Pesquisar no Blog

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Conheça as principais doenças que podem ser adquiridas no ambiente de trabalho



Entre os principais problemas de saúde, estão LER/DORT, hipertensão, diabetes, obesidade e até surdez temporária; especialista explica como se prevenir 


Hoje em dia, é comum que as pessoas passem mais tempo no trabalho do que em suas próprias casas, e isso merece atenção. A longa e exaustiva rotina profissional pode oferecer riscos à saúde, como o desenvolvimento de doenças crônicas. Muitas delas relacionadas à visão, pelo uso contínuo de computadores, e ortopédicas, pelos movimentos repetitivos das mãos, por exemplo.

Para reduzir o número de casos de doenças ocupacionais e até evitar muitas delas, são indicados diversos procedimentos, como a ginástica laboral. A técnica é uma série de exercícios físicos realizados no ambiente de trabalho, durante o expediente, com o objetivo de melhorar a saúde e evitar lesões dos colabroadores por esforço repetitivo e algumas doenças ocupacionais.

Segundo Antônio Luís Coelho, ortopedista do Hapvida Saúde, nem sempre esses métodos são capazes de impedir a doença ocupacional.  “Os exercícios preventivos durante a jornada de trabalho não são garantia de que o colaborar não vai adquirir a doença, mas eles são extremamente importantes para a prevenção. Os procedimentos devem ser feitos diariamente e, pelo menos, mais de uma vez ao dia”, recomenda.

A Lesão por Esforço Repetitivo (LER), ou Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (DORT), por exemplo, é a mais comum no ambiente de trabalho. O especialista, no entanto, ressalta que esta não é a única forma de contágio e que ela pode ser adquirida em outras situações: “É importante frisar que a LER pode ser contraída em qualquer ambiente. As causas mais comuns são o estresse, a má postura ou até mesmo o uso excessivo de computador ou videogame. Já a DORT é quando o paciente contrai a doença por esforço repetitivo, ocasionado pelas tarefas da sua função”.

Os trabalhadores também estão vulneráveis a outras doenças como hipertensão, diabetes, obesidade ou dores na coluna, e àquelas que afetam o psicológico, como depressão, síndrome do pânico e distúrbios de ansiedade. A Síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, está cada vez mais presente no ambiente de trabalho e é resultado de um estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições desgastantes. Em todos os casos, Coelho alerta para o tratamento adequado, indicado por um especialista.

“Qualquer sintoma deve ser comunicado ao médico. O trabalhador/paciente deve buscar um profissional que irá lhe indicar o tratamento específico para aquela doença. O uso dos remédios é sempre em último caso. O recomendado é que se faça a prevenção com os alongamentos durante o dia, a reeducação postural e um reforço muscular específico sempre que possível”, completa o especialista.


Conheça as principais doenças que podem ser adquiridas no ambiente de trabalho


·         Lesão por Esforço Repetitivo (LER) / Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (DORT): a mais comum entre as doenças desenvolvidas no ambiente empresarial. Deve-se ter cuidado no diagnóstico, pois muitas pessoas confundem a LER com uma simples torção ou mau posicionamento em algum movimento.

·         Surdez temporária: quando o trabalhador atua em áreas com altos ruídos, acaba, aos poucos, tendo sua audição afetada e diminuída. Essa situação é mais comum no segmento de indústrias e obras. 

·         Desgaste da visão: profissionais que utilizam muito a visão são os principais alvos para esse tipo de doença. Além de cargos administrativos, que usam constantemente o computador, trabalhadores noturnos, como vigias, guardas e operadores 24h, também podem sofrer com o desgaste da visão, já que a jornada noturna exige mais esforço visual. 

·         Outras: hipertensão, diabetes, obesidade, dores na coluna e desgaste psicológico, como Síndrome de Burnout (também conhecida por síndrome do esgotamento profissional).   



Vacina da gripe – saiba tudo sobre o combate a H1N1




Neste ano a vacina sofreu alterações para imunizar inda mais os 
pacientes


A vacinação contra a gripe já está à disposição da população na rede pública e particular. O governo brasileiro estima vacinar cerca de 54 milhões de pessoas que estão no grupo prioritário, incluindo bebês, crianças até 5 anos, gestantes, mães que tiveram filhos nos últimos 45 dias, maiores de 60 anos, pacientes de doenças crônicas e professores que foram integrados a listagem

 Neste ano a vacina sofreu algumas alterações em sua imunização, reforçando ainda mais o efeito benéfico para manter a saúde, evitar gripes e complicações decorrentes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a cada ano são realizados estudos que definem a composição da vacina, tanto para o Hemisfério Sul como Hemisfério Norte, e, neste ano de 2017, foi alterado um componente com base no vírus influenza que circulou em anos anteriores. Abaixo vou explicar um pouco mais sobre a vacina e quais as suas recomendações. 


