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segunda-feira, 31 de maio de 2021

Dia Mundial Sem Tabaco: Médicos especialistas relatam que fumar não causa apenas problemas respiratórios

 Saiba como reverter alguns problemas causados pelo cigarro 

 

Hoje, 31 de maio, é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco. A data foi criada em 1987, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. 

O hábito de fumar é, com certeza, um dos que mais traz danos à saúde. O tabagismo é um velho conhecido de muitos problemas de saúde sejam respiratórios ou não. A constatação de que o cigarro contém substâncias tóxicas e que pode provocar mais de 50 doenças graves já é de conhecimento da grande maioria da sociedade, no entanto, ainda convivemos com um número significativo de fumantes. Estima-se que o cigarro mata mais de 8 milhões de pessoas por ano (OMS), além de todas as outras consequências para quem fuma ou até para quem convive com um fumante.

 

Cigarro x saúde capilar

“Fumar ajuda na queda de cabelos, isto porque ao longo dos anos as substâncias tóxicas do cigarro como a nicotina enfraquecem as mechas e levam a uma degeneração dos folículos capilares que abastecem as extremidades do corpo, como é o caso do couro cabeludo. Pode-se tornar um dos principais causadores da queda do cabelo, resultando até em uma queda acentuada, com sinais de calvície. O fluxo sanguíneo é prejudicado pelo acúmulo de nicotina que se aloja nas paredes das veias, reduzindo a circulação sanguínea, o fumo impede que nutrientes importantes, que mantêm os cabelos saudáveis e bonitos, cheguem até a raiz”, explica a Médica Tricologista Dra. Luciana Passoni.

A Dra. Luciana Passoni também destaca: “A temperatura do cigarro também contribui para o envelhecimento precoce, deixando o cabelo com aspecto opaco e ressecado, favorecendo o surgimento de pontas duplas. Por mais que o fumante cuide dos fios, eles nunca terão o mesmo brilho e a mesma força de um cabelo bem cuidado de um não-fumante.

 

Tabaco x pele

Muitas pessoas sabem do malefício do cigarro principalmente na relação que o efeito cutâneo tem com alguns cânceres no corpo humano, no coração e na pele também. “A nicotina e outras toxinas presentes no cigarro aumentam a produção de radicais livres, são moléculas que agridem o funcionamento normal de várias funções da pele, na vascularização inclusive na quebra de DNA e logo isso se vê no médio e longo prazo os efeitos do cigarro na pele.Um dos efeitos muito aparentes e através da perda do colágeno, vão surgindo uma pele com muito mais rugas e linhas de expressão, um outro ponto bastante fácil de identificar é o aspecto da cor, ela vai assumindo um tom mais acinzentado, eventualmente, até bem opaco, mais esverdeados, os poros ficam mais dilatados e por obstrução dos folículos pode aparecer uma grande presença de cravos”, conta Dr. Fernando Macedo, Médico Dermatologista.

 

Dependência emocional x fumo

“Sem desprezar que a nicotina gera dependência, mas mal sabemos que a dependência emocional é um dos grandes motivos para não largar o fumo. O cigarro acaba sendo a muleta daquela pessoa que não consegue controlar suas emoções ou até mesmo seu trauma”, afirma Dr. Junior Silva, Psicanalista e referência no assunto.

“O cigarro ainda pode causar inúmeras doenças, como problemas respiratórios, impotência sexual, infertilidade, complicações na gravidez, envelhecimento precoce, enfraquecimento do olfato e do paladar”, complementa Dra. Luciana.

 

Mas então, como é possível parar de fumar? “Quantas pessoas sabem do mal que ele faz e mesmo assim não consegue parar de fumar, mas tem um outro lado que tenho certeza de que você já viu também, que são pessoas que às vezes fumam 1 ou 2 maços de cigarro por dia e do nada diz: Não vou fumar mais! E de repente para de fumar, sabe por quê? Porque a decisão do hoje faz a mente dela dizer um basta para todo mal que o cigarro faz, é uma decisão onde a mente entende: Tenho vício, me faz mal, não sei como fazer, mas estou decidido a parar. A decisão consciente faz a pessoa entender tudo isso e procurar ajuda para aquilo que ela não sabe da conta cozinha. Isso acontece também quando a pessoa é viciada em drogas e álcool. Quando ela decide sair dessa vida, ela toma consciência e age onde ela dá conta e sem medo pede ajuda para profissionais onde não dá conta. Esse é o caminho para todo vício, explica Dr. Junior.

 Os médicos especialistas deixaram algumas dicas para que quer parar de fumar: 


Dra. Luciana Passoni – Médica tricologista. Se estiver pensando em parar de fumar, saiba que esses danos causados no seu cabelo podem ser reversíveis. Corte o cigarro e aposte em uma dieta balanceada para começar a ter um cabelo saudável de volta, já que o crescimento dos fios acontece de forma bastante rápida - cerca de um centímetro por mês.


Dr. Fernando Macedo – Médico Dermatologista. O mais importante é a pessoa parar de fumar para que esses danos tendem a diminuir, mas a pele mesmo para o fumante já deveria ser cuidada com ativos para a promoção de novos colágenos, para aumentar a elasticidade, a lubrificação, a hidratação e também procedimentos que possam melhorar o envelhecimento causado pelo fumo, podendo usar lasers principalmente. A toxina botulínica pode ser usada para atenuar as rugas de expressão e também os lasers, não somente para a produção de colágeno e reverter esse envelhecimento, mas também para melhorar a qualidade e o aspecto da coloração da pele.


