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quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Especialista dá dicas de como ajudar durante o ensino remoto dos alunos de 03 a 05 anos

Por meio de ferramentas é possível assegurar a atenção dos pequenos e ajudar no processo de desenvolvimento durante o isolamento social

 

 

 

Em todo o país, alunos das redes pública e privada, da Educação Infantil ao Ensino Superior, estão tendo aulas e atividades remotas para seguir as recomendações de distanciamento social causada pela pandemia da Covid-19. Diante este cenário, o segmento de Educação Infantil e as demandas das escolas que possuem este segmento, tem demandado esforço dos docentes/gestores para encontrar alternativas às aulas presenciais.

 

Com a proposta de auxiliar os pais nesse período e apresentar um formato mais adequado para manter as disciplinas escolares dessas crianças, o Professor Douglas Lopes, Assessor Pedagógico do SAE Digital, apresenta algumas dicas e ferramentas que podem ser úteis para assegurar os alunos e ceder a assistência essencial durante as aulas, os exercícios e as atividades extracurriculares que os educadores recomendam.

 

Antes de qualquer coisa, é importante entender que isolamento social não é sinônimo de férias, as crianças necessitam ter a rotina e cumprir a carga horária apresentada pelas escolas. “Ter esse primeiro ponto em mente é ideal para evitar frustrações de pais e filhos, nada de sobrecarregar as crianças, é importante balancear as atividades com brincadeiras lúdicas e interativas, já que nessa faixa etária as escolas costumam apresentar tarefas educativas nestes formatos”, explica o Professor Douglas.

 

Outro ponto a se frisar é: casa não é escola. É importante explicar às crianças que nesse momento o aprendizado será de forma on-line, contando de forma educativa a atual situação ligada a pandemia. Exigir que a criança se comporte da mesma maneira que estaria na escola não é o ideal, isso pode causar irritabilidade aos pequenos e afetar a paciência dos pais. Não é necessário se cobrar tanto quanto ao ensino e resultados, pais não são professores, a proposta é apenas apoiar e ajudar durante esse processo. E a rotina de aprendizado é imprescindível para as crianças, é adequado que seja considerado o espaço e as possibilidades do ambiente domiciliar a partir dos direcionamentos feitos pelas escolas em seus programas.

 

Para deixar a criança mais a vontade é interessante preparar um ambiente adequado para o momento das aulas. “Não precisa mudar a decoração da casa, mas trazer um cantinho com colagens, atividades realizadas pelas crianças, até mesmo, porque esse momento é válido a partir das experiências, das interações e das brincadeiras sobre os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento determinados pelos direcionamentos das escolas, sobretudo, propiciar um ambiente pedagógico ainda que seja em casa estimula o aprendizado”, comenta o professor.

 

Além dessas, o profissional apresenta mais dicas essenciais que podem auxiliar nesse período, são elas:

 

Respeite a vontade da criança - é necessário levar em consideração a vontade das crianças, elas estão em um período de aprendizagem, tudo tem seu tempo mesmo que seja durante as brincadeiras educativas. Respeitar o tempo da criança e evitar comparações é um ponto conveniente para o desenvolvimento.

 

Mantenha contato com a escola -  essa dica é especialmente útil para tempos de ensino à distância. A primeira infância é uma faixa etária muito delicada para acompanhar aulas on-line e o ensino remoto pode não trazer os mesmos resultados.  Para além das atividades extras desenvolvidas em família, se a criança não estiver conseguindo acompanhar as aulas ou tarefas escolares, vale pedir ajuda da escola; 

 

Acompanhamento de um adulto  – estar junto da criança nesse momento é ideal para ajudar no processo de aprendizagem. A criança precisa ter alguém ao seu lado para tirar dúvidas e também para acompanhá-la nas atividades, mas também é importante dar liberdade para que os pequenos realizem as atividades sozinhos. O aluno protagonista é o que queremos.

 

 

Utilize de jogos e brincadeiras - durante esse processo durante o processo usar ferramentas lúdicas e criativas ajudam no aprendizagem e desenvolvimento das crianças. É adequado que essas ferramentas sejam monitoradas e acompanhadas por um adulto e essa ludicidade compõe inúmeras possibilidades, contação de histórias, construção de jogos e brinquedos com materiais recicláveis, construção de fantoches, experiências científicas, experiências culinárias, etc.

 

Como reforço, o SAE Digital tem disponibilizado vídeos interativos voltados para alunos da Educação Infantil em seu canal do  Youtube e também no seu ambiente virtual de aprendizagem - AVA. São três conteúdos por semana com desafios lúdicos e interativos que propõem a investigação da criança e do adulto que a acompanha a realizarem, juntos, determinadas ações, como a construção de brinquedos e experimentos científicos feitos com materiais facilmente encontrados em casa. 

 


O que professor e aluno têm a dizer sobre estudos na quarentena? Conheça dez dicas para manter o rendimento neste período

No Ensino Médio Técnico do Senac São Paulo, a tecnologia já estava presente na rotina de estudo; docentes e alunos contam como aproveitar ainda mais os conteúdos em casa


A pandemia exigiu adaptações. Escolas, professores e alunos precisaram reaprender como se relacionar para continuar com as aulas no primeiro semestre de 2020. Mesmo os estudantes do Ensino Médio Técnico do Senac São Paulo, que já usavam ferramentas como o Microsoft Teams e estavam habituados ao compartilhamento de arquivos e entrega digital de tarefas, sentiram a intensificação do uso, mas conseguiram se adequar e manter os bons resultados.

