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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

A POLÍTICA NO RESPIRADOR ARTIFICIAL

        Tendo recebido aviso de que estava aberta no site e-Cidadania do Senado Federal enquete sobre a PEC 33, fui imediatamente dar meu voto contra. Essa proposta de emenda à Constituição tem por objetivo atender os anseios de uma banda não muito perfumada do nosso Congresso. Encaminhada por uma senadora, a medida pretende instituir a possibilidade de reeleição das mesas do Senado (Davi Alcolumbre) e da Câmara (Rodrigo Maia). Ou seja, é uma emenda casuísta que só irá estimular, no comando dos poderes, o clientelismo que os constituintes quiseram evitar. A informação que recebi dava conta de a rejeição estar em 99%.

        Coincidentemente, no exato momento em que uma enquete que visa a informar sobre a adesão ou rejeição popular a proposições legislativas batia todos os recordes de reprovação, deparei-me com o aviso de que "A ferramenta de Consulta Pública está em manutenção para correção da exibição da ementa e autoria das proposições". Existem coincidências que derrubam todas as probabilidades e mandam o desvio padrão para outra galáxia.

        Não sei se, como, ou quando a enquete retornará. Tenho aí, porém, mais uma evidência dos inestimáveis serviços que a pandemia vem prestando aos abusados e aos abusadores da República. Com a falta de plenário, com sessões virtuais, com os canais da Câmara, do Senado e do STF dedicados a morféticos déjà vus, a política foi para o home office.

        Na falta do contraditório, do debate, do aparte, a atividade política sai das mãos de quem recebeu apoio popular nos entrechoques eleitorais e vai para os meios de comunicação, que fazem a "política" deles mesmos, organizando programas em conformidade com suas conveniências. Assim tem sido ao longo deste quase inteiro ano de 2020, ano em que a política foi para o respirador artificial.

        O que mais se vê, nestes muitos meses, no Congresso e no STF, são irreais sessões virtuais transmitidas em quadrinhos. Nelas, os intervenientes falam desde o aconchego de seus lares em ambientes blindados à reação alheia. Maia e Alcolumbre não contavam com ambiente tão propício! Em quase impotente contraposição, políticos, movimentos, cidadãos, organizam Lives para fornecer algum oxigênio aos pulmões da política, promovendo um mínimo de contraditório sem o qual tudo fica com jeito cubano.

        O silêncio tem sido o som da política nas ruas, nos plenários. Silêncio do povo e seus representantes. Para sua reflexão, estimado leitor: dentre os poderes constitucionais - legislativo, executivo e judiciário - quais os que se estão beneficiando desse silêncio de UTI para visíveis exercícios de autoritarismo e manipulação?

 



Percival Puggina -  membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Integrante do grupo Pensar+.


ANTT e Minfra garantem antecipação de R$ 5,1 bilhões de outorga ferroviária

ANTT regula e fiscaliza a concessão responsável pela Malha Paulista e Ferrovia Norte-Sul

 

O Tesouro Nacional, por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), recebeu da concessionária de ferrovia Rumo S.A., nesta terça-feira (15/9), R$ 5,1 bilhões em parcelas antecipadas da outorga devida pelas concessões da Malha Paulista e da Ferrovia Norte-Sul. O depósito é resultado da ação conjunta da ANTT e do Ministério da Infraestrutura (Minfra) para arrecadação aos cofres públicos, especialmente neste período de emergência de saúde pública decorrente do coronavírus (Covid-19).

No que se refere à Malha Paulista, são 70 parcelas antecipadas do valor de outorga, correspondente a cerca de R$ 2,8 bilhões. Restam 83 parcelas trimestrais, com vencimento entre 5/6/2038 e 5/12/2058, cujo valor presente líquido é de R$ 475 milhões, calculado a partir da taxa efetiva de desconto definida no contrato.

Já em relação à Ferrovia Norte-Sul, batizada de Malha Central, são 59 parcelas antecipadas, no valor de R$ 2,3 bilhões, aproximadamente. Restam 56 parcelas trimestrais, com vencimento entre 5/8/2035 e 05/05/2049, cujo valor presente líquido é de R$ 475 milhões, também calculado a partir da taxa efetiva de desconto definida no contrato.

Histórico – O contrato de concessão da Malha Paulista foi prorrogado em 27/5/2020. O trecho possui 1.989 km de extensão e cruza todo o estado de São Paulo.

Já o contrato da Ferrovia Norte-Sul foi assinado em 31/7/2019, após o leilão ocorrido em 28/3/2019. O trecho está situado entre Porto Nacional/TO e Estrela D’Oeste/SP (1.537 km) e está dividido em dois: tramo central, compreendido entre Porto Nacional/TO e Anápolis/GO, com extensão de 855 km; e tramo sul, abrangendo o trecho Ouro Verde de Goiás/GO e Estrela D’Oeste/SP, com extensão de 682 km.

O parcelamento do valor de outorga é adotado nos leilões para concessões ferroviárias como forma de aumentar a atratividade do certame ao inserir aquilo que, de acordo com a análise e experiência adquirida em processos de concessão anteriores, é considerado um benefício ao licitante.

Os recursos haviam sido previstos para comporem o orçamento da União de forma diluída ao longo de 18 anos, de modo que a antecipação desse ingresso possibilitará importante reforço de caixa da União, especialmente no atual contexto de pandemia que exigiu gastos não previstos anteriormente.

 

Com informações da Assessoria de Comunicação

https://www.antt.gov.br/noticia/aberta/-/asset_publisher/ES3IO01qMsue/content/id/1903990


Como as cidades interativas vão alterar a relação entre pessoas e cidades no “novo normal”

Se tivesse que associar a revolução digital, seus profundos impactos sociais e econômicos, vivenciados nos últimos anos a uma única palavra, esta seria “frenético”. A intensidade e profundidade das transformações, emanadas de um ecossistema sem fronteiras, recheado de “estímulos encantadores”, deram forma a uma sociedade ansiosa, insaciável e incapaz de lidar com os limites da realidade humana. Entende-se, em um oceano tão amplo de possibilidades de produção, acessibilidade e consumo, que ter é poder e isto, oferece uma sensação de prazer vertiginosa. Afinal, quem nunca imaginou em seus sonhos mais inebriantes alcançar a plenitude, a eternidade. 