Dr. Junior Silva - Psicanalista, Hipnólogo e Coach. A hipnoterapia é um recurso pouco conhecido, mas muito eficaz para largar de fumar, onde em 93% dos casos ela para de fumar em uma única sessão, porque vamos nas causas emocionais que as prende a pessoa ao cigarro. Junior Silva qualquer um pode conseguir? A pessoa pode ter boas intenções, mas o segredo é a decisão do querer parar de fumar, ter consciência não basta, tem que tomar a decisão: Não quero mais isso para minha vida. Com essa decisão e com ajuda do profissional ela vai conseguir vencer o vício do cigarro.

 

Dia Mundial sem Tabaco: a alimentação como aliada para largar o cigarro

Reprodução: Adobe Stock
Nutricionista explica quais alimentos são benéficos e prejudiciais para aqueles que desejam dar o primeiro passo na hora de se livrar do vício


Criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial sem Tabaco acontece em 31 de maio e visa conscientizar a população sobre os malefícios do cigarro para a saúde. O hábito vem perdendo força no Brasil nos últimos anos - uma pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que, em 2018, apenas 9,3% da população fumava, contra 15,6% de 2006 -, mesmo assim, cerca de 22 milhões de pessoas ainda são fumantes.

Cientes dos prejuízos que a prática proporciona, como dentes amarelados, mau hálito, problemas pulmonares e diversos tipos de câncer, os fumantes têm se conscientizado sobre a questão e desejado, cada vez mais, se livrar do vício. Mas além dos famosos adesivos de nicotina junto da prática de exercícios físicos, uma alimentação balanceada se mostra como uma importante aliada nessa missão. Júlia Canabarro, nutricionista da Dietbox, startup de nutrição, explica:

"Sabemos do poder de uma alimentação balanceada para a tão desejada qualidade de vida e, com isso, não devemos negligenciar sua eficácia na luta contra o tabagismo. Certos alimentos têm efeito inibidor na vontade de fumar, e adotá-los em sua dieta pode ser uma ótima maneira de largar o cigarro de forma gradativa, gerando, consequentemente, menos estresse, ansiedade e as famosas recaídas".

Segundo a nutricionista, as primeiras semanas são cruciais, já que são nelas que se sente de forma mais intensa a abstinência da nicotina. Para estes momentos, ela indica o consumo de alimentos que proporcionam sensação de bem-estar e auxiliam na redução da ansiedade. As bananas são conhecidas por possuírem altos índices de vitamina B6, além de contar com o aminoácido triptofano, responsável pela produção de serotonina e a consequente diminuição do estresse. Chocolate, grão de bico, peixes e laticínios são outros bons exemplos.

O tomate, por sua vez, auxilia na missão graças a um fato curioso: ele e as plantas de tabaco são da mesma família, sendo conhecida também como o grupo de "solanáceas". Por isso, a fruta contém uma pequena quantidade de nicotina, que auxilia na redução do cigarro. Seu consumo é recomendado, principalmente, por meio de sucos - para uma maior absorção de nutrientes -, mas ele também pode ser consumido cru, em saladas e molhos.

Outra dica valiosa, como aponta a profissional, é investir em hábitos que possam substituir o antigo (de ter o cigarro à mão). Cenoura e aipo cortados em palitos são boas opções para os momentos em que o desejo de fumar aparece, tanto pela fixação oral que o cigarro proporciona, quanto pelo hábito de segurá-lo entre os dedos. Pode parecer simples, mas por replicar a mecânica corporal de fumar, o ato deve acalmar os nervos nos momentos mais cruciais. Chicletes sem açúcar também podem servir de "muleta" nestes momentos.

Por último, Júlia Canabarro explica que dois itens devem ser evitados ao máximo quando o abandono progressivo do cigarro estiver sendo feito: álcool e café. Ambas as bebidas estão diretamente ligadas ao costume de fumar e, por isso, podem ser "gatilhos" para os tabagistas que veem dificuldade em as desvencilhar do hábito. "Para sua substituição nos primeiros meses, o consumo de chás e, principalmente, água é muito indicado. Conhecida por ser um desintoxicante natural e acalmar o organismo, contar com uma garrafinha de água para levar durante o dia pode ser uma boa válvula de escape", explica a profissional.

"O tabagismo é uma doença séria e deve ser tratada como tal. Para aqueles que desejam parar de fumar, indico o acompanhamento médico e nutricional, além da prática de exercícios físicos. Esses profissionais da saúde têm o conhecimento para guiar seus pacientes durante a transição e os ajudar a evitar consequências que a falta de nicotina pode trazer, como o ganho de peso e o consumo compulsivo de comida. Não tenha medo: procurar ajuda é a parte mais difícil, mas quando feito, o abandono do cigarro só proporciona benefícios a curto, médio e longo prazo", finaliza.

 


 Dietbox 

 https://dietbox.me  


Tabagismo pode causar perda de audição, doenças respiratórias e câncer, afirmam especialistas

Otorrinolaringologistas do Hospital Paulista alertam para danos que hábito traz à saúde dos fumantes

 

Não é segredo para ninguém que o tabagismo está diretamente ligado a doenças respiratórias, diversos tipos de câncer e patologias cardíacas. Mas poucas pessoas sabem que o vício pode estar associado também à perda de audição.  

Para marcar o Dia Mundial sem Tabaco, em 31 de maio, o Hospital Paulista, referência em Otorrinolaringologia, faz um alerta para os danos que o cigarro pode causar ao nariz, garganta e ouvido.

Segundo o otorrinolaringologista José Ricardo Gurgel Testa, a perda auditiva pode se dar por conta da diminuição de fluxo sanguíneo na cóclea, órgão localizado na parte interna dos ouvidos e responsável por captar e transmitir os sons ao cérebro.

“O cigarro é composto por uma série de substâncias químicas tóxicas e altamente nocivas, que impedem a oxigenação do organismo, causando prejuízos irreversíveis às células do ouvido, como a perda de audição”, explica o especialista.

Entre os componentes, o médico cita o cianeto de hidrogênio – gás utilizado para matar baratas, cupins e outras pragas e que age exatamente bloqueando a recepção do oxigênio pelo sangue, quando utilizado em altas concentrações.



Riscos à saúde e principais doenças

Considerado um vício de cunho social, o tabagismo é uma doença causada pela dependência física e psicológica à nicotina, que afeta não apenas a saúde do fumante, mas também a das pessoas que convivem com ele.

De acordo com o otorrinolaringologista Domingos Tsuji, o vício pode desencadear alergias respiratórias, dores de cabeça e irritações nos olhos, entre outros males. Aos fumantes, os riscos são ainda maiores, podendo causar cerca de 50 patologias diferentes, como doenças cardiovasculares e câncer, por exemplo.

Considerada uma das doenças mais graves e enigmáticas da medicina, o câncer está entre as principais causas de mortalidades para tabagistas. 

Entre os tipos mais frequentes, o médico alerta para o câncer na laringe, que atinge as cordas vocais e a estrutura da laringe, podendo ser identificado ainda no início a partir de uma rouquidão.

Segundo o especialista, é de extrema importância buscar um otorrinolaringologista caso rouquidões ou disfonias apareçam, para que o motivo real do problema seja identificado e tratado.

“Outro tipo de câncer com alta prevalência em fumantes, e em pessoas que consomem muita bebida alcoólica, é o de boca, que atinge os lábios e o interior da cavidade oral, incluindo língua, gengiva e bochechas.”

Tanto em fumantes como em não fumantes que convivem com o hábito, o nariz é outro órgão bastante afetado. De acordo com o Dr. Tsuji, a exposição à fumaça do cigarro amplia a irritabilidade do órgão, aumentando as chances de inflamações e piorando os sintomas clínicos de quem já tem outros tipos de rinite.

Por fim, tratando-se de um vício com danos sociais, a halitose – ou mau hálito, como é popularmente conhecida – pode ser agravada pelo hábito de fumar, quando há uma higiene bucal inadequada ou causas sistêmicas associadas, como refluxo e doenças pulmonares e de fígado.


Dor ou desconforto na mandíbula? Procure um cirurgião-dentista

Ao digitar mandíbula no Google logo aparecem sugestões de pesquisa com as palavras estalando, travada, doendo, deslocada, torta, para frente ou inflamada. Todos esses termos têm um ou mais problemas em comum, mas não é na internet que serão encontradas as soluções para eles. Sentir dor na mandíbula pode ser sinal de luxação ou trismo. Mas, o que isso quer dizer? O cirurgião-dentista Carlos Alberto Novelli Assef, integrante da Câmara Técnica de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), explica. 


Luxação mandibular

“As luxações mandibulares provocam dor intensa e desconforto ao paciente devido à extrema distensão dos músculos envolvidos na abertura da boca, assim como das estruturas internas ligamentares da Articulação Temporomandibular, denominada ATM”, informa o especialista. É mais comum ouvir falar em deslocamento, mas o problema é o mesmo e os sinais não devem ser ignorados, pois as causas podem ser variadas:

·         Alterações anatômicas das estruturas da ATM - que é uma das articulações mais complexas do corpo humano, responsável por ligar a mandíbula ao crânio e por dar flexibilidade ao osso, possibilitando a mastigação e a fala;

·         Remodelações das cavidades glenóides, das eminências do osso temporal ou do côndilo mandibular, ou seja, mudanças nas estruturas ósseas;

·         Degeneração dos tecidos;

·         Fragilidades ligamentares da ATM ou dos músculos masseter e pterigóideo medial (músculos da mastigação); 

·         Traumas. 

O tratamento depende do que originou a luxação. “A solução definitiva vai desde fisioterapias isotônicas, visando o fortalecimento e reduzindo a amplitude da elasticidade dos músculos envolvidos, até a indicação de cirurgia nos casos mais graves em que a anamnese (análise clínica) e os diagnósticos de imagem específicas indicarem essa necessidade”, detalha Assef. 

Muitos pacientes, por lidarem com os deslocamentos recorrentes, optam por reposicionar a mandíbula por conta própria, o que não é indicado. “Procurar um profissional especialista é sempre o mais recomendado para que a situação seja controlada ou resolvida com um tratamento adequado. Além do mais, a única forma de evitar as luxações recidivantes é buscar a solução definitiva, pois mesmo o autocontrole para limitar a abertura da boca nem sempre é indicado”. 

Sem o atendimento especializado, o desconforto pode ser constante, levando ao transtorno psicossocial ocasionado pela insegurança de abrir a boca somente o necessário, e podendo gerar alterações teciduais e acelerar o processo degenerativo dos ossos. 