Sem dúvidas, quando o uso da tecnologia é algo que já faz parte da rotina, fica mais fácil encarar essa transformação na educação. Por isso, com base em suas experiências, professores e alunos do Senac São Paulo elaboraram dez dicas para ajudar quem vai seguir no modelo remoto nos próximos meses. Confira:


1. Durma bem e esteja pronto para as aulas: é importante estabelecer uma rotina com horário para dormir e acordar, respeitando a média de 8 horas de sono. "Uma noite bem dormida, segundo estudiosos do sono, acabam com a preguiça, o que é crucial para um bom aprendizado. Preguiça e bom desenvolvimento não combinam. Energia total!", comenta Regiane Teixeira Moreira, professora de Linguagens e Suas Tecnologias do Senac Campinas.


2. Compartilhe suas necessidades com a equipe pedagógica: Não deixe de manifestar suas necessidades para os coordenadores do curso. Fique atento às orientações da escola e tire todas as suas dúvidas para aproveitar suas aulas. "No começo, todos nós ficamos com dúvida se conseguiríamos acompanhar as aulas, mas o apoio da equipe da escola é fundamental para tirar as dúvidas, e isso tranquiliza e ajuda os alunos, o que facilita o conforto nessa nova rotina de estudos", comenta a aluna Nicoli Rodrigues, do Ensino Médio Técnico no Senac Pindamonhangaba.


3. Em dia com as tarefas: faça todas as tarefas atribuídas no prazo estipulado, pois tudo é pensado e preparado com muita dedicação para continuar ensinando de forma clara e dinâmica. "Temos o suporte dos professores e da equipe toda, que estão fazendo um trabalho incrível para manter o nível de aprendizado que teríamos se estivéssemos na aula presencial. Eles estão fazendo de tudo para ser a melhor experiência para os alunos, sempre dando a maior atenção possível, com ótimas explicações e aulas dinâmicas", afirma Bruno Telles, estudante do Ensino Médio Técnico em Informática do Senac Pindamonhangaba.


4. Tenha o seu espaço e o seu tempo: reserve os horários dos seus estudos e escolha um local da casa. "Selecione um espaço onde consiga montar sua estação de estudo e que possa ser posteriormente desmontada para retornar à função original, por exemplo, a mesa de jantar ou seu próprio quarto", indica Carolina Sampaio Machado, professora de Ciências da Natureza e suas Tecnologias do Senac Ribeirão Preto.


5. Alimente-se e hidrate-se bem: "fast food são deliciosos, mas nada saudáveis, equilibre sua alimentação para manter a energia em alta", recomenda a professora Regiane. Não se esqueça de beber água também.


6. Atenção, estudante está on-line: leia, pesquise, escreva e tente não desviar sua atenção, motive-se e aproveite cada segundo das aulas e dos momentos de estudo. "Comunique às outras pessoas que residem na mesma casa que naquele horário você estará estudando, para evitar interrupções ou distrações", lembra Carolina, do Senac Ribeirão Preto.


7. Permita-se relaxar: é muito importante também ter um momento de descontração para relaxar a cabeça e refletir sobre os conteúdos discutidos durante as aulas. "Pense em pequenas recompensas que poderiam criar para si mesmos, como: assim que terminar de estudar o que planejei, vou assistir um episódio da minha série favorita, para assim manter a motivação", complementa Carolina.


8. Seja colaborativo: que tal fazer anotações em sites que são salvos na nuvem? "Essas ferramentas dão a oportunidade de compartilhar suas anotações com outros alunos e professores, o que proporciona uma aprendizagem colaborativa", complementa Rodrigo Lopes Carbogim, professor de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas do Senac Pindamonhangaba. Afinal, sempre podemos aprender com diferentes pontos de vista e a sua dúvida pode ser a mesma de outra pessoa.


9. Utilize aplicativos e organize-se: aproveite o melhor que a tecnologia pode nos oferecer para facilitar a rotina de estudos, como aplicativos de organização, agenda e listas de tarefas. "Assim, você consegue sinalizar quais são as suas pendências e observa as principais datas de entregas de projetos. Quando o calendário está sincronizado com outros aplicativos, ajuda a notificar o aluno dos principais prazos, evitando a procrastinação", acrescenta Rodrigo.


10. Aproveite os seus próprios interesses: é possível também aliar o que você gosta aos estudos, tornando este momento ainda mais proveitoso. "O estudante precisa ter um foco de estudo a partir dos seus próprios interesses. Por isso, pode acessar conteúdos em vídeos ou podcasts que constroem conexões com as principais situações de aprendizagem do curso", finaliza o professor. Existem ainda outras plataformas digitais de apoio à prática pedagógica que contribuem para o desenvolvimento da criatividade e senso crítico, que são competências e habilidades essenciais para o século 21. Desta maneira, você não estará decorando, mas construindo o seu próprio repertório e, por isso, a aprendizagem será muito mais significativa.

 



Ensino Médio Técnico - Novas Turmas 2021

Matrículas abertas: http://www.sp.senac.br/ensinomedio

 

É preciso cuidar da mente para acabar com o estresse


Hipnose pode ajudar o cliente antes que o problema cause sintomas mais sérios

 

Todos passam por momentos críticos de estresse pelo menos uma vez na vida. Seja por conta do trabalho, problemas de família, dificuldade nos estudos, dificuldades financeiras ou complicações na vida amorosa. O estresse traz angústia, tristeza e raiva da mesma maneira.

“Essa irritabilidade, marca registrada do estresse, acontece por conta da grande demanda emocional para lidar com os problemas que estão ocorrendo na sua vida”, afirma Madalena Feliciano, hipnoterapeuta.

