A especialista em
relacionamentos inter e intrapessoal explica a sua posição sobre esse
sentimento.
Seja o ciúme em uma relação amorosa, seja no
convívio entre amigos ou mesmo entre pais e filhos, esse sentimento costuma
aparecer sempre em algum momento da vida. Muitas pessoas acreditam que esse
sentimento de maneira moderada é benéfico para os relacionamentos, pois o outro
se sente valorizado, mas será mesmo supervalorização ou apenas autoestima baixa
de quem sente?
Segundo a psicóloga Amanda Fitas, o ciúme vem de
sensações como inferioridade e insegurança. “Não tem como dizermos que esse
sentimento é algo positivo para a nossa vida, já que gera um incômodo de uma
das partes ou até mesmo de ambas”. Ele tem o poder de gerar inúmeras brigas em
todos os tipos de relações, por achar que o outro está fazendo algo
escondido.
Por outro lado, as pessoas romantizaram o ciúme e
quando o outro não sente em nenhuma situação vivida, acredita-se que é “falta
de amor”. “Mas está longe disso, não é saudável! O ciúme vem como uma
desconfiança de quem a outra pessoa é”, explica a psicóloga. Em situações que o
sentimento é mais brando, que não atrapalha a vida da pessoa e nem daqueles a
sua volta, ela pode ir canalizando isso sozinha.
Em casos de excessos, o ideal é buscar por ajuda
de um psicólogo e ter esse acompanhamento para cuidar da mente e seus
sentimentos. O terapeuta irá, juntamente com o paciente, racionalizar o ciúme e
verificar o quanto este sentimento tem limitado a vida dele e afetado as
pessoas a sua volta. O profissional também investigará todo o quadro, já que em
alguns casos esse comportamento é gerado por outras patologias como o
transtorno obsessivo compulsivo (TOC).
Muitas pessoas acabam se afastando dos amigos por conta do ciúme de
outros. O que você acha disso?
As
pessoas acabam achando que o amigo está andando mais com outra pessoa do que
ele mesmo. Gerando uma sensação de propriedade, achando que o amigo deva seguir
um script do que ela acha certo. E acaba esquecendo que as pessoas são livres,
elas têm essas necessidades de trocas com outros, de afeto de terceiros. É
importante que elas trabalhem isso em seus interiores para não sofrerem e nem
fazer o outro sofrer também.
E quando o amigo (a) do casal, na verdade, está de olho na sua esposa
(o)?
Quando
está em um nível em que as duas pessoas se “olham”, isso é nítido para todos!
Quando esse “olhar” é com segundas intenções acaba ficando explícito.
De
certa forma, se a situação estiver clara, o ideal é conversar com o seu
parceiro e entender se há algum interesse da parte dele, para juntos chegarem
em um consenso da sua relação.
Amanda
Fitas - psicóloga, escritora e palestrante com mais de 1,5 milhão de
seguidores nas redes sociais. Autora de 4 livros de relacionamentos que já
ultrapassam 40 mil cópias vendidas: “Amores Saudáveis”, “Textos Obrigatórios
Para Você Se Relacionar Melhor”, “Aprenda a ser mais interessante” e “Viva um
Amor Leve”. Ajuda as pessoas a encontrarem a leveza nas relações e o equilíbrio
necessário para desenvolver o amor próprio, a autoestima e autoconfiança, em
vários campos da vida. Suas mensagens são simples, diretas e atraentes para
todos os públicos.
https://www.instagram.com/amandafitas/
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