Trismo

Ao contrário do deslocamento, o trismo limita a abertura da boca, causando um travamento da mandíbula. Entre algumas das causas, estão:

·         Redução da amplitude ou elasticidade muscular;

·         Processo inflamatório;

·         Traumas;

·         Bruxismo ou travamentos de mordida noturnos;

·         Fatores psicossomáticos (estresse/ansiedade).

“O sinal mais frequente é a limitação de abertura da boca ao acordar e que melhora ao longo do dia. Normalmente, quando ocorre um episódio desses, a chance de se tornar frequente é muito grande, pois pode haver o comprometimento das estruturas intra-articulares ou processo inflamatório dos músculos da mastigação", sugere o cirurgião-dentista. Em casos em que a abertura da boca não volta ao normal, é preciso procurar ajuda profissional o quanto antes. 

O tratamento é basicamente clínico, com terapia medicamentosa, fisioterápica e avaliação dos fatores psicossomáticos que desencadearam a doença. Mas, quando crônico e grave, o paciente pode precisar de uma intervenção cirúrgica, assim como nos casos de luxação. 

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


Mais de 1 milhão de pessoas por ano sofrem queimaduras

Em 6 de junho celebra-se o Dia Nacional de Luta contra Queimaduras. A data tem o objetivo de divulgar medidas preventivas necessárias à redução de acidentes. “Queimadura é toda lesão do tecido orgânico em decorrência de um trauma de origem térmica (quente ou frio)”, explica o cirurgião Helio Machado Vieira Jr., do Centro de Trauma do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN). 

Segundo dados do Ministério da Saúde, as queimaduras acometem 1 milhão de pessoas por ano, e 100 mil pacientes necessitam de atendimento hospitalar. Os danos podem ser temporários ou permanentes, dependendo da classificação: queimaduras de primeiro, segundo ou terceiro graus. 

“As queimaduras são classificadas de acordo com a sua profundidade e tamanho, sendo geralmente mensuradas pelo percentual da superfície corporal atingida. O tratamento depende da extensão acometida e das condições clínicas do paciente. Com frequência, as queimaduras de segundo grau profundas e as de terceiro grau necessitam de tratamento cirúrgico”, esclarece o cirurgião.

 

Classificação das queimaduras

As de primeiro grau atingem somente a epiderme, camada mais superficial da pele. A lesão é seca, não produz bolhas e de modo geral melhora no intervalo de três a seis dias, podendo descamar. Não deixa sequelas, porém, pode ser bastante dolorosa. Produz vermelhidão na pele parecida com a da queimadura solar. 

Nas queimaduras de segundo grau, as lesões atingem a derme, camada dividida em superficial e profunda da pele. Os sintomas são os mesmos, incluindo ainda o aparecimento de bolhas e uma aparência úmida. No entanto, a cura é mais demorada: pode levar até três semanas. Não costuma deixar cicatriz, mas o local da lesão pode ficar mais claro. 

Já as de terceiro grau, apesar da semelhança com as profundas de segundo grau, acometem toda a derme e atingem tecidos subcutâneos, músculos, nervos e ossos, com lesão de espessura total. Essas queimaduras podem provocar menos dor, entretanto, deixam cicatrizes profundas. 

Os principais agentes causadores de queimaduras são: líquidos quentes; combustível; chama direta; superfície superaquecida; eletricidade; agentes químicos e radioativos; radiação solar; frio e fogos de artifícios.

De acordo com o cirurgião, uma das principais causas de queimaduras em domicílio se dá por escaldadura (queimar-se com líquido fervente), principalmente em crianças. “Dentro de casa, a cozinha é o local de maior ocorrência de queimaduras. Quanto mais longe do fogão a criança estiver durante o preparo das refeições melhor. Hoje, muitas delas são fãs de programas culinários. Devemos sempre supervisioná-las e orientá-las sobre produtos inflamáveis e voláteis. A chapinha e o ferro de passar também são importantes agentes causadores de queimaduras”, explica.

 

Prevenção

- Ao acender um fósforo, mantenha o palito longe do rosto. Assim, se escapar alguma chama, não vai atingir o cabelo ou a sobrancelha.

- Ao acender uma vela, observe se está longe de produtos inflamáveis, como botijões de gás, solventes ou tecidos.

- Manter as crianças longe da cozinha durante o preparo dos alimentos e sempre direcionar o cabo das panelas para a área do fogão.

- Não manipular álcool, querosene, gasolina ou outros líquidos inflamáveis perto do fogo. Esses produtos devem ser guardados longe do alcance das crianças. 

  

Primeiros socorros 

Colocar a parte queimada debaixo da água corrente fria, com jato suave, por aproximadamente 10 minutos. Compressas úmidas e frias também são indicadas. Se houver poeira ou insetos no local, mantenha a queimadura coberta com pano limpo e úmido. No caso de queimaduras em grandes extensões do corpo, por substâncias químicas ou eletricidade, a vítima necessita de cuidados médicos urgentes. 

Recomendações importantes: não toque na queimadura com as mãos; não fure bolhas; não tente descolar tecidos grudados na pele queimada; não retire corpos estranhos ou graxa do local queimado; não coloque manteiga, pó de café, creme dental ou qualquer outra substância sobre a queimadura – somente o médico sabe o que deve ser aplicado no local afetado.


