Com tanta notícia boa brotando pelos quatro cantos do Brasil o jornalista se vê diariamente tendo que noticiar mortes e mais mortes...
Redações
estagnadas nos noticiários do Covid, salários sendo reduzidos, amigos de
profissão sendo demitidos ou eu que já fui também, o velho jornalismo que antes
me fazia ficar apaixonado pela minha profissão de repórter, de escritor, de
apresentador ficou resumido a testemunhar o sepultamento em vida de meus amigos
e de toda população.
Já
não sei mais o que fazer com tanta pauta maravilhosa que serviria de detox para
qualquer leitor, mas só temos a permissão de noticiar o obituário, de dizer use
máscara, passe álcool e fique isolado.
Se
isso não está te deprimindo e te enlouquecendo é porque vc já está com
depressão e ou louco de fato l
Eu
sinto falta de uma matéria sobre novas flores descobertas, sobre um pedaço do
paraíso que você ainda não conhece e que está promovendo uma festa, da semana
do abraço na avenida central da sua cidade, nossa em pensar que já vi isso
tantas vezes e fugia desse abraço por achar essa campanha ridícula!, dos
cachorros da moda, da noiva que fugiu do altar de moto, da criança que fez a
pipa mais genial, do homem que andou do Alaska a terra do fogo para promover a
paz...
Eu
sou jornalista, não, eu estou jornalista, sou antes de mais nada um ser humano
como você, já reduziram meu salário e estou prestes a perder meu emprego,
voltei a fumar e bebo muito mais que antes, não sei mais nem como olhar para
minha família, os remédios da farmácia aumentaram o preço e o número de caixas
aqui em casa, antes uns calmantes de parente já resolviam meus problemas
de insônia, hoje nem me fazem piscar... assim relato o que um paciente
jornalista descreve quando fiz a Simples pergunta; como você está? E aí, você
sabe responder essa pergunta a você, “ Quem mexeu na minha deprê !
Está
claro que o corona vai além do número de óbitos, máscaras, álcool,
isolamento... ele está fritando o humor de quem nos dá notícia em primeira mão!
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