Pesquisar no Blog

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Especialista alerta para os cuidados com a pele


O sol é uma das principais causas de câncer não melanoma, tumor maligno que mais atinge os brasileiros; Saiba quais procedimentos podem evitar danos à saúde na época mais quente do ano


Por conta das altas temperaturas no final do ano, é preciso que os cuidados com a pele sejam dobrados para evitar os efeitos nocivos dos raios solares, fator tido como uma das causas principais do aumento nos índices de tumores de pele entre a população brasileira. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é cerca de 180 mil novos casos de câncer de pele em 2018 - valor que corresponde a 33% de todos os casos de tumores malignos no Brasil.

Os melanócitos e queratinócitos (células da pele) são os principais envolvidos no processo de fotoproteção e quando expostos ao Sol podem aumentar em número e tamanho. O câncer de pele ocorre quando há um crescimento anormal e excessivo dessas células que compõem a pele e pode ser de dois tipos: melanoma e não-melanoma.

De acordo com a Dra. Sheila Ferreira, oncologista do Centro Paulista de Oncologia – CPO (Grupo Oncoclínicas), em geral, as pessoas tendem a relacionar o câncer de pele exclusivamente ao melanoma. Contudo, 95% dos casos de tumores cutâneos identificados no Brasil são classificados como não-melanoma, um índice que está diretamente relacionado à constante exposição à radiação ultravioleta (UV) do Sol. Por isso, é preciso estar atento aos sinais de alerta.

"Os principais sinais e sintomas de câncer não-melanoma são a presença de lesões cutâneas com crescimento rápido, ulcerações que não cicatrizam e que podem estar associadas a sangramento, coceira e algumas vezes dor e geralmente surgem em áreas muito expostas ao Sol como rosto, pescoço e braços", explica a Dra. Ferreira.


Fique atento às precauções que previnem o câncer de pele

Para pessoas que costumam ficar expostas ao Sol, é preciso reforçar o uso do protetor solar diariamente, principalmente no rosto. Se a exposição aos raios solares for maior, como na praia ou piscina, por exemplo, é importante abusar do protetor no corpo todo, usar chapéus e evitar horários em que a incidência solar esteja mais forte.

"Pessoas de pele clara, cabelos claros ou ruivos, com sardas e olhos claros são mais propensas a desenvolver o câncer de pele. A idade é um fator que também deve ser considerado, pois quanto mais tempo de exposição da pele ao Sol, mais envelhecida ela fica, aumentando também a possibilidade de surgimento do câncer não-melanoma", destaca a Dra. Sheila.

É importante a avaliação frequente de um especialista (dermatologistas) para acompanhamento das lesões cutâneas. A análise da mudança nas características destas lesões é de extrema importância para um diagnóstico precoce. O dermatologista tem o papel de orientar uma proteção adequada para descobrir os possíveis riscos que os raios solares de verão podem causar na pele.


Entenda os diferentes tipos de câncer de pele e os possíveis tratamentos

O câncer de pele não-melanoma pode ser classificado em: carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. O primeiro é o tipo mais frequente, com crescimento normalmente mais lento. O diagnóstico se dá, usualmente, pelo aparecimento de uma lesão nodular rosa com aspecto peroláceo na pele exposta do rosto, pescoço e couro cabeludo. Já no carcinoma espinocelular, mais comuns em homens, ocorre a formação de um nódulo que cresce rapidamente, com ulceração (ferida) de difícil cicatrização. "Tanto o carcinoma basocelular quanto o espinocelular estão relacionados a alta exposição dos raios solares e devem ser prevenidos com protetor solar e consultas frequentes com dermatologista são importantes para detecção do câncer na sua fase inicial".

O câncer de pele do tipo melanoma é o mais agressivo. São geralmente os casos que se iniciam com o aparecimento de pintas escuras na pele, que apresentam modificações ao longo do tempo. As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o "ABCDE"- Assimetria, Bordas irregulares, Cor, Diâmetro, Evolução. "A doença é mais facilmente diagnosticada quando existe uma avaliação prévia das pintas", finaliza a Dra.

É recomendável à ressecção cirúrgica destas lesões por especialista habilitado para adequada abordagem das margens ao redor da mesma. Posteriormente, dependendo do estágio da doença, pode ser necessária a realização de tratamento complementar. Quando diagnosticada precocemente, quimioterapia ou radioterapia são raramente necessárias e a cirurgia é capaz de resolver a maioria dos casos.





Grupo Oncoclínicas



Obesidade infantil: um problema de saúde pública


 De acordo com o especialista do Hospital Anchieta, alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos são itens obrigatórios para a qualidade de vida das crianças.


Nos últimos anos, esses hábitos mudaram de maneira drástica. Com o aumento do consumo de alimentos industrializados e os avanços tecnológicos, as crianças passam mais tempo sentadas usando aparelhos eletrônicos e praticam pouca, ou nenhuma atividade física, além de se alimentarem de maneira errada.

Para o endocrinologista e nutrólogo pediátrico e do adolescente do Hospital Anchieta, Delmir Rodrigues, vários fatores podem desencadear a obesidade infantil. “Os principais são a interrupção precoce do aleitamento materno e a introdução de alimentos inapropriados, os distúrbios de comportamento alimentar, as condições genéticas ou uma combinação desses elementos”.