Apesar de ser conhecido pela maior parte da população, pouquíssimas pessoas entendem como ele se desenvolve. A pessoa estressada passa por três fases, conforme explica a especialista:

  1. Alerta: nesse primeiro contato,o estresse não causa danos ou maus resultados, na verdade, aumenta o nível de adrenalina e pode nos fazer passar a noite acordados, por exemplo, para resolver um problema.
  2. Resistência: essa faseé onde as complicações começam a aparecer. Sintomas como irritabilidade, azia, dor muscular, ansiedade e nervosismo são comuns, essa é a fase mais longa, porém é quando tentamos nos recuperar.
  3. Exaustão: os sintomas mais comprometedores ao corpo começam a aparecer, como insônia, extremo cansaço, deficiência sexual, tiques nervosos e hipertensão.

“Quando não conseguimos nos adaptar ou superar essas questões que nos sobrecarregam, o corpo entra em um lento caminho para o colapso. Por isso, é preciso tratar o estresse o quanto antes”, afirma Madalena.

A hipnose é uma das formas mais rápidas e eficazes de tratar o estresse justamente por não tratar somente sintomas, mas resolver a fonte deles, que é emocional.

Uma das principais vantagens é o fato de ser uma terapia livre de medicamentos, puramente baseada na cooperação entre o cliente e o hipnoterapeuta, e geralmente dura poucas sessões.

Através de conversas no estado de transe, o profissional conduz o cliente para lidar com o que lhe causa mais estresse, cortando o mal pela raiz.

 

 

Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

https://madalenafeliciano.com.br/

https://www.instagram.com/madalenafeliciano/

https://www.facebook.com/madalena.feliciano1

https://www.linkedin.com/in/madalenafeliciano/

madalena@ipcoaching.com.br

www.ipcoaching.com.br

www.outlierscareers.com.br

Rua Engenheiro Ranulfo Pinheiro Lima, nº 118, Ipiranga/SP.

 

Psicóloga Amanda Fitas comenta como saber dosar o ciúme em todas as suas relações

A especialista em relacionamentos inter e intrapessoal explica a sua posição sobre esse sentimento.


Seja o ciúme em uma relação amorosa, seja no convívio entre amigos ou mesmo entre pais e filhos, esse sentimento costuma aparecer sempre em algum momento da vida. Muitas pessoas acreditam que esse sentimento de maneira moderada é benéfico para os relacionamentos, pois o outro se sente valorizado, mas será mesmo supervalorização ou apenas autoestima baixa de quem sente?

Segundo a psicóloga Amanda Fitas, o ciúme vem de sensações como inferioridade e insegurança. “Não tem como dizermos que esse sentimento é algo positivo para a nossa vida, já que gera um incômodo de uma das partes ou até mesmo de ambas”. Ele tem o poder de gerar inúmeras brigas em todos os tipos de relações, por achar que o outro está fazendo algo escondido. 

Por outro lado, as pessoas romantizaram o ciúme e quando o outro não sente em nenhuma situação vivida, acredita-se que é “falta de amor”. “Mas está longe disso, não é saudável! O ciúme vem como uma desconfiança de quem a outra pessoa é”, explica a psicóloga. Em situações que o sentimento é mais brando, que não atrapalha a vida da pessoa e nem daqueles a sua volta, ela pode ir canalizando isso sozinha.

Em casos de excessos, o ideal é buscar por ajuda de um psicólogo e ter esse acompanhamento para cuidar da mente e seus sentimentos. O terapeuta irá, juntamente com o paciente, racionalizar o ciúme e verificar o quanto este sentimento tem limitado a vida dele e afetado as pessoas a sua volta. O profissional também investigará todo o quadro, já que em alguns casos esse comportamento é gerado por outras patologias como o transtorno obsessivo compulsivo (TOC).

 

Muitas pessoas acabam se afastando dos amigos por conta do ciúme de outros. O que você acha disso?

As pessoas acabam achando que o amigo está andando mais com outra pessoa do que ele mesmo. Gerando uma sensação de propriedade, achando que o amigo deva seguir um script do que ela acha certo. E acaba esquecendo que as pessoas são livres, elas têm essas necessidades de trocas com outros, de afeto de terceiros. É importante que elas trabalhem isso em seus interiores para não sofrerem e nem fazer o outro sofrer também.

 

E quando o amigo (a) do casal, na verdade, está de olho na sua esposa (o)?

Quando está em um nível em que as duas pessoas se “olham”, isso é nítido para todos! Quando esse “olhar” é com segundas intenções acaba ficando explícito.

De certa forma, se a situação estiver clara, o ideal é conversar com o seu parceiro e entender se há algum interesse da parte dele, para juntos chegarem em um consenso da sua relação.

 




Amanda Fitas - psicóloga, escritora e palestrante com mais de 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais. Autora de 4 livros de relacionamentos que já ultrapassam 40 mil cópias vendidas: “Amores Saudáveis”, “Textos Obrigatórios Para Você Se Relacionar Melhor”, “Aprenda a ser mais interessante” e “Viva um Amor Leve”. Ajuda as pessoas a encontrarem a leveza nas relações e o equilíbrio necessário para desenvolver o amor próprio, a autoestima e autoconfiança, em vários campos da vida. Suas mensagens são simples, diretas e atraentes para todos os públicos.

https://www.instagram.com/amandafitas/


BEM MELHOR COM SEDUÇÃO

Sob o título O Que As Mulheres Querem, a psicanalista Betty Milan escreveu em Veja, faz muito tempo: Há “uma verdade que não é datada sobre o desejo feminino: ele é tão indissociável da liberdade quanto o masculino”. Sustenta que só há entendimento entre os dois sexos “quando o fato de um ser livre é decisivo para o outro”. Neste caso, e só nele, existe a afinidade sentimental verdadeira”.

 

Acrescento: só há sentido em alguém permanecer com alguém se perdurar vontade. Nas coisas do querer, promessa não se sustenta por obrigação. Vale a atenção ao desejo, ao próprio e ao do par. Vivendo-se em liberdade, obediente apenas à atração, está-se fazendo opção de vida, não apenas cumprindo hábitos. Não creio, porém, que a maioria esteja de acordo com o pensamento de Betty e meu.