Sobre a gripe: 

A gripe é uma doença viral que acomete as vias respiratórias, inflamando-as e, em sua maioria de casos, não decorre para complicações sérias. No entanto, uma pequena porcentagem de pessoas infectadas tende a apresentar complicações que requerem cuidados imediatos e até internações. O índice de mortalidade é inferior a 1%, e acontecem em pacientes com doenças crônicas. O maior problema da gripe é o fato de ser altamente contagiosa e atingir milhões de pessoas a cada novo ano e, ainda, a vacina não é eficaz no ano seguinte devido as mutações frequentes do vírus. Por isso é importante manter o calendário de vacinação correto e atualizado, em cada faixa etária.  


Contágio: 

O contágio ocorre de pessoa para pessoa por meio de gotículas emitidas em espirros e tosses. Quando outra pessoa inala (pela garganta ou nariz) essas gotículas invisíveis aos olhos, contrai o vírus. Também, pode contrair a partir do contato direto em objetos e locais contaminados como, por exemplo, a criança leva a boca um brinquedo do qual outra criança “lambeu” e deixou-o contaminado. O vírus permanece vivo por até 72 horas nos ambientes e até 10 horas em superfícies como corrimão de escada, maçanetas e torneiras. 


Sobre a Vacina da Gripe:


No Brasil, a vacina da gripe é composta por vírus morto, da qual contém apenas algumas proteínas do vírus influenza, também conhecidos como antígenos, que estimulam o nosso corpo a criar anticorpos contra os vírus que sofrem mutações constantes e podem ficar mais resistentes a cada novo ano. Desde 2010, a vacina não tinha sofrido alterações, mas, neste ano de 2017, a vacina terá uma nova cepa do vírus Influenza A/H1N1 com o objetivo de evitar uma epidemia como similar como ocorreu no ano passado. 

Atualmente existem três tipos de vacinas: fracionadas; de subunidades; e de vírus inteiros. Nos laboratórios e postos de vacinação brasileiros estão disponíveis apenas as vacinas de vírus fracionado e de subunidades. A vacina trivalente deste ano (2017) é composta pelos vírus Influenza A (H1N1), subtipo Michigan/45/2015; Influenza A (H3N2), subtipo Hong Kong/4801/2014; Influenza B, subtipo Brisbane/60/2008. Para a vacina Influenza tetravalente, além dessas três cepas, também terá o vírus Influenza B, subtipo Phuket/3073/2013.


Quem pode se vacinar:


 Na rede pública a vacina contra a gripe está disponível para mulheres gestantes, que tiveram filhos nos últimos 45 dias, para crianças entre 6 meses e 5 anos, maiores de 60 anos e para portadores de doenças crônicas (diabetes, asma, bronquite, entre outras). Na rede particular é possível vacinar outros públicos, mas sempre é importante ter a recomendação do pediatra e ou médico da família. 


Sintomas da gripe: 

Os principais sintomas da gripe, especialmente em crianças, são:  febre alta (acima de 38,5º), calafrios, mal-estar, tosse seca, dor abdominal, náusea e vômitos, dor muscular, otite, dificuldade de andar, conjuntivite e mialgia. Os sintomas aparecem começam a dar sinal entre 2 e 4 dias após a incubação do vírus e pode ser transmitida até uma semana depois. 


Diagnóstico e Tratamento: 

O diagnóstico só é possível com o parecer médico, do qual realiza exames físicos e, quando indicado, exames laboratoriais. Após a avaliação do profissional médico será possível determinar quais serão os tratamentos mais indicados – podendo, inclusive, manter o paciente sob observação clínica em casos mais crônicos. 


Dicas:

- Com os dias mais frios é comum fecharmos janelas e evitar correntes de ar (vento) dentro de casa, em escolas e locais de grande concentração de pessoas. Deve-se, por recomendação, sempre arejar esses locais para renovação do ar e assim, dissipar o vírus e possível contágio.

- Manter as mãos sempre higienizadas e lavadas com água e sabão. Ou usar álcool gel 70º, sendo o único capaz de matar o vírus. 

- Higienizar brinquedos e objetos compartilhados por crianças e adultos. 

- Nos primeiros sinais de doença, gripes ou resfriados, evite expor a criança em ambientes coletivos e ou fechados como escolas, cinema, shoppings, entre outros. O mais importante é, antes de tudo, leva-la ao médico para uma avaliação precisa e receber o diagnóstico correto. 

- Manter a hidratação é importante, assim como uma alimentação balanceada e adaptada para cada faixa etária. 

- Na dúvida, entre em contato com o/a pediatra e marque uma consulta presencial. Recorra ao pronto socorro infantil em casos de emergência, pois nestes locais há grandes concentrações de bactérias e vírus, e se a criança estiver com a imunidade baixa pode “ganhar” outras doenças. 
 



 Dra. Priscila Zanotti Stagliorio



Posts mais acessados