Inovação, startups e Cidades Inteligentes deram forma a um mundo tão sedutor quanto exigente. O empreendedorismo digital nos grandes centros urbanos moldou os novos parâmetros de sucesso, que de forma altamente envolvente e tendo o alicerce de poderosas ferramentas de conexão e difusão de ideias, ofereceu a falsa perspectiva de que o tempo é realmente relativo, e que com algum esforço extra, sempre podemos mais. A natureza se incumbiu de colocar ordem nesta equação. Não somos tão poderosos quanto imaginávamos. Somos frágeis, temos limites, e o mais curioso? Isto é bom. Como em um arranjo de uma música perfeita, ou em uma onda que se forma, a harmonia na integração dos elementos é que determina o equilíbrio necessário para reorganizar o entendimento do real valor de tudo que nos cerca. Família, amigos, tempo e generosidade. Tudo isto sempre esteve ali. A tecnologia não foi feita para afastar as pessoas, mas para oferecer mais conforto e qualidade de vida. Da adversidade, vem a oportunidade de fazer diferente e melhor. 

Na era das Cidades Inteligentes pós-pandemia, a tecnologia será o alicerce para o maior ativo que uma sociedade pode prover: a interação humana. Na revisão de hábitos que ficarão no passado e daqueles que estão tomando forma, algumas disposições devem ser consideradas, pois tendem a influenciar toda cadeia de valor a nossa volta. 

Raízes: O lugar onde se vive. Pessoas já estão mais atentas e em busca de conectividade, senso de pertencimento. Descobrir pequenas coisas que dão prazer, experiências próximas, em suas vizinhanças, representam uma fortíssima tendência destes novos tempos. 

Conveniência: Formas de economizar tempo e simplificar a vida, para utilizá-lo em atividades que tragam mais felicidade, como brincar com os filhos e pets ou até mesmo, não fazer nada. Produtos e serviços que ofereçam conveniência devem ganhar muita força. 

Solidariedade: O que nos torna mais solidários? Participar de atividades sociais, de perfil voluntariado, nos tornam mais humanos, acessíveis e isto vai trazer mais equilíbrio e felicidade. 

Casa: O lar ganhou uma dimensão de valor irreversível. Segurança, afetividade e convivência. As pessoas permanecerão mais em casa do que nunca. Transformar este espaço no melhor lugar para viver, trabalhar, compartilhar experiências e momentos abre espaço para uma infinidade de oportunidades de soluções e serviços. 

Felicidade: Pessoas estão repensando suas vidas, o que as fazem felizes, o que faz sentido ou não. Estão abrindo espaço para as pequenas coisas, valorizando momentos. Isto precisa ser fácil, acessível. 

Concluindo, em tempos do chamado “novo normal”, menos pode ser mais e Cidades Inteligentes não são reflexo da tecnologia a ela empregada, mas sim da orientação a soluções que as tornam mais humanas, solidárias e democráticas no acesso a felicidade.

 

 


Paulo Hansted - CEO do MCities (www.mcities.com.br), startup focada em comunicação inovadora e experiências urbanas.



Municípios são os que mais contratam profissionais de saúde no País

 Dados são do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde, do IESS


A cadeia produtiva da saúde segue como grande destaque na criação de empregos formais no País. Considerando os municípios analisados no "Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde", boletim mensal do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o emprego saltou de 436,3 mil pessoas em abril para 458,7 mil em julho deste ano, um crescimento de 5,1%. Esses dados se referem a 264 municípios, que representavam 53% dos habitantes do País, para os quais o IESS levantou informações em abril e julho de 2020. O saldo positivo do setor privado em julho é o maior do ano.

José Cechin, superintendente do IESS, lembra que, ao longo de 2020, o setor público seguiu contratando, mas, entre o emprego privado, o de saúde foi um dos únicos que continuou apresentando números positivos. "A quantidade de empregos formais no País continua sendo afetada pela crise econômica que acompanha a crise sanitária desencadeada pelo novo Coronavírus. No entanto, começamos a ver uma alteração nesse movimento. O saldo líquido de emprego no mês de julho foi de 131.010, sendo o primeiro positivo desde fevereiro. Em junho, o número foi negativo em 10.984", explica.

O saldo negativo do emprego no setor de Serviços segue puxado por subsetores impactados diretamente pela crise econômico-sanitária, com destaque para o de Alojamento e Alimentação, que inclui hotéis e restaurantes, com queda de aproximadamente 25 mil contratações, seguido de Educação, com 19 mil vagas a menos. O subsetor Saúde Humana e Serviços Sociais segue com resultado positivo. O saldo de 13.649 em julho foi o maior de 2020 até o momento.

Já na saúde pública, os municípios seguem registrando o maior crescimento do número de vagas com a alta de 5,1% em relação a abril deste ano. Esta é a variação observada nos 264 municípios que tiveram seus dados coletados tanto em abril quanto em julho de 2020. A região Sudeste possui 196,5 mil dos empregos municipais em saúde, o que corresponde a 43% do total. Já a região Norte conta com o menor número de postos na área, com 34,8 mil (8%).

"Interessante notar como os números estaduais e federais caminham na direção oposta. A região Sul registrou crescimento nessas duas esferas. Entretanto, as regiões Norte, Nordeste e Sudeste tiveram queda no âmbito Federal e aumento no Estadual. Na região Centro-Oeste o movimento foi contrário", nota Cechin.

Na saúde pública dos Estados, havia 376,3 mil pessoas empregadas no mês de julho, o que representa um crescimento de 3,3% em relação a abril desse ano. As regiões Nordeste e Norte tiveram os números mais expressivos de crescimento, com 6,2% e 4,3%, respectivamente. Para se ter uma ideia, o emprego total nos governos estaduais nesse mesmo período apresentou crescimento de 0,7%. Entre os dados do estoque de emprego federal na área, o número de contratados na saúde pública foi de 243,6 mil, tendo apresentado crescimento de 1,4% em relação a abril. Enquanto nas demais regiões o emprego teve queda nesta esfera, o Centro-Oeste registrou aumento de 12,8% e o Sul teve crescimento de 2,8%.