 

Milan conclui afirmando que a fala amorosa que deveria unir um casal é: “vá em frente, não tenha medo, faça o que você quiser”. Não acredito que se pratique isso por aí. Minhas observações pessoais e alguma leitura permitem-me dizer que poucas pessoas alcançam tal condição de independência existencial; a grande maioria dos casais continua com rigorosa e emocionada fiscalização recíproca.

 

Na verdade, parece-me que, além de limites muito explícitos – traçados por um em relação ao comportamento do outro – há desconfiança, declarada ou não, sempre muito presente. Talvez assim seja porque haja um sofrimento que habita a mente dos amantes, causado pela suspeita doentia que uma parte tem do que a outra poderia estar fazendo, ou até pensando: vai que do pensamento pula para o ato!

 

O “charme” do ciúme, a impaciente possessividade, a padecente insegurança. Será um equívoco, tenha lá o nome que se lhe dê. É problema. Então, que se o resolva dando conta de si, com remédio, com analista... Não é adequado lançar transtornos sobre a pessoa “amada”. Ela, por algum tempo, suportará o fardo, enganando-se que é sinal bem querença, mas logo dará um basta, se tiver estima própria.

 

Por homem ou por mulher (que, sim, também controla), o exercício de sistemas repressivos é desrespeitoso em si. O objeto do meu desejo não é meu, não é, – ou não deveria ser – subordinável a um sistema de controle. O ciúme foi glamourizado como a chama do amor, mas, na verdade, é a “queima” da relação. Esse amor arrevesado é a causa dos não poucos homicídios passionais no Brasil.

 

Sentimentos dolorosos, mesquinhos, exacerbados; não me parecem afetos prestáveis para alimentar uma boa relação. Ademais, não garantem resultado. Duvido que no mundo de hoje, em que as pessoas, mulheres ou homens, circulam pelas ruas, trabalham fora de casa, viajam, têm telefones, dirigem, usam senhas em computador, e o que mais a imaginação permita, possa haver controle eficiente.

 

Os casais ficam distantes horas em cada dia, e é em minutos que os piores pesadelos do vigilante ciumento podem virar realidade. Alguém saiu com alguém que não era o alguém controlador. “Ficou” com esse outro alguém. O padecente das perturbações do amor intranquilo vê todo o seu sôfrego zelo desvanecer-se. É assim mesmo, as coisas da paixão são fugidias, insubordináveis à inspeção.

 

A mim me parece que a única fórmula capaz de manter o laço amoroso se avia com sedução. Manter a atração, cativar a pessoa ao lado, mais ainda ser for a antiga companhia, é muito mais provável pelo feitiço das palavras amorosas, pelo encantamento dos gestos carinhosos do que por uma controladoria sentimental, rompida a qualquer custo por alguma fascinação que atice o gosto lá fora.




Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC.

Psicanalista e Jornalista.


Vencido o primeiro desafio da LGPD

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) regulamenta o tratamento de dados de pessoas físicas nas suas mais variadas aplicações e ambientes. Essa legislação traz mudanças na forma como os dados são tratados atualmente, ou seja, estabelece regras para coleta, utilização, acesso, reprodução, transmissão, processamento, armazenamento, transferência e destruição dos dados pelas empresas públicas e privadas. No entanto, o trabalho de adequação não é tão simples quanto usualmente divulgado.

Sob o argumento de que muitas empresas não estavam preparadas e que a autoridade nacional de proteção de dados (ANPD) não havia sido criada, projetos de lei adiaram a entrada em vigor da LGPD, que, na versão original, seria em fevereiro de 2020. Após diversas discussões na Câmara e no Senado, a LGPD enfim entrará em vigor em setembro. O primeiro desafio foi vencido. A população já amadureceu o debate e não tolera mais que seus dados sejam coletados, processados e compartilhados sem o seu consentimento.

O segundo desafio reside exatamente na elaboração do projeto de adequação das empresas, que deve ser moldado à realidade e às necessidades específicas de cada uma. Em linhas gerais, o projeto de conformidade à LGPD compreende três fases principais: (I) mapeamento, (II) desenho de soluções e (III) implementação. A execução dessas etapas vai demandar comprometimento e trabalho árduo de profissionais de diversas áreas das empresas, incluindo também advogados (internos ou terceirizados) e profissionais da área de Tecnologia da Informação especializados em proteção de dados.

Em resumo, o desenvolvimento da parte jurídica do projeto requer a revisão minuciosa de todos os processos, documentos, contratos e políticas internas e comerciais, políticas de cookies, de privacidade, termos de uso do website e, é claro, investir pesado no treinamento dos colaboradores. Já, com relação a parte de Tecnologia da Informação envolve diversas providências relativas à observância ao ISO 27.001 e normas técnicas correlatas, tais como desenvolvimento de política de segurança de dados e adaptação de aplicações, ferramentas de controle de privacidade em sistemas e em dispositivos móveis, soluções para criptografar e para anonimizar o banco de dados, dentre outras medidas.

O terceiro desafio, e talvez o mais significativo, consiste no monitoramento do projeto de proteção de dados no cenário pós implementação. A manutenção da conformidade à LGPD deve ser contínua e permanente, com avaliações periódicas sobre o seu funcionamento e efetividade. Além disso, é de extrema importância a realização de treinamentos periódicos e a criação de procedimentos técnicos para a promoção de uma cultura organizacional que privilegie a proteção de dados como elemento intrínseco do trabalho realizado por todos os colaboradores, bem como do feixe de relações contratuais que compõem a empresa (fornecedores, distribuidores, colaboradores, clientes, etc.). Caso isso não seja feito, os prejuízos ao negócio podem ser significativos, tanto no âmbito financeiro, em razão das pesadas multas previstas na legislação (ainda que as punições comecem apenas em agosto de 2021), quanto no âmbito reputacional.

