Pesquisar no Blog

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

O cuidado com a higienização dos pets no novo normal trazido pela pandemia

O novo normal estabelecido pela pandemia do coronavírus também influenciou o universo pet. A reabertura das praças e parques nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, deve levar os donos de amimais a tomarem cuidados extras quando forem passear com seus pets nestes locais. Para evitar que os animais tragam pragas, como pulgas e carrapatos para as residenciais, é preciso tomar medidas preventivas, como fazer vistoria no bicho antes do passeio e, no retorno, passar um pano com álcool no animal.

- Essa vistoria antes do passeio é importante, pois uma vez que identificamos a presença de pulgas ou carrapatos, devemos evitar de levar os animais para passearem em parques e praças, desta forma evitaremos possíveis processos de infestação nestas áreas. Na volta, basta passar um pano com álcool para eliminar qualquer tipo de possibilidade de contato com as pragas mais comuns - revela o vice-presidente da Aprag (Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas), Sérgio Bocalini.

Caso o animal volte para casa com alguma infestação, Bocalini aconselha o início imediato do tratamento com produtos específicos recomendados por veterinários. Segundo ele, estas pragas podem atingir humanos e trazer danos à saúde das pessoas.

- Adotar tratamentos preventivos, com o uso de produtos veterinários adequados, é outra ação importante para evitar que animais transportem esses ectoparasitas para dentro de qualquer ambiente.

No caso de uma infestação de pulgas ou carrapatos, o ideal é que se faça uma desinsetização com produtos adequados para evitar um risco de intoxicação dos animais e pessoas. Ressaltando que serviços de controle de pragas urbanas só podem ser realizados por empresas constituídas para tal, que contem com autorização da Anvisa.

O vice-presidente da Aprag ainda destaca que local da casa em que o animal é preparado na volta ser constantemente higienizado.

- A higienização dos locais que os pets utilizam, principalmente onde dormem, é importante e deve ser feita pelo menos uma vez ao dia - ressalta.

  

Com aumento do número de adoções, médico-veterinário alerta sobre os principais cuidados com os felinos

Assim como os cães, esses animaizinhos precisam de atenção quanto ao uso de antiparasitários, alimentação, higiene, lazer e acessórios de identificação e transporte

 

Os gatos, que por muito tempo foram vistos como bichos ariscos, muito independentes, e até mesmo perigosos, hoje ganham um espaço maior na casa dos brasileiros. Segundo o levantamento do Google Trends (por meio das pesquisas online), em junho, as pessoas se interessaram por adotá-los 33% a mais em comparação com o mesmo período do ano passado. No entanto, o que pouca gente sabe, é que os felinos precisam de cuidados muito parecidos com os dos cães. Então, se você adotou ou está pensando em ter um bichinho de estimação, fica ligado nas dicas do Marcio Barboza, médico-veterinário e gerente técnico pet da MSD Saúde Animal.

Para o especialista, no isolamento social, as pessoas podem se sentir mais sozinhas ou ganharem tempo para fazer algo que antes não conseguiam, como cuidar de um pet. "É claro que o animal vai trazer inúmeras vantagens para a família, mas é preciso lembrar que a sua chegada traz grandes responsabilidades, como investimentos e cuidados. Os felinos também precisam de atenção à saúde, diversão, alimentação, higiene e carinho", alerta.

 

Cuidados com a saúde


Assim como todos os bichos, os gatinhos também precisam de visitas de rotina ao médico-veterinário para avaliação da saúde e orientação sobre prevenção de doenças dentre outras. Além disso, esses pets também estão suscetíveis a ectoparasitas, principalmente pulgas, por isso, é muito importante que o animal utilize bons ectoparasiticidas.

Ao contrário do que muita gente pensa, apesar do gato ser mais caseiro, ele também corre o risco de ser infestado por pulgas. Justamente porque esses parasitas, que podem transmitir doenças não só para os gatos, mas para nós, não são adquiridos apenas fora de casa, podendo, inclusive, ser trazidos do ambiente externo pelo próprio tutor. "Por isso, é muito importante que o dono do animal utilize um produto de fácil aplicação, longa eficácia e duração. As pulgas se proliferam no ambiente, com isso, o uso de um produto com estas características limpará o ambiente e protegerá o gatinho e toda a sua família", explica Marcio Barboza.



Acessórios para segurança e transporte


Ao adquirir o pet, é preciso adquirir também coleira, placa de identificação e caixa para transporte. Sabemos que os felinos são mais ligeiros e, por isso, é necessário colocar informações sobre a sua residência na coleira, assim como apostar em equipamentos adequados para fazer um deslocamento seguro, por exemplo, para a clínica veterinária.



Higiene


Os gatos são animais limpos e já realizam sua limpeza com a própria língua, não necessitando de uma frequência exagerada de banhos. No entanto, a higiene maior é requerida em sua caixa de areia. Ao contrário dos cães, o gato não precisa ser ensinado onde irá fazer cocô e xixi, pois o hábito é instintivo.
"Esses bichinhos são super exigentes com o local onde fazem suas necessidades, por isso, é muito importante sempre mantê-los limpos. Os donos de primeira viagem vão precisar de uma caixa, areia e uma pá de limpeza. A troca pode ser realizada uma vez por semana", explica o médico-veterinário.



Diversão


Sim, gatos brincam e, mais do que isso, precisam de espaço para arranhar e lixar as suas unhas. Então, para evitar que o bichano afie suas garras nos móveis e cortinas pela casa, os arranhadores são um dos melhores brinquedos para distração. O mercado disponibiliza esse produto em todos os tamanhos e preços.
Alimentação

Água fresca e nada de leite. Os felinos não devem ser alimentados com leite, já que, para alguns deles, isso pode causar diarreia. A melhor opção é oferecer rações especificas. E, como todos nós, os gatinhos precisam de água sempre fresca à disposição.



