O cenário de gastos relacionados com diabetes no Brasil chegou a 45 bilhões de dólares em 2025, sendo o terceiro país no mundo no ranking dos gastos com a condição, segundo o Atlas 2025 da Federação Internacional do Diabetes. Dados da Pesquisa Vigitel, no conjunto das 27 cidades, a frequência do diagnóstico médico de diabetes foi de 10,2%, sendo maior entre as mulheres (11,1%) do que entre os homens (9,1%), entre mulheres, Fortaleza é a capital nacional do diagnóstico de diabetes (13,6%).
A Pesquisa Radar Nacional sobre Tratamento de
Diabetes no Brasil, feito pelo Vozes do Advocacy no ano passado, a partir de
uma amostragem de 1.843 pessoas, mostrou que 30% dos brasileiros com diabetes
apresentam descontrole glicêmico, e 42% nem sequer recordam o último resultado
ou não sabem do que se trata o exame. Os dados refletem em consequências para a
saúde: 12% dos participantes relatam retinopatia diabética, que pode levar à
cegueira; 32% têm neuropatia; 25%, doenças cardiovasculares; 10% relatam
nefropatia e lesões nos pés, complicações graves, que poderiam ser prevenidas
com acompanhamento regular e tratamento adequado.
Pensando em melhorar a adesão ao
tratamento e assim prevenir as complicações do diabetes, o Vozes do Advocacy
com a Associação Cearense de Diabéticos e Hipertensos, em parceria com as
Secretarias de Saúde de Fortaleza e de Maracanaú, farão o projeto Educar para
Salvar, que consiste em uma atualização dos conhecimentos sobre diabetes dos
profissionais de saúde do SUS, nos dias 4 e 12 de setembro.
No dia 4, das 8h30 às 16h30, a
capacitação será voltada para os agentes comunitários de saúde do Maracanaú e
ocorrerá na Faculdade Mauricio de Nassau. No dia 12, das 8h às 12h, será
direcionada para profissionais de saúde de Fortaleza, no Espaço Multiuso da
Secretaria de Saúde de Fortaleza.
“Nós
sabemos que o diabetes é uma condição que requer acesso aos insumos e aos
medicamentos, tratamento multidisciplinar com profissionais devidamente
capacitados e educação em diabetes para as pessoas, que convivem com a
condição. Por isso, sabemos que por meio da educação, melhoraremos a adesão ao
tratamento e, assim, diminuiremos os gastos do SUS com complicações,
hospitalizações e internações”, explica Natasha Rocha de Alencar, Presidente da
Associação Cearense de Diabéticos de Hipertensos.
Nesta edição, o projeto conta com o apoio
das empresas:
Amgen, AstraZeneca, Bayer, Roche e GSK.
Mais
informações podem ser acessadas nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.
Sobre o Vozes do
Advocacy em Diabetes e em Obesidade
Com a
participação de 25 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove
o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem
conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a
importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das
complicações de ambas, além de promover políticas públicas, que auxiliem o
tratamento adequado destas condições no país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário