O novo normal
estabelecido pela pandemia do coronavírus também influenciou o universo pet. A
reabertura das praças e parques nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, deve
levar os donos de amimais a tomarem cuidados extras quando forem passear com
seus pets nestes locais. Para evitar que os animais tragam pragas, como pulgas
e carrapatos para as residenciais, é preciso tomar medidas preventivas, como
fazer vistoria no bicho antes do passeio e, no retorno, passar um pano com
álcool no animal.
- Essa vistoria antes
do passeio é importante, pois uma vez que identificamos a presença de pulgas ou
carrapatos, devemos evitar de levar os animais para passearem em parques e
praças, desta forma evitaremos possíveis processos de infestação nestas áreas.
Na volta, basta passar um pano com álcool para eliminar qualquer tipo de possibilidade
de contato com as pragas mais comuns - revela o vice-presidente da Aprag
(Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas), Sérgio Bocalini.
Caso o animal volte
para casa com alguma infestação, Bocalini aconselha o início imediato do tratamento
com produtos específicos recomendados por veterinários. Segundo ele, estas
pragas podem atingir humanos e trazer danos à saúde das pessoas.
- Adotar tratamentos
preventivos, com o uso de produtos veterinários adequados, é outra ação
importante para evitar que animais transportem esses ectoparasitas para dentro
de qualquer ambiente.
No caso de uma
infestação de pulgas ou carrapatos, o ideal é que se faça uma desinsetização
com produtos adequados para evitar um risco de intoxicação dos animais e pessoas.Ressaltando que
serviços de controle de pragas urbanas só podem ser realizados por empresas
constituídas para tal, que contem com autorização da Anvisa.
O vice-presidente da
Aprag ainda destaca que local da casa em que o animal é preparado na volta ser
constantemente higienizado.
- A higienização dos
locais que os pets utilizam, principalmente onde dormem, é importante e deve
ser feita pelo menos uma vez ao dia - ressalta.
Assim como os cães, esses animaizinhos precisam de atenção quanto
ao uso de antiparasitários, alimentação, higiene, lazer e acessórios de
identificação e transporte
Os gatos, que
por muito tempo foram vistos como bichos ariscos, muito independentes, e até
mesmo perigosos, hoje ganham um espaço maior na casa dos brasileiros. Segundo o
levantamento do Google Trends (por meio das pesquisas online), em junho, as
pessoas se interessaram por adotá-los 33% a mais em comparação com o mesmo
período do ano passado. No entanto, o que pouca gente sabe, é que os felinos
precisam de cuidados muito parecidos com os dos cães. Então, se você adotou ou
está pensando em ter um bichinho de estimação, fica ligado nas dicas do Marcio
Barboza, médico-veterinário e gerente técnico pet da MSD Saúde Animal.
Para o especialista, no isolamento social, as pessoas podem se sentir mais
sozinhas ou ganharem tempo para fazer algo que antes não conseguiam, como
cuidar de um pet. "É claro que o animal vai trazer inúmeras vantagens para
a família, mas é preciso lembrar que a sua chegada traz grandes
responsabilidades, como investimentos e cuidados. Os felinos também precisam de
atenção à saúde, diversão, alimentação, higiene e carinho", alerta.
Cuidados com a saúde
Assim como todos os bichos, os gatinhos também precisam de visitas de rotina ao
médico-veterinário para avaliação da saúde e orientação sobre prevenção de
doenças dentre outras. Além disso, esses pets também estão suscetíveis a
ectoparasitas, principalmente pulgas, por isso, é muito importante que o animal
utilize bons ectoparasiticidas.
Ao contrário do que muita gente pensa, apesar do gato ser mais caseiro, ele
também corre o risco de ser infestado por pulgas. Justamente porque esses
parasitas, que podem transmitir doenças não só para os gatos, mas para nós, não
são adquiridos apenas fora de casa, podendo, inclusive, ser trazidos do
ambiente externo pelo próprio tutor. "Por isso, é muito importante que o
dono do animal utilize um produto de fácil aplicação, longa eficácia e duração.
As pulgas se proliferam no ambiente, com isso, o uso de um produto com estas
características limpará o ambiente e protegerá o gatinho e toda a sua
família", explica Marcio Barboza.
Acessórios para segurança e transporte
Ao adquirir o pet, é preciso adquirir também coleira, placa de identificação e
caixa para transporte. Sabemos que os felinos são mais ligeiros e, por isso, é
necessário colocar informações sobre a sua residência na coleira, assim como
apostar em equipamentos adequados para fazer um deslocamento seguro, por
exemplo, para a clínica veterinária.
Higiene
Os gatos são animais limpos e já realizam sua limpeza com a própria língua, não
necessitando de uma frequência exagerada de banhos. No entanto, a higiene maior
é requerida em sua caixa de areia. Ao contrário dos cães, o gato não precisa
ser ensinado onde irá fazer cocô e xixi, pois o hábito é instintivo.
"Esses bichinhos são super exigentes com o local onde fazem suas
necessidades, por isso, é muito importante sempre mantê-los limpos. Os donos de
primeira viagem vão precisar de uma caixa, areia e uma pá de limpeza. A troca
pode ser realizada uma vez por semana", explica o médico-veterinário.
Diversão
Sim, gatos brincam e, mais do que isso, precisam de espaço para arranhar e
lixar as suas unhas. Então, para evitar que o bichano afie suas garras nos
móveis e cortinas pela casa, os arranhadores são um dos melhores brinquedos
para distração. O mercado disponibiliza esse produto em todos os tamanhos e
preços.