Não ao abandono


Além de todos esses cuidados, Marcio Barboza deixa um recado especial. "É preciso pensar no animal depois que a quarentena passar, pois o abandono é uma grande preocupação. Quando tudo voltar ao normal, o gato continuará na família e, por isso, é essencial que a pessoa analise se continuará com condições de manter e cuidar do bichinho", reforça.


Queda de cabelo: saiba quando o caso é para tratamento médico

 Médico e tricologia aponta o que é preciso para ter sucesso no tratamento para queda capilar

 

Independente das causas da queda de cabelo, se ver perdendo os fios que caem da raiz, com o volume diminuindo a cada dia, é uma desagradável constatação para muita gente e, quase sempre, uma surpresa quando acontece lenta e gradativamente. A luz de alerta se acende quando o problema persiste, mesmo quando quem passa por isso resolve investir em vários produtos cosméticos em busca de uma solução rápida e não consegue o resultado esperado.

O mercado de beleza e cuidados pessoais brasileiro é o quarto maior do mundo (Euromonitor, 2018), e sempre ocupa posições privilegiadas em diversas pesquisas desses segmentos. Produtos capilares compõe uma boa fatia desse mercado com variedade considerável de opções que prometem eliminar a queda de cabelos com cosméticos para usar em casa. Mas seria simples assim tratar um problema que faz o fio de cabelo cair por completo? E quando é necessário procurar um médico especialista?

Quem esclarece essas dúvidas é o médico e tricologista Ademir Junior.

As causas para queda de cabelo podem ser externas e internas, em ambos, investigar adequadamente é o que garante direcionamento para tratamentos eficazes. O que o tricologista ressalta é que seja levado em consideração a individualidade do paciente na avaliação, pois, “se houver um equilíbrio entre a perda e a reposição naturais dos fios, dentro de uma quantidade aceitável, é considerado normal. Embora não haja um número exato para isso [queda], sobretudo de pessoa para pessoa”.

Existe uma farta gama de informações disponíveis para o público elencando as principais causas para queda de cabelos. No tratamento delas, independente da origem, acaba sendo considerado apenas a interrupção da queda como a solução. O que defendo é que o paciente conquiste a retomada de crescimento dada como normal para sua individualidade e, com essa abordagem, tenha a interrupção da perda como consequência”, explica Dr Ademir.

O profissional, que é presidente da Academia Brasileira de Tricologia e leciona sobre o tema a 15 anos, ressalta ainda que a quantidade de abordagens disponíveis para tratar é vasta, mas pouco explorada, o que acaba prejudicando a percepção do paciente sobre eficácia de tratamentos médicos nessa área. "Os pacientes se justificam no fato de que "já tentaram de tudo", quando ouço essa frase e pergunto o que ele chama de "tudo", normalmente não foram utilizados 10% das possibilidades de tratamento que poderiam ajudá-los.

Quanto a procurar ou não um médico quando a queda de cabelo fica evidente, Dr Ademir salienta que um diagnóstico correto da causa é fator fundamental para contextualizar o tratamento junto ao paciente, e que isso faz parte da competência médica. Em sua longa carreira tratando queda, o profissional acredita que a soma de ansiedade, imediatismo e desespero deixa o paciente vulnerável para interferências que em nada colaboram podendo, inclusive, prejudicar o tratamento. “Os que se desesperam e acabam inserindo em seus tratamentos vitaminas, suplementos, lasers que compraram após terem visto comerciais de TV, entre tantas outras intervenções que não foram orientadas pelo profissional, acabam ficando ainda mais ansiosos, pois, independente do que façam, cada queda de cabelo tem seu tempo para melhorar”, conclui.

 




Dr. Ademir C. Leite Jr. (CRM 92.693) - médico tricologista e diretor da Academia Brasileira de Tricologia. É certificado como Tricologista pela Internacional Association of Trichologists (IAT). Membro e diretor da IAT. Membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, e da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e da Associação Paulista de Medicina Psicossomática. Professor do curso de Pós-Graduação da Universidade Anhembi Morumbi e Faculdades Oswaldo Cruz – SP/SP. Autor dos Livros: “Como Vencer a Queda Capilar”, publicado em 2012 pela CAECI Editorial, “Socorro, Estou ficando careca”, publicado pela Editora MG em 2005, “Tem alguma coisa errada comigo – Como entender, diagnosticar e tratar a Síndrome dos ovários Policísticos”, publicado pela Editora MG em 2004 e “É outono para meus cabelos – Histórias de mulheres que enfrentam a queda capilar” – Editado pela Editora Summus.

 

Nutricionista aponta cinco falsos alimentos saudáveis que estão sabotando sua dieta

 

Ao tentar equilibrar a alimentação em busca da perda de peso, muitas pessoas acabam caindo na armadilha dos falsos saudáveis. Isso porque, muitos alimentos que parecem inofensivos, são ricos em gorduras ou substâncias químicas que aumentam a ingestão calórica e acabam dificultando o processo de emagrecimento. 

 

A nutricionista Gabi Lodewijks, aponta que muitos deles são os produtos anunciados como light ou diet. “Uma boa dica é sempre olhar o rótulo. Essas nomenclaturas quase sempre são as responsáveis por gerar essa confusão. Nos refrigerantes Lights, por exemplo, há grande teor de sódio. Já no chocolate diet, a quantidade de gordura é bem maior”, alerta.  