Dia Mundial sem Tabaco: Consumo aumentado de cigarro durante a pandemia acende alerta para "herança" de câncer de pulmão

Ao menos 34% dos tabagistas indicam que passaram a fumar mais; Além de fator de risco para sintomas graves de Covid-19, hábito é o principal responsável pelo surgimento de tumores torácicos


A preocupação acerca dos índices de câncer de pulmão, cuja incidência está ligada ao tabagismo em 85% dos casos, ganhou contornos ainda mais dramáticos diante da pandemia do novo coronavírus. Segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), feito em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Estadual de Campinas, 34,3% dos entrevistados que se declararam fumantes passaram a consumir mais cigarros por dia durante o período de isolamento social: 22,8% aumentaram em dez, 6,4% em até cinco e 5,1% em 20 ou mais cigarros. Foram ouvidos 44.062 brasileiros, de ambos os sexos, de todos os níveis de escolaridade e de todas das faixas etárias a partir de 18 anos.

Para o oncologista clínico Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas, o aumento do tabagismo está relacionado à ansiedade gerada pelo momento inédito na história recente da saúde. "O consumo de cigarros é um problema de saúde pública que não pode ser ignorado, é preciso reforçar a mensagem de que precisamos superar essa batalha contra a Covid-19 sem deixar de lado outros cuidados com o nosso corpo. A luta contra o tabagismo não pode ser abandonada, sob o risco de termos não apenas uma onda de aumento na incidência de neoplasias malignas, entre eles o câncer de pulmão - que tem íntima relação com este hábito nada saudável - além de ao menos outros 12 tipos de tumores", explica.

Os dados são preocupantes e reforçam a relevância das campanhas de combate ao fumo voltadas à conscientização sobre as mortes evitáveis decorrentes do consumo de cigarros. Por isso, é essencial alertar sobre a importância de combater o tabagismo como forma efetiva de prevenção contra o câncer de pulmão e outros tipos de tumores.

Tipo de doença oncológica que mais mata no mundo desde 1985, o tumor de pulmão ocupa o terceiro lugar como o mais comum entre os homens e o quarto entre as mulheres. A incidência global pode chegar a 1.8 milhão de novos casos por ano, com 1.6 milhão de mortes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, mais de 30 mil pessoas devem ser diagnosticadas com a doença em 2021, conforme levantamento do Instituto Nacional de Câncer (INCA).


Sinais de alerta

Outro aspecto que não pode ser desconsiderado é a vigilância contínua de possíveis sintomas, que podem ser facilmente confundidos com os do novo coronavírus, principalmente entre fumantes. "Os sinais iniciais do câncer de pulmão se assemelham muitas vezes aos de outras condições comuns associadas ao trato respiratório, por isso dificilmente é diagnosticado no estágio inicial. Tosse e falta de ar, sintomas amplamente relacionados ao Covid-19, também são o alerta principal para o câncer de pulmão", destaca Jacques Tabacof, oncologista do Grupo Oncoclínicas.

Neste sentido, ele explica que vale atentar para algumas diferenças importantes: a tosse seca no Coronavírus vem associada a outros sintomas como a febre, por exemplo, e, além disso, perdura por mais ou menos 15 dias. Já no câncer de pulmão, esse sintoma, quando surge, tende a ser persistente e não apresentar melhoras após este período.

É preciso, adicionalmente, reforçar a importância do acompanhamento médico de rotina. Assintomático em fases iniciais, o câncer de pulmão costuma ser diagnosticado tardiamente, o que reduz as chances de cura. O INCA indica que apenas 16% dos tumores malignos são diagnosticados em estágio inicial.

Segundo Jacques Tabacof, diante do cenário atual, tendo o novo coronavírus no centro das preocupações de toda a população, sinais clássicos do tumor maligno de pulmão correm o risco de ser ignorados e a busca por aconselhamento especializado e exames para assegurar o diagnóstico do tumor adiados para o futuro. "Os sintomas do câncer de pulmão geralmente são mais frequentes no estágio avançado da doença, o que dificulta o diagnóstico precoce, essencial quando pensamos em chances de cura. Além da tosse e da falta de ar, dor torácica contínua, perda de peso sem motivo, rouquidão que não melhora após mais de sete dias e pneumonias recorrentes figuram entre os pontos de alerta para este tipo de tumor", comenta.

E apesar de muitas pesquisas apontarem para os malefícios causados pelos cigarros tradicionais, as alternativas como os cigarros light, eletrônicos ou narguilés também podem ser prejudiciais à saúde. Por isso, os especialistas destacam que outro grande alerta que precisa ser feito é em relação ao chamado vape, que cresce em consumo principalmente entre os jovens.

"Houve um grande retrocesso. Depois de anos diminuindo o número de fumantes, principalmente entre jovens - o que é muito importante, já que a maioria dos que continuam fumando começaram nessa época da vida -, vemos também um aumento grande de pessoas usando o cigarro eletrônico. O apelo tecnológico é uma das coisas que atraem os mais novos e é preciso conscientizar a população que, mesmo eles, são potencialmente tóxicos e levam à dependência", frisa Bruno Ferrari.

O hábito de fumar também contribui para o aumento no risco de ocorrência de ao menos outros 12 tipos de câncer: bexiga, pâncreas, fígado, do colo do útero, esôfago, rim e ureter, laringe (cordas vocais), na cavidade oral (boca), faringe (pescoço), estômago e cólon, leucemia mielóide aguda. Adicionalmente, o tabagismo é um dos hábitos relacionados a formas mais graves de infecção pelo novo coronavírus.


Luta contra o fumo

Nunca é tarde demais para abandonar o vício, afirmam os especialistas. Essa realidade pode ser colocada em forma de linha do tempo: apenas 20 minutos após interromper o consumo de tabaco, a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados. Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco diminui. E após 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar e os sentidos de olfato e paladar melhoram.