Alimentação
Água fresca e nada de leite. Os felinos não devem ser alimentados com leite, já
que, para alguns deles, isso pode causar diarreia. A melhor opção é oferecer
rações especificas. E, como todos nós, os gatinhos precisam de água sempre
fresca à disposição.
Não ao abandono
Além de todos esses cuidados, Marcio Barboza deixa um recado especial. "É
preciso pensar no animal depois que a quarentena passar, pois o abandono é uma
grande preocupação. Quando tudo voltar ao normal, o gato continuará na família
e, por isso, é essencial que a pessoa analise se continuará com condições de
manter e cuidar do bichinho", reforça.
Médico e
tricologia aponta o que é preciso para ter sucesso no tratamento para queda
capilar
Independente das causas da queda de cabelo, se ver
perdendo os fios que caem da raiz, com o volume diminuindo a cada dia, é uma
desagradável constatação para muita gente e, quase sempre, uma surpresa quando
acontece lenta e gradativamente. A luz de alerta se acende quando o problema
persiste, mesmo quando quem passa por isso resolve investir em vários produtos
cosméticos em busca de uma solução rápida e não consegue o resultado esperado.
O mercado de beleza e cuidados pessoais brasileiro
é o quarto maior do mundo (Euromonitor, 2018), e sempre ocupa posições
privilegiadas em diversas pesquisas desses segmentos. Produtos capilares compõe
uma boa fatia desse mercado com variedade considerável de opções que prometem
eliminar a queda de cabelos com cosméticos para usar em casa. Mas seria simples
assim tratar um problema que faz o fio de cabelo cair por completo? E quando é
necessário procurar um médico especialista?
Quem esclarece essas dúvidas é o médico e
tricologista Ademir Junior.
As causas para queda de cabelo podem ser externas e
internas, em ambos, investigar adequadamente é o que garante direcionamento
para tratamentos eficazes. O que o tricologista ressalta é que seja levado em
consideração a individualidade do paciente na avaliação, pois, “se houver
um equilíbrio entre a perda e a reposição naturais dos fios, dentro de uma
quantidade aceitável, é considerado normal. Embora não haja um número exato
para isso [queda], sobretudo de pessoa para pessoa”.
“Existe uma farta gama de informações disponíveis
para o público elencando as principais causas para queda de cabelos. No tratamento
delas, independente da origem, acaba sendo considerado apenas a interrupção da
queda como a solução. O que defendo é que o paciente conquiste a retomada de
crescimento dada como normal para sua individualidade e, com essa abordagem,
tenha a interrupção da perda como consequência”, explica Dr Ademir.
O profissional, que é presidente da Academia
Brasileira de Tricologia e leciona sobre o tema a 15 anos, ressalta ainda que a
quantidade de abordagens disponíveis para tratar é vasta, mas pouco explorada,
o que acaba prejudicando a percepção do paciente sobre eficácia de tratamentos
médicos nessa área. "Os pacientes se justificam no fato de que "já
tentaram de tudo", quando ouço essa frase e pergunto o que ele chama de
"tudo", normalmente não foram utilizados 10% das possibilidades de
tratamento que poderiam ajudá-los.
Quanto a procurar ou não um médico quando a queda
de cabelo fica evidente, Dr Ademir salienta que um diagnóstico correto da causa
é fator fundamental para contextualizar o tratamento junto ao paciente, e que
isso faz parte da competência médica. Em sua longa carreira tratando queda, o
profissional acredita que a soma de ansiedade, imediatismo e desespero deixa o
paciente vulnerável para interferências que em nada colaboram podendo, inclusive,
prejudicar o tratamento. “Os que se desesperam e acabam inserindo em seus
tratamentos vitaminas, suplementos, lasers que compraram após terem visto
comerciais de TV, entre tantas outras intervenções que não foram orientadas
pelo profissional, acabam ficando ainda mais ansiosos, pois, independente do
que façam, cada queda de cabelo tem seu tempo para melhorar”,
conclui.
Dr. Ademir C. Leite Jr. (CRM 92.693) - médico
tricologista e diretor da Academia Brasileira de Tricologia. É certificado como
Tricologista pela Internacional Association of Trichologists (IAT). Membro e
diretor da IAT. Membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia,
e da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e da Associação Paulista de
Medicina Psicossomática. Professor do curso de Pós-Graduação da Universidade
Anhembi Morumbi e Faculdades Oswaldo Cruz – SP/SP. Autor dos Livros: “Como
Vencer a Queda Capilar”, publicado em 2012 pela CAECI Editorial, “Socorro,
Estou ficando careca”, publicado pela Editora MG em 2005, “Tem alguma coisa
errada comigo – Como entender, diagnosticar e tratar a Síndrome dos ovários
Policísticos”, publicado pela Editora MG em 2004 e “É outono para meus cabelos
– Histórias de mulheres que enfrentam a queda capilar” – Editado pela Editora
Summus.
Ao
tentar equilibrar a alimentação em busca da perda de peso, muitas pessoas
acabam caindo na armadilha dos falsos saudáveis. Isso porque, muitos alimentos
que parecem inofensivos, são ricos em gorduras ou substâncias químicas que
aumentam a ingestão calórica e acabam dificultando o processo
de emagrecimento.
A
nutricionista Gabi Lodewijks,
aponta que muitos deles são os produtos anunciados como light ou diet. “Uma boa
dica é sempre olhar o rótulo. Essas nomenclaturas quase sempre são as
responsáveis por gerar essa confusão. Nos refrigerantes Lights,
por exemplo, há grande teor de sódio. Já no chocolate diet, a quantidade de
gordura é bem maior”, alerta.
Ainda
que os falsos saudáveis existam, a nutricionista aponta que não é preciso
apontá-los como vilões, podendo ser encaixados em uma dieta ou reeducação
alimentar de acordo com o objetivo. “É a quantidade de consumo
desses alimentos que vai ditar se eles vão atrapalhar ou não a perda de peso. O
problema é que, ao pensar que são saudáveis, as pessoas tendem a consumi-los
sem restrições”, alerta.
Confira
os cinco alimentos que não são tão saudáveis quanto parecem:
Gelatina
Apesar
de parecer uma alimentação leve, a gelatina não deixa de ser um alimento
processado, que possui conservantes, corantes e açúcares em sua composição. Em
crianças, o consumo exacerbado pode levar ao desenvolvimento de problemas
gástricos e até alergia.
Barra
de cereais
Um
dos lanches “fitness” mais rápidos adotados, não é tão nutricional assim. Esse
snack, pode esconder gorduras e açúcares na composição, em especial os com
cobertura de chocolate. Na hora de comprar, a nutricionista aponta que é
preciso ter atenção ao rótulo. Cereais e oleaginosas devem ser os primeiros da
lista. Para verificar os açúcares procure por nomes como xarope de glicose,
glucose de milho, açúcar invertido ou maltodextrina.
“Optar por um mix de frutas secas pode ser uma saída melhor para o lanchinho da
tarde”, recomenda.
Granola
Caso
o cliente não preste atenção em qual granola está comprando, pode cair em uma
pegadinha e consumir mais açúcar do que gostaria. “Compre versões sem compostos
cristalizados, além disso, a granola de boa procedência possui grãos e sementes
em maior quantidade”, recomenda Gabi.
Pao integral
Por
não haver legislação que regule quando de fato um alimento é integral ou não,
muitos pães ditos integrais vêm com farinha branca em maior quantidade. “Quando
for comprar, a farinha integral deve ser a primeira da lista, o que significa
que é o ingrediente em maior quantidade no produto”.
Peito
de peru
Mesmo
pouco calórico quando em comparação com demais carnes, o peito de peru não
deixa de ser um alimento embutido e, portanto, rico em sódio, corantes e
conservantes. Duas fatias médias podem conter até 500 mg de sódio, 1/4 do
valor diário recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A solução
não cirúrgica para flacidez e linhas de expressão
O processo de eletrofulguração é caracterizado pela
substituição do teci
do flácido por uma pele renovada, por meio de um aparelho
de eletrocautério, o qual consiste em gerar um processo inflamatório local,
dessa forma existe a formação de novas proteínas na região, como colágeno e
elastina.
Esse procedimento pode ser realizado nas pálpebras
e nas bolsas embaixo dos olhos, em linhas de expressão como pés de galinha,
bigode chinês, códigos de barra, cicatrizes de acne e também em manchas
senis (comuns em mãos). O tratamento possui diversos benefícios como, o
rejuvenescimento facial e melhoria da expressão e da visão, pois atua na
redução da sensação de peso e do cansaço nas pálpebras.
E para quem talvez esteja apreensivo com a questão
da corrente elétrica do aparelho de eletrocautério, a Dra Thais Sydulovicz,
Sócia Proprietária da Clínica Topfit, tranquiliza, “Antes de se iniciar o
tratamento é aplicado o anestésico tópico, e feita a marcação do local a ser
tratado, assim como a devida assepsia, que evita qualquer tipo de contaminação no
local. O aparelho utilizado não chega nem a encostar na pele do paciente,
apenas chega perto”.
A eletrofulguração pode ser feita tanto em mulheres
quanto em homens, a sessão é rápida e prática, levando cerca de 30 a 40
minutos. Ao final do processo também se é utilizado o laser de baixa potência
(LED), que ajuda na recuperação tecidual, diminuindo o edema que pode surgir
após o procedimento.
Após a realização do tratamento, o paciente pode
continuar suas atividades diárias normalmente, tendo apenas o maior cuidado nas
primeiras 72 horas em aplicar o protetor solar e evitar os raios solares.
Normalmente, apenas quatro sessões do tratamento
são suficientes, “A melhora facial e os resultados almejados já são atingidos
desde a primeira sessão, mas é importante que o paciente analise a região
afetada e não pare o tratamento subitamente”, apresenta a Dra Maikiara
Nascimento, Fisioterapeuta Dermatofuncional.
Observa-se que a área tratada fica vermelha nos
dois primeiros dias da aplicação, e então após o terceiro dia forma-se uma
crosta que cai, como se fosse uma ferida normal, após esse processo que dura em
torno de cinco dias, a pele se mostra renovada e retraída, e assim sem a
flacidez inicial.
Com a retomada gradativa da prática de atividades
físicas fora de casa, os cuidados com a higienização dos materiais devem ser
redobrados neste momento e o uso das máscaras é imprescindível. O profissional
de educação física e gerente operacional da AYO Fitness Club, Júlio César, é
comum ouvir pessoas apontando desconforto com a utilização das máscaras durante
a prática de exercícios - com dúvidas em relação a inalação de dióxido de
carbono. No entanto, segundo ele, pesquisas apontam que a utilização de
máscaras em diversas intensidades em exercício aeróbico não ocasiona malefícios
aos voluntários, mas alguns cuidados podem reduzir o desconforto.
“Uma sugestão para a melhora no conforto para
utilização de máscaras é fazer a respiração mais profunda durante a prática de
exercícios. Outra sugestão é utilizar que máscaras que utilizam tecido que
umidifica menos, com tecido hidrofóbico”, destaca Júlio César, profissional de
educação física e gerente operacional da AYO Fitness Club.