 

Ainda que os falsos saudáveis existam, a nutricionista aponta que não é preciso apontá-los como vilões, podendo ser encaixados em uma dieta ou reeducação alimentar de acordo com o objetivo.  “É a quantidade de consumo desses alimentos que vai ditar se eles vão atrapalhar ou não a perda de peso. O problema é que, ao pensar que são saudáveis, as pessoas tendem a consumi-los sem restrições”, alerta.  


Confira os cinco alimentos que não são tão saudáveis quanto parecem: 


 

Gelatina 


Apesar de parecer uma alimentação leve, a gelatina não deixa de ser um alimento processado, que possui conservantes, corantes e açúcares em sua composição. Em crianças, o consumo exacerbado pode levar ao desenvolvimento de problemas gástricos e até alergia.

  

 

Barra de cereais 

 

 

Um dos lanches “fitness” mais rápidos adotados, não é tão nutricional assim. Esse snack, pode esconder gorduras e açúcares na composição, em especial os com cobertura de chocolate.  Na hora de comprar, a nutricionista aponta que é preciso ter atenção ao rótulo. Cereais e oleaginosas devem ser os primeiros da lista. Para verificar os açúcares procure por nomes como xarope de glicose, glucose de milho, açúcar invertido ou maltodextrina. “Optar por um mix de frutas secas pode ser uma saída melhor para o lanchinho da tarde”, recomenda.  

 


 

Granola 

 

 

Caso o cliente não preste atenção em qual granola está comprando, pode cair em uma pegadinha e consumir mais açúcar do que gostaria. “Compre versões sem compostos cristalizados, além disso, a granola de boa procedência possui grãos e sementes em maior quantidade”, recomenda Gabi. 

 


 

Pao integral  

 

 

Por não haver legislação que regule quando de fato um alimento é integral ou não, muitos pães ditos integrais vêm com farinha branca em maior quantidade. “Quando for comprar, a farinha integral deve ser a primeira da lista, o que significa que é o ingrediente em maior quantidade no produto”.  


 

 

Peito de peru 

 

 

Mesmo pouco calórico quando em comparação com demais carnes, o peito de peru não deixa de ser um alimento embutido e, portanto, rico em sódio, corantes e conservantes.  Duas fatias médias podem conter até 500 mg de sódio, 1/4 do valor diário recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 

 



Fotos: Divulgação / MF Press Global


Fabiano de Abreu


Confira como funciona o rejuvenescimento facial via eletrofulguração

A solução não cirúrgica para flacidez e linhas de expressão

O processo de eletrofulguração é caracterizado pela substituição do teci

do flácido por uma pele renovada, por meio de um aparelho de eletrocautério, o qual consiste em gerar um processo inflamatório local, dessa forma existe a formação de novas proteínas na região, como colágeno e elastina. 

 

Esse procedimento pode ser realizado nas pálpebras e nas bolsas embaixo dos olhos, em linhas de expressão como pés de galinha, bigode chinês,  códigos de barra, cicatrizes de acne e também em manchas senis (comuns em mãos). O tratamento possui diversos benefícios como, o rejuvenescimento facial e melhoria da expressão e da visão, pois atua na redução da sensação de peso e do cansaço nas pálpebras.

E para quem talvez esteja apreensivo com a questão da corrente elétrica do aparelho de eletrocautério, a Dra Thais Sydulovicz, Sócia Proprietária da Clínica Topfit, tranquiliza, “Antes de se iniciar o tratamento é aplicado o anestésico tópico, e feita a marcação do local a ser tratado, assim como a devida assepsia, que evita qualquer tipo de contaminação no local. O aparelho utilizado não chega nem a encostar na pele do paciente, apenas chega perto”.

A eletrofulguração pode ser feita tanto em mulheres quanto em homens, a sessão é rápida e prática, levando cerca de 30 a 40 minutos. Ao final do processo também se é utilizado o laser de baixa potência (LED), que ajuda na recuperação tecidual, diminuindo o edema que pode surgir após o procedimento.

Após a realização do tratamento, o paciente pode continuar suas atividades diárias normalmente, tendo apenas o maior cuidado nas primeiras 72 horas em aplicar o protetor solar e evitar os raios solares.

Normalmente, apenas quatro sessões do tratamento são suficientes, “A melhora facial e os resultados almejados já são atingidos desde a primeira sessão, mas é importante que o paciente analise a região afetada e não pare o tratamento subitamente”, apresenta a Dra Maikiara Nascimento, Fisioterapeuta Dermatofuncional.

Observa-se que a área tratada fica vermelha nos dois primeiros dias da aplicação, e então após o terceiro dia forma-se uma crosta que cai, como se fosse uma ferida normal, após esse processo que dura em torno de cinco dias, a pele se mostra renovada e retraída, e assim sem a flacidez inicial.

 



Clínica Top Fit.

Dra Thais Sydulovicz - Sócia Proprietária 

Dra Maikiara Nascimento 
Contato: (41) 9 9723-2585

Avenida Sete de Setembro 4682, sala 1105.
Instagram: maikiara.dermatofuncional
E-mail: mai_kiara@hotmail.com
E-mail: thasydulovicz@gmail.com

  

Máscaras x exercícios: como treinar de forma segura e confortável

Com a retomada gradativa da prática de atividades físicas fora de casa, os cuidados com a higienização dos materiais devem ser redobrados neste momento e o uso das máscaras é imprescindível. O profissional de educação física e gerente operacional da AYO Fitness Club, Júlio César, é comum ouvir pessoas apontando desconforto com a utilização das máscaras durante a prática de exercícios - com dúvidas em relação a inalação de dióxido de carbono. No entanto, segundo ele, pesquisas apontam que a utilização de máscaras em diversas intensidades em exercício aeróbico não ocasiona malefícios aos voluntários, mas alguns cuidados podem reduzir o desconforto.  