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, a estatística de crianças obesas é muito elevada. Um em cada três brasileiros apresenta sobrepeso ainda na infância. A Pasta estima que 33% das crianças brasileiras entre 5 a 9 anos, já estejam acima do peso. Entre os jovens com idades de 18 a 24 anos, o percentual de obesos aumentou em 110% nos últimos dez anos.

As estatísticas são bastante preocupantes e apontam para uma grande possibilidade de que esses indivíduos se mantenham obesos ou com sobrepeso durante a vida adulta. Pensando no envelhecimento com mais qualidade de vida, o Ministério da Saúde e a indústria alimentícia brasileira assinaram, em novembro, um acordo que visa diminuir a quantidade de açúcar nas composições de muitos de alimentos. A indústria terá cinco anos para reduzir 144 mil toneladas de açúcar em alimentos como iogurtes, achocolatados, sucos de caixinha, refrigerantes, bolos e biscoitos.

Para o Dr. Delmir, a obesidade na infância e adolescência é um assunto extremamente importante, pois, acomete pessoas que estão em um processo de desenvolvimento físico.

“É importante ter acompanhamento regular com pediatra, educação familiar, escolar e comunitária para promoção de alimentação balanceada, estilo de vida saudável e prática regular de atividade física”, explica o especialista.

Se não tratada precocemente, a obesidade infantil aumenta o risco de uma série de condições. “Dislipidemias (colesterol elevado), hipertensão (pressão alta), doenças do coração precoce, diabetes tipo 2, alterações ortopédicas, dermatológicas, psicossociais, são alguns dos problemas que podem ser desenvolvidos”, conclui o especialista.



Está em suas mãos


As bactérias são essenciais para o funcionamento do organismo, mas também podem ser prejudiciais para a saúde


No ônibus, no carrinho de supermercado, caixa eletrônico, telefone, maçanetas de portas, alimentos. As bactérias e outros microorganismos como vírus e fungos estão em toda a parte. São invisíveis, sendo que alguns deles são muito resistentes e conseguem se adaptar facilmente ao ambiente.

De acordo com a infectologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dra. Viviane Maria de Carvalho Hessel Dias, as bactérias são importantes para a manutenção do equilíbrio de funções corporais, mas também podem causar infecções dependendo das condições de saúde da pessoa. “Além das bactérias, outros microrganismos como os vírus podem invadir o corpo e causar doenças como, por exemplo, o resfriado, gripe, conjuntivite, diarreia e hepatite A, as quais poderiam ser evitadas com o simples hábito da lavagem ou higiene de mãos”, destaca a médica.


Cuidados importantes

Algumas bactérias podem invadir o corpo e causar uma infecção, especialmente quando existem condições favoráveis como quebra das barreiras de proteção naturais do corpo e contaminação das mãos. Uma pessoa que possui o hábito de apertar uma espinha, por exemplo, pode fazer com que o Staphylococcus aureus, uma bactéria que comumente coloniza a pele, penetre nas camadas mais profundas causando uma infecção mais séria. “Para prevenir esta situação é importante higienizar as mãos e o local que será manuseado, orienta a médica.

A lavagem de mãos com água e sabão ou álcool deve ser um hábito diário. É indispensável higienizá-las antes de comer, beber ou simplesmente após pegar qualquer objeto enquanto estiver se alimentando. “O uso de água e sabonete é suficiente para os contatos sociais em geral e para a maioria das atividades práticas nos serviços de saúde”, orienta Dra. Viviane.

Já o álcool 70%, segundo a médica, é tão bom, ou até mais eficaz do que a utilização da água e sabão. Uma das vantagens é o tempo necessário para realização do procedimento, e também pelo fácil acesso em qualquer local. “Quando saímos de casa, uma dica é levar na bolsa um frasquinho com álcool, para situações que possam ser necessárias”, complementa a médica. Mas, fique atento, o álcool comum de cozinha vendido em supermercado não é 70% e por essa razão não é indicado para este propósito.

Com as crianças o cuidado deve ser ainda maior. Para evitar doenças respiratórias, os pais devem estar sempre orientando seus filhos para cobrirem a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, e sempre que possível lavar as mãos em seguida. Outras dicas importantes para as crianças incluem a orientação para higiene das mãos após tocar nos animais de estimação e após brincar com a terra ou areia.


Em casa

Em casa, o banheiro e a cozinha, são os locais preferidos das bactérias. “Muitas doenças infecciosas são transmitidas pela via fecal-oral, por isso um dos cuidados básicos para qualquer pessoa é adquirir o hábito de higienizar as mãos imediatamente após utilizar o banheiro”, orienta a médica. Deve-se ter cuidado também após tocar em maçanetas e descargas, por exemplo. Ainda mais em banheiros públicos, onde o fluxo de pessoas é muito grande.

Na cozinha, a refrigeração de alimentos e a limpeza dos utensílios evitam a multiplicação de bactérias. “Um desinfetante comum e efetivo que pode ser usado em casa para limpeza é o hipoclorito”, recomenda a infectologista.

Já os alimentos devem ser consumidos no tempo adequado. É importante lavar bem legumes e folhas que serão ingeridos crus, bem como utilizar utensílios separados para o seu preparo. “Isso é ainda mais importante quando se trata de alimentos perecíveis abertos, pois quando abrimos, ocasionamos a exposição do alimento ao ar e consequentemente à maior contaminação bacteriana ou fúngica, o que pode estragar o alimento mais rapidamente”, afirma Dra. Viviane.




Posts mais acessados