Segundo ele, é importante evitar máscaras
completamente feitas de algodão, pois estas esquentam e propiciam uma
ventilação reduzida. “A prática de exercícios reduz em 35% o risco de
desenvolvimento de doenças crônicas e em 30% as mortes por todas as causas.
Pratique exercícios físicos e utiliza sua máscara”, finaliza.
Especialista aponta tecnologias que podem ser aliadas
durante essa transformação
Recentemente,
a atriz Bruna Marquezine e a apresentadora Maísa, foram destaques nas redes
sociais ao compartilharem fotos em seus perfis assumindo os cachos. As famosas
que estão passando pelo processo de transição capilar, deixaram de utilizar
algum tipo de química no cabelo, como o alisamento contínuo, para aderir aos
fios naturais. Com os salões de beleza fechados, muitas pessoas optaram por
abrir mão dos procedimentos químicos devido à impossibilidade de manutenção.
As
atrizes Juliana Paes e Laryssa Ayres também estão aderindo a transição. É
possível acompanhar por meio das redes sociais delas que, muitas mulheres que
estão passando pelo mesmo processo, sentem dificuldade e buscam dicas e
orientações para realizar o procedimento. Além disso, os cuidados com o cabelo
alisado são muito diferentes dos cuidados com o cabelo cacheado e crespo, por
exemplo.
A
transição capilar ganhou ainda mais espaço entre as mulheres que buscam também
liberdade e empoderamento. Porém, esse processo pode ser demorado, impactando
diretamente na autoestima, já que todo o processo pode durar mais de um ano e
depende muito do crescimento do cabelo, que equivale a aproximadamente 1 cm por
mês. Esse procedimento permite que os fios cresçam de forma mais saudável, já
que na transição capilar é necessário evitar ao máximo o uso de ferramentas de
calor nos cabelos que, além de danificar e ressecar os fios, também
desestimulam a formação natural dos cachos e enfraquecem os fios.
Tecnologia
pode ajudar durante a transição capilar
Segundo
levantamento do Google, as buscas sobre transição capilar começaram a ser
relevantes em 2013 e, de lá para cá, cresceram 2.300%. De acordo com Aline
Caniçais - especialista dermatofuncional da HTM Eletrônica - fabricante de
equipamentos estéticos - para ajudar na manutenção dos fios desde o couro
cabeludo e garantir um tecido saudável, é possível usar a tecnologia como
aliada, colaborando ainda mais para esse processo de transformação do cabelo
liso para o natural.
“Já
existe no mercado diversas tecnologias - muitas nacionais - que ajudam no
crescimento saudável dos cabelos, além de combater outros grandes incômodos das
pessoas, como a queda capilar excessiva e a alopécia. A fototerapia com
LED/Laser Vermelho, por exemplo, já é bastante conhecida pelo excelente
resultado. O tratamento promove um aumento da circulação local, aumento do
metabolismo folicular, com reativação do crescimento, bem como, volume e
qualidade capilar. Além disso, com equipamentos de alta tecnologia é possível
combinar vários recursos que são exclusivos na terapia capilar”, conclui.
Entre as terapias mais comuns para
colaborar com a saúde capilar estão as tecnologias com laser, led, vapor de
ozônio, entre outros. Além disso, tratamentos com recursos como
fotobiomodulação, alta frequência e vacuoterapia também podem ajudar na
manutenção dos fios e saúde do couro cabeludo.
A especialista em
harmonização facial, Doutora Carolina Sattler, explica os efeitos dos
bioestimuladores na pele para um rejuvenescimento mais saudável e natural
Atualmente, o Brasil se encontra como o terceiro
país com maior número de interessados em beleza e estética, perdendo apenas
para Estados Unidos e China. Esses dados comprovam que já aparenta ser
explícito: as pessoas estão cada vez mais preocupadas com cuidados pessoais,
principalmente em relação aos cuidados da face. Melhorias no aspecto e textura
da pele, aumento do viço e firmeza se tornaram desejos recorrentes entre o
público.
Com a crescente procura por produtos e procedimentos, surgiu uma resposta: os
bioestimuladores de colágeno, que estimulam a produção de colágeno e promovem
rejuvenescimento do tecido e da estrutura de forma mais saudável e natural. De
acordo com Doutora Carolina Sattler, especialista em harmonização facial, os
mais conhecidos são: fios de PDO (polidioxanona), Sculptra (ácido polilático),
Ellansé (carboximetilcelulose) e Radiesse (hidroxiapatita de cálcio). Apesar de
todos estimularem colágeno, cada um deles possuí suas particularidades.
Ela atribui o sucesso desses materiais à necessidade de alternativas ao ácido
hialurônico. “Artigos clássicos mostram que a quantidade máxima de ácido
hialurônico que pode ser utilizado dentro do período de um ano é de 20mL, mas
alguns profissionais chegavam a usar quase 60mL. Por essa razão, e também pelo
entendimento dos pacientes quem vêm crescendo de acordo com o interesse no
assunto, os bioestimuladores de colágeno têm se mostrado uma ótima alternativa,
por retardarem o envelhecimento e diminuírem, assim, a quantidade de ácido
hialurônico utilizado", pontua a especialista.
Os bioestimuladores são substâncias injetáveis, que impulsionam a produção de
um novo colágeno na face, com uma ação inflamatória – essa ação estimula a
síntese dos fibroblastos (células responsáveis pela produção de colágeno), que
se ativam e realizam a neocolagênese, fortalecendo, sustentando e dando-lhe
mais firmeza após ser distribuído em pontos estratégicos.
Por não ser uma técnica cirúrgica, o repouso não é obrigatório, mas é
recomendado evitar exercício físico por até 48h após a realização do
procedimento, podendo variar de acordo com a quantidade de produto injetada.