"A contabilização dos empregos públicos em saúde nesse período de pandemia pela Covid-19 pode estar subestimada, dado que, para o rápido enfrentamento da doença, estados e municípios recorreram à contratação de entidades privadas para gestão de serviços públicos de saúde, sendo contabilizados no setor privado", alerta José Cechin.

Vale lembrar que houve alteração no relatório neste ano. Desde janeiro, o Ministério da Economia substituiu o uso do Sistema do Caged pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para parte das empresas. Os dados do emprego formal no País ficam por conta do Novo Caged, que é composto por informações captadas dos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web. A Secretaria de Trabalho também deixou de divulgar o emprego por classe CNAE e adotou a classificação utilizada pelo IBGE, o que impossibilita a extração dos dados da cadeia privada da saúde como nos últimos anos. As mudanças não impactaram o setor público.

Na nova versão do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde, a análise do segmento privado se restringe aos grupamentos de setores econômicos disponíveis no Novo Caged. No que diz respeito ao setor público, o levantamento do IESS é o único que coleta e divulga as informações de forma agregada. Por isso, ampliou sua base e agora conta com dados de 292 municípios, cuja população representa 56% do total nacional. Em abril, eram 264 municípios que representavam 53% dos habitantes do país.

O boletim completo pode ser acessado por meio do link
http://bit.ly/Emprego_IESS

 



Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS)


É possível usucapião de apartamento?

Uma das modalidades de aquisição de um imóvel é a usucapião, que se caracteriza pela ocupação prolongada e sem interrupção, durante o prazo legal estabelecido para a prescrição aquisitiva. Mesmo que não houvesse uma restrição quanto à modalidade de imóvel que poderia ser usucapido, recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a possibilidade de se usucapir imóvel apartamento. 

O caso que levou a esta decisão teve origem em Porto Alegre (RS). A moradora de um apartamento, que havia sido financiado por seu ex-marido, possuía prestações em aberto. Então, o banco requereu leilão do bem para pagar a dívida. No entanto, como a senhora morava no imóvel há mais de 15 anos, prazo mínimo para impedir a venda com o pedido de usucapião, entrou na justiça. 

O presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, conta que o processo chegou ao STF em razão de decisões de instâncias inferiores que não reconheceram a possibilidade usucapião especial urbano sob o argumento de se tratar de imóvel com área superior a 250m². “Este é o requisito imposto pela lei para aquisição do imóvel por esta modalidade de usucapião (especial urbana). A decisão tomada no julgamento do recurso extraordinário 305.406 reconheceu que a área objeto de usucapião não seria a área total do condomínio, mas apenas da própria unidade imobiliária (apartamento).” 

Conforme entendimento firmado pelo STF, o artigo 183 da Constituição Federal não faz distinção entre os tipos de imóveis que podem e que não podem ser usucapidos por esta modalidade. “Por isso é que foi reconhecido que um apartamento localizado em condomínio de edifícios não poderia ser excluído da possibilidade de ser usucapido nos termos do artigo supracitado”, explica Vinícius Costa.  

Contudo, o pedido não tinha sido acolhido, uma vez que o imóvel encontrava-se com financiamento ativo junto ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH). “Nesse caso, a impossibilidade de usucapião encontra respaldo na Lei 5.741/71 e entendimento dos tribunais de que, neste estágio (financiado), o imóvel estaria na condição de bem público, sendo vedada a aquisição prescritiva de imóveis públicos, vedação constante no Código Civil”, diz o presidente da ABMH. 

Após 14 anos, o STF entendeu que a legislação que trata da usucapião não faz distinção se o imóvel é apartamento, casa, lote ou terreno, determinando o retorno do processo ao Tribunal para que julgue o processo. Isso não significa que a senhora terá direito assegurado ao apartamento. A decisão do STF apenas definiu que é possível pedir a usucapião de condomínio vertical (apartamentos). Agora cabe ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul dizer se a senhora, de fato, tem direito á usucapião.  

De toda forma, Vinícius Costa fala que a decisão do STF é válida, pois interpreta o artigo 183 da Constituição Federal direcionando sua aplicabilidade de forma ampla. “Na verdade, é uma interpretação esperada, pois nessa relação jurídica, a usucapião de apartamento somente seria impossível se o artigo contivesse expressamente essa vedação”, justifica. 

 



Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação - ABMH


Reforma Tributária: Criação de novo tributo divide opiniões entre tributaristas

 Imposto, que encontra resistências na sociedade e no Congresso, também não é unanimidade entre especialistas


Um dos diversos aspectos presentes na Reforma Tributária, a proposta de uma “nova CPMF” – como vem sendo chamado o novo tributo sobre transações ventilado pelo ministro Paulo Guedes – está cercada de polêmicas e encontra forte resistência tanto na sociedade como no Congresso, antes mesmo de ser enviada.

O caso é uma fixação do ministro da Economia, que vem buscando apoios para fazer a proposta caminhar, defendendo o novo tributo para concretizar sua ideia de desoneração da folha de pagamentos e aumentar a oferta de empregos formais.

Para se ter uma dimensão da proposta, se ela for levada adiante e arrecadar os R$ 120 bilhões previstos pelo governo, o novo imposto seria responsável por uma das maiores fontes de receita para a União, ficando atrás apenas do Imposto de Renda, da Cofins e da arrecadação previdenciária.

O professor e especialista em Direito Tributário Caio Bartine não é totalmente contrário ao imposto sobre transações digitais sugerido por Guedes, desde que ocorra a redução na tributação da contratação de mão de obra como contrapartida. “Se a alíquota for de 0,2%, apenas em transações digitais, não sei se isso irá gerar um ônus muito grande para o consumidor, como vejo muitos falarem. Particularmente, acho mais importante diminuir o impacto da mão de obra, para que tenhamos mais empregos formais, consequentemente aumentando a receita. E também existe a possibilidade de que, sem a aprovação desse tributo, resolvam aumentar outros impostos como IPI, ICMS e ISS, aí sim o impacto sobre o consumidor poderá ser bem maior”, acredita o professor.    

Apesar disso, Bartine pondera que não é apenas a criação de um novo imposto que irá aliviar as contas públicas. “Antes de se pensar em reforma tributária, o Brasil precisa pensar em uma reforma administrativa. Temos um inchaço da máquina pública, pois grande parte das despesas são destinadas para folha de pagamento de servidores. E não vai ocorrer diminuição de carga tributária, se não diminuir a despesa pública. Não existe mágica nessa equação”, completa.  

