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sábado, 6 de dezembro de 2025

“Festa da firma”

Katya Hemelrijk -  diretora de operações da Talento Incluir
Como transformar o evento de fim de ano da empresa em uma experiência realmente inclusiva  

Dicas para não deixar ninguém de fora e reforçar a cultura de inclusão de pessoas com deficiência das empresas

 

Com a chegada do fim do ano, muitas empresas estão planejando confraternizações, festas e eventos corporativos para celebrar conquistas, desafios e fortalecer vínculos. Porém, a diretora de operações da Talento Incluir - consultoria pioneira com a missão de trazer dignidade para pessoas com deficiência por meio da empregabilidade – Katya Hemelrijk, faz um alerta importante: quando um evento exclui pessoas, ele fracassa como experiência e compromete a cultura inclusiva da empresa. 

A executiva e especialista em inclusão reforça: “Acessibilidade não é um detalhe ou um item opcional. É o centro da experiência.É o que transforma presença em pertencimento. Sem ela, o evento acontece, mas a inclusão não”, afirma. 

A inclusão deve ser pensada intencionalmente desde o primeiro momento — da escolha do local à definição do cardápio. “Incluímos intencionalmente ou excluímos consequentemente. Quando a produção do evento não pensa na pessoa com deficiência desde o planejamento, está dizendo que ela não é bem-vinda”, pontua. 

Um direito garantido pela Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015) a acessibilidade quando ignorada pode causar prejuízos à imagem da marca e até multas legais. “Ignorar o direito de acessar qualquer espaço em igualdade de condições é uma infração”, reforça Katya Hemelrijk, que traz dicas da Talento Incluir para eventos de fim de ano acessíveis e para que a celebração seja uma experiência de pertencimento para todas as pessoas:

  1. Planeje o evento com acessibilidade desde o início: escolha locais que tenham rampas, elevadores, banheiros acessíveis e sinalização tátil. Avalie também o percurso de chegada ao evento, considerando transporte público, estacionamento e calçadas acessíveis. Considere ter pessoas com deficiência colaborando do planejamento à execução do evento;
  2. Garanta a acessibilidade comunicacional: disponibilize intérpretes de Libras, legendas em vídeos, audiodescrição e materiais em formatos acessíveis. A comunicação inclusiva é essencial para que todos participem plenamente.
  3. Ofereça espaços de descompressão: eventos longos ou com estímulos visuais e sonoros intensos podem ser desafiadores para algumas pessoas. Crie um espaço reservado para pausas e descanso, sinalizado e tranquilo.
  4. Adapte o cardápio e a experiência gastronômica: considere restrições alimentares e diferentes formas de acesso à comida, como bancadas na altura adequada e utensílios adaptados. Alimentar-se é também um ato de inclusão.
  5. Treine a equipe e fornecedores do evento: todas as pessoas envolvidas (recepcionistas, seguranças, garçons, técnicos) devem estar preparadas para acolher e orientar com empatia, respeito e naturalidade.
  6. Avalie a acessibilidade digital: sites e formulários de inscrição devem ser compatíveis com leitores de tela e demais tecnologias assistivas. A inclusão começa antes mesmo da chegada ao evento.
  7. Peça feedback e aprimore continuamente: após o evento, pergunte às pessoas com deficiência sobre a experiência vivida. Esse retorno é o melhor guia para evoluir nas próximas edições.

“Acessibilidade é uma escolha estratégica. Quando alguém chama de custo, o que está faltando não é dinheiro, é prioridade! Quando existe intenção verdadeira, a acessibilidade deixa de ser obstáculo e vira potência. Um evento acessível alcança mais pessoas, engaja melhor e traduz, sem esforço, os valores da marca.

Quando a inclusão está no centro, ela não só qualifica a experiência, mas também constrói reputação, aproxima pessoas e deixa um legado.”conclui Katya Hemelrijk 



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