Além do mais, a especialista Dra. Carolina Sattler salienta que nem todo
organismo funciona da mesma maneira. “Cada procedimento tem suas
particularidades como todos nós, e é justamente por isso que é necessária uma
avaliação prévia, para que o paciente e o profissional, juntos, cheguem a
melhor opção de tratamento, mas sempre levando em consideração as
vontades/queixas e particularidades de cada um.” E, por isso, é importante
ressaltar que o resultado depende de idade, estilo de vida, índice de exposição
solar, investimento, home care, entre outros.
Em relação às diferenciações entre os quatro, o Sculptra é reconhecido por
prevenir a flacidez, promovendo volume perdido e realçando o contorno do rosto.
Ele é conhecido por suavizar as marcas e linhas profundas. O produto,
diferentemente das outras opções, pode ser também aplicado nos braços, abdômen,
glúteos e coxas por profissionais habilitados.
Já Radiesse e Ellansé, destacam-se, principalmente, por estarem dentro da
categoria de preenchedores. Além disso, são responsáveis por estimularem a
produção de colágeno, fornecendo elasticidade e firmeza à pele, com
preenchimento nas bochechas, mandíbula, queixo, têmporas. O Radiesse também
pode ser aplicado de maneira diluída em toda face e pescoço e, para essa
aplicação, será feita a neocolagênese sem o efeito preenchedor.
E, por fim, a novidade: os fios de PDO, responsáveis por promoverem leve
lifting e grande estímulo de colágeno de longa duração na face, aprimorando a
sustentação dos tecidos, prevenindo o aparecimento de rugas, evitando pálpebras
e sobrancelhas caídas e preservando/amenizando o surgimento do famoso “bigode
chinês”.
Para entender melhor os procedimentos, a especialista separou algumas
similaridades e diferenças entre eles.
SCULPTRA
O Sculptra costuma ser um dos queridinhos por ser o bioestimulador indicado
para a celulite e flacidez do corpo, mas ele também melhora o aspecto facial e
corporal, acentuando o contorno rosto e minimizando rugas, sulcos e marcas de
expressão pelo estímulo de colágeno.
RADIESSE
Apresenta produção natural de colágeno e estimula o rejuvenescimento da pele,
dando-lhe firmeza e elasticidade, além do efeito de preenchimento imediato. É
recomendado principalmente para as áreas da face e do pescoço.
ELLANSÉ
O Ellansé, por ser um volumizador, é recomendado principalmente nas áreas da
mandíbula, no queixo e maçãs do rosto. É um produto com maior durabilidade,
podendo perdurar por dois anos.
FIOS PDO
São fios absorvíveis em 6 meses, dessa forma, são feitos de materiais já
reconhecidos pelo organismo, sem comprometer a saúde do paciente. Existem dois
tipos principais de fios: fios espiculados (com garra), que são utilizados para
o efeito de lifting e os lisos, que só estimulam o colágeno na derme. Os
efeitos rejuvenescedores desse procedimento são mais tardios do que comparados
aos outros e são recomendados para toda face e pescoço.
Dra. Carolina Satter - especialista e professora de Harmonização Facial.
Atualmente possui duas unidades de atendimento, uma na Barra e outra em
Niterói, ambas no Rio de Janeiro.
Instagram: https://www.instagram.com/dra.carolinasattler/
A tricologista Viviane Coutinho e a médica
Karla Lessa ensinam como usar o produto
Ultimamente os óleos essenciais vêm cada vez mais sendo
usados para tratar os cabelos e o couro cabeludo. O Óleo de Melaleuca é
um dos destaques dessa seleção.
Obtido a partir de folhas da conhecida Tea Tree (árvore
do chá), o óleo de melaleuca tem origem australiana, mas também cultivada em
países da Europa, América do Sul e Ásia.
Segundo a tricologista Viviane Coutinho, o produto pode
promover a saúde capilar.
"Ele é aplicado nos distúrbios de oleosidade, caspa,
seborréia e dermatites por ter propriedades antissépticas, impedindo o micróbio
infeccioso criar resistência a ele. O óleo possui uma complexidade química tão
grande, com mais de 100 componentes, que uma bactéria não consegue modificar
seu sistema enzimático para lidar com isso. Sua aplicação mais interessante
está na eliminação de bactérias causadoras de infecções", explica a
profissional.
“Ele é conhecido por seu alto poder anti-inflamatório,
antioxidante (por ter na composição um álcool monoterpeno : a-terpineol) e
pelas propriedades anti bactericida e antisséptica (devido ao fenol terpinen-4-ol
) . Tem também propriedades antifúngicas”, completa Dra. Karla Lessa, médica e
proprietária do Instituto Lessa.
Viviane diz que ele pode ser aplicado junto com um óleo
vegetal quinzenalmente, dependendo do caso.
"Fazer um blend com 5ml de vegetal de semente de uva
ou abacate e 2 gotas do melaleuca”.
“Ele pode ser usado como coadjuvante no tratamento da
acne, e também no tratamento da dermatite seborreia, para acalmar a pele após a
depilação ou como antisséptico para eliminar alguns odores corporais. Lembrando
que o uso de qualquer produto deve ser indicado pelo seu médico”, finaliza Dra.
Karla.