“Uma sugestão para a melhora no conforto para utilização de máscaras é fazer a respiração mais profunda durante a prática de exercícios. Outra sugestão é utilizar que máscaras que utilizam tecido que umidifica menos, com tecido hidrofóbico”, destaca Júlio César, profissional de educação física e gerente operacional da AYO Fitness Club. 

Segundo ele, é importante evitar máscaras completamente feitas de algodão, pois estas esquentam e propiciam uma ventilação reduzida. “A prática de exercícios reduz em 35% o risco de desenvolvimento de doenças crônicas e em 30% as mortes por todas as causas. Pratique exercícios físicos e utiliza sua máscara”, finaliza.


Transição capilar na quarentena: famosas evitam química e aderem ao cabelo natural

Especialista aponta tecnologias que podem ser aliadas durante essa transformação 

 

 

Recentemente, a atriz Bruna Marquezine e a apresentadora Maísa, foram destaques nas redes sociais ao compartilharem fotos em seus perfis assumindo os cachos. As famosas que estão passando pelo processo de transição capilar, deixaram de utilizar algum tipo de química no cabelo, como o alisamento contínuo, para aderir aos fios naturais. Com os salões de beleza fechados, muitas pessoas optaram por abrir mão dos procedimentos químicos devido à impossibilidade de manutenção.

 

As atrizes Juliana Paes e Laryssa Ayres também estão aderindo a transição. É possível acompanhar por meio das redes sociais delas que, muitas mulheres que estão passando pelo mesmo processo, sentem dificuldade e buscam dicas e orientações para realizar o procedimento. Além disso, os cuidados com o cabelo alisado são muito diferentes dos cuidados com o cabelo cacheado e crespo, por exemplo.

 

A transição capilar ganhou ainda mais espaço entre as mulheres que buscam também liberdade e empoderamento. Porém, esse processo pode ser demorado, impactando diretamente na autoestima, já que todo o processo pode durar mais de um ano e depende muito do crescimento do cabelo, que equivale a aproximadamente 1 cm por mês. Esse procedimento permite que os fios cresçam de forma mais saudável, já que na transição capilar é necessário evitar ao máximo o uso de ferramentas de calor nos cabelos que, além de danificar e ressecar os fios, também desestimulam a formação natural dos cachos e enfraquecem os fios.

 

Tecnologia pode ajudar durante a transição capilar


Segundo levantamento do Google, as buscas sobre transição capilar começaram a ser relevantes em 2013 e, de lá para cá, cresceram 2.300%. De acordo com Aline Caniçais - especialista dermatofuncional da HTM Eletrônica - fabricante de equipamentos estéticos - para ajudar na manutenção dos fios desde o couro cabeludo e garantir um tecido saudável, é possível usar a tecnologia como aliada, colaborando ainda mais para esse processo de transformação do cabelo liso para o natural. 

“Já existe no mercado diversas tecnologias - muitas nacionais - que ajudam no crescimento saudável dos cabelos, além de combater outros grandes incômodos das pessoas, como a queda capilar excessiva e a alopécia. A fototerapia com LED/Laser Vermelho, por exemplo,  já é bastante conhecida pelo excelente resultado. O tratamento promove um aumento da circulação local, aumento do metabolismo folicular, com reativação do crescimento, bem como, volume e qualidade capilar. Além disso, com equipamentos de alta tecnologia é possível combinar vários recursos que são exclusivos na terapia capilar”, conclui. 

Entre as terapias mais comuns para colaborar com a saúde capilar estão as tecnologias com laser, led, vapor de ozônio, entre outros. Além disso, tratamentos com recursos como fotobiomodulação, alta frequência e vacuoterapia também podem ajudar na manutenção dos fios e saúde do couro cabeludo.


Com o desejo de rejuvenescer, os bioestimuladores de colágeno se tornam uma febre entre o público

 

A especialista em harmonização facial, Doutora Carolina Sattler, explica os efeitos dos bioestimuladores na pele para um rejuvenescimento mais saudável e natural

 

Atualmente, o Brasil se encontra como o terceiro país com maior número de interessados em beleza e estética, perdendo apenas para Estados Unidos e China. Esses dados comprovam que já aparenta ser explícito: as pessoas estão cada vez mais preocupadas com cuidados pessoais, principalmente em relação aos cuidados da face. Melhorias no aspecto e textura da pele, aumento do viço e firmeza se tornaram desejos recorrentes entre o público.


Com a crescente procura por produtos e procedimentos, surgiu uma resposta: os bioestimuladores de colágeno, que estimulam a produção de colágeno e promovem rejuvenescimento do tecido e da estrutura de forma mais saudável e natural. De acordo com Doutora Carolina Sattler, especialista em harmonização facial, os mais conhecidos são: fios de PDO (polidioxanona), Sculptra (ácido polilático), Ellansé (carboximetilcelulose) e Radiesse (hidroxiapatita de cálcio). Apesar de todos estimularem colágeno, cada um deles possuí suas particularidades.


Ela atribui o sucesso desses materiais à necessidade de alternativas ao ácido hialurônico. “Artigos clássicos mostram que a quantidade máxima de ácido hialurônico que pode ser utilizado dentro do período de um ano é de 20mL, mas alguns profissionais chegavam a usar quase 60mL. Por essa razão, e também pelo entendimento dos pacientes quem vêm crescendo de acordo com o interesse no assunto, os bioestimuladores de colágeno têm se mostrado uma ótima alternativa, por retardarem o envelhecimento e diminuírem, assim, a quantidade de ácido hialurônico utilizado", pontua a especialista.


Os bioestimuladores são substâncias injetáveis, que impulsionam a produção de um novo colágeno na face, com uma ação inflamatória – essa ação estimula a síntese dos fibroblastos (células responsáveis pela produção de colágeno), que se ativam e realizam a neocolagênese, fortalecendo, sustentando e dando-lhe mais firmeza após ser distribuído em pontos estratégicos.