Outro especialista em Direito Tributário, o advogado Eduardo Natal não acredita que a ideia do novo imposto seja a proposta ideal para o país. “Isso não soluciona os problemas sérios que temos de complexidade tributária, ou de sobreposição de incidências de tributos, principalmente quando falamos em consumo”, aponta o tributarista.

Para Natal, uma reforma tributária deveria ser mais profunda, organizada e voltada não somente para aspectos ligados ao consumo. “Com essa visão, no final das contas, a classe menos abastada é que vai acabar pagando esses tributos. O debate deveria caminhar com uma profundidade maior com relação a outros vetores de incidência tributária”, reforça o especialista.  


Desestímulo na Economia e ausência de justiça fiscal

Doutor e Mestre em Direito Tributário, o professor André Felix alerta que essa reforma caminha em um sentido totalmente inoportuno e que tributar fortemente o consumo não é uma realidade em países desenvolvidos. “A tributação sobre o consumo não realiza justiça fiscal, pois quem sente a tributação efetivamente é o consumidor com menor capacidade contributiva. Países desenvolvidos não privilegiam esse tipo de tributação, a incidência é maior sobre renda e patrimônio. Além do mais, a tributação sobre consumo não incentiva a economia”, finaliza o professor.

 




FONTES:

Eduardo Gonzaga Oliveira de Natalsócio do escritório Natal & Manssur, Mestre em Direito do Estado – Direito Tributário – pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Pós-graduação em Direito Tributário pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/COGEAE). Pós-graduação em Direito Societário pela Fundação Getúlio Vargas (FVG/GVLAW). Especialista em Estratégias Societárias, Sucessórias e Tributação pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Sócio fundador do escritório há mais de 20 anos. Membro da Academia Brasileira de Direito Tributário (ABDT) e da International Bar Association (IBA). Autor do livro “A Dinâmica das Retenções Tributárias”

 

Caio Bartine – Advogado na área de Direito e Processo Tributário. Doutor em Direito, com MBA em Direito Empresarial (FGV). Professor de planejamento tributário do MBA em Marketing da FIA/USP. Professor de pós-graduação da Escola Paulista de Direto – EPD. Coordenador de Direito Tributário do Curso Damásio Educacional. Coordenador dos cursos de pós-graduação de Direito Tributário e Processo tributário. Procurador-Chefe da Procuradoria Nacional de Justiça do Conselho Federal Parlamentar. Vice-Presidente do Instituto Parlamentar Municipal – INSPAR.

 

André Félix Ricotta de Oliveira – formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Doutor e Mestre em Direto Tributário pela PUC/SP, Pós-graduado “lato sensu” em Direito Tributário pela PUC/S, Pós-graduado em MBA em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Ex-Juiz Contribuinte do Tribunal de Impostos e Taxas da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Presidente da 10ª Câmara Julgadora. Coordenador do IBET de São José dos Campos. Professor da Pós-graduação em Direito Tributário do IBET e Mackenzie. Professor do Curso de Direito da Estácio. Professor de Cursos de Direito da APET. Presidente da Comissão de Direito Tributário e Constitucional da OAB-Pinheiros (SP).


Conheça os bairros de São Paulo com a gasolina mais cara e mais barata na primeira quinzena de setembro

 Levantamento da ValeCard aponta que combustível pode ser encontrado de R$ 3,80 a R$ 5,07 em diferentes regiões da capital paulista durante o período


O aumento no preço da gasolina é reflexo da retomada das atividades econômicas após a crise causada pela pandemia do novo coronavírus no mundo, neste mês o preço médio do país voltou aos patamares de março, início da pandemia. Em São Paulo, o preço médio da gasolina comum na primeira quinzena de setembro foi de R$ 4,216, porém a cidade mais populosa do Brasil é subdividida em regiões com cenários sócio-econômicos bem diferentes. De acordo com levantamento feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas, o valor cobrado pelo litro do combustível variou até 33,42% em diferentes bairros da capital durante o período, com preços entre R$ 3,80 e R$ 5,07.   

O paulistano que for abastecer o seu veículo vai encontrar a gasolina mais cara nos bairros Vila Santa Maria (R$ 5,07), ao norte da cidade; Jardim América (R$ 5), zona oeste da capital; e Alto de Pinheiros (R$ 4,99), na zona oeste. Já os preços mais baratos estão na zona oeste (Jardim Santo Elias, R$ 3,80 o litro), no centro (Pari, R$ 3,82) e zona oeste (Jardim Paulistano, R$ 3,82).  Para comparação, os dados mostram que o estado de São Paulo teve a média mais baixa entre o Sudeste (R$ 4,216). Já o Rio de Janeiro foi o estado com a gasolina mais cara (R$ 4,938). 


Cabeleireiros: saiba a importância de abrir MEI

Easymei ajuda os mais de 807 mil profissionais autônomos do setor de beleza, a cumprirem a Lei do Salão Parceiro, facilitando a regulamentação



Um dos segmentos que mais cresce com registro MEI em termos de inscrições no Portal do Empreendedor é o de cabeleireiros, pedicures e manicures. Fechando agosto com mais de 807 mil profissionais registrados, é de extrema importância que os autônomos prezem pela regulamentação para ter acesso aos benefícios e cumprir a Lei do Salão Parceiro. Para auxiliar os profissionais, a Easymei, plataforma recém lançada de auxílio e gestão para microempreendedores, ajuda nessa regulamentação.

"A formalização traz independência e benefícios disponibilizados pelo Governo como aposentadoria, auxílio doença, licença-maternidade, recurso emergencial e até descontos em convênios médicos. O aumento do número de registros dos profissionais do setor mostra que essa têm se tornado uma forma de driblar a crise e sair da informalidade", explica Alexandre de Carvalho, fundador de Easymei e contador há mais de 20 anos.

Outro benefício importante do registro MEI para os profissionais de beleza é o cumprimento da Lei do Salão Parceiro, em vigor desde 2017. "Além da formalização a Lei auxilia na redução dos custos e despesas do salão de beleza, que não precisa se preocupar com encargos de contribuição previdenciária e FGTS, e o melhor, o salão só paga o imposto sobre o seu faturamento - cota parte do salão. E traz ao parceiro uma segurança, já que muitas vezes é comum na área uma relação informal entre os proprietários e profissionais do setor", explica Carvalho.