Tanto a pele do rosto quanto a pele do corpo estão
sujeitas ao ressecamento nos dias mais frios. “Com a umidade do ar mais baixa,
as temperaturas mais amenas e a diminuição da transpiração, a pele tende a
ficar mais seca”, explica a enfermeira estomaterapeuta Michele Neves Brajão
Rocha, integrante da Diretoria Nacional da Sobest – Associação Brasileira de
Estomaterapia: estomias, feridas e incontinências. O clima frio e seco pode
deixar a pele com um aspecto esbranquiçado, que indica o ressecamento. Para
evitar esses sintomas, é importante fazer hidratações mais profundas e, além
disso, investir em uma alimentação mais saudável, rica em vitaminas,
antioxidantes, que pode trazer benefícios no longo prazo. E, principalmente, garantir
a ingestão de líquidos. “É comum que as pessoas bebam menos água e outros
líquidos nos dias mais frios, mas é importante manter a hidratação, tanto para
a pele como para todo o organismo”, reforça Michele.
Outro inimigo da saúde da pele no frio é o banho quente.
“Ele provoca a remoção da oleosidade natural de forma mais intensa, diminuindo
o manto lipídico que retém a umidade da pele”, explica Michele Brajão Rocha.
Uma sugestão importante é evitar o uso do sabonete em barra, porque ele
geralmente tem um pH muito elevado, e acaba prejudicando a defesa da pele. Dê
preferência aos sabonetes líquidos. “Se a pessoa não conseguir tomar banho
morno, algo que pode ajudar é tomar uma ducha de água fria logo após o banho
quente. É uma dica para recuperar um pouco da hidratação natural com essa ducha
fria rápida”, sugere a enfermeira estomaterapeuta. Uma orientação importante é
utilizar apenas as mãos para passar o sabonete na pele. Evite ensaboar com
buchas, que acabam colaborando para alterar a composição desse manto
hidrolipídico, que é o hidratante natural produzido pelo organismo e que
protege a pele.
Um bom hidratante deve ter na sua formulação emolientes,
umectantes e substâncias hidratantes. Pode ser aplicado duas vezes ao dia. “Uma
boa dica é que uma dessas aplicações seja feita depois do banho, pois isso
auxilia a penetração do creme”, explica Michele.
Para as peles oleosas e com muita acne, o ideal é evitar
o uso do hidratante comum no rosto. Os lábios também costumam ficar bastante
ressecados no inverno. Então é importante usar hidratantes específicos para
eles e evitar as rachaduras. E sempre usar o filtro solar.
A pele dos idosos merece atenção redobrada, já que são
mais sensíveis e normalmente mais ressecadas. A ingestão de líquidos pelos mais
idosos costuma ser ainda menor nos dias mais frios. Então, uma boa sugestão
nesta época é oferecer chás, que hidratam e aquecem, por exemplo. Para o corpo,
a melhor opção é passar loções em vez de cremes, com técnicas de cima para
baixa na hora de espalhar, para evitar a fricção da pele.
Sandro Wainstein, advogado
especializado em Direito Empresarial, explica os efeitos negociais da
cláusula de earn-out e sua aplicação como forma de alocar riscos nos
contratos de aquisição de ativos ou de participações societárias. O assunto é
tema de um dos artigos do livro “Facticidade do Direito”, publicado
recentemente pela editora Pembroke Collins
Para entender a importância das cláusulas de earn-out, é preciso
avaliar as situações contratuais nas quais elas são usadas. As operações de
fusões e aquisições (M&A) envolvem, por ano, em torno de US$ 4.1 trilhões,
de acordo com dados do Focus
Economics. Entre janeiro e setembro de 2019, o mercado de M&A
no Brasil cresceu 31% em relação ao mesmo período de 2018. Oadvogado
especializado em Direito Empresarial, Sandro Wainstein, explica que a
alocação de riscos é um dos principais propósitos contratuais na estruturação
desse tipo de operação contratual.
O número de variáveis e o alto valor monetário desses contratos
fazem que pequenos detalhes possam “causar perdas significativas tanto para a
empresa adquirente quanto para a empresa vendedora e, consequentemente, gerar
um impacto negativo no retorno esperado por qualquer uma das partes”, afirma.
Para garantir o sucesso de vendedores e compradores, a alocação de
riscos é um dos principais propósitos contratuais na estruturação de uma
operação de M&A. A cláusula earn-out é
uma das formas previstas para minimizar os problemas nos contratos de aquisição
de ativos ou de participação societárias (conhecidos como Stock Purchase Agreement ou
SPA).
“Mecanismos de earn-out podem
e devem ser utilizados como uma forma de auxiliar comprador e vendedor na
definição do preço da operação em determinados casos, por permitir um maior
equilíbrio entre os riscos e expectativas de cada uma das partes quanto ao
negócio em si”, explica o especialista.
Como funciona a cláusula de earn-out
Também conhecida como cláusula de determinação contingente do
preço, a cláusula de earn-out é
usada para alinhar as expectativas quanto ao valor da empresa a ser vendida e
diferir o pagamento de uma parcela do preço de aquisição condicionando-o a
eventos que possam ocorrer após o fechamento da operação.
A existência do mecanismo leva em conta uma assimetria de
informações entre comprador e vendedor em relação às condições e performance do
que está sendo adquirido. Apesar de ser utilizada como uma alocação de riscos,
o advogado alerta que ela pode se tornar uma fonte de litígio. Por isso, é
importante que a redação da cláusula observe alguns cuidados.
“Dadas as características intrínsecas
do earn-out eseu potencial de litigiosidade, nota-se uma clara
necessidade de se verificar quais os elementos fundamentais devem constar do
texto desta cláusula inserida nos negócios realizados sob a égide do direito
brasileiro, de forma a atender à sua natureza, ao seu racional econômico e a
atingir os seus objetivos, minimizando ao máximo o potencial de disputa futura
entre os contratantes”, alerta Wainstein.