Por não ser uma técnica cirúrgica, o repouso não é obrigatório, mas é recomendado evitar exercício físico por até 48h após a realização do procedimento, podendo variar de acordo com a quantidade de produto injetada. Além do mais, a especialista Dra. Carolina Sattler salienta que nem todo organismo funciona da mesma maneira. “Cada procedimento tem suas particularidades como todos nós, e é justamente por isso que é necessária uma avaliação prévia, para que o paciente e o profissional, juntos, cheguem a melhor opção de tratamento, mas sempre levando em consideração as vontades/queixas e particularidades de cada um.” E, por isso, é importante ressaltar que o resultado depende de idade, estilo de vida, índice de exposição solar, investimento, home care, entre outros.
 
Em relação às diferenciações entre os quatro, o Sculptra é reconhecido por prevenir a flacidez, promovendo volume perdido e realçando o contorno do rosto. Ele é conhecido por suavizar as marcas e linhas profundas. O produto, diferentemente das outras opções, pode ser também aplicado nos braços, abdômen, glúteos e coxas por profissionais habilitados.

Já Radiesse e Ellansé, destacam-se, principalmente, por estarem dentro da categoria de preenchedores. Além disso, são responsáveis por estimularem a produção de colágeno, fornecendo elasticidade e firmeza à pele, com preenchimento nas bochechas, mandíbula, queixo, têmporas. O Radiesse também pode ser aplicado de maneira diluída em toda face e pescoço e, para essa aplicação, será feita a neocolagênese sem o efeito preenchedor.
E, por fim, a novidade: os fios de PDO, responsáveis por promoverem leve lifting e grande estímulo de colágeno de longa duração na face, aprimorando a sustentação dos tecidos, prevenindo o aparecimento de rugas, evitando pálpebras e sobrancelhas caídas e preservando/amenizando o surgimento do famoso “bigode chinês”. 
 
Para entender melhor os procedimentos, a especialista separou algumas similaridades e diferenças entre eles.



SCULPTRA
O Sculptra costuma ser um dos queridinhos por ser o bioestimulador indicado para a celulite e flacidez do corpo, mas ele também melhora o aspecto facial e corporal, acentuando o contorno rosto e minimizando rugas, sulcos e marcas de expressão pelo estímulo de colágeno.



RADIESSE
Apresenta produção natural de colágeno e estimula o rejuvenescimento da pele, dando-lhe firmeza e elasticidade, além do efeito de preenchimento imediato. É recomendado principalmente para as áreas da face e do pescoço.



ELLANSÉ
O Ellansé, por ser um volumizador, é recomendado principalmente nas áreas da mandíbula, no queixo e maçãs do rosto. É um produto com maior durabilidade, podendo perdurar por dois anos.



FIOS PDO
São fios absorvíveis em 6 meses, dessa forma, são feitos de materiais já reconhecidos pelo organismo, sem comprometer a saúde do paciente. Existem dois tipos principais de fios: fios espiculados (com garra), que são utilizados para o efeito de lifting e os lisos, que só estimulam o colágeno na derme. Os efeitos rejuvenescedores desse procedimento são mais tardios do que comparados aos outros e são recomendados para toda face e pescoço.
 



Dra. Carolina Satter - especialista e professora de Harmonização Facial. Atualmente possui duas unidades de atendimento, uma na Barra e outra em Niterói, ambas no Rio de Janeiro.
Instagram: 
https://www.instagram.com/dra.carolinasattler/


Óleo de Melaleuca (Tea Tree) pode tratar caspa, seborreia e outros males do couro cabeludo

 A tricologista Viviane Coutinho e a médica Karla Lessa ensinam como usar o produto

 

Ultimamente os óleos essenciais vêm cada vez mais sendo usados para tratar os cabelos e o couro cabeludo.  O Óleo de Melaleuca é um dos destaques dessa seleção. 

Obtido a partir de folhas da conhecida Tea Tree (árvore do chá), o óleo de melaleuca tem origem australiana, mas também cultivada em países da Europa, América do Sul e Ásia.

Segundo a tricologista Viviane Coutinho, o produto pode promover a saúde capilar.  

"Ele é aplicado nos distúrbios de oleosidade, caspa, seborréia e dermatites por ter propriedades antissépticas, impedindo o micróbio infeccioso criar resistência a ele. O óleo possui uma complexidade química tão grande, com mais de 100 componentes, que uma bactéria não consegue modificar seu sistema enzimático para lidar com isso. Sua aplicação mais interessante está na eliminação de bactérias causadoras de infecções", explica a profissional.  

“Ele é conhecido por seu alto poder anti-inflamatório, antioxidante (por ter na composição um álcool monoterpeno : a-terpineol) e pelas propriedades anti bactericida e antisséptica (devido ao fenol terpinen-4-ol ) . Tem também propriedades antifúngicas”, completa Dra. Karla Lessa, médica e proprietária do Instituto Lessa. 

Viviane diz que ele pode ser aplicado junto com um óleo vegetal quinzenalmente, dependendo do caso.  

"Fazer um blend com 5ml de vegetal de semente de uva ou abacate e 2 gotas do melaleuca”. 

“Ele pode ser usado como coadjuvante no tratamento da acne, e também no tratamento da dermatite seborreia, para acalmar a pele após a depilação ou como antisséptico para eliminar alguns odores corporais. Lembrando que o uso de qualquer produto deve ser indicado pelo seu médico”, finaliza Dra. Karla.