Passados três meses, a circulação sanguínea melhora e caminhar torna-se mais fácil com a função pulmonar se recupera em até 30%. A partir de um a nove meses, os sintomas como tosse, rouquidão e falta de ar ficam mais tênues. Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar de fumar, torna-se possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou.

No caso de pacientes com tumor de pulmão que abandonam o cigarro, é possível obter uma melhora na capacidade de oxigenação que favorece a redução de possíveis efeitos colaterais das terapias empregadas. Isso também contribui para uma melhor resposta ao tratamento, com ganhos evidentes para a qualidade de vida.

"Pessoas que abandonam o cigarro podem colher os benefícios duas vezes: prevenindo mais danos às células pulmonares relacionados a esse hábito nada saudável e dando aos pulmões a chance de se recuperar das sequelas existentes", finaliza Bruno Ferrari.

 


https://www.grupooncoclinicas.com/


Coronavírus: o que acontece se atrasar a segunda dose da vacina?

Para garantir a eficácia da vacina contra a Covid-19 é necessário que sejam tomadas duas doses do imunizante. 

No Brasil possuímos dois tipos de vacina e cada uma delas possuem um período apropriado para o recebimento da segunda dose, sendo entre 14 e 28 dias para a CoronaVac e três meses para a AstraZeneca

Levando em consideração que a produção das vacinas será suspensa por falta de insumo e que em muitos lugares o imunizante já está em falta, o que acontece com a pessoa que não conseguir tomar a segunda dose no tempo correto?   

A pessoa que não receber a segunda dose no período apropriado continuará propensa a contrair o vírus enquanto aguarda a aplicação da vacina. Por esse motivo, é importante que a segunda dose seja aplicada assim que possível.  

"O indivíduo não vai perder a imunidade constituída após a primeira dose", afirma Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). "A segunda dose é um reforço, uma forma de estimular o corpo a produzir um número ainda maior de anticorpos.

Portanto, enquanto as duas doses da vacina não for aplicadas, mantenha o cuidado redobrado. Use máscaras, mantenha as mãos e superfícies limpas e adote o isolamento social. 

 

 

Central Nacional Unimed

Estar com pressão alta não garante que você será vacinado

Segundo os protocolos sanitários, há casos de hipertensão em que a pessoa deverá ser vacinada. O cardiologista Dr. Roberto Yano orienta os brasileiros a procurarem seu médico o quanto antes para serem avaliados para que recebam o laudo para a vacina. 

Diversas cidades brasileiras estão vacinando pessoas portadoras de algumas comorbidades contra a Covid-19. Dentre as enfermidades que fazem parte desta lista, a hipertensão é uma delas. Porém, isso não quer dizer que qualquer pessoa que esteja com pressão alta já pode ser imunizada. 

Segundo determinação das autoridades sanitárias, as pessoas que possuem doenças como diabetes, obesidade mórbida, cardiopatias e pneumopatias graves, devem ser vacinadas. Com relação à hipertensão, nem todo paciente tem a prioridade da vacina nesse momento. As restrições se justificam pois há diferentes quadros de hipertensão, que vão desde a mais leve até aquelas que requerem um criterioso e intenso cuidado médico. 

Ou seja, ser hipertenso não garante que você será vacinado agora, observa o médico cardiologista Dr. Roberto Yano. “Muitas pessoas estão procurando os profissionais de saúde em busca de atestados médicos que confirmem o quadro de pressão alta. Só que nem todos se enquadram nos critérios estabelecidos para receber o imunizante”, observa. 

Além de tudo isso, bom senso é fundamental, reforça o médico. “Mesmo entre os hipertensos, existem as prioridades. Nesse momento a vacina é prioridade para portadores de hipertensão arterial resistente, que são aqueles que mesmo com 3 medicamentos anti-hipertensivos, mantém níveis descontrolados de pressão arterial e para aqueles que necessitam de 4 ou mais fármacos para o controle pressórico. Outro grupo de hipertensos que se enquadram como prioridade são os hipertensos de estágio 3, são aqueles que estão com a PAS ≥ 180 mmHg ou a PAD ≥ 110 mmHg. Por fim, também são prioridades os pacientes com hipertensão, e que já possuem lesão de órgão-alvo e/ou comorbidades. Portanto é necessário passar por uma avaliação criteriosa para saber se o seu quadro realmente se enquadra nos requisitos colocados pelas autoridades sanitárias.” 

Vale lembrar que um atestado não é um documento qualquer, e daí a seriedade da situação. “Segundo o Código de Ética, em seu artigo 80, nenhum médico pode emitir relatório sem confirmar a veracidade daquelas informações”. Também é importante que o paciente procure o médico que o acompanha para uma avaliação clínica, observa Dr. Yano: “Não adianta a pessoa ter apresentado um quadro hipertensivo há um ou dois anos e acreditar que aquilo vai lhe garantir o direito de ser vacinada. É preciso que o cardiologista reavalie o quadro atual e defina qual é a situação do paciente neste momento. Assim, será possível saber se ele poderá ser imunizado ou não”. 

Diante deste cenário. Dr. Roberto Yano recomenda uma boa conversa entre o paciente e o médico. “É completamente compreensível que as pessoas queiram receber a vacina logo. Porém, é preciso respeitar as determinações e seguir as regras. É o melhor a ser feito nesse momento em que falta vacina para todo mundo. Tudo vai depender de cada um de nós. Num mundo ideal todos já deveriam estar imunizados, mas no momento não temos vacinas o suficiente, infelizmente”, finaliza.