Cientistas
da USP e da Universidade da Pensilvânia construíram um drone autônomo que
desvia de obstáculos e calcula quantidade de árvores em grandes vegetações
Obter informações
detalhadas sobre uma floresta é fundamental para orientar o poder público a
definir políticas de conservação e a monitorar possíveis crimes ambientais,
como queimadas e desmatamentos ilegais. Atualmente, para fazer um levantamento
sobre determinada área, especialistas produzem o chamado inventário florestal,
estudo que apura o número estimado de árvores de uma floresta, o volume de
madeira disponível, a área coberta por vegetação, as características da
biodiversidade local, a topografia da região, entre outros dados.
No entanto, realizar esse trabalho
manualmente é praticamente inviável tendo em vista a dificuldade de acesso a
algumas matas e o longo tempo para execução das tarefas, que podem levar
semanas para serem finalizadas, além de exporem os profissionais a diversos
riscos, como quedas em buracos e ameaças de animais. Por esses motivos,
pesquisadores brasileiros e norte-americanos desenvolveram um sistema
computacional capaz de controlar um drone de forma autônoma (sem controle
humano) no interior de florestas, permitindo que ele desvie de árvores e mapeie
grandes territórios em poucos minutos.
“Além de termos a
possibilidade de fazer um inventário florestal em uma área de cobertura muito
maior, com a atuação do drone esse processo se torna muito mais rápido, seguro
e preciso”, explica Guilherme Nardari, pesquisador do INCT de Sistemas
Autônomos Cooperativos (InSAC), sediado na Escola de Engenharia de São Carlos
(EESC) da USP, e um dos autores do trabalho, que foi realizado em parceria com
cientistas da Universidade da Pensilvânia, nos EUA.
Para efeito de comparação,
com o drone desenvolvido seria possível mapear uma floresta inteira de 400 mil
metros quadrados em apenas 30 minutos. Já se o mesmo trabalho fosse realizado
por uma equipe de engenheiros florestais, por exemplo, o tempo saltaria para 12
dias e meio, considerando que eles trabalhassem 24 horas por dia, missão
impossível para um único grupo. Pela dificuldade da tarefa, os profissionais
optam por avaliar pequenos trechos da floresta e fazer uma estimativa dos dados
totais, gerando informações muito menos precisas e detalhadas.
Com peso aproximado de 3kg
e autonomia de voo de 20 minutos, o drone, que está sendo testado nos EUA, é
composto por quatro hélices, uma câmera, um computador de bordo, um controlador
de voo e um sensor a laser, responsável por calcular em tempo real a distância
entre o drone e as árvores ao seu redor. Pioneira, a utilização de um veículo
aéreo não tripulado (Vant) autônomo para monitorar e mapear florestas
possibilitará uma série de aplicações, entre elas, o combate ao desmatamento.
“Nós conseguiríamos
avaliar o estado de conservação das florestas e detectar locais que precisam de
reflorestamento, servindo de alerta para as autoridades ambientais caso alguma
região apresente transformações suspeitas ao longo do tempo. Esse tema é muito
relevante, principalmente pelo atual cenário que vivemos, de total descaso com
a Amazônia”, afirma Roseli A. Francelin Romero, pesquisadora do InSAC e
professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP,
em São Carlos. Segundo a docente, atualmente o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe) realiza alguns levantamentos florestais por imagens de
satélite, mas são estimativas que impossibilitam uma análise mais minuciosa da
vegetação em áreas específicas.
Segundo relatório divulgado no primeiro semestre deste ano pelo MapBiomas,
99% do desmatamento feito no Brasil em 2019 foi ilegal. Ao todo, mais de 1,2
milhão de hectares (ha) de mata nativa foram devastados, ou 12.187 km², o
equivalente a oito municípios de São Paulo. Mais de 60% da área desmatada está
na Amazônia, com 770 mil hectares derrubados. O segundo bioma em que mais houve
perda foi o Cerrado, com 408,6 mil ha, seguido de Pantanal (16,5 mil ha),
Caatinga (12,1 mil ha), Mata Atlântica (10,6 mil ha) e Pampa (642 ha). Já de
acordo com pesquisa divulgada na última semana pelo Inpe, entre agosto de 2019
e julho de 2020 foram registrados mais de 45 mil alertas de desmatamento na
Floresta Amazônica, um aumento de 34,5% em comparação com o período
anterior.
Voando pelas florestas - Para evitar que o drone
colida com algum objeto durante o voo,o sensor a laser do veículo aéreo
dispara milhares de feixes de luz por segundo que, conforme acertam as árvores,
calculam a distância delas para o Vant e estimam a espessura de cada tronco ou
galho. Todos esses dados são interpretados por um código de computador
(algoritmo) que foi desenvolvido e que utiliza inteligência artificial para
detectar árvores, mapear a região e “guiar” o drone na direção correta, fazendo
com ele se esquive dos obstáculos. Ao mesmo tempo, o algoritmo gera um mapa em
3D da floresta, revelando o número de árvores do local, o volume de madeira, a
área coberta por vegetação, entre outros dados. Segundo os pesquisadores, o
drone também é capaz de identificar folhagens no chão, permitindo avisar as
autoridades sobre um risco maior de queimadas, que são muito comuns tanto no
Brasil como nos EUA.
Para avaliar a eficácia do
VANT autônomo, ele foi testado pelos cientistas em uma floresta de pinheiros
norte-americana no Estado de Nova Jersey. Os resultados foram positivos: o
drone conseguiu desviar das árvores e levantar com precisão os dados da área.
Durante os trajetos, ele se comunicava em tempo real com operadores em solo,
que formavam uma base móvel que recebia imagens da câmera do veículo aéreo,
informações do voo, bem como do gasto de bateria. “Foi um desafio enorme do
ponto de vista robótico, pois além de fazer um drone voar sozinho no meio das
árvores, sem perdermos a comunicação com ele, precisávamos obter um mapa de
qualidade, extremamente preciso”, conta Guilherme, que faz doutorado no ICMC e
é orientado pela professora Roseli Romero.
O jovem, que desenvolveu o
trabalho durante intercâmbio nos EUA e recebe financiamento da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), afirma que o algoritmo
desenvolvido para controlar o drone permite um mapeamento mais preciso e com
informações mais detalhadas sobre a floresta, além de voos menos suscetíveis a
interferências em comparação com outros modelos encontrados na literatura da
área. Os resultados do trabalho geraram um artigo que foi publicado na IEEE Robotics and Automation Letters, revista
científica internacional. A pesquisa também foi apresentada na International
Conference on Robotics and Automation (ICRA) 2020, um dos mais renomados eventos científicos da área de
robótica do mundo, que teve início no dia 31 de maio e segue até o próximo dia
31 de agosto, com realização 100% online devido à pandemia de Covid-19.
Nos Estados Unidos, os
cientistas parceiros no estudo criaram uma empresa e já começaram a oferecer alguns serviços de mapeamento
com o drone para a iniciativa privada. Segundo Guilherme, há interesse em
trazer a tecnologia para Brasil, mas antes o sistema de controle do Vant
precisaria passar por algumas adaptações, afinal, existem diferentes tipos de
florestas no país, com obstáculos distintos, que podem dificultar as missões
com o veículo aéreo. A estimativa de custo para cada drone autônomo como esse é
de R$ 60.000,00. “O valor não é alto se comparado ao retorno que ele pode
trazer para a população em geral, com a preservação das florestas e do meio
ambiente”, finaliza Roseli.
Conversas da
Universidade de Oxford e o Governo Britânico no Brasil tornaram possível a
vinda da fase 3 de testes da vacina contra o novo coronavírus para o país; o
órgão procura expandir esta troca
O mundo está confiante numa solução para o
coronavírus por meio da vacina da universidade inglesa de Oxford. Os testes
estão na fase 3, a última, que determinará se a vacina é realmente eficaz uma
vez testada em uma amostragem maior de pessoas. Na última semana, as
experiências preliminares foram positivas em relação à resposta imune dos voluntários.
O que muitos se perguntam é como o Reino Unido
conseguiu chegar tão rápido a uma das soluções mais promissoras contra a
covid-19. A resposta é o investimento governamental em pesquisas e uma rede
colaborativa entre Universidade, Governo Indústria, que possibilita o
compartilhamento, quase que imediato, de dados preciosos para o desenvolvimento
de soluções para a saúde, alinhando as prioridades governamentais com focos em
pesquisa e desenvolvimento dos outros atores do sistema.
Detalhes sobre isso foram passados no webinar “A
Estratégia Industrial do Reino Unido e o Caminho para a Inovação”, realizado no
último dia 22/07 pelo Governo Britânico no Brasil. Um dos pilares desta
estratégia de incentivo constante à ciência e à pesquisa em saúde é o
investimento crescente do governo que pretende chegar a 4,7 bilhões de libras
em quatro anos.
A Dra. Deborah Spencer, Head de Parcerias entre
Universidade e Indústria da Universidade de Oxford, relatou que foi a partir do
relacionamento da universidade com o Governo Britânico no Brasil que foi
possível trazer a pesquisa de Oxford em parceria com o grupo anglo-sueco
AstraZeneca para o Brasil.
Ela também falou sobre um fundo de R$ 600 milhões
da universidade que permite que diversas empresas spin-offs, ou seja, que
trabalham paralelamente ao trabalho acadêmico da universidade, se desenvolvam.
“É um ecossistema muito atraente para jovens empreendedores, que saem da
própria universidade”, diz Deborah.
Segundo Alison Cave, Diretora do ISCF (Industrial
Strategy Challenge Fund) do Reino Unido, na área de Detecção de Doenças e Dados
para Diagnóstico Precoce Data e Medicina de Precisão, o investimento que o país
vem fazendo na área de Ciências da Vidaao longo dos anos foi a
chave para estruturar três dinâmicas que são fundamentais a esse processo:
pesquisa interdisciplinar, engajamento crescente entre indústria e academia e
colaboração também crescente de empresas jovens e menores com as já
estabelecidas.
Outro ponto focal do ICSF é, além de acelerar a pesquisa,
conseguir prover medicamentos para a população. “São 197 milhões de libras
investidos para desenvolver tecnologias para a produção de remédios e acelerar
o acesso a novas drogas e tratamentos. Entre estes investimentos, 66 milhões de
libras para o centro de produção de vacinas, 13 milhões para o centro de
produção de medicamentos e 12 milhões para o centro de terapia com células e
genes”, explicou.
Arly Belas, Gerente Regional de Ciências da Vida
para América Latina e Caribe do Reino Unido (https://www.gov.uk/government/organisations/department-for-international-trade)
relata que o propósito do Governo Britânico no Brasil é justamente expandir
parcerias na área de pesquisa e desenvolvimento farmacêutico, como a que
envolve o estudo para a vacina contra o Sars-CoV-2.
“No Brasil trabalhamos promovendo colaborações
institucionais e comerciais entre empresas e instituições brasileiras e
britânicas nos segmentos de diagnóstico, farmacêutica, biotecnologia,
equipamentos médicos, saúde digital, gestão em saúde, entre muitos outros
temas. No atual cenário, nosso grande objetivo é maximizar estas parcerias”,
pontua Arly.