Inverno exige mais cuidados com a hidratação e proteção da pele

Tanto a pele do rosto quanto a pele do corpo estão sujeitas ao ressecamento nos dias mais frios. “Com a umidade do ar mais baixa, as temperaturas mais amenas e a diminuição da transpiração, a pele tende a ficar mais seca”, explica a enfermeira estomaterapeuta Michele Neves Brajão Rocha, integrante da Diretoria Nacional da Sobest – Associação Brasileira de Estomaterapia: estomias, feridas e incontinências. O clima frio e seco pode deixar a pele com um aspecto esbranquiçado, que indica o ressecamento. Para evitar esses sintomas, é importante fazer hidratações mais profundas e, além disso, investir em uma alimentação mais saudável, rica em vitaminas, antioxidantes, que pode trazer benefícios no longo prazo. E, principalmente, garantir a ingestão de líquidos. “É comum que as pessoas bebam menos água e outros líquidos nos dias mais frios, mas é importante manter a hidratação, tanto para a pele como para todo o organismo”, reforça Michele. 

Outro inimigo da saúde da pele no frio é o banho quente. “Ele provoca a remoção da oleosidade natural de forma mais intensa, diminuindo o manto lipídico que retém a umidade da pele”, explica Michele Brajão Rocha. Uma sugestão importante é evitar o uso do sabonete em barra, porque ele geralmente tem um pH muito elevado, e acaba prejudicando a defesa da pele. Dê preferência aos sabonetes líquidos. “Se a pessoa não conseguir tomar banho morno, algo que pode ajudar é tomar uma ducha de água fria logo após o banho quente. É uma dica para recuperar um pouco da hidratação natural com essa ducha fria rápida”, sugere a enfermeira estomaterapeuta. Uma orientação importante é utilizar apenas as mãos para passar o sabonete na pele. Evite ensaboar com buchas, que acabam colaborando para alterar a composição desse manto hidrolipídico, que é o hidratante natural produzido pelo organismo e que protege a pele. 

Um bom hidratante deve ter na sua formulação emolientes, umectantes e substâncias hidratantes. Pode ser aplicado duas vezes ao dia. “Uma boa dica é que uma dessas aplicações seja feita depois do banho, pois isso auxilia a penetração do creme”, explica Michele. 

Para as peles oleosas e com muita acne, o ideal é evitar o uso do hidratante comum no rosto. Os lábios também costumam ficar bastante ressecados no inverno. Então é importante usar hidratantes específicos para eles e evitar as rachaduras. E sempre usar o filtro solar. 

A pele dos idosos merece atenção redobrada, já que são mais sensíveis e normalmente mais ressecadas. A ingestão de líquidos pelos mais idosos costuma ser ainda menor nos dias mais frios. Então, uma boa sugestão nesta época é oferecer chás, que hidratam e aquecem, por exemplo. Para o corpo, a melhor opção é passar loções em vez de cremes, com técnicas de cima para baixa na hora de espalhar, para evitar a fricção da pele.

 

Cláusulas de earn-out minimizam riscos para vendedores e compradores, diz especialista

Sandro Wainstein, advogado especializado em Direito Empresarial, explica os efeitos negociais da cláusula de earn-out e sua aplicação como forma de alocar riscos nos contratos de aquisição de ativos ou de participações societárias. O assunto é tema de um dos artigos do livro “Facticidade do Direito”, publicado recentemente pela editora Pembroke Collins

 

Para entender a importância das cláusulas de earn-out, é preciso avaliar as situações contratuais nas quais elas são usadas. As operações de fusões e aquisições (M&A) envolvem, por ano, em torno de US$ 4.1 trilhões, de acordo com dados do Focus Economics. Entre janeiro e setembro de 2019, o mercado de M&A no Brasil cresceu 31% em relação ao mesmo período de 2018. O advogado especializado em Direito Empresarial, Sandro Wainstein, explica que a alocação de riscos é um dos principais propósitos contratuais na estruturação desse tipo de operação contratual.

O número de variáveis e o alto valor monetário desses contratos fazem que pequenos detalhes possam “causar perdas significativas tanto para a empresa adquirente quanto para a empresa vendedora e, consequentemente, gerar um impacto negativo no retorno esperado por qualquer uma das partes”, afirma.

Para garantir o sucesso de vendedores e compradores, a alocação de riscos é um dos principais propósitos contratuais na estruturação de uma operação de M&A. A cláusula earn-out é uma das formas previstas para minimizar os problemas nos contratos de aquisição de ativos ou de participação societárias (conhecidos como Stock Purchase Agreement ou SPA).

Mecanismos de earn-out podem e devem ser utilizados como uma forma de auxiliar comprador e vendedor na definição do preço da operação em determinados casos, por permitir um maior equilíbrio entre os riscos e expectativas de cada uma das partes quanto ao negócio em si”, explica o especialista.


Como funciona a cláusula de earn-out

Também conhecida como cláusula de determinação contingente do preço, a cláusula de earn-out é usada para alinhar as expectativas quanto ao valor da empresa a ser vendida e diferir o pagamento de uma parcela do preço de aquisição condicionando-o a eventos que possam ocorrer após o fechamento da operação.

A existência do mecanismo leva em conta uma assimetria de informações entre comprador e vendedor em relação às condições e performance do que está sendo adquirido. Apesar de ser utilizada como uma alocação de riscos, o advogado alerta que ela pode se tornar uma fonte de litígio. Por isso, é importante que a redação da cláusula observe alguns cuidados.

“Dadas as características intrínsecas do earn-out e seu potencial de litigiosidade, nota-se uma clara necessidade de se verificar quais os elementos fundamentais devem constar do texto desta cláusula inserida nos negócios realizados sob a égide do direito brasileiro, de forma a atender à sua natureza, ao seu racional econômico e a atingir os seus objetivos, minimizando ao máximo o potencial de disputa futura entre os contratantes”, alerta Wainstein.