 



Luciana Sterzo - superintendente Jurídica da Tecnobank.

 

O que fazer ao cair em um golpe virtual?

A pandemia foi um prato cheio para crimes cibernéticos. Desde março, a quantidade de golpes virtuais cresceu exponencialmente. E ainda não há indícios de que essa situação seja revertida, afinal, oportunidades de tentar ludibriar o usuário não faltam. E-mail, SMS, WhatsApp ou mesmo o bom e velho telefone – os canais são variados, mas o resultado é sempre o mesmo: no mínimo, uma baita dor de cabeça.

Segundo dados publicados pela ESET, companhia de segurança da informação, os principais ataques no segundo semestre de 2020 envolveram ransomware e tentativas de phishing. E como eles funcionam? O primeiro se trata de um software malicioso que se instala no seu computador e exibe mensagens exigindo algum pagamento para que o sistema volte a funcionar. O segundo tenta se passar por um site oficial para capturar dados de usuários, como o número de cartão de crédito. De acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os phishings aumentaram 70% no Brasil pós-Covid.

Ser vítima de qualquer tipo de golpe não deve ser visto como ingenuidade ou ignorância em relação ao uso das redes. Todos somos passíveis de cair nas armadilhas desses grupos, que vão se aperfeiçoando ao longo dos anos. Costumo dizer que se eles não estivessem sempre um passo à frente, tais crimes não ocorreriam. Uma vez que isso acontece, é preciso saber como agir para minimizar possíveis danos.

Comumente, a imprensa divulga a ocorrência de crimes cibernéticos contra a honra, como a exposição de conteúdo pessoal, alteração de páginas públicas (como a Wikipédia) com fins de difamação, calúnia e chantagem. Para tentar combater isso, o Marco Civil da Internet obrigou os provedores de internet a guardar os registros de acesso de todos os usuários por seis meses, para facilitar a identificação de eventuais crimes cometidos no ambiente online. Para isso, cabe à pessoa ofendida mover uma ação no âmbito privado, através de um advogado particular, por meio de uma denúncia de queixa-crime.

Como há variados tipos de golpes, vamos tentar abordar como agir frente aos principais e mais danosos, como compras online ou que envolvam a obtenção de senhas e dados pessoais. Esses estão na esfera do Direito penal público, e a ação pode ser condicionada ou incondicionada, dependendo do caso concreto. Quando for incondicionada o Ministério Público é o titular da ação, pois tem interesse em impedir que aquela conduta se propague e faça mais vítimas.

O primeiro passo é registrar a reclamação no próprio site de compras ou buscar informar a empresa o ocorrido. Para isso, recupere todos os registros e protocolos de compra. Muitas vezes, a empresa também é vítima da situação (por exemplo: o site acessado não era o oficial e a empresa não tinha conhecimento). Fazer a reclamação em sites de consumidores, como o Reclame Aqui, ou sites oficiais, como o Procon, pode ajudar a alertar outras pessoas.

Verifique seu extrato bancário e, caso haja alguma transação suspeita, comunique seu banco. As instituições financeiras estão preparadas para lidar com esse tipo de ocorrência e cancelar as compras.

Pode ser necessário fazer um Boletim de Ocorrência, pelo crime de estelionato, para ajudar a polícia a descobrir quem está por trás da fraude. Hoje, é possível até fazer esses registros pela internet. Para comprovar isso, é preciso provar que o criminoso obteve vantagem ao prejudicar uma pessoa por meio de um esquema fraudulento que a induziu ao erro. Se o crime tiver envolvido até 40 salários mínimos, é indicado abrir uma ação no Juizado Especial de Civil (JEC).

Por fim, é importante ressaltar medidas de prevenção contra golpes virtuais. Não abra links desconhecidos e desconfie de mensagens com assuntos apelativos. ou anúncios em redes sociais com preços muito abaixo do normal. Mantenha seu antivírus atualizado. Lembre-se: bancos não ligam perguntando senhas ou para confirmar transações na internet.  Informações pessoais não devem ser compartilhadas em sites e aplicativos desconhecidos. Além disso, mantenha seu antivírus atualizado e procure o cadeado de segurança ao lado da URL para verificar se a conexão é segura. Se mesmo assim, você acabar sendo vítima de um golpe, não hesite em procurar as autoridades competentes. Em muitos Estados federativos, existem delegacias especializadas em crimes cibernéticos. Caso o crime cometido seja contra a honra, é recomendado a consulta com um advogado especializado em crimes cibernéticos. Atuar preventivamente e com bastante atenção da internet certamente evitará muitos problemas.



 

Dane Avanzi - empresário, advogado e Diretor do Grupo Avanzi.

https://grupoavanzi.com/


Como fica o período de férias em caso de suspensão de trabalho na pandemia

Este ano vem sendo atípico e o resultado desse chamado ‘novo normal’ é que os impactos são sentidos nos mais variados pontos relacionados ao contrato de trabalho. Assim, uma dúvida que fica é como será as férias para quem teve redução ou suspensão da jornada de trabalho.

Em relação a esse ponto, é importante entender que o direito às férias é adquirido a partir da soma de doze meses de trabalho pelo empregado. Assim, no caso de redução de jornada, não se tem o que contestar, o período segue normalmente neste ano. O ponto que pode ser discutido é sobre a soma do período para aquisição das férias quando o contrato de trabalho esteve suspenso.