O proprietário do salão , terá como obrigação reter e recolher o imposto mensal, o DAS - Documento de Arrecadação do Simples Nacional do profissional parceiro. Por sua vez, o profissional terá como dever emitir as notas fiscais.

"O cumprimento destas obrigações é de extrema importância também, já que a falta de pagamento do imposto DAS e a não entrega da Declaração Anual, podem acarretar no cancelamento do MEI. Primeiro, há a suspensão do registro por 95 dias, dando a oportunidade do empresário quitar suas dívidas com os tributos. Após este prazo, as consequências do cancelamento definitivo são o bloqueio da emissão de notas fiscais, do acesso aos benefícios previdenciários e anulação de todas as licenças, incluindo o CNPJ", finaliza Carvalho.

Como funciona o Easymei

Para efetuar seu registro pelo aplicativo é fácil: basta você acessar o site da Easymei e efetuar o cadastro com informações básicas. Em seguida, o sistema consultará se você já possui ou não MEI ativa, caso não tenha, iniciará o registro para formalização. Após a inserção dos documentos necessários, incluindo o número de registro do último Imposto de Renda, você precisará definir sua área de atuação e aceitar os termos requeridos pelo Governo. Por fim, clique em registro e aguarde o certificado MEI por e-mail.

Para manter as obrigações do MEI de forma fácil no dia a dia, acesse www.easymei.com.br.


Como funciona o processo criminal no caso da deputada Flordelis

O Brasil é o país em que mais autoridades possuem foro privilegiado e benefícios na hora de julgamento


Depois de um longo período de investigação, a Autoridade Policial, função exercida pelo Delegado de Polícia, chegou-se à conclusão de que a esposa do pastor e deputada Flordelis teria sido a mandante e a partícipe do bárbaro crime.

Um processo criminal inicia com a investigação, que é conduzida pela Polícia Civil, na pessoa do Delegado. Ele coordena os principais pontos e a coleta de provas para instruir uma denúncia crime. "A autoridade Policial pode expedir ofícios, ouvir testemunhas, interrogar o acusado. Quando deseja realizar uma busca e apreensão ou prender alguém que não esteja em flagrante, requer ao juiz competente com o parecer do Ministério Público, que também pode pedir diligências. Tanto o Ministério Público como o Delegado trabalham juntos, para os leigos, as funções muitas vezes se confundem. No caso da Deputada Flordelis o inquérito investigatório já terminou, agora está com o Promotor de Justiça decidir pela denúncia ou não" explica Marcelo Campelo, Advogado especialista em direito empresarial.

Foram decretadas prisões preventivas, pois deveriam haver indícios de fuga, coação de testemunhas ou destruição de provas. Provavelmente, diante do poder dos envolvidos e da possibilidade de influenciar as testemunhas, a Justiça decidiu por decretar a preventiva, que não tem limite nem data para finalizar. Mas existe uma regra processual que o processo criminal que possua réu preso deve findar em seis meses. Terminar significa uma sentença de primeiro grau. Nesse caso, como se trata de crime contra à vida, não será possível ter o julgamento pelo tribunal do júri em seis meses, mas a sentença de pronúncia, na qual um juiz decide acerca da existência de crime contra a vida, essa decisão deve ocorrer em seis meses sob pena de os réus serem liberados após esse prazo.

O que estranha a população é que a mandante, Deputada Flordelis, não foi presa, mas por que? "Explico, porque ela possui foro privilegiado e só pode ser presa em flagrante delito ou com autorização do Supremo Tribunal Federal. O Brasil é o país em que mais autoridades possuem foro privilegiado, o que significa que possuem benesse em ser julgados por cortes superiores e responder à processos de outra forma, como, por exemplo, a Deputada Flordelis não é obrigada a se dirigir à autoridade para depor, ela pode marcar hora. Um país é medido em sua evolução democrática pelo número de autoridades com foro privilegiado" comenta.

Neste momento do processo, o Ministério Público denunciará os acusado pela prática do homicídio qualificado, provavelmente motivo torpe, de forma a não propiciar a defesa da vítima, uso de confiança, assim as penas podem ultrapassar os trinta anos.

Com o recebimento da denúncia pelo magistrado, os réus são citados e devem apresentar defesa  em 10 dias, através da qual é oportunizado todos os meios de prova, testemunhal, documental e pericial para demonstrar que não ocorreu homicídio e que o acusado não teve participação. Neste momento, se o réu apresentar uma excludente da ilicitude, por exemplo a legítima defesa, o réu pode absolvê-lo sumariamente. "Neste caso acredito ser inaplicável a tese, mas as defesas, com certeza, serão criativas e veremos o duelo de bons advogados com promotores destemíveis" expõe.

Finalizada esta fase, o juiz profere a sentença de pronúncia, que precisa ocorrer antes dos seis meses para que os réus não sejam liberados. Caso o réu não concorde com a decisão do magistrado ele pode recorrer ao Tribunal de Justiça respectivo, que no caso da Deputada Flordelis será o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Caso, por mais uma vez o réu não concorde com a decisão do Tribunal de Justiça do Estado, poderá ingressar no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal.

Em razão desse longo trâmite processual que os processos contra levam 10 anos para serem julgado pelo tribunal do júri. Assim como ocorreu com o caso do Deputado Carli Filho no Estado do Paraná, quando o julgamento perante o Tribunal do Júri só ocorreu nove anos após a denúncia.

Pronto para o julgamento no júri, a data é marcada, os jurados escolhidos, os debates realizado e o membros da sociedade decidem se o réu é culpado ou não e, se existem qualificadoras. Porém quem determina a penalidade em anos de cárcere e qual o regime inicial de cumprimento é o juiz.

"Por isso, posso afirmar com segurança que esse processo será batido e debatido muito em nossa imprensa, pois com a quantidade de réus,  advogados e promotores, o debate será longo" finaliza Dr Marcelo. 

 




Dr. Marcelo Campelo - Advogado especialista em direito empresarial

www.marcelocampelo.adv.br

Rua. Francisco Rocha, 62, Cj 1903, Batel, Curitiba.