 

Drone que voa sozinho no meio de florestas pode ser aliado contra o desmatamento

Cientistas da USP e da Universidade da Pensilvânia construíram um drone autônomo que desvia de obstáculos e calcula quantidade de árvores em grandes vegetações 

 

Obter informações detalhadas sobre uma floresta é fundamental para orientar o poder público a definir políticas de conservação e a monitorar possíveis crimes ambientais, como queimadas e desmatamentos ilegais. Atualmente, para fazer um levantamento sobre determinada área, especialistas produzem o chamado inventário florestal, estudo que apura o número estimado de árvores de uma floresta, o volume de madeira disponível, a área coberta por vegetação, as características da biodiversidade local, a topografia da região, entre outros dados. 

 

No entanto, realizar esse trabalho manualmente é praticamente inviável tendo em vista a dificuldade de acesso a algumas matas e o longo tempo para execução das tarefas, que podem levar semanas para serem finalizadas, além de exporem os profissionais a diversos riscos, como quedas em buracos e ameaças de animais. Por esses motivos, pesquisadores brasileiros e norte-americanos desenvolveram um sistema computacional capaz de controlar um drone de forma autônoma (sem controle humano) no interior de florestas, permitindo que ele desvie de árvores e mapeie grandes territórios em poucos minutos. 

 

“Além de termos a possibilidade de fazer um inventário florestal em uma área de cobertura muito maior, com a atuação do drone esse processo se torna muito mais rápido, seguro e preciso”, explica Guilherme Nardari, pesquisador do INCT de Sistemas Autônomos Cooperativos (InSAC), sediado na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, e um dos autores do trabalho, que foi realizado em parceria com cientistas da Universidade da Pensilvânia, nos EUA. 

 

Para efeito de comparação, com o drone desenvolvido seria possível mapear uma floresta inteira de 400 mil metros quadrados em apenas 30 minutos. Já se o mesmo trabalho fosse realizado por uma equipe de engenheiros florestais, por exemplo, o tempo saltaria para 12 dias e meio, considerando que eles trabalhassem 24 horas por dia, missão impossível para um único grupo. Pela dificuldade da tarefa, os profissionais optam por avaliar pequenos trechos da floresta e fazer uma estimativa dos dados totais, gerando informações muito menos precisas e detalhadas.  


Com peso aproximado de 3kg e autonomia de voo de 20 minutos, o drone, que está sendo testado nos EUA, é composto por quatro hélices, uma câmera, um computador de bordo, um controlador de voo e um sensor a laser, responsável por calcular em tempo real a distância entre o drone e as árvores ao seu redor. Pioneira, a utilização de um veículo aéreo não tripulado (Vant) autônomo para monitorar e mapear florestas possibilitará uma série de aplicações, entre elas, o combate ao desmatamento.

 

“Nós conseguiríamos avaliar o estado de conservação das florestas e detectar locais que precisam de reflorestamento, servindo de alerta para as autoridades ambientais caso alguma região apresente transformações suspeitas ao longo do tempo. Esse tema é muito relevante, principalmente pelo atual cenário que vivemos, de total descaso com a Amazônia”, afirma Roseli A. Francelin Romero, pesquisadora do InSAC e professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Segundo a docente, atualmente o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) realiza alguns levantamentos florestais por imagens de satélite, mas são estimativas que impossibilitam uma análise mais minuciosa da vegetação em áreas específicas.  

 

Segundo relatório divulgado no primeiro semestre deste ano pelo MapBiomas, 99% do desmatamento feito no Brasil em 2019 foi ilegal. Ao todo, mais de 1,2 milhão de hectares (ha) de mata nativa foram devastados, ou 12.187 km², o equivalente a oito municípios de São Paulo. Mais de 60% da área desmatada está na Amazônia, com 770 mil hectares derrubados. O segundo bioma em que mais houve perda foi o Cerrado, com 408,6 mil ha, seguido de Pantanal (16,5 mil ha), Caatinga (12,1 mil ha), Mata Atlântica (10,6 mil ha) e Pampa (642 ha). Já de acordo com pesquisa divulgada na última semana pelo Inpe, entre agosto de 2019 e julho de 2020 foram registrados mais de 45 mil alertas de desmatamento na Floresta Amazônica, um aumento de 34,5% em comparação com o período anterior. 

 

Voando pelas florestas - Para evitar que o drone colida com algum objeto durante o voo, o sensor a laser do veículo aéreo dispara milhares de feixes de luz por segundo que, conforme acertam as árvores, calculam a distância delas para o Vant e estimam a espessura de cada tronco ou galho. Todos esses dados são interpretados por um código de computador (algoritmo) que foi desenvolvido e que utiliza inteligência artificial para detectar árvores, mapear a região e “guiar” o drone na direção correta, fazendo com ele se esquive dos obstáculos. Ao mesmo tempo, o algoritmo gera um mapa em 3D da floresta, revelando o número de árvores do local, o volume de madeira, a área coberta por vegetação, entre outros dados. Segundo os pesquisadores, o drone também é capaz de identificar folhagens no chão, permitindo avisar as autoridades sobre um risco maior de queimadas, que são muito comuns tanto no Brasil como nos EUA. 

 

Para avaliar a eficácia do VANT autônomo, ele foi testado pelos cientistas em uma floresta de pinheiros norte-americana no Estado de Nova Jersey. Os resultados foram positivos: o drone conseguiu desviar das árvores e levantar com precisão os dados da área. Durante os trajetos, ele se comunicava em tempo real com operadores em solo, que formavam uma base móvel que recebia imagens da câmera do veículo aéreo, informações do voo, bem como do gasto de bateria. “Foi um desafio enorme do ponto de vista robótico, pois além de fazer um drone voar sozinho no meio das árvores, sem perdermos a comunicação com ele, precisávamos obter um mapa de qualidade, extremamente preciso”, conta Guilherme, que faz doutorado no ICMC e é orientado pela professora Roseli Romero. 