"Infelizmente não existe na legislação nenhuma fundamentação expressa que preveja o cômputo do período ao qual o contrato de trabalho esteve suspenso. Essa falta de fundamentação pode levar a empresa a pagar as férias sobre o período ao qual o contrato estava suspenso. Assim, se o contrato estava suspenso e as férias têm o cunho de descanso, o empregado não estava trabalhando e nem à disposição da empresa, não parece razoável a contagem desse tempo para fins de período aquisitivo de férias", explica o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil (www.confirp.com), Richard Domingos.

Contudo, ele explica que, como não há definições claras, alguns especialistas defendem a contagem desse período na contagem das férias e outros já se posicionam pela não contagem.

Há uma terceira linha que alguns especialistas defendem, que o período suspenso não deve ser considerado como período aquisitivo e reforçam que a empresa deve pagar as férias desse período de forma proporcional dentro do prazo estabelecido na legislação para evitar a dobra (a empresa pode incorrer na penalidade de pagar o dobro das férias quando paga em atraso).

Assim, se um empregado ficou suspenso 180 dias, logo teria que receber 15 dias de férias e não 30 e essas férias devem ser pagas e gozadas até o 11º mês de completado os 12 meses de contrato (sem a interrupção da suspensão).

"Infelizmente, em muitos casos, apenas o judiciário dirá quem está certo. Nosso direcionamento para nossos clientes é que, em relação a esse tema, a forma da empresa não ter nenhum questionamento sobre o assunto é computar o período suspenso como período aquisitivo, não alterando a programação de férias do trabalhador", explica Richard Domingos.

Como se pode observar é que o campo é bastante abrangente e o tema é bastante fértil. Muito embora muitos especialistas se posicionam de forma conservadora e a favor de que a empresa tenha que pagar toda a conta, muitos outros defendem o lado oposto. O ponto é que a insegurança jurídica e falta de clareza na legislação causam esse tipo de discussão, por falta de um posicionamento pontual por parte do poder executivo e legislativo, caberá ao judiciário a decisão final sobre a questão.


VOCÊ SABE QUAIS SÃO OS DIREITOS DO ESTAGIÁRIO?

Entenda as regras estabelecidas para o exercício da modalidade


O estágio é um tempo de treino e experiência corporativa. Logo, é diferente de emprego (regime CLT) e, assim, não gera vínculo empregatício. Por isso, inclusive, os benefícios e direitos são outros. Recebo muitas dúvidas sobre o assunto, principalmente devido a essa “segunda temporada de estágio” alavancada pela retomada do mercado de trabalho.  

Vamos lá! Quando o modelo é chamado de curricular, ele é obrigatório. Ou seja, aquele definido como projeto do curso, dentro da carga horária. Isso é, requisito para a aprovação e conquista do diploma. Exemplificando: é uma categoria para quem precisa praticar para exercer a profissão, como para os cursistas de licenciaturas ou áreas da saúde. Por isso, nesse caso, a remuneração não é mandatória. 

Já o extracurricular não é obrigatório para concluir a formação. Assim, é válido como atividade opcional. Logo, é determinado o pagamento da bolsa-auxílio, do auxílio-transporte e recesso remunerado. Também, a carga horária deve ser compatível com as obrigações escolares e não pode ultrapassar seis horas diárias e 30 semanais.   

Independentemente da modalidade, é preciso entregar um parecer de performance no fim do contrato, conhecido como “relatório de atividades do estágio” e também não é permitido fazer hora extra. Nesse período visa-se criar a cultura da efetivação, pois o jovem está em busca de sua admissão e a chance de evolução na carreira. Nesse sentido, o tempo máximo estagiando na mesma entidade não pode exceder dois anos, exceto, quando se trata de uma pessoa com deficiência (PcD). 

Quanto ao valor da bolsa-auxílio, quando compulsório, não existe quantidade mínima ou padrão determinada pela legislação. Contudo, aconselhamos as organizações oferecerem uma remuneração compatível e atraente. Afinal, o objetivo é motivar e reter um talento interessado em aprender cada vez mais.

Já em relação ao recesso remunerado, as regras do programa são diferentes da CLT. Então, é errado chamar de férias! Veja: as duas legislações garantem 2,5 dias de folga a cada mês estagiado ou trabalhado. Ou seja, ao completar seis meses, são 15 dias a serem gozados, por exemplo. Sendo assim, ao vivenciar um ano, deve-se destinar um mês de pausa. As diferenças: se for emprego formal, a pessoa recebe sobre as férias, no caso de estágio, isso não é necessário, mas o período de descanso, preferencialmente, deve ser combinado com o fim do período letivo.

O intuito do programa é inserir os adolescentes no meio corporativo. Dessa forma, eles adquirem competências profissionais e podem até finalizar a graduação já empregados, pois a taxa de efetivação desse grupo é de 40% a 60%. Além de ser uma ótima oportunidade para as empresas conquistarem novos talentos. 

Vale lembrar: todo o processo de admissão é contratado no TCE, o Termo de Compromisso de Estágio, e firmado pela parte concedente, universidade e estagiário. Esse contrato pode ser rescindido pelas duas partes, sem aviso prévio e nenhuma penalidade. Além disso, se houver agente de integração, cabe a ele, acompanhar o setor administrativo, ajustar as condições de realização e encaminhar a negociação de seguros contra acidentes pessoais. 

Portanto, o atividade é essencial para a evolução da juventude e das corporações, pois traz inovação, proatividade e entusiasmo para ambos os lados. Logo, pense e invista no futuro do país. O Brasil agradece!

 



Carlos Henrique Mencaci - presidente da Abres - Associação Brasileira de Estágios.