Jornalista faz pedido de socorro!

Com tanta notícia boa brotando pelos quatro cantos do Brasil o jornalista se vê diariamente tendo que noticiar mortes e mais mortes...


Redações estagnadas nos noticiários do Covid, salários sendo reduzidos, amigos de profissão sendo demitidos ou eu que já fui também, o velho jornalismo que antes me fazia ficar apaixonado pela minha profissão de repórter, de escritor, de apresentador ficou resumido a testemunhar o sepultamento em vida de meus amigos e de toda população.

Já não sei mais o que fazer com tanta pauta maravilhosa que serviria de detox para qualquer leitor, mas só temos a permissão de noticiar o obituário, de dizer use máscara, passe álcool e fique isolado.

Se isso não está te deprimindo e te enlouquecendo é porque vc já está com depressão e ou louco de fato l

Eu sinto falta de uma matéria sobre novas flores descobertas, sobre um pedaço do paraíso que você ainda não conhece e que está promovendo uma festa, da semana do abraço na avenida central da sua cidade, nossa em pensar que já vi isso tantas vezes e fugia desse abraço por achar essa campanha ridícula!, dos cachorros da moda, da noiva que fugiu do altar de moto, da criança que fez a pipa mais genial, do homem que andou do Alaska a terra do fogo para promover a paz...

Eu sou jornalista, não, eu estou jornalista, sou antes de mais nada um ser humano como você, já reduziram meu salário e estou prestes a perder meu emprego, voltei a fumar e bebo muito mais que antes, não sei mais nem como olhar para minha família, os remédios da farmácia aumentaram o preço e o número de caixas aqui em casa, antes uns calmantes  de parente já resolviam meus problemas de insônia, hoje nem me fazem piscar... assim relato o que um paciente jornalista descreve quando fiz a Simples pergunta; como você está? E aí, você sabe responder  essa pergunta a você, “ Quem mexeu na minha deprê !

Está claro que o corona vai além do número de óbitos, máscaras, álcool, isolamento... ele está fritando o humor de quem nos dá notícia em primeira mão!

 



  Davi Urias Vidigal - Psiquiatra:, que em outubro lança seu livro, Quem mexeu na minha deprê?


O início da democratização de acesso ao crédito

A pandemia de covid-19 derrubou a renda de muitas famílias brasileiras, com os índices de inadimplência registrados pela Serasa batendo recorde em abril, com 65,9 milhões de pessoas na lista de devedores e a taxa de desemprego atingindo 13,1% no mês de julho (IBGE). Mesmo expressivo, o tsunami que o novo coronavírus causou em diversos negócios e orçamentos familiares não pode ser considerado o único motivo da inadimplência no país.

Isso porque, ainda de acordo com a Serasa, 4 de cada 10 adultos estão com contas em atraso e o montante deste grupo já estava na casa dos 60 milhões há um bom tempo. Isso mostra que o problema, embora agravado pela crise econômica, já existia e o que percebemos no dia a dia é que a falta educação financeira tem um peso grande nessa conta. E aí entramos em um ponto fundamental nos dias de hoje: o não pagamento de contas pode não somente acarretar no não recebimento de um serviço - como é o caso do fornecimento de luz e telefone - mas também abaixa o score do consumidor, que passa a ter, agora, as suas contas domésticas incluídas no Cadastro Positivo.

Por conta disso é que o citado histórico de comportamento de crédito, cuja lei de autorização foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro em abril de 2019, representa uma boa notícia para o cidadão, que pode ter maior disponibilidade de crédito no mercado, além de juros mais atraentes, partindo-se do pressuposto de que as instituições financeiras conseguem conhecê-lo melhor. As pessoas são diferentes e, como tal, pagam contas de forma diferente. Parece óbvio, mas até pouco tempo atrás essa ideia não era colocada em prática. Deixar de pagar uma conta de celular por esquecimento é diferente de se enrolar no cartão de crédito por negligência financeira, por exemplo. Dívidas não são iguais e as motivações que as antecedem também não. 

Com a recente inclusão das telefonias no Cadastro Positivo e a eminente adição das contas de luz, água e gás, muitos consumidores sem acesso a empréstimos poderão se beneficiar, especialmente os desbancarizados, que não buscam o serviço nas instituições tradicionais. A tendência é que o Cadastro ajude a mudar o comportamento das famílias, ao fazer com que a quitação das contas domésticas ganhe ainda mais importância, evitando, ao menos, parte da atual taxa de inadimplência mencionada.

No entanto, cabe dizer que a democratização do acesso ao crédito precisa ser colocada ainda mais em prática. Avançamos no tema, mas ainda são quatro as empresas que controlam as informações em questão no Brasil, o que dificulta o dia a dia, especialmente, das fintechs que precisam pagar pela consulta ao Cadastro Positivo e, muitas vezes, descobrir que o cliente em questão não pode de fato tornar-se um cliente porque tem dívidas em atraso. Ou seja, é importante acompanharmos a evolução deste modelo no Brasil e vermos se ele conseguirá atender aos que se afogaram nas ondas da crise.

 



Fernando Iodice - cofundador da fintech iq e vice-presidente do grupo Red Ventures no Brasil


Quer evoluir na carreira? Seja generoso

 Um novo estudo descobriu que o egoísmo não é o caminho para o sucesso; especialista ensina 5 dicas para melhorar os relacionamentos no trabalho

 

Que tipo de profissional você é? Para quem ainda não parou para pensar sobre isso, existe um modo simples de começar. Basta responder a uma pergunta: ao notar que um colega precisa de auxílio para concluir uma tarefa muito importante, você oferece ajuda ou simplesmente fecha os olhos e finge que nada está acontecendo? 

Se a sua atitude diante dessa situação é ser colaborativo e generoso, saiba que você tem mais chances de evoluir na carreira. Isso é que revela uma recente pesquisa realizada pela Universidade de Berkeley, na Califórnia. O estudo chegou à seguinte conclusão: ser egoísta não leva você ao topo.

 

Entenda como o levantamento foi desenvolvido 

Primeiro, os estudiosos pediram para que um grupo de estudantes da faculdade e pós-graduação preenchessem avaliações de personalidade. Em seguida, os pesquisadores acompanharam essas pessoas por mais de uma década, verificando sobre suas posições nas hierarquias das empresas em que atuavam. 

