Este?, Legião Urbana), num derredor que não está nada bem. Se não cuido das circunstâncias, não cuido de mim. O tempo não para. Caminhante,
,. no caminho haverá eleição.

 

Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC.

Psicanalista e Jornalista.


Posts mais acessados