Generali assina pedido ao governo da União Europeia para reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 55% até 2030

 O CEO do grupo, Phillipe Donnet, está entre os CEOs signatários de uma carta convocando os líderes da União Europeia para aumentar a meta de redução de emissões de gases de efeito estufa de 40% para 55%


O CEO do Grupo Generali, Philippe Donnet, está entre os CEOs signatários de uma carta redigida pelo Grupo de Líderes Corporativos, pedindo aos líderes da UE que estabeleçam a estrutura para uma recuperação mais resiliente ao clima e possibilitem os investimentos verdes necessários para oferecer neutralidade climática até 2050.

A participação da Generali na iniciativa é consistente com seu compromisso de incluir a sustentabilidade em todos os segmentos de negócios. Em consonância com a abordagem da UE, o Grupo sempre esteve entre os pioneiros dos esforços para cumprir os objetivos de 2030, adotando uma estratégia baseada em um conjunto de prioridades:

  • Financiamento da transição para uma sociedade sustentável e de baixa emissão, com novos investimentos verdes e sustentáveis totalizando € 2,7 bilhões em 2019.
  • Redução da pegada de carbono da carteira de investimentos do Grupo e apoio aos clientes na transição verde, com mais de € 1,3 bilhões em prêmios coletados de produtos ambientais. Além disso, em 2019, a Generali foi a primeira seguradora na Europa a emitir um Título Verde subordinado (€ 750 milhões).
  • Diálogo e envolvimento de stakeholders, tais como decisões políticas, organizações não-governamentais e empresas na “transição justa” que combina estratégias de descarbonização com medidas de proteção social.

A Generali também contribui ativamente com diversos grupos de trabalho para a promoção de finanças verdes, como a Net-Zero Asset Owner Alliance, um grupo de 29 fundos de pensões e seguradoras, com uma carteira de investimentos de cerca de 5 trilhões de dólares. Organizado pelas Nações Unidas, tem como objetivo reduzir a zero as emissões líquidas de gases de efeito estufa de suas carteiras, a fim de evitar um aumento das temperaturas globais acima de 1,5 °C, alinhado com o acordo de Paris.

O compromisso da Generali também se estende ao alinhamento da recuperação econômica com a transição para o desenvolvimento sustentável: é por isso que o Grupo aderiu ao European Green Recovery Alliance e decidiu canalizar quase € 1 bilhão em economia sustentável.

Ao assinar a carta de negócios e investidores do Grupo de Líderes Corporativos, a Generali reafirma seu compromisso de ajudar a acelerar e concentrar os esforços de transição até 2050, apoiando as alterações legais necessárias e investindo na economia verde, sabendo que uma maior "ambição climática" global é o motor da competitividade da Europa no mundo.

 

Saiba quais as principais profissões que o governo americano está facilitando a concessão do visto EB-2

Recentemente, eu participei de algumas palestras virtuais na OAB e percebi muitos interessados nos processos de vistos para os Estados Unidos. Mesmo com a pandemia, e com alguns vistos suspensos nesse período, alguns outros como o EB-2 continuam sendo processados normalmente.

Esse visto sofreu algumas alterações e uma delas é referente às prioridades relacionadas a tipos de profissionais. Além de médicos e enfermeiros, o governo está facilitando a entrada de engenheiros civis, au pairs, e também pessoas que atuam na área de alimentação. São essas as principais profissões para entrada nos Estados Unidos com o Visto EB-2, que há algum tempo, vêm ganhando maior aderência entre os brasileiros.

Sobre o fato de alimentação ser uma das áreas favorecidas, é importante destacar que nem sempre o visto é por qualificação nesse setor, mas sim por empreendedorismo. Pessoas que possam abrir um restaurante no país também podem se beneficiar dessa modalidade. De toda forma, é importante analisar com clareza essa possibilidade, pois existem formas mais eficientes de aplicação nesse caso.

Outra questão que surgiu foi sobre a possibilidade de aplicar o visto EB-2 e estender o green card para familiares, incluindo filhos casados. Vale ressaltar que isso não é possível, porque quando um filho se casa, ele tem sua própria família e mesmo que seja menor de 21 anos, o visto não pode ser aplicado. Após se tornar um cidadão americano é possível fazer alguma solicitação de visto permanente, mas até esse momento não há chances de isso ocorrer.

Existe algum problema em realizar a solicitação do visto EB-2 e ir para os Estados Unidos com outro tipo de visto enquanto o pedido é processado? Na verdade, não, mas normalmente o processo ocorre de forma rápida, então pode não fazer sentido. O ideal é se programar, realizar o protocolo consular e aguardar a entrevista ainda no Brasil, assim todo o procedimento fica menos complicado e mais barato também, além de chegar ao país já com o green card.

Na última semana, recebi um relato interessante de um colega que entrou no país com o visto B-1, que é um visto de negócios (B-1 é o visto temporário, assim como o B-2, utilizado para turismo) e, por não ser um visto de trabalho, não é possível realizar qualquer atividade profissional durante a estadia. Por permanecer nos Estados Unidos durante um período maior do que o recomendado, acabou ficando sem status. A dúvida é, se mesmo assim, é possível voltar ao Brasil e fazer a solicitação do EB-1. É preciso saber que essa não é uma prática recomendável. Além de ter o visto negado, possivelmente será aberto algum outro tipo de procedimento caso esteja em território americano.

É importante destacar também que exceder o período do visto em qualquer modalidade prejudica o processo de solicitação, e também é um risco desnecessário.

Algumas pessoas também têm dúvidas sobre a possibilidade de fazer a aplicação do visto EB-2 sem formação acadêmica e nesse caso, com a comprovação de experiência na área de atuação, aliado a um bom currículo e uma  estruturação do plano de negócios eficiente, até mesmo porque existem diversos critérios durante a análise de documentos, é possível aplicar e ser bem sucedido.

 

 



Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em direito internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e membro da comissão de direito internacional da OAB. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br ou entre em contato por e-mail daniel@toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 73 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente.