Aqueles que pontuaram alto em características desagradáveis - personalidades egoístas, combativas e manipuladoras - tinham alcançado menos cargos de liderança do que aqueles que eram generosos, confiáveis e geralmente bons. Ou seja, descobriram que os extrovertidos eram os mais propensos a ter avançado na carreira, com base em sua sociabilidade, energia e assertividade.

Isso não quer dizer que quem é egoísta não alcança posições de poder. Significa que não chega mais rápido do que os outros. Além disso, simpatia é uma qualificação importante para quem exerce a liderança, pois a pesquisa deixa claro: pessoas agradáveis em cargos de gestão produzem melhores resultados.

 

Aprenda a estreitar os relacionamentos no emprego

De acordo com Flora Victoria, as interações mais frequentes na vida dos adultos em idade profissionalmente produtiva são em seus locais de trabalho. “Passar em média oito horas diárias convivendo com pessoas cuja bagagem emocional e cultural é totalmente diversa pode funcionar como um gatilho para os mais variados relacionamentos profissionais e pessoais. O simples fato de dividir o mesmo ambiente com alguém faz com que afinidades surjam”, explica a mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia. 

Segundo a especialista, conexões positivas no trabalho, marcadas pelo respeito, pela amabilidade e pela vitalidade já foram associadas a um foco mais elevado e, até mesmo, à diminuição de erros e de acidentes. “Tudo isso pode ser fomentado por meio de uma cultura organizacional permeada por estratégias de desenvolvimento da gratidão e da bondade”, afirma ela. 

Flora Victoria, que também é Embaixadora da Felicidade no Brasil pela World Happiness Summit, ensina 5 dicas que todo bom profissional deve praticar:

 

1) Elogie: ao se deparar com uma boa atitude de um colega da sua equipe ou de um time diferente que você tem contato, não se acanhe: faça um elogio sincero a ele pelo feito. Reconhecer o sucesso do próximo é um excelente estímulo para novas conquistas coletivas.

 

2) Seja gentil: para começar, passe a perguntar com mais frequência se as pessoas ao seu redor precisam de ajuda. Isso é proatividade. Já ser gentil é contribuir para que o ambiente esteja leve e agradável, sempre com respeito às diferenças. E, quando puder, compartilhe os seus conhecimentos.

 

3) Mostre gratidão: demonstrar ser grato por certo gesto que alguém fez por você é um dos pontos-chave para se aproximar das pessoas. Afinal, quem tem gratidão dá a devida importância ao outros. Ao agradecer, valorize ainda mais a sua ação: estabeleça um contato visual e mostre que você está contente.

 

4) Exercite a escuta ativa: aprender a ouvir a opinião alheia é uma excelente atitude para quem trabalha em equipe. Mesmo que você possua um ponto de vista diferente, defenda que todos tenham o seu lugar de fala, sem julgamentos prévios. Escutar também permite que líderes tomem decisões mais acertadas.

 

5) aposte em respostas ativo-construtivas: quando alguém contar uma boa notícia, reaja com animação e entusiasmo. Isso faz com que a pessoa se sinta acolhida e admirada. Quanto mais vivacidade, maior será a tendência desse laço social se fortalecer e perdurar, por conta do feedback positivo.

Flora ainda ressalta: mesmo quem está trabalhando remotamente, ou seja, em home office, pode incorporar essas atitudes. “Seja na troca de e-mails, nas reuniões virtuais ou nas conversas em grupos da equipe pelo WhatsApp, sempre há a oportunidade de nos conectarmos com aqueles que queremos bem”, finaliza.


Como reorganizar seu negócio na retomada pós crise

Passamos nos últimos meses por todas as dificuldades e incertezas, vendo as empresas ou os negócios ruírem ou entrarem em colapso de uma hora para outra. Tudo que você trabalhou por anos, sendo dissolvido e seus sonhos e patrimônio deixando de existir.

Além da sequela financeira, fica o dano emocional, por “perder” de uma hora para outra, algo que você lutou tanto para conseguir. Antes de mais nada, é importante separar todas as coisas.

Sabemos o quanto é difícil dissociar a emoção da razão e neste caso, no campo profissional, é importante contratar um profissional para uma consultoria pontual, porque ele poderá de forma imparcial lhe orientar sobre qual a melhor forma de se reorganizar ou lhe indicar uma nova opção de projeto.

Quando direcionamos uma difícil decisão a um profissional capacitado, ele poderá de forma imparcial, entender suas fragilidades e lhe auxiliar a compor a retomada no mundo dos negócios. Se o emocional e a empresa estão em ruínas, direcione a alguém que possa lhe ajudar a recompor suas emoções e sua estrutura no mercado, porque normalmente quando estamos em crise não raciocinamos corretamente e o profissional lhe dará novas opções e fará as correções necessárias para sua retomada.

Para quem conseguiu manter sua empresa algumas dicas são importantes, tais como, entender como seu produto será consumido neste momento, seja em produtos ou serviços. Entender quem é o público que consome, o que eles gostam ou necessitam ajudará você a direcionar sua produção. Seja melhorando ou adaptando a matéria prima e até mesmo oferecendo a eles o que de fato necessitam, mas não sabem como encontrar.

            Contratar profissionais que entendam o conceito da empresa e os produtos oferecidos para o mercado, seja um funcionário ou dezenas, pode fazer toda a diferença. O auxílio de um profissional capacitado poderá aliviar a carga na seleção de pessoas por exemplo, que representem os interesses da empresa no mercado.

            A relação entre empresa e funcionários/colaboradores precisa ser humana. Entender as necessidades e compor a melhor solução entre as partes é absolutamente fundamental nesta nova fase empresarial que estamos iniciando.

            Selecionar com critérios os fornecedores para melhorar os custos de produção ou de serviços representa economia e eficiência logo ali adiante. Se for produto, verificar o que lhe resulta no melhor custo/benefício e no caso de serviços, o que poderá oferecer para seu cliente dentro de seu custo que possa fidelizar e manter o interesse em outros serviços prestados por sua empresa.

