Instituto Suassuna propõe ações de prevenção e educação
emocional para enfrentar o avanço da violência e da negligência infantil no
Brasil
A Organização das
Nações Unidas (ONU) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgaram
neste ano um alerta global sobre o crescimento das violações de direitos contra
crianças e adolescentes. O relatório aponta aumento nos casos de exploração
sexual, trabalho infantil, evasão escolar e violência doméstica, tendência
agravada por crises econômicas e pela ausência de políticas públicas
permanentes de proteção.
No Brasil, os
dados reforçam o cenário de alerta. O Disque 100, canal do governo federal para
denúncias de violações de direitos humanos, registrou mais de 657 mil
ocorrências em 2024, crescimento de 22,6 por cento em relação ao ano anterior.
A ONU destaca que, embora o país seja signatário da Convenção sobre os Direitos
da Criança, ainda existem lacunas na aplicação prática de políticas
intersetoriais voltadas à infância.
Segundo Danilo Suassuna, doutor em Psicologia e diretor do Instituto Suassuna, a
proteção das crianças exige a ampliação da rede de escuta e acolhimento. “A
violência infantil não se limita ao ato físico. Ela se manifesta na
negligência, na ausência de diálogo, na falta de cuidado emocional e na
desproteção institucional. A escuta ativa nas escolas e o trabalho de
psicólogos educacionais são fundamentais para prevenir danos e reconstruir
vínculos”, afirma.
O especialista
acrescenta que a garantia de atendimento psicológico não é suficiente sem o
investimento na formação continuada de profissionais que lidam diariamente com
crianças e adolescentes. “Professores, assistentes sociais e conselheiros
tutelares precisam estar preparados para reconhecer sinais de sofrimento
emocional e encaminhar adequadamente cada caso. A prevenção começa na escuta
qualificada e na construção de ambientes seguros”, explica Suassuna.
O Instituto
Suassuna, que já apoiou campanhas nacionais como a Faça Bonito, propõe agora um
conjunto de ações voltadas à educação emocional nas escolas públicas. Entre as
iniciativas estão oficinas, conteúdos educativos e formação técnica em saúde mental
infantil, com o objetivo de fortalecer o papel da escola como espaço de
proteção e parte integrada da rede de defesa dos direitos humanos.
O último relatório
global do Unicef e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que
cerca de 138 milhões de crianças e adolescentes estavam em situação de trabalho
infantil em 2025. Entre elas, aproximadamente 54 milhões exerciam atividades
perigosas, muitas vezes em condições insalubres e prejudiciais ao acesso à
educação. Para Suassuna, esses números evidenciam o impacto direto da violação
de direitos na saúde mental. “Proteger a infância não é apenas um compromisso
legal. É uma responsabilidade coletiva que exige ação constante”, destaca.
Além das
mobilizações pontuais, o Instituto defende o avanço na implementação de
políticas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente e nas metas dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que incluem o fim do trabalho
infantil. “A infância é o alicerce do futuro de um país. Sem políticas permanentes
e bem estruturadas, corremos o risco de naturalizar a violência e perpetuar
ciclos de exclusão”, afirma Suassuna.
O Instituto
Suassuna também prevê novas campanhas de comunicação social e produção de
materiais técnicos sobre prevenção à violência e fortalecimento de vínculos
familiares, com distribuição gratuita para escolas e profissionais da saúde
mental em todo o país. Para Suassuna, iniciativas desse tipo ampliam o alcance
das informações e ajudam a consolidar uma cultura de proteção. “Cuidar das
crianças é cuidar do futuro. Isso exige presença, responsabilidade e políticas
que não se limitem a datas específicas”, conclui.
Danilo Suassuna - psicólogo e doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). Atua com adolescentes e jovens adultos, unindo ciência, escuta e presença para compreender os desafios emocionais da vida contemporânea. Autor de mais de oito livros em áreas como psicologia clínica, reprodução humana e assistência psicológica ao parto, é também presidente do Instituto Brasil Central de Educação e Saúde (IBCES) uma organização voltada à integração entre educação, saúde e cultura e fundador do Instituto Suassuna, referência na formação de psicólogos atuantes. Pelo Instituto, Danilo lidera iniciativas que ampliam o mercado de trabalho da psicologia, mostrando o bem potencial máximo da profissão na vida das pessoas. É também diretor da Editora Suassuna, que publica obras de referência na área, e coordenador da SUA Rádio, canal reconhecido pelo YouTube Health por levar conteúdo sobre saúde mental ao grande público. Sua trajetória une pesquisa, clínica e comunicação, com o propósito de tornar a psicologia mais próxima das pessoas, uma ferramenta real de transformação individual e coletiva.
Instituto Suassuna
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