 

Copywriting: além da internet marketing

Existem dois grandes setores quando falamos de marketing: o mercado B2B, que consiste em vendas feitas de empresa para empresas, e o mercado B2C que é formado por vendas feitas de empresas para o consumidor final. Com o advento da internet, precursores americanos começaram a adaptar o marketing de resposta direta para o meio on-line. Passaram a comercializar produtos diretamente para o consumidor final, com o objetivo de aproveitar a facilidade que o B2C proporciona: jornada de vendas mais curtas e simples, geralmente com produtos de baixo a médio ticket.

Esse processo deu origem ao que conhecemos essencialmente como Internet Marketing, que se refere às estratégias usadas para comercializar, sem intermediários, um produto ou serviço on-line. Com características peculiares,  Internet Marketing se diferencia do Marketing Digital, que é mais abrangente e forte no setor B2B, mercado que apresenta jornadas de vendas mais longas e mais complexas geralmente com produtos de médio e alto ticket

Já no setor B2C, quando as pessoas sentem a necessidade ou desejo de obter um produto, basta um estímulo – como uma promoção – para que tomem a ação da compra de forma mais imediata. Para ajudar com isso, entra em cena o Copywriting, que sempre se fez presente no mercado B2C off-line e que, tempos depois, também passou a ser usado na internet com força e eficácia.

Isso explica por que os primeiros materiais de copywriting criados após o surgimento da internet focaram nesse tipo de marketing, ou seja, o B2C. Aliás, isso tornou comum a associação do copy com Internet Marketing. No entanto, existe um universo de ensinamentos que podem ser explorados por um copywriter no mercado B2B. Ter ciência disso é abrir-se para um mundo de possibilidades financeiras que poucos profissionais estão enxergando.

 



Paulo Maccedo - analista de marketing, escritor best-seller, copywriter de resposta direta e autor do que é considerado o livro sobre copywriting mais completo em português.

 

Seu sucesso profissional depende de você, mas também do seu chefe

Pexels

Recente pesquisa aponta que o baixo desempenho do que se espera de um líder é o principal motivo para que profissionais peçam demissão ou se sintam desanimados no emprego. Segundo consultor, um chefe centralizador e que não incentiva os talentos que gere, pode ser sim um grande empecilho na carreira profissional de qualquer um

O desempenho abaixo do que se espera de um líder é o principal motivo para que profissionais peçam demissão ou se sintam desanimados no emprego. É o que apontou um levantamento feito no ano passado pela consultoria de recrutamento Michael Page com candidatos a vagas de emprego. Segundo o estudo, oito em cada dez colaboradores pedem demissão por causa do chefe. Ainda segundo o levantamento, decisões gerenciais equivocadas ou mal planejadas inevitavelmente são os erros que mais levam a um desgaste no relacionamento entre funcionários e chefes.

Mas num momento de crise como o atual, em que milhões de desempregados buscam uma oportunidade no mercado de trabalho, não dá para escolher chefe, ou dá? Para o consultor empresarial e especialista em governança corporativa, Marcelo Camorim, dá sim. Obviamente, conforme explica o consultor e empresário, isso não quer dizer que você irá agora mesmo adentrar à sala de seu patrão e fazer uma enxurrada de exigências e condições para poder ficar no emprego. Segundo Camorim, para escolher o chefe é preciso antes de mais nada conhecer bem o líder com quem se está trabalhando e avaliar se seu perfil e estilo profissional combina com essa liderança.

“Obviamente você precisa se conhecer bem profissionalmente e saber muito bem para onde quer ir em sua carreira e analisar se ao lado do líder com quem está trabalhando você terá abertura para crescer e se aprimorar. Porque o seu sucesso profissional depende sim de sua excelente capacidade e de seus talentos, mas também depende de alguém que dê chance a estes seus talentos, ou seja, seu chefe”, afirma o especialista em governança corporativa. 

 

Branca de Neve

De acordo com Camorim, além de uma boa formação e capacitação contínua, o sucesso profissional depende, em muito, das relações profissionais que se estabelecem ao longo da carreira, em especial as que são feitas com os líderes que encontramos ao longo do caminho. “Se você é uma pessoa preparada, tecnicamente e psicologicamente para o trabalho que exerce, mas se há em seu caminho um chefe centralizador e não aberto à mudanças, esse chefe pode sim ser um empecilho para seu crescimento”, afirma.

Com larga experiência empresarial no segmento do varejo e sendo consultor especializado em recuperação de corporações e na transição de comando de empresas familiares, Marcelo Camorim conta que ainda hoje existem muitos chefes que têm uma ideia errada sobre o que é ser um verdadeiro líder, são aqueles que ao invés de incentivar e gerir bem os talentos a sua volta, têm medo do crescimento deles. “No mundo corporativo é o que chamamos de chefe “Branca de Neve”, que está cercado de anões e como anões não crescem. Esse líder também não crescerá e quem está sua volta também não crescerá”, explica o especialista.

“O chefe ideal é justamente aquele que quer que o seu subordinado talentoso sente na sua cadeira. E sabe porquê disso? Porque ele  irá sentar em outra cadeira ainda mais alta e mais importante. O colaborador que ele ajuda a crescer é um legado e não um concorrente”, afirma Camorim. 

Para ele, o bom chefe ou líder tem que saber da sua capacidade e entender que ele e nem ninguém no mundo será bom em tudo, aliás o consultor alerta que quem tenta ser bom em tudo descobre no final, que não é bom em nada. “Grandes empresas mundiais, de gestão ultra moderna, como a Google, por exemplo, há muito adotam esta filosofia e são o que são justamente porque não temem desenvolver seus talentos, não temem dar autonomia a eles, não temem compartilhar conhecimentos e responsabilidades”, destaca.

 



Marcelo Camorim - CEO Fox Partners


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