            Pensar em sustentabilidade interna, otimizando o aproveitamento de materiais na execução de seus produtos, pensando em uma forma de aproveitar as sobras e direcionar para um reaproveitamento de seus resíduos. Isto poderá vir a tornar-se uma outra fonte de renda para sua empresa e não direcionar os lucros para terceiros.

            Poder consultar um profissional que faça um levantamento de custo no planejamento de logística, orientando você a montar sua empresa em local que tenha uma lucratividade maior para a produção e escoamento de seus produtos, gerando maior lucratividade. Muitas empresas hoje estão mal localizadas e isto gera um custo alto para o escoamento e não possui visibilidade comercial adequada para seus clientes.

            Outra questão importante é como você se mostra para o mercado e seus clientes. Será que sua marca e seu conceito estão sendo compreendidos pelo seu público alvo? Estas e outras questões são importantes na retomada no mercado após a crise que enfrentamos.

            A concorrência aumentou muito com o mundo virtual, todos estão tendo a oportunidade de mostrar seus produtos e serviços e cabe a você apresentar seus produtos da forma certa para que seu público se identifique com você e seja seu seguidor por afinidade ou engajamento. 

             A palavra de ordem atualmente é SER FLEXÍVEL, ressignificando sua empresa, seu negócio, sua prestação de serviços. O mundo pede inovação, novidades e é necessário renovar, seja na forma de venda, nos produtos e como seus clientes veem você.

            Recomece sem medo, focado, direcionado e conquiste mais do que você teve antes da pandemia, aproveite para renovar e mostrar toda sua habilidade nesta nova fase virtual e online. Para quando a situação equalizar ter a oportunidade de construir novos formatos e maiores possibilidades em seu negócio e sua vida.

Rever seu negócio, olhar com outros olhos e sob uma nova perspectiva, ser mais flexível, muitas vezes auxilia você a descobrir que possui outras aptidões que por conta do excesso de trabalho não percebeu, ressaltando atrativos para o seu negócio atual, podendo ser trocado ou acrescentado como uma nova oportunidade

Neste caso, começar em outro formato com novas descobertas e oportunidades tem ocorrido bastante neste processo final de pandemia. Pessoas que encerraram suas atividades empresariais, mas que agora descobriram outras formas de fazer negócios tem sido um número bem expressivo no mercado.

Recomeçar é sempre inovador e estimulante, levar para este novo negócio suas experiências e garra fará de você com certeza um vencedor.

Consulte sempre alguém, para que possa acrescentar informações e orientar em nossa nova forma de linguagem e acesso ao seu público alvo.

Boa sorte a todos!

 



Conceiyção Montserrat  - CEO da Montserrat Consultoria, empresa especializada em gestão e desenvolvimento de negócios.


Levantamento aponta que empresários precisam de mais carência e juros baixos para obtenção de crédito

Segundo estudo inédito da FecomercioSP, 67,4% dos empreendedores afirmaram que seria preciso taxas de juros mais vantajosas e outros 27,2% consideraram essencial mais carência
 

A FecomercioSP segue monitorando as adversidades dos empresários durante a pandemia de covid-19, que continuam relatando as dificuldades recorrentes em manter seus negócios, mesmo com a flexibilização da quarentena, uma vez que a recuperação econômica tende a ser lenta e gradual.
 
Para compreender melhor a situação e o que esperar dos próximos meses, a Federação produziu um levantamento exclusivo com os empreendedores sobre os principais impedimentos que encontraram ao recorrer ao mercado na busca por crédito.
 
Com as informações de que as instituições financeiras estavam muito restritivas, exigindo grandes garantias, apenas 48% das empresas foram atrás de pedido de crédito durante a pandemia.
 
Metade dos entrevistados relataram que não tiveram necessidade de fazer empréstimo, 18% não tinham conhecimento de quais linhas estavam disponíveis para o seu negócio, 16% acharam que era muito burocrático e 12% já estavam negativados. Além disso, 67,4% afirmaram que seria preciso taxas de juros mais vantajosas e outros 27,2% consideraram essencial mais carência para iniciar os pagamentos das parcelas.
 
Os empresários também opinaram sobre a proporção da taxa de juros, que para 88% deveria ser de 5% a.a.; sendo que 42% dos entrevistados afirmaram terem conseguido esta taxa.
 
Sobre a carência para iniciar os pagamentos, 79,2% dos empreendedores gostariam de mais de seis meses e 33% conseguiram este prazo.
 
Dos 48% que buscaram recursos, 44% recorreram tanto às linhas emergenciais, quanto às tradicionais, 33% só procuraram as linhas emergenciais e 23% foram nas tradicionais mesmo. Contudo, apenas 18% conseguiram concretizar os empréstimos.  Dos que não tiveram as solicitações aprovadas, 25% afirmaram que foi por falta de garantia.
 
A maior parte dos empresários, 57,3% ainda precisam de recursos para capital de giro no momento; 36,1% possui dívidas com fornecedores e mais da metade, 53% avaliam que as taxas de juros atuais deveriam ser menores.
Outro ponto levantado foi a possibilidade de procurar por fintechs, no entanto, 54% afirmaram desconhecer a modalidade e 25% não consideraram a opção interessante.
 
Para a FecomercioSP, em meio a uma crise sem precedentes históricos no País, as empresas não terão condições de quitar suas dívidas no curto prazo. Assim, como o levantamento apontou, é preciso estender a carência para o início do pagamento da primeira parcela e aumentar os prazos. Além disso, será necessário que sejam oferecidos juros menores e empréstimos com menos restrições e pedidos de garantias.
 
Segundo a Federação, o maior endividamento das empresas ocorre com Fornecedores (36,1%) e Folha de Pagamentos (30,1%). Dessa forma, a falta de capital de giro influi diretamente na cadeia produtiva e no emprego. Sem crédito grande parte do empresariado não tem condições de manter suas operações.
 
De acordo com a Entidade, o acesso ao crédito é importante no processo de crescimento econômico e fundamental para alavancar a retomada.

 
Crédito para manter o emprego

Boa parte dos entrevistados, 30,1% afirmaram que precisam de recursos para folha de pagamento; sendo que 54% das empresas recorreram aos programas do governo que liberaram financiamentos para esta finalidade e 69% disseram que tiveram conhecimento desses incentivos para manter os empregos.


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