 


MF Press Global

Dia Mundial Sem Tabaco: Especialistas alertam para os riscos do consumo de cigarro eletrônico no Brasil

Fumo é o principal responsável pelo surgimento de câncer de pulmão, tipo que mais mata em todo o mundo; Vaporizadores atraem consumidores jovens e as consequências do novo hábito para a saúde preocupam



Todos os anos, em 31 de maio, é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco. E diante dos desafios impostos pela pandemia, a data é marcada por um alerta relacionado aos novos tipos de fumo, que têm atraído cada vez mais os mais jovens. Segundo o Ibope Inteligência, o número de pessoas que usam cigarro eletrônico no Brasil já havia dobrado nos doze meses que antecederam a Covid-19. A pesquisa demonstrou que os praticantes deste tipo de tabagismo saltou de 0,3% da população para 0,6%, tendo registrado aumento ainda maior em São Paulo e no Rio de Janeiro. São cerca de 600 mil usuários brasileiros da tecnologia que, dizem os especialistas, é capaz de causar tanto dano quanto o cigarro tradicional. O design moderno e a produção menor de fumaça são alguns dos atrativos deste produto. Esse cenário acende um alerta para os riscos relacionados a complicações respiratórias e potencial impactos nos índices de incidência de doenças graves, como o Câncer.

O oncologista clínico Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas, alerta para os riscos do chamado vape. "Nós vemos novas formas de tabagismo chegando, como esse dispositivo tecnológico, por exemplo. E apesar de muitas pesquisas apontarem para os malefícios causados pelos cigarros tradicionais, as alternativas como os cigarros light, eletrônicos ou narguilés também podem ser prejudiciais à saúde. Eles têm atraído principalmente os adolescentes, pelo formato, pela novidade e pela falta de informação também sobre o impacto nocivo deles. Estamos vendo uma geração ‘livre’ do cigarro aderir a versões mais modernas do mesmo mal".

O médico explica que o cigarro eletrônico vaporiza um líquido que contém uma grande quantidade de nicotina e seu uso deve ser um ponto de alerta para a sociedade. Não há estudos definitivos que indiquem a extensão do impacto desses novos tipos de fumo no desenvolvimento de cânceres, o que está relacionado à própria existência recente desses dispositivos e também porque seu uso é muito variado: há pessoas que fumam apenas ele, outras que consomem cigarros eletrônico e convencional, aquelas que nunca fumaram cigarro convencional e foram direto para o eletrônico, as que substituíram o convencional pelo eletrônico.

"Em teoria, os e-cigarros seriam menos nocivos à saúde por conter uma quantidade de ‘ingredientes’ com potencial cancerígeno muito inferior ao do cigarro tradicional. Todavia, mesmo sem contar com itens como o tabaco em sua composição, esses dispositivos eletrônicos possuem outros elementos que podem ser altamente prejudiciais", comenta Carlos Gil Ferreira, médico líder de oncologia torácica do Grupo Oncoclínicas e presidente do Instituto Oncoclínicas.

De acordo com ele, de fato o que deve ficar claro é que este produto não é desprovido de malefícios. "Mesmo não queimando tabaco, o dispositivo eletrônico tem substâncias nocivas. Ainda não temos como saber quais serão as consequências do consumo desse tipo de cigarro a médio e longo prazos. Teremos que esperar talvez 20 anos para medir isso, o que pode ter consequências para a vida e o bem-estar de toda uma geração".

Por isso, os especialistas são categóricos em afirmar que o aumento no consumo de cigarros eletrônicos representa um retrocesso para o Brasil. O país é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um exemplo no combate ao tabagismo, tendo um dos menores índices de fumantes do mundo: cerca de 10% da população acima de 18 anos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

"Mesmo com os avanços obtidos a partir de campanhas contra o fumo, os desafios não param de chegar. Depois de anos diminuindo o número de fumantes, principalmente entre jovens - o que é super importante, já que a maioria dos que continuam fumando começaram nessa época da vida -, o aumento grande de pessoas usando o cigarro eletrônico não pode ser ignorado. O apelo tecnológico é uma das coisas que atraem os mais novos e é preciso conscientizar a população que, mesmo eles, são potencialmente tóxicos e levam à dependência", frisa Bruno Ferrari.


Tabagismo ainda é a principal causa de câncer

O tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão em todo o mundo. Aliás, não apenas deste tipo de tumor: o fumo em qualquer uma de suas formas contribui de forma significativa para o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço, esôfago e pâncreas, assim como para muitas outras condições, como acidentes cerebrovasculares e ataques cardíacos mortais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto deste produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo. A OMS afirma ainda que cerca de 80% dos mais de um bilhão de fumantes do mundo vivem em países de baixa e média renda. No Brasil, 443 pessoas morrem a cada dia por causa do tabagismo e, ao todo, mais de 50 mil brasileiros perdem a vida todos os anos em decorrência de cânceres causados pelo hábito - quase metade deles por tumores de pulmão, conforme dados do INCA. A entidade aponta ainda que mais de 161 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse evitado.

"Todo ano, cerca de dois milhões de pessoas são diagnosticadas com câncer de pulmão ao redor do globo. E quem fuma tem de 20 a 30 vezes mais chances de desenvolver esse tipo de tumor. Em 79% dos casos de câncer de pulmão, por exemplo, os pacientes eram fumantes, ou ex-fumantes. Isso porque as substâncias químicas presentes no cigarro danificam e provocam mutações no DNA das células pulmonares, fazendo com que deixem de ser saudáveis e se transformem
​​em células malignas", diz Carlos Gil.

