Especialista em cirurgia dermatológica e estética médica avançada alerta para cuidados diários e atenção aos sinais da pele
O Dezembro Laranja, campanha nacional de
conscientização sobre o câncer de pele, reforça anualmente a importância da
fotoproteção contínua e da detecção precoce. A iniciativa destaca que pequenas
mudanças na rotina podem reduzir significativamente o risco da doença — o tipo
de câncer mais comum no Brasil.
Segundo a Dra. Elisa Parra, cirurgiã e especialista em cirurgia dermatológica, o uso diário do filtro solar é um dos pilares dessa prevenção, independentemente do clima ou da exposição direta ao sol.
“Tanto a radiação UVA quanto a UVB atingem nossa pele mesmo quando o sol não
aparece. A UVA atravessa nuvens e vidros, está presente o dia todo e é a
principal responsável pelo envelhecimento precoce e pelas mutações de longo
prazo. Já a UVB causa queimaduras e danos diretos ao DNA. Por isso, a
fotoproteção deve ser contínua”, explica.
Com o aumento das atividades físicas ao ar livre — como corrida de rua, ciclismo, caminhada, treinos em parques, esportes urbanos e até modalidades como triathlon — o cuidado precisa ser redobrado.
“Hoje em dia, a prática de atividades ao ar livre está em alta, e mesmo longe
de praia ou campo, qualquer exposição prolongada nesses ambientes exige ainda
mais atenção. No verão, então, o protetor solar se torna absolutamente
imprescindível”, alerta a médica.
Dra. Elisa também reforça um princípio que sempre compartilhou com seus pacientes:
“O melhor filtro solar é aquele que você usa todos os dias.”
Ela explica que atualmente existe uma
grande variedade de protetores no mercado, o que facilita muito a adesão:
opções para pele oleosa, resistente à água para quem pratica atividade física,
versões com base, com cor, texturas diferentes e formulações específicas para
cada necessidade. “Hoje não tem mais desculpa — existem inúmeros tipos de
filtros solares, e o médico saberá indicar aquele com melhor fotoproteção e
ideal para o seu tipo de pele.”
A especialista lembra que grande parte
das falhas na proteção acontece por erros simples, como aplicar pouca
quantidade, não reaplicar o produto ou restringir o uso aos dias de sol. Entre
os equívocos mais comuns estão: usar menos protetor que o necessário — o ideal
são “três dedos cheios” por aplicação —, esquecer regiões como orelhas, colo e
mãos, confiar apenas em maquiagem com FPS e manter produtos vencidos ou
armazenados de forma incorreta.
Além da prevenção diária, as consultas e procedimentos estéticos ajudam na detecção precoce.
“Durante a consulta, examino cada paciente, avalio rotina, riscos e fototipo.
Isso permite analisar pintas com dermatoscopia e, quando necessário, indicar
uma biópsia. Muitas vezes, uma lesão aparentemente estética retorna com
diagnóstico positivo, e conseguimos tratar com efetividade justamente por ter
investigado cedo”, explica.
Nesta época de maior exposição solar,
alguns sinais merecem atenção imediata: pintas que mudam de cor, formato ou
tamanho; lesões assimétricas ou com bordas irregulares; manchas escuras que
crescem; feridas que não cicatrizam; áreas que sangram, coçam ou descamam
persistentemente; além de qualquer alteração repentina que o paciente não
apresentava antes.
Para finalizar, a médica reforça:
“Siga sempre as orientações da sua médica para garantir a proteção ideal para o
seu tipo de pele. Fotoproteção diária e acompanhamento profissional são
essenciais para prevenir e diagnosticar o câncer de pele precocemente.”

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