 

O jovem, que desenvolveu o trabalho durante intercâmbio nos EUA e recebe financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), afirma que o algoritmo desenvolvido para controlar o drone permite um mapeamento mais preciso e com informações mais detalhadas sobre a floresta, além de voos menos suscetíveis a interferências em comparação com outros modelos encontrados na literatura da área. Os resultados do trabalho geraram um artigo que foi publicado na IEEE Robotics and Automation Letters, revista científica internacional. A pesquisa também foi apresentada na International Conference on Robotics and Automation (ICRA) 2020, um dos mais renomados eventos científicos da área de robótica do mundo, que teve início no dia 31 de maio e segue até o próximo dia 31 de agosto, com realização 100% online devido à pandemia de Covid-19. 

 

Nos Estados Unidos, os cientistas parceiros no estudo criaram uma empresa e já começaram a oferecer alguns serviços de mapeamento com o drone para a iniciativa privada. Segundo Guilherme, há interesse em trazer a tecnologia para Brasil, mas antes o sistema de controle do Vant precisaria passar por algumas adaptações, afinal, existem diferentes tipos de florestas no país, com obstáculos distintos, que podem dificultar as missões com o veículo aéreo. A estimativa de custo para cada drone autônomo como esse é de R$ 60.000,00. “O valor não é alto se comparado ao retorno que ele pode trazer para a população em geral, com a preservação das florestas e do meio ambiente”, finaliza Roseli. 



 

Vídeo do drone voando em floresta dos EUA:


        https://www.youtube.com/watch?v=8kF1kosEYfE&feature=youtu.be

 

 


Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação do InSAC



Governo Britânico no Brasil quer impulsionar parcerias científicas com o país

 Conversas da Universidade de Oxford e o Governo Britânico no Brasil tornaram possível a vinda da fase 3 de testes da vacina contra o novo coronavírus para o país; o órgão procura expandir esta troca

 

O mundo está confiante numa solução para o coronavírus por meio da vacina da universidade inglesa de Oxford. Os testes estão na fase 3, a última, que determinará se a vacina é realmente eficaz uma vez testada em uma amostragem maior de pessoas. Na última semana, as experiências preliminares foram positivas em relação à resposta imune dos voluntários.

O que muitos se perguntam é como o Reino Unido conseguiu chegar tão rápido a uma das soluções mais promissoras contra a covid-19. A resposta é o investimento governamental em pesquisas e uma rede colaborativa entre Universidade, Governo Indústria, que possibilita o compartilhamento, quase que imediato, de dados preciosos para o desenvolvimento de soluções para a saúde, alinhando as prioridades governamentais com focos em pesquisa e desenvolvimento dos outros atores do sistema.

Detalhes sobre isso foram passados no webinar “A Estratégia Industrial do Reino Unido e o Caminho para a Inovação”, realizado no último dia 22/07 pelo Governo Britânico no Brasil. Um dos pilares desta estratégia de incentivo constante à ciência e à pesquisa em saúde é o investimento crescente do governo que pretende chegar a 4,7 bilhões de libras em quatro anos.

A Dra. Deborah Spencer, Head de Parcerias entre Universidade e Indústria da Universidade de Oxford, relatou que foi a partir do relacionamento da universidade com o Governo Britânico no Brasil que foi possível trazer a pesquisa de Oxford em parceria com o grupo anglo-sueco AstraZeneca para o Brasil.

Ela também falou sobre um fundo de R$ 600 milhões da universidade que permite que diversas empresas spin-offs, ou seja, que trabalham paralelamente ao trabalho acadêmico da universidade, se desenvolvam. “É um ecossistema muito atraente para jovens empreendedores, que saem da própria universidade”, diz Deborah.

Segundo Alison Cave, Diretora do ISCF (Industrial Strategy Challenge Fund) do Reino Unido, na área de Detecção de Doenças e Dados para Diagnóstico Precoce Data e Medicina de Precisão, o investimento que o país vem fazendo na área de Ciências da Vidaao longo dos anos foi a chave para estruturar três dinâmicas que são fundamentais a esse processo: pesquisa interdisciplinar, engajamento crescente entre indústria e academia e colaboração também crescente de empresas jovens e menores com as já estabelecidas.

Outro ponto focal do ICSF é, além de acelerar a pesquisa, conseguir prover medicamentos para a população. “São 197 milhões de libras investidos para desenvolver tecnologias para a produção de remédios e acelerar o acesso a novas drogas e tratamentos. Entre estes investimentos, 66 milhões de libras para o centro de produção de vacinas, 13 milhões para o centro de produção de medicamentos e 12 milhões para o centro de terapia com células e genes”, explicou.

Arly Belas, Gerente Regional de Ciências da Vida para América Latina e Caribe do Reino Unido (https://www.gov.uk/government/organisations/department-for-international-trade) relata que o propósito do Governo Britânico no Brasil é justamente expandir parcerias na área de pesquisa e desenvolvimento farmacêutico, como a que envolve o estudo para a vacina contra o Sars-CoV-2.

“No Brasil trabalhamos promovendo colaborações institucionais e comerciais entre empresas e instituições brasileiras e britânicas nos segmentos de diagnóstico, farmacêutica, biotecnologia, equipamentos médicos, saúde digital, gestão em saúde, entre muitos outros temas. No atual cenário, nosso grande objetivo é maximizar estas parcerias”, pontua Arly.

 

Posts mais acessados