O h
ábito de fumar também contribui para o aumento no risco de ocorrência de ao menos outros 12 tipos de câncer: bexiga, pâncreas, fígado, do colo do útero, esôfago, rim e ureter, laringe (cordas vocais), na cavidade oral (boca), faringe (pescoço), estômago e cólon, leucemia mielóide aguda. Adicionalmente, o tabagismo é um dos hábitos relacionados a formas mais graves de infecção pelo novo coronavírus.

Luta contra o fumo

Nunca é tarde demais para abandonar o vício,Os oncologistas são também categóricos ao mencionar que pacientes com tumores de pulmão que abandonam o cigarro obtêm uma melhora na capacidade de oxigenação que favorece a redução de possíveis efeitos colaterais das terapias empregadas , o que contribui para uma melhor resposta ao tratamento e com ganhos evidentes para a qualidade de vida.

"Pessoas que abandonam o cigarro podem colher os benefícios duas vezes: prevenindo mais danos às células pulmonares relacionados a esse hábito nada saudável e dando aos pulmões a chance de se recuperar dos danos existentes", frisa Bruno Ferrari.

Essa realidade pode ser colocada em forma de linha do tempo: apenas 20 minutos após interromper o consumo de tabaco, a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados. Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco diminui. E após 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar e os sentidos de olfato e paladar melhoram.

Passados três meses, a circulação sanguínea melhora e caminhar torna-se mais fácil com a função pulmonar se recupera em até 30%. A partir de um a nove meses, os sintomas como tosse, rouquidão e falta de ar ficam mais tênues. Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar de fumar, torna-se possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou.




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Oito perguntas sobre hipertensão na gravidez

Especialista alerta sobre cuidados e perigos da pressão alta na gestação


A partir da 20ª semana de gravidez, a mulher deve estar atenta à própria pressão arterial. É neste período que ela pode sofrer com a chamada pré-eclâmpsia, ou hipertensão na gravidez. De acordo com o Ministério da Saúde, a pré-eclâmpsia é caracterizada pela pressão arterial superior a 140/90 mmHg. A condição pode afetar tanto a gestação quanto deixar sequelas no bebê.

Não é incomum que a gravidez altere o funcionamento natural do corpo. Entretanto, o período pode gerar desconfortos e consequências graves tanto para a mãe quanto para o bebê. 

Abaixo, o ginecologista e obstetra da Maternidade Brasília Matheus Beleza responde oito perguntas sobre a hipertensão na gravidez. Confira:


As grávidas estão mais suscetíveis a ter hipertensão?

Não, a gestação isoladamente não deve ser considerada como um fator de risco para hipertensão. No entanto, existe uma condição exclusiva da gravidez e no puerpério em que a gestante desenvolve hipertensão, a chamada pré-eclâmpsia.


As mulheres que eram hipertensas antes de engravidar devem tomar algum tipo de cuidado durante a gestação?

Sim! As gestantes que engravidam já hipertensas devem manter cuidados de controle da pressão mais estritos na gestação. Nestes casos geralmente é necessário que seja avaliada a troca ou ajuste de dose da medicação, que sejam feitas aferições mais frequentes, que haja controle cuidadoso do ganho de peso eprática de atividade física, entre outros cuidados relacionados ao desenvolvimento e avaliação do bem estar fetal.


Os bebês podem ser afetados pela pressão alta?

Sim! Alterações na pressão materna podem afetar diretamente a placenta e consequentemente a chegada de nutrientes e oxigênio para os bebês, afetando seu ganho de peso e bem-estar.


Como evitar a hipertensão na gravidez?

Todas as gestantes devem ser submetidas ao rastreamento de Pré-eclâmpsia, recomendado ainda no primeiro trimestre. Nesta ocasião são avaliados fatores de risco materno, antecedentes familiares, pressão arterial no momento das consultas. A avaliação do fluxo de sangue nas artérias uterinas também deve ser realizada por meio da ultrassonografia. De acordo com o resultado desta avaliação serão passadas as devidas orientações que variam desde medidas comportamentais, até medicamentos destinados a diminuir a incidência da doença.


Qual o tratamento para hipertensão na gravidez? É necessário continuar o mesmo tratamento depois do parto?

O tratamento varia de acordo com o momento do pré-natal ou nascimento, intensidade dos sintomas e capacidade de regular os níveis da pressão arterial. Geralmente estes cuidados são recomendados após o parto, até que se retorne às condições de antes da gestação.


A gestante precisa do acompanhamento de um cardiologista?

Os obstetras estão aptos a realizar o seguimento dos distúrbios de pressão durante a gestação. No entanto, o seguimento em conjunto com o cardiologista permite uma assistência mais completa e cuidadosa, especialmente em casos graves. 


Em qual idade é mais provável ter hipertensão na gravidez?

Os extremos de idade para gestantes (antes de 18 anos e acima de 35 anos) são considerados fatores de risco para os distúrbios de pressão durante a gravidez e portanto, as idades de aparecimento mais frequentes.  


Pré eclâmpsia e hipertensão são a mesma coisa?

Não! A pré-eclâmpsia é uma condição exclusiva do período da gravidez e do puerpério que cursa essencialmente com pressão alta, mas que possui origem, tratamento e outras manifestações diferentes da pressão alta isoladamente.


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