Um dos grandes desafios dos estudantes, da Educação Infantil à universidade, é aprender a aprender. Para absorver a maior quantidade possível de conhecimento e conseguir acessá-las sempre que necessário, especialistas em neurociência e pedagogia recomendam exercitar o cérebro.
Auxiliar crianças e adolescentes a desenvolver
técnicas de memorização e outras estratégias de aprendizado focado pode ser um
divisor de águas na vida escolar. De acordo com o gerente pedagógico da Aprende
Brasil Educação, Carlos Henrique Wiens, essas estratégias podem ser aplicadas
de modo a garantir um ensino eficiente e de qualidade. “Não basta cobrir os
conteúdos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), é essencial que os
estudantes aprendam a aprender. Ou seja, que eles possam exercitar o próprio
cérebro de modo a compreender melhor os conteúdos ensinados pelos professores”,
afirma. Qualquer estudante pode aplicar esses exercícios.
- Leitura
Ler é uma das formas mais conhecidas para exercitar
o cérebro. “Não é de hoje que sabemos que a leitura ajuda a melhorar a memória
de longo prazo e o raciocínio em geral”, ressalta o especialista.
- Associação
Fazer a ligação entre os conteúdos estudados em
sala de aula e a vida prática cotidiana pode ser uma boa técnica para não
esquecer mais o que se aprendeu.
- Participação
Pais e professores devem envolver o estudante no
processo de aprendizagem. “Aqueles que participam ativamente das aulas e dos
momentos de estudo em casa tendem a fixar melhor o que aprendem. Uma boa maneira
de fazer isso é anotando dúvidas, revisando os conteúdos no dia seguinte e
conversando com outras pessoas sobre eles”, pontua Wiens.
- Sono
É preciso dormir bem para aprender bem. Durante o
sono, o cérebro consolida as memórias do que foi aprendido ao longo do dia.
“Sem descanso adequado, nem mesmo os grandes gênios são capazes de operar em
sua máxima capacidade cognitiva”, adverte.
- Autoconhecimento
Wiens ressalta que, mais que estudar, conhecer o
próprio corpo e o próprio cérebro pode ser uma arma extra para aprender melhor.
“Procure entender como seu cérebro fixa melhor os conhecimentos, se é por meio
de imagens, sons ou exercícios, por exemplo. Entender o funcionamento da
própria mente é poderoso porque faz com que você busque novas abordagens de
aprendizado sempre que encontrar dificuldades.”
- Memorização
Não se trata de decorar, mas de gravar de fato o
que está sendo aprendido: técnicas de memorização são muito importantes para
permitir que o cérebro acesse aquelas informações no futuro. Muitas dessas técnicas
estão disponíveis na internet e podem ser facilmente aprendidas.
- Continuidade
Quando o telefone não para de apitar, é mais
difícil encontrar a concentração necessária para aprender o que quer que seja.
E, se o conteúdo for desafiador, fica ainda mais complicado alcançar esse
objetivo. Por isso, Wiens lembra que “desligar o aparelho, desativar as
notificações ou simplesmente ficar longe do telefone enquanto estuda são
maneiras simples de driblar a ansiedade digital e garantir continuidade e foco
no aprendizado”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário